O que o SSP precisa fazer 59

 

———- Mensagem encaminhada ———-
De: Antonio claudio
Data: 6 de abril de 2011 08:03
Assunto: O que o SSP precisa fazer
Para: Flit Paralisante <dipol@flitparalisante.com>

Caro Guerra
 
Diante de tantas denúncias contra crimes praticados por policiais militares, não seria o caso agora do Secretário da Segurança transferir, como fez com a Polícia Civil, a Corregedoria da PM para subordinação direta ao seu gabinete?
Creio que isso é mais que necessário, o que justificou a ida da Corregedoria da Polícia Civil para subordinação ao gabinete do SSP é muito menor do que demonstram os fatos relativos aos abusos constantes da PM.
 
Antonio Claudio Soares Bonsegno
delegado de polícia aposentado
advogado e jornalista

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AC, o Celso Russomano disse tudo: BONACHÃO!

Mas só para a PM.

BAIXADA SANTISTA: Os assassinatos de três policiais militares e a tentativa de homicídio de outros três, ocorridos apenas este ano, começam a levar um clima de intranquilidade aos PMs 22

Enviado em 06/04/2011 às 8:41- ARNALDO

Quarta-feira, 6 de abril de 2011 – 06h30                                                                          
Após assassinatos
Mortes de policiais deixam PM em alerta

Da Redação

Créditos: Davi Ribeiro
Último assassinato ocorreu sexta. Policial foi sequestrado e morto, e seu corpo jogado em aterro

Os assassinatos de três policiais militares e a tentativa de homicídio de outros três, ocorridos apenas este ano, começam a levar um clima de intranquilidade aos PMs, que já adotam medidas de resguardo em seu dia a dia. Há a suspeita de que a ação dos criminosos possa ter como motivação aval dado pela direção do Primeiro Comando da Capital (PCC) aos seus integrantes regionais para matar.

De acordo com policiais militares que preferiram não se identificar por medo de represálias, os ataques são articulados. “Quem está na rua (policiais) sabe muito bem disso. O bandido não executa um policial sem autorização”, disse um PM de Santos. Alguns já evitam fazer o trajeto de casa para o trabalho vestidos com a farda. “Trabalho em São Paulo e saio às 4 horas. Vários policiais vivem tal situação”, conta o PM. Ele revela que possui colegas que param em postos de gasolina para trocar de roupa antes do retorno para casa.

Para o PM, o comando não dá respaldo para os policiais. O principal argumento dos policiais entrevistados é que faltam ações organizadas mais fortes, o que acaba permitindo que os criminosos ganhem mais espaço e ousadia. “Eles (comando) dizem que não, mas apesar dos policiais mortos não terem contato, as mortes não são fatos isolados. Os marginais matam cada vez mais policiais e nada é feito”. Sobre a morte do soldado Luís Fernando Gmeiner Amieiro, na última sexta-feira, o policial revelou que o colega assassinado tinha um “bico” perto do local onde foi morto.

Ataques

Na tarde da última sexta-feira, o soldado Luís Fernando Gmeiner Amieiro, 40 anos, foi sequestrado e executado. À noite, seu corpo foi encontrado no aterro sanitário de São Vicente, no Sambaiatuba. Ainda não se sabe a razão e os autores do assassinato, com requintes de crueldade, e tampouco o que o policial fazia no Caminho São José, local onde foi sequestrado. Formado por palafitas, o bairro separa a Zona Noroeste, em Santos, de São Vicente na altura do Sambaiatuba. Para lá Amieiro foi levado de barco e executado com um tiro no céu da boca que atravessou a cabeça.

Na manhã do mesmo dia, um tenente e dois soldados sofreram atentado no Paecará, Vicente de Carvalho, em Guarujá. Homens armados em dois veículos roubados cercaram a viatura e iniciaram os disparos. Mais de 160 projéteis foram encontrados na cena da ação. Os policiais sofreram ferimentos superficiais e passam bem. O comandante interino do 21º BPM/I, major José Messina Filho, declarou a A Tribuna na ocasião que a equipe atacada era “linha de frente”. Indício para a escolha dos alvos por parte do PCC. Em 12 de janeiro, o soldado Angelo Santos Cruz, lotado na Capital, foi executado enquanto estava num ponto de ônibus, em São Vicente. Já Fábio Lopes Apolinário, do 29º BPM/I, foi assassinado em 28 de fevereiro quando saía da casada mãe, em Santos.

Polícia não está acuada, diz Del Bel

O comandante do Centro de Policiamento do Interior (CPI) 6, coronel Sérgio Del Bel, refuta as acusações feitas pelos policiais. “O comando não está acuado. Todo policial que se sentir ameaçado será atendido e protegido pela corporação”. Ele foi enfático ao dizer que os assassinatos não possuem relação e que não há nada que indique ação coordenada da facção criminosa PCC. Del Bel disse que é preciso ter cuidado com o tipo de ação desejada pelos policiais.

Para ele, a PM deve agir dentro da legalidade e não sair por aí matando como vingança. “Estamos lá na região do dique (onde o policial Luís Fernando Gmeiner Amieiro foi assassinado), em operação, dando uma prensa no tráfico e levantando informações sobre a morte do soldado”. De sexta-feira até ontem, 51 indivíduos foram presos em flagrante, 12 procurados foram recapturados, oito armas foram apreendidas e 33 veículos recuperados. Números usados por Del Bel para justificar que a PM não está acuada.

“Eu passei por várias polícias. Uma delas era a romântica, onde o bandido tinha medo da polícia. Temos de respeitar a opinião da tropa, mas não é mais assim”. A Corregedoria da Polícia Militar está na região não apenas para auxiliar nas investigações. De acordo com informações apuradas pela Reportagem, o intuito é também evitar que a ânsia dos policiais se transforme em ações como a vista há um ano, quando uma onda de assassinatos atribuída a grupos de extermínio assolou Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande.

Investigação

Segundo Del Bel, as investigações sobre a morte do soldado Amieiro avançaram. As informações levantadas pela PM são transmitidas à Polícia Civil, encarregada da investigação. “Identificamos alguns possíveis mentores e executores. Tudo está em fase preliminar porque precisamos das provas materiais. Acusar alguém sem materialidade não adianta”, explica o coronel. Pelotões da Tropa de Choque e da Força Tática reforçam o policiamento na região por tempo indeterminado. Conforme Del Bel, o objetivo é trazer mais segurança para a tropa e para a população.

http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=87378&idDepartamento=11&idCategoria=0

MOTO-PERPÉTUO DO CRIME 30

Enviado em 06/04/2011 às 11:15

Quarta-feira, 6 de abril de 2011 – 09h02
Balanço
Confrontos com a PM matam quase 500 pessoas em um ano em SP

G1

Créditos: Reprodução TV Globo

Em todo o ano de 2010, 495 pessoas morreram em São Paulo durante confrontos com a Polícia Militar. O número é menor que o registrado em 2009, quando houve 524 mortes, mas maior que o de 2008, quando 371 pessoas foram mortas por policiais militares. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, nos últimos cinco anos a Polícia Militar matou pelo menos 2,2 mil pessoas durante confrontos no estado.

O comando da PM diz que treina os policiais para que eles só atirem em último caso, mas as denúncias de execuções e de tortura praticada por quem deveria defender o cidadão têm se tornado cada vez mais comuns. Em nota, a corporação informou que o objetivo da PM é prender o infrator e que a morte é sempre indesejada. Ainda segundo a polícia, do total de infratores que entraram em confronto com a PM em 2010, 17% morreram.

Uma testemunha que viu policiais militares executando um suspeito de furto dentro de um cemitério de Ferraz de Vasconcelos ajudou a polícia a esclarecer a morte. A mulher ligou para o 190 e deu detalhes do que acontecia, o que permitiu que os policiais fossem presos.

Segundo a versão dos policiais, Dileone Lacerda de Aquino morreu após uma troca de tiros com policiais. Entretanto, testemunhas disseram que ele não estava armado e que foi levado pelos policiais do local onde foi pego ainda com vida.

A Polícia Militar informou que tem feito um grande investimento em equipamentos menos letais, como gás pimenta, munição de borracha, munição química e armas de descarga elétrica.

Para o Instituto Sou da Paz, a Secretaria de Segurança deveria explicar as mortes à sociedade. “É preciso que a secretaria faça um diagnostico completo e entenda exatamente o que está por trás do aumento das mortes pela policia, tanto do ponto de vista contextual – quais são os tipos de ocorrência –; quanto do ponto de vista profissional – em que situação psicológica, de assistência social e de estrutura aquele policial está.

A polícia precisa reforçar a mensagem para seus policiais que a boa polícia é aquela que não mata. A boa polícia é aquela que prende e que promove segurança sem tirar a vida das pessoas”, afirmou Carolina Ricardo, coordenadora do instituto.

DHPP vai investigar casos de resistência e morte em São Paulo 88

DHPP vai investigar casos de resistência e morte em São Paulo
FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO

Todos os casos de resistência seguida de morte em São Paulo vão passar a ser investigados pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), informou nesta quarta-feira o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo ele, a ideia é analisar caso a caso para verificar se realmente houve resistência e como ocorreu. Atualmente, esse tipo de ocorrência é registrada em qualquer delegacia.
“Agora serão todos [os casos de resistência seguida de morte] serão investigados pelo departamento especializado, que é o DHPP, para ter uma apuração rigorosa e reprimir abusos”, disse o governador.
De acordo com Alckmin, a decisão foi acertada ontem entre ele e o secretário Antonio Ferreira Pinto (Segurança), será assinada nesta quarta e publicada na edição de amanhã do “Diário Oficial”.
A medida ocorre após divulgação da morte de um homem, dentro de um cemitério em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Uma mulher narrou em tempo real para o telefone 190 o crime, atribuído a dois PMs.
No boletim de ocorrência da Polícia Civil, do dia 12 de março, a ação é descrita como “em legítima defesa de suas vidas e estrito cumprimento de seus deveres”. Com isso, os PMs Ailton Vital da Silva e Felipe Daniel Silva, suspeitos de assassinar o homem –suspeito de roubar uma van– seriam apresentados à Justiça como vítimas. A defesa dos PMs alega que houve resistência e que o rapaz foi atingido em troca de tiros.
“É justamente para isso que estamos fazendo essa resolução, para que esses casos sejam imediatamente encaminhados ao DHPP, que faça a proteção de testemunhas e toda a investigação”, afirmou o governador.

Áudio  com o Sr. Governador :  http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/898929-casos-de-resistencia-e-morte-terao-investigacao-especial-em-sp.shtml

PM tem “espécie de carta branca para cometer crimes” 66

publicado em 05/04/2011 às 16h41:

PM tem “espécie de carta branca para cometer crimes”, afirma defensor de direitos humanos

Para Ariel de Castro, execução em cemitério de SP mostra que polícia mudou pouco

Ana Letícia Leão, do R7 
José Patrício/AEJosé Patrício/AE

Crime em Ferraz de Vasconcelos ocorreu no dia 12 de março deste ano 

Diante de um novo crime supostamente cometido pela Polícia Militar de São Paulo, em que um homem foi assassinado em um cemitério de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), o advogado especialista em segurança pública e membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, diz que a Polícia Militar atualmente tem “certa liberdade para cometer crimes”. A afirmação foi feita em entrevista exclusiva ao R7 na tarde desta terça-feira (5).

Para Alves, nos últimos tempos, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) tem atuado cada vez com mais “liberdade para matar” e há uma falta de controle dos crimes cometidos por policiais militares.

– Com relação à PM, ainda vemos que ela tem uma espécie de carta branca para cometer crimes. Nos últimos tempos, a Rota tem atuado com liberdade de ação e também vimos grupos de extermínio envolvendo PMs, o que é bastante preocupante. 

A reportagem do R7 entrou em contato com a Polícia Militar para rebater as afirmações feitas por Alves, mas, até a publicação desta notícia, a PM não se pronunciou sobre o assunto. Na segunda-feira (4), a instituição informou que está investigando com todo o rigor o caso da execução no cemitério da Grande São Paulo. Em nota, a corporação disse que “a rápida ação da testemunha, que soube distinguir os maus policiais e confiou na Polícia Militar, permitiu que o comandante do Batalhão da área identificasse imediatamente os envolvidos e os prendesse em flagrante delito, dentro do processo de depuração interna da Instituição, que não compactua com crimes e é implacável com desvios de conduta”.

O caso do homem executado no cemitério de Ferraz de Vasconcelos veio à tona na segunda-feira, quando vazou o áudio em que uma mulher, que visitava a sepultura do pai, denuncia a ação de dois policiais no dia 12 de março. A vítima tinha passagens pela polícia por roubo, receptação, formação de quadrilha e resistência, tendo sido liberado pelo sistema prisional em agosto de 2010. A testemunha, que está sob proteção policial, ligou para o 190 e descreveu o crime. Os policiais suspeitos do crime estão detidos no presídio Romão Gomes e vão responder por homicídio.

150 mortes

Segundo Alves, apesar do discurso de que os policiais estariam atualmente mais cumpridores dos direitos humanos, nada mudou. Ele apontou que relatórios atuais da Polícia Civil sobre execuções cometidas por PMs mostram que ocorreram mais de 150 mortes em menos de dois anos.

O defensor dos direitos humanos diz acreditar que, atualmente, as execuções da PM são mais camufladas e se escondem, por exemplo, por trás das chacinas.

– As situações são mais preparadas, mais difíceis de serem descobertas, por isso que temos chacinas, assassinatos, e depois é divulgado que a pessoa era envolvida com tráfico. Mas, que na prática, são assassinadas por policiais. Então, muitos que ficam sem uma investigação e uma elucidação são cometidos pela polícia. Elas [as situações] são muito mais camufladas. 

Alves criticou as ações do governo para tentar combater crimes envolvendo policiais e também da própria Corregedoria da PM.

– Falta uma reação do governo do Estado e da própria corregedoria da PM para combater a violência da Polícia Militar. Com relação à Polícia Civil, a corregedoria se tornou independente da corporação. Não dá pra se tratar com dois pesos e duas medidas. A gente vê certo favorecimento à Polícia Militar.

Veja como foi a ligação:http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/pm-tem-especie-de-carta-branca-para-cometer-crimes-afirma-defensor-de-direitos-humanos-20110405.html


 
Proteção à testemunha

Também em relação à execução na Grande São Paulo, Alves afirmou que os programas atuais de proteção às testemunhas no país são falhos e trazem muitos problemas às pessoas que se submetem a eles. A mulher que denunciou a cena no cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, está sob proteção policial.

– Esses programas acabam com a rotina da testemunha, ela tem que modificar completamente a vida e acaba sendo prejudicada. Até por isso, a maioria desiste [de fazer denúncias].

Segundo Alves, a partir do momento em que a testemunha entra no programa, na maior parte das vezes, precisa mudar de Estado, de nome e pode até viver sob escolta policial. Ele ressalta que os programas poderiam ser melhores se existisse mais parceria e apoio de organizações mundiais.

– Eles [os programas de proteção] servem para algumas pessoas, mas para a maioria gera dificuldades. O programa deveria melhorar bastante. Evitaria prejuízos na vida profissional e pessoal.