OFICIAIS DA ROTA COMANDARAM DESVIO DE COCAÍNA…A CORPORAÇÃO NÃO SE MANIFESTA 73

19/03/2011 – 04h37

PMs da Rota são filmados ao misturar droga em tambor em SP

ANDRE CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Imagens das câmeras de segurança de um depósito para materiais de construção colocaram em dúvida a atuação de oito policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tida como a tropa de elite da PM paulista, e foram usadas na revogação da prisão de quatro suspeitos de tráfico de drogas.

Vídeo

Os PMs foram filmados ao misturar num tambor um pó branco que disseram ser cocaína. Com base nas imagens, a Corregedoria da PM investiga a quantidade de droga apresentada pelos homens da Rota à Polícia Civil, se eles pegaram ou não parte do pó branco e também o grau de pureza do material.

Dos 19 PMs que estiveram na depósito, 3 são oficiais. Oito foram filmados ao misturar o pó branco no tambor. Eles dizem que o pó eram 17,5 kg de cocaína.

Pela lei, os PMs deviam ter preservado o local e a maneira como o pó branco foi encontrado. Para a Justiça, as imagens deixaram dúvida sobre a “materialidade” do crime de tráfico de drogas imputado aos quatro acusados pelos policiais da Rota.

Os PMs disseram à Polícia Civil ter apreendido o pó branco em uma mala que seria dos quatro acusados por eles de tráfico de drogas.

Os outros 11 PMs são investigados por acobertar os demais na operação de 20 de outubro de 2009, no Parque Santa Madalena (zona leste).

Em maio de 2010, o Tribunal de Justiça enviou as imagens para o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, para que ele tomasse providências.

Os PMs gravados ao misturar o pó branco são o segundo-tenente Phelipe Barreto Regonato, o subtenente Sérgio Antonio Soares Santana, o cabo Andrews da Silva e os soldados José Bezerra Leite, Elenilton Alves Gomes, Aleixo Romano Cesário, Silvio Leal Carvalho e André Luiz de Oliveira Júnior.

A Folha tentou falar com os PMs e com o comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, mas ninguém quis comentar o caso. A corporação também se recusou a informar se eles foram afastados das ruas.

O Delegado Luiz Carlos do Carmo – pretenso amigo e suposto instrutor de defesa pessoal de Saulo de Abreu – esteve no Shopping Higienópolis coletando informações sobre o relacionamento de Ferreira Pinto com jornalista da Folha de São Paulo 39

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Enviado em 19/03/2011 às 6:09 – KREMENSOV

Espionagem: identificado mais 1 delegado

Marcelo Godoy – O Estado de S.Paulo

A Corregedoria da Polícia Civil identificou mais um delegado suspeito de participar da espionagem contra o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. Trata-se de Luiz Carlos do Carmo, titular da Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele deve ser afastado do cargo na segunda-feira.

Carmo foi filmado no Shopping Pátio Higienópolis ao lado do então diretor do DHPP, delegado Marco Antonio Desgualdo, quando um grupo de policiais apanhou imagens de um encontro do secretário com um jornalista ocorrido dias antes. O objetivo era acusar Ferreira Pinto de estar por trás da divulgação de informações que provocaram a queda do sociólogo Túlio Kahn, responsável pelas estatísticas da Secretaria da Segurança.

O episódio provocou o afastamento de Desgualdo do cargo por quebra de confiança. Carmo disse que só acompanhou o diretor do DHPP ao shopping. “Quando percebemos que se tratava do secretário, saímos de lá”, disse Carmo. Além dele e de Desgualdo também são suspeitos dois outros delegados, um ex-delegado e dois investigadores.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110319/not_imp694131,0.php

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Delegado cai após “reciclar” investigação

Luiz Carlos do Carmo, que chefiava a 8ª Seccional, apresentou como inédita aos seus superiores apuração iniciada 2 anos antes

Foram cumpridos mais de 30 mandados, com apoio de 60 agentes fiscais destacados pelo governo do Estado; Carmo não se pronunciou

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Luiz Carlos do Carmo foi afastado do cargo de chefe da 8ª Seccional da Polícia por ter apresentado aos responsáveis pela segurança pública de São Paulo uma investigação sobre sonegação fiscal com mais de dois anos de duração como se fosse algo inédito e que iria render cerca de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Além de Carmo -até então responsável pela coordenação de dez delegacias da zona leste de São Paulo-, outros dois delegados (um titular e um assistente), três investigadores e um chefe de investigação, todos do 66º DP (Vale do Aricanduva), também deixaram seus cargos por conta da quebra de confiança. O afastamento foi publicado no “Diário Oficial” do Estado.
Procurado ontem à noite, Carmo não se pronunciou.
A queda de Carmo começou a ser desenhada em junho, quando, ao lado dos seis policiais do 66º DP, ele apresentou à cúpula da Polícia Civil de São Paulo um pedido de apoio para realizar uma megaoperação contra a sonegação fiscal praticada por 30 metalúrgicas da zona leste.
Carmo anunciou que o governo do Estado poderia arrecadar até R$ 50 milhões com os impostos sonegados. Disse ainda que o método de sonegação era inédito e que a operação teria grande repercussão.
Em meio à crise enfrentada pela Polícia Civil no período, principalmente devido a acusações de corrupção envolvendo caça-níqueis, o secretário da Segurança, Ronaldo Marzagão, e o delegado-geral, Mário Jordão Toledo Leme, deram sinal verde para a operação.
Mais de 30 mandados judiciais foram cumpridos por policiais, juntamente com cerca de 60 agentes e fiscais da Secretaria da Fazenda estadual, destacados especialmente pelo Palácio dos Bandeirantes.

Nada de novo
Dias depois, os advogados das metalúrgicas que foram alvo dos mandados judiciais tentaram, sem sucesso, obter cópias do inquérito policial. A dificuldade para obter os documentos (o inquérito era público e não tinha segredo decretado) chegou à cúpula da polícia, que decidiu apurar o motivo.
Quando o delegado-geral recebeu as cópias do inquérito policial com uma capa na qual constava o ano de 2005 como o da abertura da investigação, a ação de Carmo e de seus subordinados passou a ser vista como “quebra de confiança” e a sua saída foi decidida.
Atualmente, o inquérito sobre a sonegação fiscal é analisado pela cúpula da Polícia Civil, que busca indícios de irregularidades nas ações policiais. Já se sabe, por exemplo, que a investigação apresentada como inédita por Carmo começou em 2005 a pedido da Procuradoria Geral de Justiça e da Secretaria da Fazenda.
Também está comprovado que o “novo método de sonegação” é, na verdade, a velha tática das “offshores”, as empresas abertas em paraísos fiscais.
Carmo é amigo do ex-secretário da Segurança Saulo de Castro Abreu Filho

Procurado, Carmo não se pronunciou

DA REPORTAGEM LOCAL

Luiz Carlos do Carmo foi procurado no início da noite de ontem, por telefone, mas não atendeu ao pedido de entrevista.
O delegado-geral, Mário Jordão Toledo Leme, não quis se pronunciar ontem sobre o afastamento de Carmo.
Leme, que entrará em férias na segunda-feira, designou o delegado Aldo Galiano Júnior, diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), a central de todas as 93 delegacias da capital, para falar sobre o caso.
Segundo Galiano Júnior, a saída de Carmo ocorreu por conta de um programa de controle de qualidade nas ações policiais e também porque o delegado não tinha mais o perfil adequado para chefiar a 8ª Seccional.
Procurado à noite, o governador José Serra (PSDB) afirmou, por sua assessoria, não saber nada sobre a operação coordenada por Carmo. (AC)

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28/02/2009-10h16

Três delegados são suspeitos de compra de cargos de chefia em SP

ROGÉRIO PAGNAN
ANDRÉ CARAMANTE
LUIS KAWAGUTI
da Folha de S.Paulo

Os delegados Fábio Pinheiro Lopes, Emílio Françolin e Luís Carlos do Carmo são investigados pelo Ministério Público Estadual e pela Corregedoria da Polícia Civil pela suspeita de terem comprado cargos de chefia na Polícia Civil de São Paulo. Os policiais negam.

A investigação tem como ponto de partida o depoimento do ex-policial civil Augusto Peña dado à Promotoria neste mês e ao qual a Folha teve acesso. Peña, que não apresentou provas, diz que atuava como intermediário na negociação entre policiais e o então secretário-adjunto da Segurança Lauro Malheiros Neto.

De acordo com ele, Lopes pagou R$ 110 mil a Malheiros Neto para assumir a 3ª Delegacia de Investigações Gerais do Deic (divisão de combate ao crime organizado).

Já Françolin, sempre segundo o ex-policial, pagou R$ 250 mil para assumir a 5ª delegacia seccional da capital. Peña afirma ter sido o responsável pela entrega do dinheiro. A quantia foi entregue ao advogado Celso Valente, que seria outro intermediário de Malheiros na vendas de cargos e outros benefícios dentro da polícia.

Já Luís Carlos do Carmo também pagou, segundo Peña, por uma vaga no Detran. “O declarante não soube informar o valor porque recebeu apenas um pacote fechado”, diz outro trecho do depoimento.

Uma das hipóteses é que os policiais compravam os cargos para lucrar, por exemplo, com extorsões a investigados.

Os delegados Carmo e Lopes deixaram as funções após a saída de Malheiros Neto da secretaria. Carmo foi para uma delegacia do idoso e Lopes, para o 99º DP. Françolin continua na mesma seccional.

Nomeado para o cargo em janeiro de 2007, Malheiros Neto pediu exoneração em maio de 2008, logo após a prisão de Peña –acusado de extorquir dinheiro de integrantes do PCC.

No depoimento de agora, Peña confessou esse e outros crimes na tentativa de obter o benefício da delação premiada.

Esses benefícios, que podem reduzir a condenação do ex-policial, só são concedidos pela Justiça se as informações repassadas pelo acusado forem consideradas consistentes.

Amizade

De acordo com Peña no depoimento, ele e Malheiros Neto eram amigos havia anos. Foi a primeira vez que Peña admitiu manter uma relação próxima com o ex-secretário. A suposta ligação entre os dois foi denunciada ao Ministério Público por Regina Célia Lemes de Carvalho, ex-mulher do ex-policial.

Em janeiro de 2007, quando Malheiros assumiu o cargo de secretário-adjunto da Segurança, o então investigador disse ter sido procurado por ele para ser transferido a 3ª DIG do Deic. Lá, teria duas missões, segundo afirma no depoimento:

1) “Apertar o cerco em cima dos bingos e das máquinas de caça-níqueis, para poder arrecadar dinheiro de forma ilícita. Em outras palavras, cobrança de propina”; 2) “Ficar de olho” no delegado Fábio Pinheiro Lopes, “vigiando se o dinheiro [da propina] não era desviado”. “De acordo com o tamanho da casa de jogo, deveriam pagar de R$ 20 mil a R$ 200 mil mensais, em dinheiro”, disse.

Corregedoria

A investigação na Corregedoria trocou ontem de mãos. O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, substituiu o delegado Gerson Carvalho por um homem de confiança: Roberto Avino, que trabalhava ultimamente na Secretaria da Segurança.

Outro lado

Dois delegados classificaram as acusações como “infundadas” e “absurdas”. O outro não foi localizado.

O delegado Fábio Pinheiro Lopes, atualmente na chefia do 99º DP (Campo Grande), afirmou que “Augusto Peña é um bandido e que as acusações de corrupção feitas contra ele são uma vingança porque ambos são inimigos”.

De acordo com Lopes, Peña quer se vingar dele porque quando trabalharam juntos, no Deic, o delegado acusou o então investigador de desviar uma carga de videogames que estava apreendida na delegacia. “Esse rapaz é meu inimigo pessoal. Eu o expulsei do Deic”, disse.

Ainda segundo Lopes, as acusações de que teria pago R$ 110 mil ao ex-secretário-adjunto da Segurança Pública Lauro Malheiros Neto para assumir a 3ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) são infundadas. “Eu nunca fui processado, nunca tive uma sindicância na minha carreira [de 17 anos]”, disse.

Lopes também disse que, ao contrário do que afirmou Peña, ele nunca cobrou propina para protelar inquéritos policiais contra bingos ou donos de caça-níqueis.

O delegado Emílio Françolin classificou a acusação de ter pago R$ 250 mil a Malheiros Neto para assumir a 5ª Seccional como absurda.

O delegado Luiz Carlos do Carmo foi procurado pela reportagem em seu celular, mas não foi localizado até a conclusão desta edição.

O advogado de Malheiros Neto, Alberto Zacharias Toron, nega as acusações. Ele disse que seu cliente propôs ao Ministério Público ser ouvido, mas não obteve resposta, e ainda não conseguiu ter acesso ao inquérito.

O secretário da Segurança, Ronaldo Marzagão, não quis comentar o teor do depoimento de Peña, segundo sua assessoria. A pasta informou que a mudança de delegados na Corregedoria faz parte de uma série de transferências rotineiras.

O advogado Celso Valente não foi localizado.


Justiça manda reintegrar policial civil demitido sumariamente pela SSP 51

Enviado em 19/03/2011 às 0:58

Justiça manda reintegrar policial civil demitido sumariamente pela SSP

March 18 | Posted by Fábio Pannunzio | Direitos humanos, Manchetes, Notícias, Segurança Tags: Antônio Ferreira Pinto, Elison, Operação Pelada, readmissão

Por decisão da Primeira Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública terá que reintegrar à Polícia Civil o investigador Elison Rozziolli, demitido pela Secretária de Segurança Pública de São Paulo no curso de um procedimento administrativo cheio de contradições. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo desta quinta-feira, 17 de março.

Elison e dois outros investigadores foram acusados de concussão supostamente praticada contra um comerciante da periferia de Campinas. O Blog teve acesso à íntegra dos processos judiciais e do procedimento administrativo. A leitura atenta deixa claro que a demissão contrariou posição unânime do Conselho da Polícia civil, que por diversas vezes opinou pela suspensão das sanções administrativas até o trânsito em julgado do processo criminal instaurado para apurar a denúncia.

O fato que deu origem ao processo aconteceu em fevereiro de 2003. Elison, aprovado quatro anos antes em segfundo lugar no concurso para ingressar na PC, acabava de ser trasnferido do GARRA para a delegacia de roubos de autos. Ele e dois colegas faziam uma ronda quando localizaram um caminhão descarregando 200 dúzias de cerveja em um bar na periferia de Campinas.

O dono do estabelecimento não tinha a nota fiscal do produto. O motorista do caminhão levou dois dos três policiais até o depósito onde havia carregado o veículo. Elison permanceu o tempo todo no local da ocorrência vigiando o caminhão. Uma hora depois, os policiais trouxeram ao local o fornecedor da bebida com as notas fiscais de origem. O carregamento foi então liberado.

No mesmo dia, o fornecedor da bebida foi à Corregedoria e prestou queixa de concussão. Segundo ele, os dois policiais que estiveram no depósito exigiram dele R$ 4 mil ameaçando prendê-lo como suspeito de roubo de carga. Parte do dinheiro — R$ 1 mil — teria sido emprestada por um borracheiro vizinho.

O empréstimo foi confirmado pelo borracheiro e todas as testemunhas ouvidas na investigação aberta pela Corregedoria declararam ter procurado a polícia a pedido do comerciante. Ninguém, no entanto, afirmou haver testemunhado a entrega ou sequer a exigência do suborno, que estranhamente teria sido devolvido no mesmo dia por um vizinho do comerciante supostamente achacado.

Dias depois, quando foi ouvido pela segunda vez, o dono do depósito passou a negar o fato. Disse que havia mentido porque teria sido agredido por um dos investigadores e queria “prejudicar” intencionalmente os policiais.

Quem lê o processo fica com a impressão de que há várias inverossimilhanças na história. A primeira delas são as razões apresentadas para o arrependimento do denunciante. No campo das suposições, cabe, para argumentar, a possibilidade de que ele tenha sido coagido a mudar sua versão. Ainda assim, algumas anotações são inquestionáveis.

A primeira delas é a que dá conta de que Elison não estava no local onde teria sido tramada a concussão. Todas as peças afirmam que ele não estava no depósito, e sim a quilômetros de distância, no bar onde a bebida era descarregada, enquanto os colegas permaneciam com o empresário.

Na cena descrita nos depoimentos cabe a hipótese — pausível, no entendimento do Blog — de que a dupla tenha tentado extorquir o fornecedor da cerveja. Mas é certo que nela não aparece o investigador Elison.

A investigação da corregedoria, no entanto, não individualizou as condutas dos três policiais. Não levou em consideração que o dia em que se deu o episódio era o primeiro dia de trabalho de Elison na Delegacia de Roubos de Carros. Até a véspera, ele continuava no GARRA, nas mesmas funções em que foi lotado desde que foi aprovado — em segundo lugar, diga-se — no concurso da Polícia civil.

As contradições nos depoimentos das testemunhas não passaram desperbercidas ao delegado Luís Eduardo Carneiro, que presidiu o procedimento administrativo. Emm 25 de agosto de 2003 ele oficiou ao delegado-geral alertando que “há alguma divergência no depoimento das testemunhas”, e que seria necessário “aguardar o desenrolar do processo-crime, onde o denunciante poderá apresentar nova versão, ou confirmar uma delas”.

O delegado também opinou pelo sobrestamento da sindicância e a suspensão de todas as medidas punitivas que já haviam sido aplicadas até que a Primeira Vara Criminal de Campinas julgasse o processo criminal instaurado para apurar a denúncia.

O primeiro sobrestamento: reiterado diversas vezes, já alertava para a falta de consistência das provas.
O delegado-geral encaminhou o assunto ao Conselho da Polícia Civil. Este, por sua vez, acolheu por unamidade o voto do relator, delegado José Laerte Goffi Macedo, que determinou o sobrestamento do procedimento administrativo até o julgamento do processo-crime em 25 de outubro do mesmo ano. Consultado, o Ministério Público também se manifestou favoravelmente à suspensão temporária das investigações na instância administrativa, que foi determinado pelo então secretário de Segurança Pública Saulo de Castro Abreu.

No dia 9 de outubro de 2.007, Elison e os dois ocmpanheiros foram condenados em primeira instância. Os advogados dos policiais impetraram recurso ao Tribunal de Justiça e pediram novo sobrestamento do processo admnistrativo. Mas o recurso foi negado pelo então secretário de Segurança Pública Roberto Marzagão resolveu desconhecer a recomendação unânime do Conselho da Polícia Civil de aguardar o julgamento do recurso e demitiu os policiais a bem do serviço público.

O relator do caso na reunião do conselho asseverou, em seu voto, que “eventual reforma decisória poderia relfetir na decisão deste persecutório administrativo, que no sentido condenatório, quer no absolutório, haja vista a tempestividade de se aventurar num devisório sem a clareza necessária do conjunto probante”, no que foi acompanhado pelos demais conselheiros.

Despacho em que Antônio Ferreira Pinto decide manter a decisão de demitir os policiais, a despeito da decisão do TJ de absolvê-los.
A senteça da primeira instância foi reformada em no ano passado. Elison e os colegas foram absolvidos pela Décima-Quinta Turma do Tribunal de Justiça. Quando o acórdão foi publicado, ingressaram com um pedido de reconsideração da demissão. Mas o Secretário de Segurança Pública Antônio Ferreira Pinto decidiu desconhecer a absolvição na esfera criminal e manteve a pena aplicada por seu antecessor(veja fac-símile do despacho ao lado).

Durante os dois anos que se passaram, Elison experimentou todo tipo de privação. Perdeu o salário, os amigos e a dignidade. Ele disse ao Blog do Pannunzio que chegou a se sentir “como um leproso”, estigmatizado e sem perspectivas.

Sem renda para se manter, sobreviveu às custas da ex-mulher, uma advogada que lhe deu apoio incondicional. Enquanto isso, cursou direito e administração de empresas para tentar mudar seu campo de atuação profissional.

A angústia só teve fim quando ele viu publicada no Diário Oficial deo ontem a determinação de queseja reincorporado às mesmas funções que ocupava antes na Polícia Civil. Emocionado, com os olhos encharcados de lágrimas, ele jura que não fez o que lhe imputaram. Ainda não está certo sobre se continuará ou não como investigador. Mas agora ostenta com orgulho a carteirinha da OAB recém conquistada.

A consequência da decisão da Secretaria de Segurança Pública de manter a demissão vai custar caro ao contribuinte do Estado de São Paulo. Ele fará jus ao pagamento de todos os salário que não recebeu. E a sociedade foi onerada ainda mais, uma vez que o policial, caso prevalecesse o bom-senso, poderia estar ajudando a movimentar a máquina da segurança pública.

O caso encerra um emblema: até que seja condenado com sentença transitada em julgado, nenhum ciddão pode ser apenado. Nem na instância administrativa, nem em qualquer outra esfera.

http://www.pannunzio.com.br/archives/7857

NA PRÁTICA A REESTRUTURAÇÃO INDICA ESTADO PRÉ-FALIMENTAR DA POLÍCIA CIVIL…CHAMEM O ABÍLIO DINIZ PARA CUIDAR DA SECRETARIA DE SEGURANÇA 123

Reestruturação é paliativa, diz sociólogo

DE RIBEIRÃO PRETO

O coordenador do Centro de Pesquisas em Segurança Pública da PUC-MG e do instituto Minas Pede Paz, Luis Flávio Sapori, criticou o projeto de reestruturação da polícia. (VBF) 

Folha – O que o sr. acha do projeto?
Luis Flávio Sapori
– Vejo com preocupação e tristeza porque significa um paliativo para um problema emergencial, que é a carência de recursos humanos. É uma medida ruim para a população porque concentra serviços policiais em poucas unidades.

Qual seria a solução?
Melhorar os recursos humanos, melhorar e ampliar a produtividade e qualidade dos seus serviços e, terceiro, aproximar-se mais da cidadania.

DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DAS DELEGACIAS DE POLÍCIA É DE CAUSAR REVOLTA: PROVA DE QUE O GOVERNO NEM SEQUER SERIA CAPAZ DE ADMINISTRAR UM CARRINHO DE CACHORRO-QUENTE…O PSDB SÓ CUIDA DO QUE DÁ VULTUSOS LUCROS 57

Fechamento de delegacias causa protesto no interior

Em São Carlos, desativação de dois distritos policiais nesta semana surpreende moradores e autoridades

Para vereador, medida dificulta o acesso da população ao serviço policial; Campinas centralizou flagrantes

DE RIBEIRÃO PRETO

O fechamento de duas delegacias nesta semana em São Carlos (232 km de SP) surpreendeu moradores e autoridades. Eles dizem que o governo vai na contramão do que deseja a população.
As delegacias extintas foram incorporadas a duas outras, o que irritou uma das associações de moradores.
O vereador Normando Lima (PSDB), disse que a mudança dificultará o acesso da população. “O certo seria ter mais delegacias. A Justiça tem que mostrar suas garras, e não se retrair”, disse.

ASSALTO
Na segunda-feira -primeiro dia útil após o fechamento das delegacias-, a casa em frente a uma das unidades fechadas foi assaltada durante a noite. A família foi feita refém por uma hora e meia. Os bandidos levaram dinheiro, objetos e um carro das vítimas.
O presidente da associação de moradores do Jardim Santa Paula -onde ficava a delegacia-, Nivaldo Nale, 66, disse que o fechamento da unidade é “uma perda importante”. “Temos sofrido muitos assaltos e nossa esperança era a polícia. Agora, mais longe, será difícil”.
Em Campinas (93 km de SP), a tentativa de implantar o projeto entre 2009 e 2010 deu errado após uma onda de protestos. Diante do impasse, a saída foi criar a Central de Flagrantes. Em funcionamento desde maio, a unidade é responsável por receber todas as ocorrências em flagrante durante a noite, em feriados e também nos finais de semana. (VBF)

REENGENHARIA: PSDB EM CINCO CONSECUTIVAS GOVERNANÇAS PROMOVE O DESMONTE DA POLÍCIA JUDICIÁRIA…RETIRA QUADROS DE PEQUENAS CIDADES PARA AS MAIORES, FOMENTANDO A MIGRAÇÃO DA CRIMINALIDADE DOS CENTROS URBANOS PARA O CAMPO…SEM ESCOLA, SEM CINEMA, SEM ESPORTES, SEM SAÚDE, SEM EMPREGO, SEM JUIZ E SEM DELEGADO…A ÚNICA AUTORIDADE DIUTURNAMENTE PRESENTE: O COMANDANTE “CRACK” 60

SP reestrutura polícia e fecha delegacias

Pacote inclui fechamento de distritos policiais em cidades pequenas, onde a PM cuidará dos casos menos graves


Objetivo, segundo o governo, é otimizar o emprego dos recursos públicos e melhorar a qualidade do serviço

ROGÉRIO PAGNAN

DE SÃO PAULO

VENCESLAU BORLINA FILHO

DE RIBEIRÃO PRETO

O governo de São Paulo deu início a um pacote de mudanças na estrutura da segurança pública no Estado que deve afetar praticamente todas as 645 cidades paulistas e a forma de trabalhar das duas polícias estaduais.
A “reengenharia” do governo prevê o fechamento de delegacias nas cidades com menos de 10 mil habitantes e a aglutinação de distritos nas cidades de maior porte, o que inclui a capital.
Nas cidades pequenas, 43% dos municípios paulistas, a PM vai registrar boletins de casos de menor gravidade -que dispensam ação imediata dos investigadores.
Policiais civis que ficarão nas grandes cidades serão acionados quando houver crimes mais graves, como homicídios e flagrantes.
A reestruturação prevê a criação de polos -como se fossem superdelegacias- para atender a população.
Com o fechamento de pelo menos 96 delegacias no interior, 279 cidades ficarão sem unidades da Polícia Civil. O governo quer completar as mudanças até o final do ano.
“Há cidades que registram 80 ocorrências num ano”, disse o delegado-geral, Marcos Carneiro Lima. “Isso não significa que elas deixarão de ser prestigiadas.”
O plano incluiu a transferência do Detran para a Secretaria de Gestão Pública e a transferência de 1.349 policiais do órgão para a pasta da Segurança Pública.
O objetivo do governo, é otimizar o emprego dos recursos públicos e melhorar a qualidade do serviço de seus 35 mil policiais civis.
O governo iniciou a reestruturação em pelo menos 12 cidades. São João da Boa Vista, por exemplo, com 83 mil habitantes, ficará com apenas uma das seis delegacias existentes. Até agora, quatro já foram fechadas, inclusive a Delegacia da Mulher.

REGISTRO INTEGRADO
Dentro dessa “reengenharia”, o policial militar passará a registrar ocorrências num sistema integrado que os delegados acessarão.
Segundo o comandante da PM, coronel Álvaro Camilo, “num futuro próximo”, todos os policiais militares registrarão BOs no carro oficial.
O presidente do Sindicato dos Delegados, Jorge Melão, disse ser favorável à aglutinação. Para ele, a instalação de delegacias nunca havia atendido critérios técnicos.
“Agora, sobre a falta de policiais, não resta outra alternativa a não ser contratar mais”, disse.
O governo agora tenta convencer lideranças políticas e a sociedade da importância dessas mudanças. “Vamos fazer um trabalho de convencimento e de conscientização. Todos vão ganhar”, disse Carneiro.

EU ADORO O DATENA…EU ASSISTO O DATENA…DATENA É O CARA!… 60

Valeu Datena…

Vixit! Comparou o Dr. Pinto ao Fernando Collor: o caçador de marajás.

Enviado em 17/03/2011 às 18:26HITTIMAN

ACREDITE SE QUISER, MAS UM DOS PRINCIPAIS DEFENSORES DO FERREIRA PINTO NA MÍDIA JORNALÍSTICA É CONTRA A PERMANÊNCIA DO MESMO NA PASTA DA SEGURANÇA. DATENA, NAS OPORTUNIDADES QUE TEM TIDO EM SEU PROGRAMA DE RÁDIO, FAZ CRÍTICAS A FERRENHAS AO SECRETÁRIO E CHEGOU A DIZER QUE SE O ALCKMIN NÃO TOMAR UMA ATITUDE RAPIDAMENTE A COISA VAI FICAR PRETA. DATENA TENTOU FAZER UMA ENTREVISTA COM FERREIRA PINTO, NÃO CONSEGUIU. AGORA QUE O SECRETÁRIO CEDEU ENTREVISTA À GLOBO ACHO QUE AS CRÍTICAS IRÃO AUMENTAR. FIZ ESSE COMENTÁRIO HOJE ÀS 11:51, POIS É, AGORA NO PROGRAMA BRASIL URGENTE REALMENTE AS CRÍTICAS AUMENTARAM.

DATENA DESCEU A LENHA NO SECRETÁRIO E, ACREDITO EU, NUMA MENSAGEM SUBLIMINAR SUGERIU AO GOVERNADOR QUE O DEMITISSE.

Jornal Gente – JOSÉ PAULO DE ANDRADE DIZ QUE SECRETÁRIO USOU A MÃO DO GATO ( JORNALISTA ) PARA FRITAR TÚLIO KHAN; AGORA DESVIA O FOCO 110

Data: 17 de março de 2011 11:52
Assunto: Jornal Gente – Secretario
Para: dipol@flitparalisante.com
 


Segue em anexo discussão do jornalisa JOSE PAULO DE ANDRADE e o jornalista Rafael no Jornal Gente da última terça feira.

CRISE NA POLICIA PAULISTA LEVA A MÃO DO GATO À RÁDIO BANDEIRANTES

O FG-News abordou, ontem, a insídia que vem se desenvolvendo na polícia paulista, com reflexos danosos para a população.

O estopim dos acontecimentos foi a revelação de que o sociólogo Túlio Khan, chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento – CAP, responsável pela tabulação dos dados levantados pelo Sistema de Informações Criminais – Infocrim, vendia informações sigilosas a terceiros.

Em seguida, veio a denúncia de que o Secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, teria entregado a um repórter do jornal Folha de S.Paulo, um envelope possivelmente com os dados que levaram à demissão de Khan.

Como reação ao fato, veio o afastamento do delegado chefe do departamento de homicídios, Marco Antonio Desgualdo, por deslealdade.

E o que já era evidente não pode mais ser desmentido: a cúpula da polícia paulista está em guerra interna.

O resultado dessa disputa, qualquer que seja, não será bom para o cidadão comum. Entregue à própria sorte, o povo está ainda mais exposto à insegurança.

O “racha” policial foi motivo de discussão, no sentido literal da palavra, entre dois jornalistas da rádio Bandeirantes, na manhã desta terça-feira, dia 15 de março.

José Paulo de Andrade questionou o método empregado pelo secretário Ferreira Pinto no desenvolvimento do caso. José Paulo,  não gostou de o secretário ter se aproveitado de um jornalista – no caso, o profissional da Folha – para conseguir a demissão de Khan.

O veterano radialista/jornalista recriminou o gesto, que chamou de “usar a mão do gato” para conseguir o que queria. Se o secretário já sabia dos fatos – disse José Paulo – deveria ter demitido o funcionário, mas preferiu agir na surdina. Transformou o repórter em inocente útil.

Foi aí que o novato companheiro de programa de José Paulo, Salomão Esper e Joelmir Beting, o talentoso Rafael Colombo, entrou em cena para discordar do colega mais velho. A discussão, que você vai acompanhar, abaixo, teve “lances” muito interessantes. É, de certa forma, uma demonstração, no ar, de que os manuais modernos sobre as relações sociais e profissionais não lembram mais o que, um dia, foram.

José Paulo clamou por ética, ao recriminar o secretário Ferreira Pinto, acusado de ter camuflado a verdadeira intenção no episódio de Túlio Khan. Colombo foi taxativo, ao defender o secretário e o colega jornalista, da Folha: é assim que as coisas são feitas e ponto final. Esse é o processo histórico de fritura.

Eu, de fora, caro Zé Paulo, diria que Rafael Colombo tem razão. É assim, mesmo, que as coisas são feitas. De uns tempos para cá, cada vez mais, tudo tem sido assim, dissimulado, com a mão do gato.

Falando nisso, Zé, não lhe parece, não, que a mão do gato tem frequentado os estúdios da Bandeirantes? Mãos de gato, como delegação de poderes e funções, têm em comum o conhecimento prévio e o objetivo determinado. Afinal, dizem, manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Eu acrescentaria, “os frouxos preferem jogar ou trouxas no fogo”.  E para referendar o aprendizado via adágio popular, meu pai me dizia: trouxa não acaba, rareia. Ou seja, sempre haverá algum de plantão, pronto para o que der e vier.

Por último, José Paulo, ficou no ar uma incógnita que precisaria ser melhor explicada. O governador paulista, Geraldo Alckmin, temeria o que, exatamente, do atual secretário da segurança pública de São Paulo? Por favor, me explique. Sou ruinzinho nesse negócio de adivinhação.

Ouça a discussão no estúdio da rádio Bandeirantes, transmitido ao vivo.  O áudio nos foi enviado pelo amigo Luciano Amaral, da Tecom Clipping de Rádio

 

Imagens: www.acharpessoas.com / www.estadao.com.brwww.investigadordepolicia / www.laboratoriodetemas.com / www.cimitan.blogspot.com / www.radiobandeirantes.com.br / www.pt-br.facebook.com / www.arranha-mequeeugosto.blogspot.com / www.portalodia.com

DOUTOR BAD BOY, QUEM?…AQUELE CADEIRA PAGANTE; INSTRUTOR DE ARTES MERCENÁRIAS, DIGO, MARCIAIS 10

Enviado em 17/03/2011 às 11:12 hipocrisia pura

Doutor, publica, PLEASE!
Dá uma força!
A culpa foi do amigopol, distinto rapaz de aproximadamente, 1,70, magro, negro, cabelos curtos carapinha, que figura como chefe dos tiras “ad hoc” da delegacia de pessoas desaparecidas da proteção da pessoa!
Este Senhor embora não seja concursado na Polícia Civil, manda mais que os políciais daqui.
Ele e o Delegado dele, Dr. Garotão, estavam no Shoping para proteger a imagem do Secretário, à mando da secretaria de transportes!
Já pegaram a filmagem da sala de segurança do Shoping ou do corredor de acesso a sala de segurança do shoping?
O Doutor Bad Boy e sua ave extreme ops, só queriam ajudar a manter o Pinto no lugar dele!
Maldade, pura má interpretação!

Reestruturação da PC – Delegado geral se reúne com chefias para discutir novas diretrizes 168

 

———- Mensagem encaminhada ———-
De: Luiz Bacciotti
Data: 16 de março de 2011 16:51
Assunto: Reestruturação da PC
Para: dipol@flitparalisante.com

16/03/2011 – Delegado geral se reúne com chefias para discutir novas diretrizes

Na manhã desta quarta-feira (16), o delegado geral Marcos Carneiro Lima se reuniu com chefes de investigadores e escrivães de todos os departamentos da instituição para discutir os novos rumos para a Polícia Civil. As informações são do portal da Polícia Civil.

Marcos Carneiro expôs suas ideias e diretrizes no sentido de melhorar o trabalho e alcançar objetivos por ele estabelecidos. Algumas mudanças deverão acontecer na instituição e outras já estão em fase de utilização, como evitar que o policial tenha que se deslocar até a Delegacia Geral de Polícia (DGP) para retirar um ofício de apresentação em sua transferência de local de exercício. Todo esse trâmite será feito por via eletrônica, não precisando o policial deslocar-se até a DGP para retirar o papel.

Haverá mudança também no horário de trabalho. Atualmente, o policial que faz plantões trabalha diuturnamente, não tendo um horário fixo para que ele se habitue. A proposta é para que se faça o esquema de 12 por 48 horas, sendo que aquele que se fixar no plantão diurno somente trabalhará durante o dia, acontecendo o mesmo para quem trabalhar no período noturno. A razão para a mudança é preservar e conseguir melhores condições físicas para o organismo do policial.

Novas regras deverão acontecer para quem ingressar na Polícia Civil. A probabilidade é que se extinga a fase de prova oral, atualmente usada para classificação dos candidatos. Na Academia de Polícia deverão ser extintos os cursos de especialização direcionados para as diversas carreiras, permanecendo apenas para delegado, perito criminal e médico legista, os quais são responsáveis por equipes de trabalho.

O delegado geral também discutiu sobre a reestruturação da Polícia Civil, que deverá ter seus itens reduzidos para agilizar sua aprovação. As carreiras, que hoje totalizam 14, deverão ser reduzidas para 7, sendo elas delegado, investigador, escrivão, perito, médico legista, agende de polícia e agente de perícia.

RESPONDENDO AO LEITOR PERNALONGA: NÃO HÁ RELAÇÃO DA NOTÍCIA DE VENDA DE DADOS COM OS ARRASTÕES…TÚLIO KHAN NUNCA VENDEU DADOS SIGILOSOS…O SOCIÓLOGO FOI VÍTIMA DE CALÚNIAS PRATICADAS PELO JORNALISTA DA FOLHA…A ONDA DE ARRASTÃO É FRUTO DA DIMINUTA PRESENÇA DE POLICIAIS NAS RUAS…POLÍCIA NA RUA SÓ DURANTE O HORÁRIO DO PROGRAMA DO DATENA; POR MEDO DO HELICÓPTERO DA BAND 16

Enviado em 16/03/2011 às 14:02 – PERNALONGA
Pessoal, como leigo tenho uma pergunta: existe relação entre a venda de dados e a onda de arrastão?

Será que os bandidos sabem detalhes que os fazem agir tranquilamente?

 

Após 9º arrastão em restaurante neste ano, comerciantes reforçam segurança

Ladrões armados com pistolas e até metralhadora levaram joias, relógios e celulares de clientes do Galeto”s da Alameda Santos

16 de março de 2011 | 0h 00
Bruno Lupion e Elvis Pereira – O Estado de S.Paulo

Armados com metralhadora e pistolas, quatro ladrões fizeram anteontem o nono arrastão a restaurantes neste ano em São Paulo. O alvo, desta vez, foi o Galeto’s na Alameda Santos, em Cerqueira César. Os outros casos foram registrados em Pinheiros e na Vila Madalena, zona oeste. Neste último bairro, donos de estabelecimentos estão reforçando a segurança, instalando câmeras e contratando vigias. Até agora, ninguém foi preso.

Hélvio Romero/AE
Fachada do restaurante em Cerqueira César

Veja também:
mais imagens 
Toda a ação na Alameda Santos foi filmada
A invasão ao Galeto’s aconteceu pouco antes da meia-noite. Os ladrões renderam os 15 clientes que jantavam no local e recolheram 11 celulares, 37 cartões bancários, 3 relógios, 2 bolsas, 1 notebook e 2 folhas de cheque.

A psicóloga Cláudia Pinto, de 42 anos, levou duas coronhadas de um dos criminosos ao se recusar a parar de cantar uma música religiosa. “Comecei a cantar o hino e o ladrão mandou parar. Continuei, e ele me agrediu. Não parei, e ele me agrediu de novo. Depois, arrancou uma corrente que eu levava no pescoço.”

Cláudia havia ido ao local com amigos do trabalho após um evento. A supervisora de vendas Talita Lorenzi, de 26 anos, sua colega, teve bolsa e celular roubados. “Eles levaram as carteiras e tudo de valor que estava em cima das mesas.”

A ação durou três minutos. No fim, os ladrões entraram em um Vectra e fugiram. A Polícia Militar chegou pouco depois, após ser avisada por uma testemunha. “Foi surpreendente porque a Alameda Santos é uma área comum de passagem de viaturas”, afirmou o tenente Cleodato Moisés do Nascimento, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital. “Percebe-se que esse crime foi estudado, porque ninguém vai chegar aleatoriamente ali e praticar um roubo.” Procurada, a administração do Galeto’s não quis se pronunciar.

 

Segurança. Na Vila Madalena, bairro que registrou quatro arrastões neste ano (veja quadro abaixo), os proprietários de restaurantes estão aumentando a segurança dos estabelecimentos. O Rothko, na Rua Wisard, é um deles. A casa de culinária japonesa, inaugurada há quatro meses, foi roubada em 23 de fevereiro. “Havia clientes aqui. Foi horrível. Agora, contratamos segurança particular e também estamos pesquisando preços para instalar as câmeras”, diz a gerente, que não quis ser identificada.

“Assim que encontrarmos o melhor preço vamos instalar as câmeras de segurança”, diz Ricardo da Costa, de 24 anos, dono do Bar do Betinho, na esquina das Ruas Wisard e Girassol, alvo de dois roubos e uma tentativa de arrombamento, em 2000 e há um ano e meio. Além disso, ele decidiu encerrar as atividades mais cedo. “Antes fechávamos às 19 horas e, agora, quando começa a escurecer, vamos embora. E os garçons ficam espertos com a rua. Se percebem alguma movimentação estranha, pedimos para o cliente não sair ou chamamos a polícia”, diz.

Entidades do setor também estão se mobilizando. “Anos atrás, um assalto ou outro acontecia, mas hoje se tornou mais constante”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Joaquim Saraiva. “Temos agora de evitar que isso continue e piore.”

A entidade promoveria uma reunião na noite de ontem para discutir o assunto. “Defendo mais vigilância nessas áreas afetadas, mas não de segurança privada. Isso é uma questão de segurança pública. Temos de parar de transferir as responsabilidades governamentais ou municipais para os particulares.”

O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo vai encaminhar um ofício à Secretaria de Segurança Pública. “Não se trata de solicitar o favorecimento para um setor específico, porque os bandidos não estão atrás apenas de nossos caixas, mas dos clientes”, disse o diretor do sindicato, Edson Pinto. / COLABOROU MARCELA SPINOSA

CRONOLOGIA

Na mira dos criminosos

12 de fevereiro
Às 23h30, quatro ladrões entraram no Sakkana Suji, na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, pegaram cartões, telefones, relógios de clientes e fugiram num Toyota Corolla.

13 de fevereiro
Duas horas depois, o Kioku Japanese Food, na Rua Lacerda Franco, na Vila Madalena, foi alvo de quatro homens que fugiram em um Honda CR-V.

23 de fevereiro
Rothko, na Rua Wizard, Vila Madalena, é invadido por cinco ladrões, que recolheram R$ 4 mil, garrafas de uísque, cheques, cartões e celulares.

24 de fevereiro
Quatro homens entraram no La Trattoria, na Rua Antônio Bicudo, em Pinheiros, e levaram joias, iPhones e R$ 615 e fugiram em um Fiesta.

2 de março
Quatro homens fizeram arrastão num restaurante na Mourato Coelho, na Vila Madalena.

3 de março
Restaurante japonês na Rua Mateus Grou, em Pinheiros, foi atacado.

8 de março
Ladrões fazem arrastão na Francisco Leitão, Pinheiros.

9 de março
Outro restaurante japonês é alvo de bandidos na Vila Madalena – desta vez, na Rua Jericó.

O Juiz de Direito Marcelo Semer indica que estatística de ações penais ajuizadas em 2011, podem revelar que as estatísticas da SSP-SP são de duvidosa “higidez” 9

Enviado em 16/03/2011 às 12:23 – KREMENSOV

Quarta, 16 de março de 2011
SP: Homens da segurança não estão em guerra contra o crime

Marcelo Semer
De São Paulo

No final do ano passado, uma pesquisa de instituto conveniado com o Ministério da Justiça apontou o Brasil como líder mundial de crimes praticados com armas de fogo, resultado previsível diante da vitória da venda de armas no referendo.

Dois meses depois, pesquisa da Secretaria de Segurança Pública paulista indicou expressiva diminuição de crimes no Estado, muito além de nossa sensação e de nossa sensibilidade.

Para quem exerce o cotidiano de trabalho no Fórum Criminal da Barra Funda, no mínimo a surpresa, diante de um 2010 que excedeu a marca de dois mil processos criminais por vara – contagem que não considera os crimes não solucionados e menos ainda, a enorme cifra negra dos nem sequer comunicados.

A estatística paulista sofreu um revés simbólico dias depois de divulgada, quando a residência do ex-secretário de Segurança foi assaltada. O delegado-geral aproveitou a oportunidade para criticar a omissão dos vigias de rua, que, como se sabe, não representam papel algum na segurança “pública”.

Mas no meio desses sucessos ou insucessos da polícia, arrastões que se alternam entre edifícios e restaurantes, a imprensa nos faz saber que os homens da segurança pública estão em guerra em São Paulo. E não é contra o crime…

Algumas semanas atrás, tornou-se público um vídeo gravado por policiais da Corregedoria, mostrando delegados e investigadores despindo à força uma escrivã suspeita de corrupção. A corregedora geral caiu, e o próprio secretário, que supostamente teria tido conhecimento dos fatos logo em seguida, foi posto em xeque.

Ferreira Pinto é praticamente o único secretário herdado da equipe do ex-governador José Serra, candidato recentemente derrotado à presidência, a quem os cronistas políticos costumam chamar de desafeto de Geraldo Alckmin.

Quando a escolha do secretariado estava sendo gestada, notas na imprensa indicando uma limpeza realizada nos quadros da segurança por Ferreira Pinto foram importantes avalistas de sua permanência: a saída era propagandeada como vitória da “banda podre”.

Mas quando o vídeo dos delegados da corregedoria veio à tona, novamente o alerta. O que estava em jogo podia ser menos a vontade de expor eventuais abusos, do que a de causar dificuldades ao secretário.

Segundo se leu nos jornais, o jogo não parou por aí.

Um sociólogo, trabalhando no setor estatístico da secretaria de segurança, foi demitido logo após uma reportagem na Folha de S. Paulo indicando que estaria fornecendo a empresas, por meio de consultoria privada, dados ocultados da população em geral.

O profissional havia sido nomeado pelo ex-secretário Saulo de Castro e com a publicidade dos fatos, perdeu seu cargo, muito embora tenha afirmado que sua conduta não apenas era conhecida como recomendada na secretaria.

Pois uma semana depois, diversos blogs divulgaram imagens gravadas em um shopping center de São Paulo, do encontro do próprio secretário Ferreira Pinto com o jornalista que produziu a reportagem na Folha, dias antes da publicação. O shopping diz que a gravação do monitoramento foi requisitada por policiais civis.

Se é estranho supor que o secretário de Segurança precise de uma matéria de jornal para demitir um subordinado, mais surreal ainda é que policiais estivessem espionando o próprio secretário e tenham tornado públicas as imagens do encontro apenas para constrangê-lo.

Em face das repercussões do evento, o chefe do Departamento de Homicídios do Estado já chegou a ser afastado de seu cargo – sabe-se lá até onde a confusão chegará.

Já não bastasse o fato de que o cotidiano da política esteja com frequência estampado no noticiário policial, pelo excesso de corrupção, é ainda mais inusitado perceber que a atuação policial possa estar submetida ela mesma a intrigas internas ou político-partidárias.

Se o secretário atual é desafeto do anterior, se os cargos continuam em disputa, se os partidários de Alckmin e Serra perseveram em reproduzir escaramuças políticas, nada disso interessa à população do Estado, que quer ter seu direito à segurança respeitado.

O excesso de politização na gestão pública, que costuma ser condimento da crítica paulista ao governo federal, jamais deve condicionar a atuação das polícias.

Nem a política, nem a propaganda.

Temos motivos para duvidar da higidez de estatísticas que comemoram reduções abruptas da criminalidade.

Em outros tempos, como se sabe, já se mascarou a letalidade da ação policial por intermédio de autos de resistência seguidos de morte, que não se transformavam em inquéritos de homicídios. Diferentemente de outros Estados, como o Rio de Janeiro, São Paulo opta por manter sigilosos alguns números da violência, oficialmente para não alardear a população. Hoje sabemos que empresários interessados puderam conhecê-los.

Dados realistas, investigações à altura da conhecida inteligência policial, segurança pública que respeite limites éticos e meios legalmente permitidos. Há muito que a sociedade paulista pode exigir de suas polícias, que sabemos capacitadas.

De tudo o que não precisamos é que nossos homens da segurança se digladiem uns contra os outros.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4994899-EI16410,00-Em+SPhomens+da+seguranca+nao+estao+em+guerra+contra+o+crime.html

SÓ PRÁ DESCONTRAIR: MAD E TANGA SERÃO PROCESSADOS POR MANTER AMIZADE COM PESSOA DE NOTÓRIOS E DESABONADORES ANTECEDENTES CRIMINAIS: “PAULO GANSO” 22

Espionagem a secretário pode acabar em prisão

Ex-delegado Paulo Fleury é suspeito de se passar por policial para obter imagens de shopping

ANDRÉ CARAMANTE

DE SÃO PAULO

Os quatro identificados até agora no episódio de espionagem contra o secretário da Segurança Pública de SP, Antônio Ferreira Pinto, responderão a inquérito policial sob a suspeita de cometer crimes de prevaricação e usurpação da função pública.
A suspeita de usurpação da função pública recai sobre o ex-delegado Paulo Sergio Oppido Fleury.
O ex-delegado foi demitido em junho de 2010 da Polícia Civil por Ferreira Pinto e é suspeito de ter se passado por policial para obter as imagens do circuito de segurança do shopping Pátio Higienópolis, na região central de SP, onde Ferreira Pinto se encontrou com o repórter da Folha Mario Cesar Carvalho.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, investiga a ligação de Fleury com um grupo de matadores de aluguel que, entre outros crimes, tem ligação com a morte de sete policiais.
Os delegados Marco Antonio Desgualdo e Everardo Tanganelli Junior, suspeitos de terem ido ao shopping com Fleury, e o investigador Oswaldo Luiz Cardenuto também responderão a inquérito.
Até anteontem, Desgualdo, chefe da Polícia Civil entre 1999 e 2006 e homem de confiança do governador Geraldo Alckmin (PSDB), era diretor do DHPP (departamento de homicídios).
Desgualdo foi afastado após imagens do Pátio Higienópolis mostrarem que ele foi com os outros suspeitos atrás da gravação em que o secretário aparecia com o repórter da Folha.
De acordo com as investigações da Corregedoria da Polícia Civil, os quatro são suspeitos de divulgar as imagens do secretário com o intuito de prejudicar a imagem dele junto ao governador por terem perdido espaço na gestão de Ferreira Pinto.
Os quatro suspeitos queriam ligar o secretário à reportagem escrita por Carvalho sobre a venda de dados sigilosos por um funcionário da Segurança, o sociólogo Túlio Kahn, que foi demitido.

NOVOS DIRETORES DE POLÍCIA: “As substituições foram rápidas e, aparentemente, acertadas com delegados de fortes padrinhos políticos” 29

SP: Polícia Civil tem três mudanças em dois dias

Marco Antônio Desgualdo saiu do DHPP; Luiz Maurício Blazeck, do DAP e Elson Alexandre Sayão, do DIRD

SP: Polícia Civil tem três mudanças em dois dias

Reprodução / Site Oficial

Hora da Verdade
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Para tentar acalmar a crise na corporação, a Polícia Civil de São Paulo mudou três diretores em apenas dois dias.

Na manhã de segunda-feira, Marco Antônio Desgualdo foi retirado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Já nesta terça-feira, outros dois diretores que ocupavam departamentos no mesmo prédio também perderam os cargos. Luiz Maurício Blazeck deixou o DAP (Departamento de Administração e Planejamento) e Elson Alexandre Sayão não dirige

mais o Departamento de Identificação de Registros Diversos (DIRD).

As substituições foram rápidas e, aparentemente, acertadas com delegados de fortes padrinhos políticos. Jorge Carrasco é o novo diretor do DHPP, Silvio Balangio comandará o DAP e Aldo Galiano Júnior é o chefe do DIRD.

As mudanças ocorrem na semana seguinte a uma grande disputa entre o secretário de Segurança Pública e integrantes do antigo Conselho da Polícia Civil. Por causa da briga, Marco Antônio Desgualdo, que era o chefe do conselho no governo anterior a Geraldo Alckmin, perdeu o comando do DHPP.

Outros delegados que ocupavam postos privilegiados, quando Saulo de Castro Abreu Filho era o chefe da Segurança Pública, estão sendo investigados. Mesmo assim, Saulo garante que tem um bom relacionamento com Ferreira Pinto, mas diz que eles evitam conversar sobre assuntos chatos.

“Eu não quis ser, nem quero ser de novo, eu já fui secretário. Eu acho que ele (Ferreira Pinto) está fazendo um bom trabalho, o que pode ter são problemas internos na corporação. Isso sempre ocorreu desde que a polícia existe. É da estrutura corporativa. Uma instituição que tem pessoas com problemas de relacionamento. Não conheço o problema, a relação é tranquila. Eu converso com o secretário, mas a gente tenta evitar assunto chato”, declarou Saulo.

Com todas alterações, Antonio Ferreira Pinto mostrou que está forte no cargo e prestigiado pelo Governo do Estado de São Paulo.

Ouça mais detalhes com o repórter Jovem Pan Thiago Samora no jornal Hora da Verdade