Delegado defende entrega de Relints ao MPF

Fogo amigo

Delegado defende entrega de Relints ao MPF

Por Marcelo Auler

A possibilidade de existirem Relatórios de Inteligência (Relint) “ideológica ou materialmente falsos”, elaborados pelo Setor de Inteligência Policial da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Rio de Janeiro (SR/DPF-RJ), é aventada pelo delegado federal de classe especial Victor Cesar Carvalho dos Santos. Ele tem 42 anos, ingressou no quadro pelo concurso de 1997 e desde 1999 está lotado no Rio de Janeiro.

Comentando a reportagem da revista Consultor Jurídico sobre a briga entre o Ministério Público Federal e a SR/DPF-RJ em torno do acesso dos procuradores da República aos Relatórios de Inteligência, Victor Cesar defende, ao contrário de muitos colegas seus, que “controle externo não é sinônimo de abrir as pernas”, como se diz no jargão policial. Não temer o controle externo é mostrar que há transparência na atuação policial e não temer nada e ninguém, afirma.

Para ele, tentar negar o acesso dos procuradores a estes relatórios de inteligência, justificando a medida como “defesa institucional” do DPF, “é uma forma de esconder os objetivos e condutas do administrador nas áreas de inteligência e correcional”. Já a falta de controle, no seu ponto de vista, gera favorecimentos e discriminação, conforme a conveniência das chefias: “Não ter controle é autorizar o administrador (conveniência e oportunidade) a absolver os amigos e condenar os inimigos”.

Nos seus comentários, o delegado especial diz que é um “engodo” o mote adotado pela administração geral do DPF de “gestão por competência”. E afirma: “Somos todos vítimas do maior e jamais visto ‘estelionato’ na área de segurança pública”. Ele acrescenta, no que pode ser considerada uma crítica às notícias que dão como certo a ida do superintendente do Rio, Ângelo Fernandes Gioia, para o cargo de Adido Policial na embaixada brasileira em Roma: “Quem trabalha muito, erra muito. Quem trabalha pouco, erra pouco. Quem não trabalha, não erra e aí é promovido. Isso é gestão por competência”.

O texto encaminhado à ConJur pelo delegado surgiu como defesa do seu colega, o delegado federal Paulo Roberto Falcão, apontado, em Relatório de Inteligência, como membro de uma quadrilha de contrabandista que atuava no Aeroporto Internacional do Rio, na época em que ali chefiou (2/2008 a 3/2009). Embora datado de 2008, este Relint só foi tornado público em 2010, após um desentendimento entre Falcão e o superintendente Gioia. Neste meio tempo, Falcão ocupou a Corregedoria da SR/DPF-RJ, cargo de confiança do superintendente, que jamais poderia ser preenchido por alguém com suspeita de envolvimento criminal.

O próprio Falcão, em comentário postado na reportagem publicada pela ConJur expôs que a “denúncia anônima feita a mim e a três delegados da safra nova, é absolutamente falsa, plantada por canalhas, desafetos prejudicados em seus interesses escusos, e/ou por fantoches/marionetes, e parecem servir a propósitos inconfessáveis”. Para Victor Cesar, tratou-se de um ato “um ato sórdido e criminoso”.

Nos comentários de leitores feitos sobre a reportagem publicada, também o procurador da República, Vladimir Aras, saiu em defesa do delegado Falcão: “A briga do MPF não é contra a PF; é contra certas figuras que têm verdadeira paixão por tudo que é secreto. Na PF há delegados excepcionais. Conheço vários. Um exemplo é o DPF Paulo Roberto Falcão com o qual tive a honra de trabalhar no caso Banestado (Operação Farol da Colina) em Curitiba. Todos os membros do MPF que atuaram naquela força-tarefa (2003-2006) confiavam plenamente na sua integridade e nunca duvidaram do contrário”, escreveu.

Abaixo a ConJur transcreve a íntegra do comentário do delegado Victor Cesar, que na superintendência do Rio já chefiou, entre outras, as Delegacias e Repressão a Entorpecente, do Aeroporto Internacional do Galeão e a Delegacia de Defesa Institucional (Delinst), o antigo Dops, que cuida da segurança de autoridades e faz investigações de ordem política.

Leia o comentário do delegado Victor Cesar Carvalho dos Santos enviado à ConJur:

“É interessante que todos vejam esse absurdo, para que não sejam vítimas de um ato tão sórdido e criminoso como este cometido contra o DPF Falcão, profissional de conduta ilibada e que merece o nosso respeito.

Como explicar o fato de o DPF Falcão ter sido escolhido e ter tomado posse como Corregedor em 2009, tendo contra si um “Relint” de 2008, que o apontava como membro de um esquema criminoso na Delegacia do Aeroporto? Será que o “Relint” era tão sigiloso ao ponto de não ser de conhecimento do Sr. Superintendente ou de quem o assessora?

E pensar que o mote da Administração Geral é “gestão por competência”. Puro engodo. Somos todos vítimas do maior e jamais visto “estelionato” na área de segurança pública.

Quem trabalha muito, erra muito. Quem trabalha pouco, erra pouco. Quem não trabalha, não erra e aí é promovido. Isso é gestão por competência.

Qualquer órgão ou gestão sem controle abre uma porta perigosa para o cometimento de ilegalidades.

O velho e conhecido ditado popular se amolda ao caso: quem não deve, não teme.

Dar uma conotação de “defesa institucional” a negativa ao MPF do controle externo sobre os documentos produzidos nos Serviços de Inteligência ou Corregedoria, é uma forma de esconder os objetivos e condutas do administrador nas áreas de inteligência e correcional. Não ter controle é autorizar o administrador (conveniência e oportunidade) a “absolver” os amigos e “condenar” os inimigos.

A relação entre Polícia e MP deve ser respeitosa e cada um cumprindo sua função constitucional e legal. Controle externo não é sinônimo de “abrir as pernas”, como se diz no jargão policial. Não temer o controle externo é mostrar que há transparência na atuação policial e não temer a nada e ninguém.

Todos conhecem minha postura de defender uma Polícia com mais autonomia e sem ingerência política. Mas isso não quer dizer que possamos estar acima ou a margem da lei.

Com a abertura da “Caixa Preta”, quero ver os responsáveis pelos “Relints”, que por ventura forem comprovadamente ideológica ou materialmente falsos, serem civil, criminal e administrativamente responsabilizados. O “Relint” é, em regra, apócrifo, sob a justificativa de proteger o “homem de inteligência”. Será? E se ele for um criminoso ou estiver a mando deste? Alguém ainda acredita que só haja “santos” nos órgão de inteligência ou corregedorias?

Polícia não é lugar pra frouxo, portanto temos que lutar pelos nosso direitos, sem medo de desagradar a quem quer que seja. O frouxo é pior que o criminoso, pois este a todo tempo renova a chance de ser preso e extirpado do nosso meio. E o frouxo? Esse convive entre nós e nada lhe acontece, pois está sempre escondido, defendendo seus próprios interesses.

A ação ilegal e criminosa contra um policial é uma agressão a todos da instituição e a ela própria. Quem como policial, permite, fingindo que não vê, sob a justificativa de que isso não lhe diz respeito, que é “briga de cachorro grande” ou que é perigoso, não é digno de ocupar tão nobre função. Frouxidão deveria ser considerado falta grave, passível de demissão a bem do serviço público.

Victor Cesar Carvalho dos Santos Delegado de Polícia Federal Classe Especial – Mat. 8081

Marcelo Auler é jornalista.

Revista Consultor Jurídico, 22 de março de 2011

Dados sigilosos ?…Caso Khan – roubo a condominio – como eram sigilosos se o Estadao deu a materia ??? 31

jose  anselmo silva

para dipol@flitparalisante.com

data21 de março de 2011 16:10
assuntoFwd: dados sigilosos ??? caso Khan – roubo a condominio
assinado porgmail.com

Como eram sigilosos se o Estadao deu a materia ???
 
Marcelo Godoy, Rodrigo Burgarelli – O Estado de S.Paulo
Dinheiro, celular, joias, relógios, documentos e notebooks são os principais alvos dos ladrões de condomínio. A lógica do dinheiro fácil mostra a razão de esse crime ter atraído sequestradores e ladrões de banco. Em média, os bandidos roubaram R$ 64,2 mil em cada assalto entre 2005 e 2009.

Multimídia. Veja raio X dos ataques a condomínios
O estudo feito pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), da Secretaria da Segurança, mostra que os chamados roubos organizados – cometidos por mais de três ladrões com o uso de armas longas, como fuzis – rendem R$ 113, 9 mil às quadrilhas. Nos roubos praticados pelos chamados pés de chinelo, os ladrões amadores, o valor roubado é, em média, de R$ 51,7 mil.
A análise dos casos mostra que os criminosos invadiram mais de uma unidade do condomínio em 33,7% dos crimes e abordaram de modo violento a vítima em 66,4% dos casos. O método preferido para entrar em um condomínio ainda é o de pular o muro (30%), seguido pelo uso de algum subterfúgio, como a entrega de pizza ou a clonagem do carro de um dos moradores (21,7% do total). A invasão à mão armada da portaria ficou apenas em terceiro lugar (19,1%). “Os ladrões evitam isso porque precisam de tempo para agir e não podem ser descobertos”, afirma o delegado Antônio Carlos Heib.
A CAP constatou que 80,5% dos condomínios atacados tinham algum tipo de equipamento de segurança. “O problema é que a segurança em condomínio nem sempre é feita por pessoal preparado”, diz José Jacobson Neto, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Vigilância e Segurança (Abrevis).
Tendência de queda. Cerca de 3 mil condomínios no País têm seguranças de empresas. O mercado que movimenta cerca de R$ 140 milhões por ano. Para o vice-presidente do sindicato da habitação (Secovi), Hubert Gebara, há uma tendência de diminuição de roubos. Contribui para isso, segundo ele, a crescente profissionalização da segurança. Segundo Gebara, os novos empreendimentos já são planejados com infraestrutura de vigilância, o que não ocorria alguns anos atrás. “A Polícia Militar e a Polícia Civil também estão trabalhando melhor em prevenção e investigação. Várias quadrilhas foram desbaratadas.”
Preste atenção
1. Para evitar roubos, siga as regras de segurança do condomínio, como aguardar liberação para deixar entrar um visitante ou não conversar com os seguranças durante o serviço
2. Avise antecipadamente as visitas e entregas que está esperando. Caso seja algo inesperado, confirme com exatidão na portaria, antes de descer
3. Quando for realizar festas, passe todas as informações necessárias à portaria, especialmente a lista exata de quem vai participar do evento
4. Mantenha seu veículo trancado e sem objetos à vista na garagem. E sempre acenda a luz interna ou abaixe o vidro ao chegar, para facilitar o reconhecimento pelos vigias
5. O síndico deve evitar a rotatividade de funcionários. Na hora de contratar, não dispense as referências e o atestado de antecedentes criminais
6. Participe das reuniões de condomínio. Todo morador é o maior interessado em preservar a integridade física da família e dos amigos

Carros da PM terão dados de ladrões de condomínio
Agência Estado
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São Paulo – Todos os carros da Polícia Militar (PM) vão carregar os dados dos ladrões e dos roubos a condomínio ocorridos nos últimos 30 dias. A medida faz parte do Programa de Prevenção e Repressão de Roubos a Condomínios adotado ontem pela Secretaria da Segurança Pública. Também foi decidido que a Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) criará um banco de dados para armazenar as informações sobre esses crimes. Na semana passada, a secretaria já havia anunciado a criação de uma delegacia que concentraria os casos de roubos contra condomínios – a 4ª Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, que teve suas atribuições redefinidas.
O programa de combate aos roubos, criado por meio de resolução do secretário Antonio Ferreira Pinto, definiu roubos a condomínio como a “ação que tenha por alvo uma ou mais unidades de um mesmo condomínio, ainda que a abordagem à vítima ocorra em local externo, visando à facilitação do ingresso na área condominial”.
Todos os casos passarão a contar com o trabalho conjunto entre os Departamentos de Polícia Judiciária na Capital (Decap) e de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). Equipes de policiais serão despachadas para os locais do crime assim que eles ocorram para reunir a maior quantidade possível de dados sobre o caso. Além do Deic e do Decap também serão informadas de imediato as Polícias Rodoviárias Estadual e Federal. A Academia da Polícia Civil criará em 45 dias um curso para treinar policiais para trabalhar com esse tipo de delito.
São esses dados – como os carros e objetos roubados, além da descrição física dos ladrões – que serão repassados à Polícia Militar para que todas as viaturas que patrulham a cidade mantenham um arquivo com os casos ocorridos nos últimos 30 dias. “A ideia é garantir rapidez na apuração, pois quanto mais rápido o policial começa a apuração, maior a possibilidade de sucesso”, afirmou o delegado Marco Antônio de Paula Santos, diretor do Decap. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Pinheiros, Vila Mariana e Morumbi: os mais visados por ladrões de condomínio
20 de maio de 2010 | 0h 00
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Marcelo Godoy – O Estado de S.Paulo
Três assaltantes invadem o condomínio Ventana na zona sul de São Paulo. Os ladrões são violentos. Vasculham apartamentos por três horas e fazem dez moradores reféns, entre eles um bebê. Depois, fogem sem deixar pista. O caso, que ocorreu ontem no Morumbi, retrata o perfil desse tipo de crime. É o que revela o maior estudo feito até hoje no Estado sobre roubos a condomínios horizontais e verticais.
O assalto de ontem ocorreu em um dos bairros mais visados por criminosos. A pesquisa mostra que Pinheiros (1.º lugar), Vila Mariana (2.º) e Morumbi (3.º) lideram esse ranking na cidade. Os bandidos mais armados e organizados concentram-se na capital. Usam fuzis, submetralhadoras e ? outra coincidência para o caso de ontem ? preferem atuar na quarta-feira, dia que concentra 19,96% dos registros.
Responsável pelo trabalho, a Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) dissecou 317 casos registrados no Estado de São Paulo de 2005 a 2009. A explicação para a concentração dos roubos nas zonas oeste e sul da capital e em cidades como Campinas e Sorocaba é fácil para a polícia. “O ladrão vai onde o dinheiro está”, disse o delegado Antonio Carlos Heib, da Delegacia Especializada em Combate a Roubos e Condomínios do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).
A proliferação desse tipo de crime levou o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, a criar, em setembro de 2009, uma delegacia especializada nesse delito. Depois disso, 14 (66,6%) dos 21 casos de arrastão investigados foram esclarecidos pelo Deic. Muitos dos ladrões de condomínio atuais são velhos conhecidos de Heib, gente que ele buscava quando trabalhava na Divisão Antissequestro.
Perigosos. “São bandidos perigosos”, disse Heib. A pesquisa mostra que, de 2005 a 2009, 313 criminosos foram acusados desse crime no Estado ? a maioria é branca (40,4%) e tem o ensino fundamental completo (32%). Assim como no assalto de ontem, em 32,2% dos casos os ladrões agiram encapuzados e em 74,8% deles, os criminosos tinham armas de pequeno porte. / COLABOROU ELVIS PEREIRA

MAIS SOBRE AS INFUNDADAS ACUSAÇÕES CONTRA TÚLIO KHAN: projeto “sigiloso” com a Agencamp saiu no D.O…. 3

———- Mensagem encaminhada ———-
De: jose anselmo  silva

Data: 21 de março de 2011 16:17
Assunto: projeto “sigiloso” com a Agencamp saiu no D.O….
Para: dipol@flitparalisante.com

nnunes, carlos.alencar
mostrar detalhes 20 mar (1 dia atrás)

de Saúde está sendo conduzido pela Câmara Temática de
Saúde, o Sistema Integrado de Segurança Publica pela Câmara
Temática de Segurança, o Corredor Estrutural Rodoviário
Metropolitano e a Ampliação do Aeroporto de Viracopos dirigidos
pela Câmara Temática de Transportes, o Programa de
Redução de Acidentes com Vitimas terá inicio com a Câmara de
Trânsito, a Câmara de Saneamento e Meio Ambiente tem trabalhado
as questões de resíduos sólidos e de saneamento, e a
Câmara Temática de Habitação está voltada à elaboração de
um Plano Metropolitano de Habitação. Além destes projetos,
outros cinco são prioritários, mas têm um plano de trabalho
mais longo com perspectiva para até 2011, são eles: a proteção,
conservação, recuperação e controle dos recursos hídricos
das bacias PCJ e o reflorestamento de matas ciliares e áreas
degradadas, ligados à Câmara Temática de Saneamento e Meio
Ambiente; o Censo Cultural da RMC pela Câmara Temática de
Cultura; o Marketing da RMC pela Câmara Temática de
Desenvolvimento Econômico; e o Programa de Qualificação
Técnica e Tecnológica discutido na Câmara Temática de
Educação. A Sra. Márcia falou sobre o sistema de funcionamento
das Câmaras, cujas reuniões são regulares e acontecem
geralmente uma vez ao mês, em horários, dias e semanas previamente
agendados. À respeito da coordenação, disse que
metade das Câmaras são coordenadas por representantes do
Estado e, a outra metade, por representantes dos municípios.
Sobre as Câmaras Temáticas de Desenvolvimento Econômico e
de Trânsito contou que terão suas primeiras reuniões na semana
seguinte, porquanto as de Segurança e Planejamento e Uso
do Solo, embora tenham iniciado os trabalhos em 2008, no
momento, não têm reuniões regulares; outras seis se reúnem
regularmente e, em alguns casos, até mais de uma vez por mês.
A Senhora Secretária Executiva apresentou um gráfico com o
objetivo de fazer um balanço da participação dos municípios
nas referidas Câmaras, de acordo com o número de reuniões
que o município se fez representar em cada uma delas desde o
inicio de 2008. Foi observado que Engenheiro Coelho e
Holambra, os dois municípios com participação menos efetiva
nas reuniões, são também os menores da RMC e, notadamente
têm maior dificuldade de participar das Câmaras devido ao
menor número de pessoas envolvidas na administração direta.
Jaguariúna e Valinhos têm a maior participação, comparecendo
em todas as seis Câmaras Temáticas com reuniões regulares.
Para cada Câmara a Sra. Marcia relatou o número de reuniões
em 2008 e o número médio de municípios participantes. Em um
detalhamento, mostrou os trabalhos realizados pelas Câmaras
e a agenda de trabalho prevista até o final do ano.
Primeiramente falou sobre a Câmara Temática de Cultura,
envolvida com o Censo Cultural da RMC e empenhada na coleta
e levantamento de dados já existentes, além de trabalhar na
formatação, discussão e planejamento do V Fórum Cultural da
RMC, que será sediado em Americana. Com relação aos próximos
passos, há a realização propriamente dita do Fórum na
última semana de agosto, e está previsto o término do levantamento
de dados para o Censo Cultural, cuja divulgação será
eletrônica e contará com o apoio do Seade a partir de um contrato
já elaborado entre o Seade e a Agemcamp. Já a Câmara
Temática de Educação, além de trabalhar na discussão de
assuntos como o Programa de Desenvolvimento e Educação
para a melhoria dos índices do IDEB, ações da Secretaria
Estadual de Educação, a Provinha Brasil vinculada à educação
de nove anos e a adesão dos municípios ao Saresp versão 2008,
tem participado no planejamento do Fórum Educacional, organizado
pelo Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada (IBSA), e
que será realizado entre 20 e 22 de agosto na Região
Metropolitana de Campinas. Até o final do ano, a Câmara conta
ainda com uma agenda de discussão de temas municipais, funcionando
como um fórum de troca de experiências, tem se discutido
também o envolvimento da Câmara no projeto prioritário
de desenvolvimento do programa de qualificação profissional
técnica e tecnológica. Por sua vez, a Câmara Temática de
Habitação elaborou e aprovou um Termo de Referência e, a partir
disso, foi feita uma apresentação do CDHU sobre o Fundo
Garantidor, mecanismo de viabilização de moradias de interesse
social, bem como o levantamento de pesquisas do IBGE
sobre habitação e uma visita à Americana para conhecer a
Fábrica de Casas Ecológicas. Está em andamento o compartilhamento
de experiências dos municípios na elaboração de planos
municipais de habitação e, na próxima reunião, serão realizadas
visitas em locais de interesse. Servindo de apoio aos
municípios para elaboração dos planos os quais devem ser
entregues até 2009, a Câmara deve elaborar, em cima disso, o
Plano Metropolitano. Quanto à Câmara Temática de
Saneamento e Meio Ambiente, contou que já foram discutidos
programas do Estado, foi feito um workshop em Jaguariúna
voltado para a questão dos resíduos sólidos, onde foi apresentada
a experiência do Consórcio Intermunicipal de Lixo, além da
explanação da Secretaria de Saneamento e Energia e do EMAE
sobre as unidades de tratamento térmico de resíduos e discussão
do resultado do relatório Fluxis, contratado pela
Agemcamp em 2007, que faz um diagnóstico da gestão de resíduos
com recorte para a região. Também foi elaborado um
Termo de Referência e foi encaminhada uma consulta à EMAE
sobre o desenvolvimento do estudo de viabilidade para a instalação
das unidades de tratamento térmico na Região
Metropolitana de Campinas, sendo ambos os assuntos a serem
discutidos até o final de 2008. A Câmara de Saúde trabalha
desde janeiro e está envolvida diretamente no Plano
Metropolitano de Saúde, o que levou à elaboração de um
Termo de Referência e à contratação do Programa de Estudos
de Sistemas Regionais de Saúde (PES) no Núcleo de Estudos de
Políticas Públicas da Unicamp. Inicialmente foi feito um alinhamento
conceitual, a definição de estratégias, o estabelecimento
de metas e a definição dos projetos do Plano. Em função da
sua validação, ressaltou que é de extrema importância o comparecimento
dos Secretários de Saúde na reunião do dia 29 de
agosto, no Sindicato dos Médicos de Campinas. Após a validação
pela Câmara, será submetido ao Conselho de
Desenvolvimento e, como último passo, a apresentação e divulgação
do Plano Metropolitano de Saúde. Esta Câmara também
se envolveu ativamente com a utilização de recursos disponibilizados
no Fundo Nacional de Saúde, fruto da emenda elaborada
pelo Deputado Vanderlei Macris, que inclui no orçamento
geral da União o destino de recursos para a saúde na RMC. À
princípio foram liberados cem mil reais, e a Agemcamp e os
municípios tiveram um trabalho imenso em aprender como funciona
o sistema, fazer o cadastramento de todos os equipamentos
necessários e suas especificações técnicas, etc. Todos
os municípios puderam indicar equipamentos a serem adquiridos
e, no total, foram solicitados 427 equipamentos representando
um investimento de 120 mil reais, sendo 20 mil por parte
da Agemcamp e o restante do Fundo Nacional de Saúde. Já a
Câmara de Transportes tem trabalhado na aquisição das licenças
do Map-info, envolvendo-se com o SIG Caminhos
Metropolitanos. Para a execução deste projeto, a Agemcamp
elaborou e acompanhou a assinatura dos Termos de
Compromisso e, a partir disso, foi feito um workshop técnico
discutindo aspectos específicos, bem como visita a todas as
Prefeituras verificando as condições físicas e de pessoal para a
operação do sistema, além da apresentação da Empresa
Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) sobre o novo
sistema de bilhetagem eletrônica, com impacto em vários municípios,
e discussão de questões relacionadas tanto ao corredor
metropolitano quanto à municipalização do serviço de guincho.
Os trabalhos terão continuidade com o acompanhamento da
implementação de todos os passos do SIG CM e com a discussão
mais específica do impacto das praças dos pedágios nas
cidades e das concessões de rodovias e ferrovias na região. As
Câmaras Temáticas de Segurança e Planejamento e Uso do Solo
não estão com reuniões regulares, mas a primeira já tem marcada
a próxima reunião para o dia 11 de setembro e, a partir de
então, será estabelecida uma agenda de trabalho regular com
reuniões mensais, e haverá a apresentação do estudo da
Secretaria de Segurança Pública, conduzido através da
Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), que é o retrato
da situação da segurança no Estado de São Paulo, objetivando
subsidiar os integrantes da Câmara Temática com informações
para o planejamento da elaboração e aprovação do
Termo de Referência para a proposição do Sistema Integrado de
Segurança na RMC. Sobre a Câmara de Planejamento e Uso do
Solo, comunicou que, no começo do ano, discutiam-se questões
de divisas municipais, no entanto, a partir deste momento os
municípios passaram a não comparecer nas reuniões, evento
que será encaminhado pela equipe técnica da Agemcamp no
próximo mês. Relembrando o início de duas Câmaras Temáticas
na semana seguinte, a Sra. Marcia confessou estar otimista
apesar de ser final de ano e período de eleições municipais,
tendo em vista a demanda das Prefeituras com relação aos
temas que serão tratados e, por fim, colocou-se à disposição
para o esclarecimento de dúvidas. Com a palavra, o Presidente
levantou as dificuldades dos municípios com relação à habitação,
por não possuírem fundo de investimento e orçamento
para o setor e existe uma grande demanda da população nessa
área. A respeito disso, o Sr. Jorge Nicolau sugeriu programar
para uma das próximas reuniões a apresentação da Política de
Habitação Paulista, aprovada recentemente com a criação do
Fundo Paulista de Habitação, do Fundo Garantidor e do
Conselho Estadual de Habitação, a fim de esclarecer a situação
e as mudanças que vêm ocorrendo no Estado. O Presidente concordou
e manifestou certo contentamento por já haver algo de
diferente neste sentido. Em seguida, A Sra. Áurea justificou a
ausência da Dra. Iêda e fez uma ligação entre a evolução da
arrecadação de recursos para o Fundo e o balanço das Câmaras
Temáticas apresentado pela Secretária Executiva do Conselho,
Sra. Marcia. Ela chamou atenção para a fase em que estão
ingressando de ter programas, projetos e eventuais obras para
a aplicação desses recursos, cuja previsão de arrecadação no
ano de 2008 equivale a R$ 7.930.000, 00; para o próximo ano,
trabalharam o orçamento considerando a previsão de R$
10.000.000, 00 e a possibilidade de financiar projetos de interesse
comum, reforçando que depende, de fato, do recebimento
das contribuições. Lembrou que há várias possibilidades de
captação de recursos, inclusive no exterior, para financiar projetos
dos mais variados temas, viabilizando ações concretas em
curto prazo, mas que não é possível pedir recursos internacionais
com inadimplência no Conselho. Informou que, finalmente,
foi equacionado o formato do instrumento de liberação de
recursos do Fundo para custear o projeto de contratação da
Emplasa para apoio ao trabalho das Câmaras Temáticas, de
forma que o processo foi concluído e o trabalho já foi iniciado.
A Sra. Marcia informou que a Caixa Econômica Federal está
disponibilizando um espaço denominado Sala das Prefeituras,
com o objetivo de dar apoio aos Prefeitos da região no que diz
respeito a assuntos de habitação do município. O espaço pode
ser reservado para reuniões e conta com internet, telefone, fax
e canal de voz com a matriz da Caixa em Brasília. Para maiores
informações, as Prefeituras interessadas devem entrar em contato
com a Secretaria Executiva do Conselho. No item Outros
assuntos, o Prefeito José Onério falou sobre o espaço Sala das
Prefeituras, parabenizou Santa Bárbara pelas medalhas do
nadador César Cielo Filho nas Olimpíadas, e congratulou com
outros prefeitos o resultado do índice Firjan. O Presidente
Fumach submeteu ao Conselho uma monção ao campeão olímpico
César Cielo Filho, a qual foi aprovada e, em seguida, O Sr.
Joel, em nome de Santa Bárbara D’Oeste, agradeceu a manifestação.
A Sra. Marcia divulgou o evento que será realizado
pelo Instituto de Governo Eletrônico no qual será apresentado
um estudo do governo eletrônico dos municípios do Estado de
São Paulo, com foco para os municípios da RMC, no dia 9 de
setembro, no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas, às 9h.
Sobre o índice Firjan, comunicou que a Agemcamp entrou em
contato com pessoas envolvidas no estudo e enviou um convite
para fazerem uma apresentação na próxima reunião do
Conselho, a fim de que sejam esclarecidas dúvidas sobre a
forma de avaliação. Encerrando, o Presidente Fumach agradeceu
a presença de todos e passou a palavra para o Prefeito
Erich, que também agradeceu a presença de todos, em especial
a do Vereador Marco Antonio Kim, presidente da Câmara
Municipal de Americana, e convidou para o almoço. Nada mais
havendo a tratar, e ou para constar, eu, Marcia Carvalho de
Azevedo, na qualidade de Secretária Executiva, lavro a presente
ata que vai assinada por mim, e pelo Senhor Presidente. José
Roberto Fumach. Presidente.