Vinte anos sem o polêmico Tarso de Castro: O ÚLTIMO HERÓI DO BRASIL 10

Enviado em 20/05/2011 as 16:54 – REPÓRTER AÇO

Aí, Guerra.

Vinte anos sem o dono do Maria do Carmo, aquele rapaz que ele comprou no Norte.

Fonte: Tijolaço

20
May

Vinte anos sem o polêmico Tarso de Castro

O Tijolaço faz hoje, dia em que se completam 20 anos de sua morte, uma homenagem a um grande jornalista e um homem permanentemente apaixonado: Tarso de Castro. Tarso, com todo o merecimento, é lembrado como criador, entre outras publicações, ao Pasquim, que se tornou símbolo de irreverência carioca ante a ditadura.

Mas o carioquíssimo Tarso era gaúcho e de Passo Fundo…

Havia, entre ele e meu avô, uma admiração enorme e mútua, embora de vez em quando se trocassem farpas.

Então, em homenagem a Tarso, conto aqui que, muitos anos antes do Pasquim, Tarso também participou da criação de um jornal polêmico.

Era Panfleto, que se definia cono “o jornal do homem da rua”, dirigido pelo grupo de esquerda que Leonel Brizola liderava e se expressava na Frente de Mobilização Popular.

Em fevereiro de 1964, e com Tarso como secretário de redação e grande animador (e carregador de piano) da publicação, o jornal nasceu, enfrentando tanto as posições de Carlos Lacerda quanto o que considerava as vacilações do governo Jango.

Durou só um mês e meio, mas chegou, segundo o magnífico trabalho de pesquisa do professor Jorge Ferreira, da Universidade Federal Fluminense, chegou a circular entre 200 e 500 mil exemplares.

No dia do golpe, a polícia de Lacerda invediu e incendiou a redação do Panfleto. Ainda bem, porque numa sala próxima, que também pegou fogo, estava parte das fichas dos famosos Grupos dos Onze. Muita gente, certamente, escapou da prisão, da tortura e até da morte pela selvageria incendiaria do lacerdismo.

Fica assim, contado um pedacinho pouco lembrado da história do Tarso, a homenagem da gente ao grande jornalista, de uma combatividade e rebeldia que fazem falta nos dias de hoje.

Um Comentário

  1. Só vi uma vantagem na ditadura: “as pessoas de coragem e talento se sobressaem”.

    Hoje, só enxergo medíocres vangloriados por uma mídia hipócrita e ávida por grana.

    O Estado demitir por delito de opinião e tirar calcinha de mulher não causa indignação em mais ninguém. O que nos resta como ferramenta de luta é o “Pasquim Digital”.

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  2. Bom dia,

    Concordo com o Zé Francisco.
    E Viva O FLIT “PASQUIM” da ditabranda.
    Força, ái Dr. Guerra.Abraços.

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  3. NOVA PROVA ORAL DE FOTÓGRAFO SE NÃO HOUVE FRAUDE?

    Uma nova prova oral de Fotógrafo Pericial será realizada na academia de policia.

    Seis meses após o termino do concurso, caiu na imprensa uma matéria sobre uma ‘’suposta’’ fraude no concurso da Policia Civil de São Paulo, porem após ser aberto inquérito policial para tal investigação do caso, foi comprovado que nenhuma irregularidade ocorreu de fato no certame.

    Mesmo os aprovados recorrendo ao Tribunal de Justiça de São Paulo o Secretário de Segurança Pública, Sr. Antônio Ferreira Pinto, negou-se a dar a informação correta ao Juiz Desembargador.

    De maneira obscura foi negado o Mandado de Segurança, mesmo sabendo que a Pedido do Ministério Publico o inquérito foi arquivado por falta de provas.

    Quais irregularidades ocorreram para que seja refeita uma nova prova oral??

    Porque o Sr. Ferreira Pinto quer de qualquer maneira que seja refeita a prova??

    De alguma maneira existe uma força maior por trás querendo que realmente alguém que não tenha obtido êxito na prova oral, consiga desta vez.

    Esta em andamento o Recurso Hierárquico desde o sobrestamento do concurso, que por sinal esta sem decisão ainda do Governador Geraldo Alckmin.

    Pode um Secretário passar por cima das Leis Estaduais e Federais e tomar a frente do caso realizando outra prova, que de acordo com o Edital do concurso em hipótese alguma será refeita a prova oral, e principalmente sem o resultado posto do recurso pelo Governador.

    Existe alguma lei que seja cumprida de forma correta nesse Governo?

    O caso será remetido ao STJ para que providências justas sejam tomadas, sem influências do Estado.

    O Governador esta sabendo do caso e nega-se a dar uma solução.

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  4. Fonte: Futepoca

    Um governo inexistente – ou que ninguém quer mostrar

    Acompanhando o noticiário sobre o assassinato do estudante Felipe Ramos dentro da Universidade de São Paulo (USP), constatei, sem surpresa, que a chamada “grande” imprensa (grande só no lucro…), mais uma vez, não dá nome aos bois e muito menos vai atrás deles. Por isso, resolvi fazer um post “didático”. Se houve um crime, é problema de segurança. No Estado de São Paulo, a vigilância é feita pela Polícia Militar, que, por sua vez, é subordinada à Secretaria Estadual de Segurança. Nas notícias sobre o crime – ou crimes, parece que foram mais de 200 dentro da USP, somente no último mês – será difícil ver o nome ou a figura do cidadão da foto à esquerda. Mas, sim, ele é o secretário de Segurança Pública do Estado, Antônio Ferreira Pinto. Muito prazer, senhor Ferreira Pinto! Como vai?

    Pois bem. Se o crime ocorreu dentro de uma universidade pública, quem é responsável por ela? A USP, assim como a Polícia Militar paulista, é mantida pelo governo do Estado. Ah! Que coisa! Logo, está subordinada à Secretaria Estadual de Educação. Parece lógica toda essa associação e encadeamento de subordinações e responsabilidades, mas, dificilmente, vocês também vão ver, no noticiário sobre o crime na USP, o distindo cidadão da foto à direita, o secretário de Educação, Herman Voorwald. Muito prazer, senhor Voorwald! Sim, eu sei: uma cobertura lógica, racional e jornalística do fato procuraria esses dois funcionários públicos. Mas nós estamos no Estado de São Paulo e, por questões políticas e financeiras, não interessa (ou antes, é proibido) mostrá-los. Sabem por quê?

    Porque, voltando à sequência de subordinações e responsabilidades, em última instância, ambos os secretários são subordinados à autoridade máxima do Estado paulista. E esse, meus amigos, não vai aparecer em reportagem negativa nem se ele matasse a própria mãe. Sim, estamos falando do atual governador (governador?!?) do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (foto à esquerda). Aquele, do PSDB – sigla que denomina um partido que, quase nunca, vocês vão ver na imprensa quando o assunto é negativo. Exagero? Por que ele não aparece na TV, rádio, portal de internet, jornal ou revista falando sobre os crimes na USP? Como disse, em última instância, ele é a autoridade máxima, responsável pela USP e pela polícia estadual.

    Acontece, meus queridos irmãos, que aqui, no Estado mais rico do Brasil, a imprensa tem posição política muito definida – embora insista em enganar a população, dizendo que não tem “rabo preso” com ninguém. Tem, sim. Nesta semana que passou, foram completos cinco anos dos ataques de uma facção criminosa em todo o Estado, que culminou com a Polícia Militar assassinando mais de 400 pobres, a esmo (a maioria, negros). Nada foi investigado e ninguém foi punido de lá para cá. E o secretário Antônio Ferreira Pinto também não apareceu no noticiário, falando sobre o assunto, nem o governador Alckmin. Da mesma forma, no mês passado, funcionários da limpeza da mesma USP entraram em greve, pois a empresa terceirizada que os empregava atrasou salários. A empresa foi contratada pela USP, que é subordinada à Secretaria de Educação – do governo estadual. Mas, para (não) variar, ninguém da “grande” imprensa procurou o secretário Herman Voorwald. Nem Geraldo Alckmin.

    Para o leitor, ouvinte, internauta ou telespectador, a impressão é de que o governo de São Paulo é inexistente. Como diria o Padre Quevedo, “nom equiziste!”. E, se não existe, não tem culpa nem responsabilidade de nada. Nem Ferreira Pinto, nem Voorwald e nem Alckmin jamais serão associados, por esses consumidores de “informação”, a qualquer crime ou problema relacionados à segurança ou educação pública. Legal, né? Mas deviam perguntar para a família do rapaz assassinado e para os alunos da USP o que eles acham disso. Ah, mas que bobagem! Isso a “grande” imprensa também não vai fazer, nunca…

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  5. QUEM VIU A DITA_DURA,,, TODOS ESTÃO SE LOMBUZANDO COM A TAL LIBERDADE?,,,,TÁ TUDO CANALIZADO MEU AMIGO,,,LADRAOZÃO DE BANCO NA EPOCA SÓ ALEGRIA E CULPAVA OS “GUERRILHEIRO”??????OU SE PASSAVA POR TAL…..HOJE TAÍ CREME ORGANIZADO,,,TODOS DANDO RISADA DO POVO,,,,VAMOS PULAR CARNAVAL VER BUNDINHA,,GLOBINHO…SAMBINHA,,, FUTEBOL,,,,,a sociedade e mesma de ROMA antiga so muda os figurinos e os atores “pão e vinho” o resto tá tudo dominado……

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  6. Uma foto do Brasil

    No dia 10 de maio, uma professora, Amada Gurgel, falou em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte meia dúzia de verdades que desenharam em parte o cenário da educação no País.

    Às autoridades presentes restou o silêncio diante das palavras de uma brasileira angustiada.

    As seguintes: “Durante cada fala aqui eu pensava em como organizar a minha fala. Porque são tantas as questões a serem colocadas e tantas as angústias do dia a dia de quem está em sala de aula, que eu queria pelo menos conseguir sintetizar minimamente essas angústias.

    “Como as pessoas sempre apresentam muitos números e dizem que eles são irrefutáveis, eu gostaria também de apresentar um número que é composto por três algarismos apenas, bem diferentes de tantos números que são apresentados aqui com tantos algarismos: é o número do meu salário, R$ 930, com nível superior e especialização.

    “Eu perguntaria a todos aqui, mas só respondam se não ficarem constrangidos, se vocês conseguiriam sobreviver ou manter o padrão de vida que vocês mantêm, com esse salário. Certamente não conseguiriam.

    “Não é suficiente nem para pagar a indumentária que os senhores e as senhoras utilizam para poder frequentar esta Casa. A minha fala não poderia partir de um ponto diferente, porque só quem está em sala de aula, só quem pega três ônibus por dia para chegar a seu local de trabalho é que pode falar com propriedade.

    “Fora disso, qualquer consideração aqui é apenas para mascarar uma verdade visível a todo mundo: em nenhum governo, em nenhum momento no nosso Estado, na nossa cidade, no nosso país a educação foi uma prioridade.

    “Então, me preocupa muitíssimo a posição da maioria, inclusive da secretária (de Educação) Betânia Ramalho, de não falarmos sobre a situação precária porque isso todo mundo já sabe.

    “Como assim, não vamos falar da situação precária? Gente, estamos aceitando a condição precária da educação como uma fatalidade?

    “Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil, é isso?

    “Salas de aulas superlotadas com os alunos entrando com uma carteira na cabeça porque não têm carteiras nas salas e sou eu a redentora do País? Não tenho condições, muito menos com o salário que recebo.

    “A secretária disse que não podemos ser imediatistas, que precisamos pensar a longo prazo. Mas a minha necessidade de alimentação é imediata. A minha necessidade de transporte é imediata, a necessidade dos alunos de ter uma educação de qualidade é imediata.

    “Eu gostaria de pedir aos senhores que se libertem dessa concepção extremamente equivocada, e digo isso com mais propriedade do que os grandes estudiosos: parem de associar a qualidade da educação com professor dentro da sala de aula.

    “Não há como ter qualidade em educação com professores trabalhando em três turnos seguidos, multiplicando seus salários: R$ 930 de manhã, R$ 930 de tarde, R$ 930 de noite para poder sobreviver. Não é para andar com bolsa de marca nem para usar perfume francês.

    “É para pagar a alimentação de seus filhos, para pagar a prestação de um carro que muitas vezes compram para se locomover mais rapidamente entre uma escola e outra.

    “Não me sinto constrangida de apresentar meu contracheque, porque penso que o constrangimento deve ser de vocês.

    “Lamento, mas deveriam todos estar constrangidos. Entra governo e sai governo e o que se solicita de nós é paciência e tolerância.

    “Quero pedir à secretária paciência também porque nós não aguentamos mais esse discurso.

    “Não podemos ser responsabilizados pelo caos que na verdade só se apresenta para a sociedade quando nós estamos em greve, mas que está lá todos os dias dentro da sala de aula, em todos os lugares.

    “São muitas questões mais complexas que precisariam ser postas aqui. Mas infelizmente o tempo é curto e é isso que eu gostaria de dizer em nome dos meus colegas que pegam três ônibus para chegar ao local de trabalho, em nome dos estudantes que estão sem aula agora por causa da greve, mas que ficam sem aula por muitos outros motivos.”

    É isso. Embora não seja apenas isso.
    Fonte: Estadão 20/05/2011

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  7. Professores das Fatecs e Etecs fazem manifestações em sp, será que é por melhores condições de trabalho e salarios? aqui é diferente do rio grande do norte?

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