Marta Suplicy condena abuso policial contra escrivã em São Paulo 36

22 de Fevereiro de 2011 – 22h03

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Marta Suplicy condena abuso policial contra escrivã em São Paulo

Ao comentar as recentes imagens vazadas na internet de uma ex-escrivã sendo submetida a revista íntima por parte de policiais do sexo masculino em São Paulo, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) manifestou sua indignação contra o fato. Filmado em 2009, o vídeo mostra delegados da Polícia Civil de São Paulo cometendo abusos contra a ex-escrivã.

“As imagens, para quem pode ver, não deixaram dúvidas da truculência e do abuso da autoridade policial. A escrivã, acusada de receber propina, foi revistada por policiais homens que lhe tiraram as peças íntimas, alegando que precisavam confirmar a prova incontestável do delito”, explicou a senadora.

Marta Suplicy disse que o Código de Processo Penal estabelece que “a busca em mulher será feita por outra mulher”, ou seja, a revista em mulheres deve ser realizada por policiais mulheres. A senadora afirmou que o vídeo mostra que havia uma autoridade policial feminina na sala no momento do abuso, ocorrido na 25ª DP na zona sul da capital paulista.

– Foi um horror ver aquilo – afirmou a senadora, acrescentando que fatos desse tipo ocorrem diariamente em várias delegacias, cadeias e presídios Brasil afora.

Para Marta Suplicy, é necessário um melhor preparo e capacitação dos policiais e autoridades brasileiras para que a violência contra mulheres deixe de ser comum nos sistema penal do país.

Um Comentário

  1. CONDENAR É POUCO, TEM QUE SE MANIFESTAR NO SENADO SOBRE TAL ABSURDO.

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  2. Delegados coagem e deixam mulher nua em busca pessoal
    February 22 | Posted by Fábio Pannunzio | Direitos humanos, Manchetes, Notícias, Opinião Tags: escrivã, Operação Pelada

    Do Blog do Professor LUIZ FLÁVIO GOMES

    “Com um treinamento apropriado e técnica adequada, a não violência pode ser praticada pelas massas humanas” (Gandhi).

    Está comprovado: no Brasil nem toda nudez é castigada! O vídeo dos delegados de polícia (cf. o vídeo) que obrigaram uma mulher suspeita (de corrupção ou concussão) a ficar nua na presença deles para o efeito de uma busca pessoal é estarrecedor. Onde chega a arbitrariedade?

    O crime de corrupção (ou concussão) é grave e precisa ser devidamente punido. Mas a polícia não pode apurar um crime cometendo outro (ou outros). Muito correta e digna de elogios a cobertura da TV Bandeirantes (cf. o vídeo). Tributo ao jornalista Fábio Pannunzio (que divulgou o vídeo no seu blog). Os delegados foram afastados das suas funções.

    A lei processual penal (art. 249 do CPP) é clara: a busca pessoal em uma mulher deve ser feita por outra mulher, salvo em caso de retardamento ou prejuízo para a diligência. Havia mulheres no local (policiais) e mesmo assim os delegados optaram por despir, à força, a mulher. Prova (se é que se pode chamar aquilo de prova) totalmente ilícita, porque obtida de forma ilegal (com violação, desde logo, do art. 249 do CPP). O vídeo constitui um exemplo emblemático de como não se deve colher provas no Brasil.

    No princípio o delegado disse que se ela não se despisse haveria desobediência. Nada mais incorreto. Quem desobedece ordem ilegal não comete o crime de desobediência. De outro lado, esse crime não permite prisão em flagrante (porque se trata de infração de menor potencial ofensivo). Tampouco poderiam ser usadas as algemas (no contexto em que tudo aconteceu). Violou-se também a Súmula Vinculante 11 do STF.

    Com a mulher (ex-escrivã de polícia) teria sido encontrado dinheiro (R$ 200,00). Mesmo que esse dinheiro fosse fruto de uma corrupção passiva (ou concussão), mesmo assim, crime nenhum estava sendo cometido naquele momento. Não cabia prisão em flagrante, portanto. O abuso de autoridade está mais do que evidenciado. Também a tortura (para a obtenção de prova).

    O Juiz, a pedido do Ministério Público, arquivou o caso. Não vislumbraram nenhum delito. Com a devida vênia, se equivocaram redondamente. As Corregedorias respectivas deveriam apurar tudo isso com prudência e equilíbrio. Também deveriam entrar em campo o CNJ e o CNMP, além da OAB.

    Todas as vezes que o Estado transforma um criminoso (ou suspeito) em vítima, por meio do abuso e da arbitrariedade, nasce mais uma violação de direitos humanos. Ou seja: mais um ato de violência. Violência que, nesse caso, foi ignorada (arquivada) pela Corregedoria da Polícia Civil, pelo Ministério Público e pelo Juiz. Nem toda nudez é castigada!

    A vítima de toda essa violência, ainda que seja um criminoso, tem todo direito de ingressar com ação civil reparatória contra o Estado, sobretudo quando afetada de modo profundo sua dignidade humana. E se não atendida no Brasil, tem portas abertas na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a mesma que já “condenou” o Brasil várias vezes (Caso Maria da Penha, Caso dos Presídios do Espírito Santo etc.).

    O emérito Professor Ferrajoli tem ensinado que “A história das penas é sem dúvida mais horrenda e infame para a humanidade que a própria história dos crimes” (Direito e Razão, São Paulo: RT, 2. ed., 2006). Cabe agregar: a história das penas e dos arbitrários métodos investigativos é (deveras) muito mais infame que a dos crimes.

    Mas por que tudo isso ainda acontece no Brasil? Três fatores se destacam:

    (a) cultura da violência. O Estado brasileiro já nasceu sob a égide de um genocídio e até hoje ainda não sabe o que é razoabilidade, vida em paz, respeito ao outro etc. Vigora ainda entre nós, especialmente contra os discriminados étnicos, sociais e econômicos, a cultura da violência. Margens de ilegalidade e de arbítrio algumas autoridades se concedem (um pouco ou uma grande quantidade de dor, certa dose de humilhação bem como maus-tratos).

    O genocídio e a tortura fazem parte da história do Estado brasileiro. Os governantes fazem discursos dúbios. Preocupa-se mais com o vazamento do vídeo, que com o ato de tortura em si.

    A tortura padronizada (contra os discriminados étnicos, sociais e econômicos) nas delegacias e nas prisões faz parte da política estatal ambígua, de guerra civil permanente, de todos contra todos, praticada desde 1500, com a conivência de grandes setores do Ministério Público e da Magistratura, que fecham os olhos para gritantes violações de direitos humanos (das vítimas dos criminosos assim como das vítimas da violência estatal). Vigora no Brasil a cultura da pressão (da opressão, da coação, da violência). Com a garantia da impunidade. Isso não retrocede, ao contrário, só incrementa a guerra civil brasileira de todos contra todos.

    (b) ausência das disciplinas Ética e Direitos Humanos: falta, sobretudo para muitos agentes da maquina repressiva (muitos não são todos), estudar Ética e Direitos Humanos, que constituem a base da cultura da não violência.

    (c) cultura da impunidade: Mesmo quando vídeos são gravados, ainda assim, sabe-se que tudo será (muito provavelmente) arquivado pelo Poder Jurídico. O inquérito que apurou a violência aqui narrada foi arquivado. Os delegados foram afastados “porque o caso ganhou repercussão nacional”.

    O sistema investigativo no Brasil está falido. Oitenta e seis mil inquéritos policiais, sobre homicídio, instaurados até 2007, acham-se praticamente parados. A máquina repressiva do Estado funciona mal. Tortura, abusos físicos, maus-tratos, humilhação sexual, crueldade gratuita e indignidade: tudo isso comprova que essa máquina está falida, há séculos (cf. Luís Mir, Guerra civil).

    É preciso apurar com precisão tudo que ocorreu, porque alguma hierarquia pode estar por detrás do fato. Normalmente o superior acaba delegando para os subordinados a triste função da tortura (cf. Luís Mir, Guerra civil). Mas quando a ordem é manifestamente ilegal todos respondem: quem deu a ordem e quem a cumpriu.

    *LFG – Jurista e cientista criminal. Doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri e Mestre em Direito penal pela USP. Presidente da Rede LFG. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Acompanhe meu Blog. Siga-me no Twitter. Encontre-me no Facebook.

    Tags: escrivã, Operação Pelada

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  3. essa filmagem ficou escondida desde 2009, todo mundo sabia ate eu, MP,coorregedoria,seccional dgp,ate os cachorros de parrelheitos sabiam dessa semvergonhice, porque não saiu antes da eleição,porque so agora,quem é que foi prejudicadocom esse caso neste momento,quem vendeui afita pro fabio panuzio,de graça não foi,qual op interresse agora,a merda ja tinha descido pelo ralo,porque puxaram ela agora.
    E O AUMENTO DA CLASSE POLICIAL, E AREESTRUTURAÇÃO SAI OU NÃO,ISSO TUDO NÃO É FUMAÇA PRA ENCOBRIR OUTRAS BRONCAS, O QUE VEM AGORA.
    EU QUERO E SABER DE AUMENTO,EPAU NO CU DOS DELEGADOS FOLGADOS

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  4. Bem, temos uma mulher no poder agora como presidente.
    E aí? Será que ela vai fazer algo a respeito???

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  5. Sra Martha Suplicy,
    Condenar não é bastante, é hora de
    V.Sa e seus pares agirem, e exigirem a saída de todos, sejam demitidos, e outros exonerados de seus cargos.Assim como o promotor, e o Juiz que atuou de forma (digital)arquivando o caso.
    Por gentileza cobre da Presidenta posicionamento contra o MP Paulista, já.Att.

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  6. AGORA COMEÇARÁ A POLITICALHA OPORTUNISTA E DESFARÇADA DOS NOSSOS QUERIDOS PARASITAS…

    NÃO QUEREMOS A INDIGNAÇÃO DE PARASITAS, QUEEREMOS RESPEITO, DIGNIDADE, PLANOS DE CARREIRA DEFINIDOS, SALÁRIOS DIGNOS E COMPATÍVEIS COM A PERICULOSIDADE E IMPORTÂNCIA DA POLÍCIA, APOSENTADORIA ESPECIAL, IRREDUTIBILIDADE, FIM DE PUNIÇÕES INJUSTAS,

    QUEREMOS FUTURO DIGNO PARA NÓS POLICIAIS E NOSSAS FAMÍLIAS!

    PARASITAS, CADÊ A PEC 300!

    NÃO VENHAM COM SUAS VERBORRAGIAS HIPÓCRITAS, CALHORDAS, SABEMOS QUE ISSO NÃO PASSA DE GUERRILHA POLÍTICA.

    OS POLICIAIS QUEREM DIGNIDADE!

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  7. O tá brincando, foda-se o motivo porque esse crime vazou só agora, o fato é gravissimo e tinha que ser mostrado de uma forma ou de outra, aliás ha varios crimes e exessos cometidos pela corregedoria contra policias se todos fossem a publico como esse foi, a merda da corregedoria ja tinha sido extinta faz tempo.
    CANA E DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PUBLICO PARA TODOS OS ENVOLVIDOS NESSE CRIME CRUEL E BRUTAL.

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  8. O ANONIMO, APOIO DO FUNDO DO CORAÇÃO O QUE VC DISSE.

    MAS ESSE FATO NÃO PODE PASSAR SEM PUNIÇÃO EXEMPLAR, SEJA POR MOTIVOS POLITICOS OU DE PURA JUSTIÇA.

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  9. O Exmo. Governador do Estado de Sao Paulo Geraldo Alkimim condenou o vazao das imagens pele Rede Band da acao da corro contra a escriva, mas nao vi comentarios dele no mesmo momento sobre o tratamento que a mesma recebeu daqueles individuos que entitularam-se CORREGEDORES, a historica frase que sempre ouvimos nas cadeiras das universidades da vida, “senhores, no direito nunca os fins juntificara os meios”, e mais uma frase que eu risco da memoria, para nos policiais as CF, CE, CPP e outros nao servem pra nada, quando se trata de ser um policial investigado, e facil pegar uma moca bonita dentro de uma sala de delegacia, com varios taradoes querendo vela nua, eu queria ver se estes tipinhos machoes teriam coragem de fazer com uma mulher noia com mais de semanas sem tomar banho, se o delegado colocaria a algema nela e prosseguisse com tanto empenho.
    Sobre a Senadora Marta Suplici, esta que defende as mulheres, gay’s e simpatizantes, alem de indignar-se vamos ver qual sera sua sugestao no senado para conter as feras das corregedorias do BRASIL, que se consideram acima das leis, e pior, se levantar a lebre nao muito fundo, veremos quem sao aqueles covardoes que deram aquela CANA exemplar na escriva,tudo muito bem preparado, que honra para os filhos, mulheres e familiares vendo o tipo de servico que os mesmos se prestam a fazer no seu dia a dia, se e que estes tipos tem alguem que os consideram.
    Li tambem num artigo de Guarulhos que a corregedora disse “e para descer a marreta”, que agora a CORRO e a policia da policia. Parabens, belo exemplo vc’s estao dando. Podem dar as maos pros co-irmaos cachoroes fardados, agora fechou, sao todos lixo da mesma lata.

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  10. Na verdade,indignação, notas de repudio e outros blablablas, só servem para esconder o que ninguém quer falar.

    A JUSTIÇA FOI CONIVENTE, ENDOSSSOU,O PROMOTOR DEFENDEU O
    ATO QUE RASGOU A CARTA MAGNA.
    Os delegados são bois de piranha, nosso foco SENADORA, é mais encima, a polícia é truculenta em todos os países do mundo, mas a atuação da nossa JUSTIÇA é que nos deixa mais envergonhados.
    Os Srs, querem jogar a culpa na Polícia,e porque não alastram até a raiz de todo esse mal, O GOVERNO permite, a Justiça endossa, e os políticos fazem circo.

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  11. OLHA A VERDADE SERIA DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PUBLICO NAO SOMENTE DOS DELEGADOS ENVOLVIDOS, MAS PARA A CORREGEDORA QUE SABIA E EXONERAÇÃO IMEDIATA DO SECRETARIO DE SEGURANÇA PUBLICA, TAMBEM SABIA E NÃO TOMOU NENHUMA PROVIDENCIA DE FATOS GRAVISIMOS,
    AGORA O JUIZ E PROMOTOR TAMBEM COLABORARAM COM ESTES FATOS VERGONHOSOS, NAO MERECEM O CARGO E SALARIO QUE O ESTADO PAGA, POIS SEM O APOIO DO JUIZ E PROMOTOR TAL DISPARATE NÃO PODERIA FICAR IMPUNE.
    ********AINDA BEM QUE VAZOU NA BANDA*****
    ****SRA ESCRIVA PROTAGONISTA DOS FATOS****NOMEIE UM ADVOGADO E PEÇA UMA INDENIZAÇÃO MILIONARIA AO ESTADO, APROVEITE SUAS IMAGENS EXIBIDAS NA TV EM REDE NACIONAL, PEGUE UM BOM ADVOGADO É CAUSA GANHA

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  12. aqui na delpol, onde eu trabalhava também tinha um majura cheio de querer fumava toda hora andava rebolando no corredor achava que era o bam bam queria arrumar encrenca só com policia mais quando se tratava de dar cana em malaco o mesmo já vinha com historia de que tinha reunião marcada com o deinter…
    sai desta tortura na lei 10062/2008, perdir o a-l mais ganhei do outro lado …

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  13. como sempre a classe politica vai começar a se aproveitar.imagine só a quantidade de podridão que deve ter essa corregedoria. esse video deve ser uma em milhares.

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  14. A HORA TÁ CHEGANDO…SEXTA FEIRA IREMOS ENFIM DEMONSTRAR NOSSA FORÇA….INDEPENDENTE DE ASSOCIAÇÕES, POLÍTICOS, ETC…ESTE É UM MOVIMENTO QUE NASCEU NO FLIT…DESDE JÁ, OBRIGADO DR. GUERRA POR LUTAR POR ESTE CANAL DE COMUNICAÇÃO QUE TEMOS…A VERDADEIRA VOZ DOS POLICIAIS CIVIS DE SÃO PAULO.

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  15. INCRÍVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    SÓ DEPOIS DAS ELEIÇÕES É QUE A COISA VEIO A PÚBLICO…

    O PICOLÉ TAMBÉM SABIA……!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  16. EM DEFESA DA HONESTIDADE E DAS PESSOAS DE BEM

    Há algum tempo acompanho o trabalho primoroso do Dr. Roberto Conde Guerra, através do Blog.

    Um indivíduo que a maioria das pessoas, embasadas pelo senso comum, taxaria como louco, inconseqüente, dentre outros impropérios divulgáveis. Eu o julgo um idealista, quase louco, que quase não se importa com sua vida, dada a periculosidade dos indivíduos que ousou enfrentar e denunciar.

    Eu confesso que não tenho sua coragem, e a necessidade de criar meus filhos, me faz esconder-me atrás de um Nick, buscando me manter no anonimato.

    Sua luta basilar, ao meu ver, tinha – e acredito ainda que tem – como mote principal o combate à corrupção institucional e generalizada que se instalou, ao longo dos anos, na Polícia Civil de São Paulo.

    Alguns agraciados com o título de cardeal, e detentores de cadeiras no Conselho da Polícia Civil de São Paulo, estabeleceram a corrupção e comercialização de cargos como uma prática banal, quase legal, quase moral.

    Não se preocupavam com a eficiência da polícia, mas sim com aquilo que podia se tornar manchete em jornal.

    Enquanto os índices de tráfico assolavam o país, e o crack tornava-se uma epidêmia, delegados “famosos” e ávidos pelo estrelato efetuavam operações junto à favelas com grande aparato e equipamentos, lançando até candidato a deputado fictício, para adentrar na favela. REsultado de tão brilhante operação: alguns drogados presos, alguns pinos de crack e cocaína apreendidos… E sucesso total! Poís a tão importante operação tomou vulto junto ao noticiário.

    Do outro lado, enquanto o Detran continuava localizado no mesmo local, e todos sabedores do funcionamento e da corrupção institucionalizada no órgão, faziam vistas grossas. Então de repente, não mais que de repente, como um cego que alcança a luz, descobriu-se que o órgão era o que todos sabiam, mas não denunciavam pois de lá partiam inúmeros estimulos ao funcionamento e financiamento de campanhas eleitorais.

    Órgãos tidos como de elite, tais como, GARRA, DEIC, DENARC, ROUBO À BANCOS, etc, revelaram-se uma instituição dentro da instituição, com veículos, insignias e vestimentas próprias. Funcionavam, e alguns ainda funcionam, como quartel general de corruptos que às custas do erário e do patrimônio público, enriqueciam seus dirigentes. Através de caixinhas de entidades ligadas aos bancos, terceirização da polícia através de empresas de segurança de fachada em nome de parentes (mulheres e filhos), lavagem de dinheiro em pizzarias e restaurantes.

    Tornou-se comum passar defronte aos aludidos órgãos e verificar à saída, investigadores, delegados e escrivães possuídores de carros importados, relógios e ternos, equivalentes à anos de trabalho.

    E não só, possuidores de mansões e coberturas em São Paulo, Guarujá, Bertioga, Morumbi, Campos de Jordão, Moema, além de barcos e iates, que com o salário que recebem teriam que viver, morrer e nascer novamente para conseguir o que tem com o salário que recebem.

    Os caça níqueis então, o quê se falar: Policiais constatando a fortuna que era movimentada pelos jogos de azar já não mais se satisfaziam em serem meros arrecadadores, passaram eles próprios a ser os donos das máquinas. A polícia passava a ser um “bico”.

    Por todos os descalabros havidos, e consoante a lição de Foucalt sobre o pêndulo, na qual um período de permissividade deu lugar a tempos de combate à corrupção policial. Agora esperam um novo período de afrouxamento.

    É de se ressaltar que se essa luta contra a corrupção possa ser personificada, ela passa pela pessoal do atual Secretário Pinto, e pela Delegada Maria Inês.

    Velhos, chatos, ranzinzas… esses são os adjetivos ligados a eles. Entretanto, nunca ouvi quem colocasse a pecha incabível para o cargo que ocupam: CORRUPTOS E DESONESTOS!

    Não compactuo com a atitude cometida com a escrivã, acho no todo deplorável e nefasta. Espero que TODOS aqueles que participaram de aludido episódio sejam punidos

    Aliás aproveito a oportunidade para lançar uma questão filosófica aprimorada na doutrina Bush:
    Se dentro das vestes íntimas da escrivã, estivesse, ao invés da suposta propina, a lista de pessoas que estão prestes a serem mortas, ou o local onde se encontrava uma bomba prestes a explodir, ou o local onde uma criança estaria prestes a ser violentada, justificaria a decisão de desnudar a escrivã? Os fins justificariam os meios?

    O quê nos horroriza ao certo:
    – o fato de que estávamos falando de um crime irrisório cometido diuturnamente por alguns policiais corruptos?
    – A conduta ter sido praticada um dos seus pares?
    – O fato de ser mulher?
    – A divulgação do vídeo?

    Ressalto que coloca a questão, apenas e tão somente, para saber nosso inconformismo ao fato. Cada um haverá considerar cada fato de maior ou menor gravidade.

    Abro parênteses para me colocar a par da situação e da conduta da corregedora:
    Com o conhecimento do modus operandi do flagrante, a Corregedora à época tomou o cuidado de notificar o MP para quê os mesmos analisassem a conduta dos policiais corregedores?
    Faço tal indagação pois seria o quê uma pessoa correta faria, haja vista que deixaria para outro órgão analisar a conduta praticada por seus pares.

    E qual foi a resposta do MP?

    Vejo que nesse caso pior do quê a conduta da corregedora, foi do órgão ministerial que sabendo da situação (que agora alguns membros através do FACEBOOK fazem questão de manifestar sua contrariedade) permaneceram silentes e inertes. Pior julgaram a conduta correta

    Entendo que mais do quê investigar a conduta dos policiais, o Ministério Público deveria analisar a posição firmada por seus pares.

    Hoje, com o assunto envolvendo toda a situação vexatória e incabível cometida contra a escrivã X, houve um princípio de união e luta.

    Entretanto, diferentemente da batalha campal havida perto do Palácio dos Bandeirantes, em que policiais idealistas e buscando melhorias salariais protestavam justificadamente, a luta toma outro rumo.

    Alguns policiais chafurdados em denúncias de corrupção, buscam com o pretexto da violência sofrida pela escrivã, o ressurgimento da banda podre da polícia. Policiais com a ficha corrida bem próxima à do Marcola, e orientados sob ideologias que se adequariam melhor ao PCC, querem em voz uníssona: A QUEDA DA CORREGEDORA E DO SECRETÁRIO.

    Buscam o abrandamento do combate à corrupção, talvez com a nomeação de um delegado corregedor, que possa mediante a promessa de pagamento o abrandamento e absolvição das denúncias.

    Buscam colocar a população novamente de joelhos em face de policiais-bandidos, corruptos, violentos e desonestos que possam, através dos fins, justificar os atos cometidos contra a população em geral.

    Buscam a volta do abrandamento da combate à corrupção diuturna, justificada pelos baixos salários. O retorno da máxima: só roubo por que ganho pouco.

    Confesso que a repercussão seria bem maior, se tivessem retirado dólares da calcinha de cetim da Dona da Daslu, nesse momento, os delegados e policiais já estariam na Sibéria, tendo em vista que os delitos cometidos contra a classe média e alta são agravados pela simples razão de ser. Ou pior, usando de um trocadilho, se o dinheiro fosse localizado na TANGA de algum delegado classe especial.

    De todo o episódio temos muito a lamentar, e muito pouco a considerar. Policiais corregedores idealistas cometeram um deslize entendendo que faziam o correto. Aliás prática muito comum utilizada em prol de policiais que cometem excessos contra a população em geral. Mas talvez o corporativismo impere e esse desatino só possa ser cometido contra o homem comum, ou melhor, contra a mulher comum.

    Como homem do povo e atento aos reclamos de justiça, espero, apenas e tão somente, que aqueles que estão revoltados com a conduta pratica contra a escrivã, o façam por razões humanitárias e contra os deslizes praticados contra a escrivã. Apenas e tão somente.

    Se as vozes que bradam a queda do Secretário de Segurança Pública e da Delegada Corregedora são aqueles policias que estão envolvidos em corrupção: HAVEREMOS DE LAMENTAR DUAS VEZES! PELO OCORRIDO COM A ESCRIVÃ, E COM O TRIUNFO DA DESONESTIDADE.

    Arnaldo Jabor – FAKE

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  17. triste fim de policarpo quaresma, auuuuu lobichomem da quaresma

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  18. triste fim dos robocop gays, cruz credo odeio periquita, gosto mais de um periquito uiiiii dudu lobichomem

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  20. SEnadora,

    Nem a Sra e nem o Governador estão preocupados conosco,.o que não querem é a federelização do processo arquivado pelo promotor e ratificado pelo Juiz.
    Essa é a preocupação ,que o MP e Judiciário Paulista sofram intervenção.O que não seria fora de propósito.Por favor analisem e vejam em roubada eles estão.
    Novamente do Blog do Dr.Vladimir:
    Peço a todos atenção,para esse depoimento, que se segue:

    Sinceramente, Dr. Vladimir, o que mais espanta neste caso foi a atuação do membro do Ministério Público do Estado de São Paulo, bem como do Juiz da Vara Criminal de Parelheiros. A “desídia” – para dizer o mínimo – foi gritante. Simplesmente aniquilaram, espicaçaram com a importantíssima prerrogativa dos membros dessas carreiras, que é a independência funcional. Aviltaram essa garantia constitucional, pois deram ensejo a toda sorte de especulações sobre suas atuações no caso, podendo ensejar um controle “correicional” sobre o exercício de suas funções, tanto pelo CNMP quanto pelo CNJ, o que seria lamentável do ponto de vista de nossa ordem jurídico-constitucional. O Juiz deveria ter aplicado o art. 28 do CPP; e o Promotor simplesmente impediu, agora, que seja aplicado o art. 18 do mesmo Código, a menos que haja a disposição do PGR de requerer o Incidente de Deslocamento de Competência, conforme já dito.
    Da leitura da famigerada “promoção de arquivamento”, verifica-se, pelo relato ali colocado, que a própria Autoridade Policial, ao relatar o Inquérito, apenas reportou os fatos, de forma objetiva, narrando todos os elementos de prova levantados no procedimento inquisitório, sem tecer qualquer juízo de valor acerca de eventual denúncia ou arquivamento. Inclusive disse que o assunto estava sendo apurado também em procedimento administrativo disciplinar.
    Em tantos anos de MPF, eu já havia visto muitas “denúncias ineptas”, mas “promoção de arquivamento inepta”, foi a primeira vez.

    A JUSTIÇA PAULISTA É QUE ESTÁ EM XEQUE.
    E tomará xeque-mate.

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  25. Esses indivíduos não tem condições de exercer o serviço público. Todos os que participaram ou simplesmente viram e não fizeram nada contra de vem ser punidos. Adoraria ver os delegados da corregedoria e a corregedora demitidos e presos, e os outros com suspensão de salário por uns 2 meses. Foi incrível ver a PM, MULHER, ajudar a despir a escrivã! Ela e a GCM deviam levar punição tbm pra aprender q ordem ilegal não se cumpre. E o delegado da 25, pq q não deu ordem de prisão pros cuzões da corrol?
    Polítocos, em vez de ficarem aproveitando a oportunidade pra aparecer, façam alguma coisa! Mandem demitir os caras, mandem prender, mandem matar, sei lah, mas façam alguma coisa de verdade!

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  27. X X

    Concordo plenamente com VC, se a Policial Militar feminino e a GCM nao quizeram fazer a revista pessoal na escriva so elas, ou o delegado nao estava confiando no trabalho delas, o que elas estavam fazendo ali entao, assistindo a tudo sem ter o minimo de dignidade em se retirar, duas inuteis que so ouvia-se na fita que uma delas queria ir em bora por ter dodo o seu horario, e covardia de mais pra esse praca velho ter que ver, bando de inuteis fardadas.Tomara que tomem uma fumada pra aprender a trabalhar dentro da lei e nao da vontade de alguns cururu que nem sabe o que e policia.

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  28. Foi encontrado dentro da calcinha dela, eu ainda fico em dúvidas, pois quando a roupa dela é arrancada a força pela policia, a camera passa por traz de uma policial, e quando a camera mostra de novo a escrivã no chão, as notas já estam nas mãos do delegado, então deixou dúvidas sobre se realmente as notas estavam lá de verdade, o que pareceu é que a camera passou por de traz da policial de propósito, é o que daria tempo para o delegado plantar o dinheiro nas roupas da escrivã e assim aparecer com elas nas mãos e assim poder dar um flagrante.

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