O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a quebra do sigilo bancário e fiscal do delegado Emílio Paulo Braga Françolin 18

Submitted on 26/11/2010 at 13:24 – JOW

Quebra de sigilo fiscal de delegado acusado de corrupção é mantida

TJ paulista mantém quebra de sigilo de delegado

Por Fernando Porfírio

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a quebra do sigilo bancário e fiscal do delegado Emílio Paulo Braga Françolin. Um inquérito policial apura se o delegado, em tese, cometeu crimes contra a Administração Pública. Entre eles, o delito de corrupção passiva.

O pedido de quebra de dados bancários e fiscais foi feito pelo Ministério Público e autorizado pelo juiz do Dipo 4 (Departamento de Inquéritos Policiais de São Paulo). Insatisfeito com a decisão, Paulo Françolin entrou com Mandado de Segurança para suspender a medida.

A 15ª Câmara Criminal, por votação unânime, decidiu que não havia direito líquido e certo a ser preservado e negou o recurso ao delegado. O relator, desembargador Ribeiro dos Santos, entendeu que o sigilo bancário e fiscal pode ser violado em casos de indícios de ilegalidade, desde que tenha autorização da Justiça.

“O direito ao sigilo bancário e fiscal não é uma garantia absoluta, tratando-se de um direito relativo, que deve ceder diante do interesse coletivo”, disse Ribeiro dos Santos. “O que a lei veda é o fornecimento indiscriminado e imotivado de informações sigilosas”, completou o desembargador.

O caso
O investigador Augusto Pena acusou o ex-secretário adjunto da Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto, de receber propina com o intuito de favorecer policiais e delegados. Entre os supostos favorecidos estaria o delegado Emílio Paulo Braga Françolim.

A defesa de Malheiros sustentou que as acusações eram levianas. O caso foi parar na Corregedoria da Polícia Civil e no Ministério Público. O ex-secretário adjunto deixou o cargo em maio de 2008.

A Polícia apura a veracidade da denúncia de que Lauro Malheiros Neto teria exigido e recebido R$ 300 mil para reintegrar três policiais civis (Adeilton Mendes da Silva, Evaldo Shirasake e Ariovaldo Grubs) que haviam sido demitidos a bem do serviço público.

Também apura se Paulo Françolim pagou o valor exigido para ser nomeado delegado seccional da 5ª Delegacia de São Paulo. Outros dois delegados (Fábio Pinheiro Lopes e Luiz Carlos do Carmo) também teriam incorrido na mesma conduta ilícita e também são alvos da investigação.

O inquérito teve seu trâmite regular. O investigador Augusto Pena condicionou contar o que sabia à sua entrada no programa de proteção de testemunhas. O pedido foi negado.

Terminado o inquérito, o Ministério Público não aceitou a conclusão da Polícia pela falta de provas e requereu várias diligências. Entre elas, a quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário do delegado Emílio Braga Françolin.

O pedido do MP foi aceito pelo Dipo. A defesa do delegado ingressou com Mandado de Segurança argumentando que houve falta de fundamentação da decisão e a ausência de justa causa para a medida.

http://www.conjur.com.br/2010-nov-26/quebra-sigilo-fiscal-delegado-acusado-corrupcao-mantida

Cinco policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) são acusados pela Promotoria de forjar um tiroteio para justificar um homicídio. 56

Submitted on 26/11/2010 at 10:20 – JOW 

 

26/11/2010 – 08h29

Cinco policiais civis são acusados de matar e forjar tiroteio em SP

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ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Cinco policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) são acusados pela Promotoria de forjar um tiroteio para justificar um homicídio.

 

Antonio José Delfino, 57, foi morto às 19h30 do dia 18 de junho, quando, sem mandado de busca e apreensão, os policiais invadiram sua casa, em Mogi das Cruzes.

O delegado Fábio Moriconi Garcia, chefe dos policiais, é acusado de prevaricação. Ele concluiu o caso sem receber os laudos necroscópicos e atestou a ação dos policiais.

Os policiais civis denunciados são: Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe, Mauricy Ramos de Paiva, Emerson Roberto da Silva, Edney Barroso da Silva e Miguel Arcanjo Filho.

Na versão deles, Delfino era traficante de drogas e atirou nos policiais.

O laudo necroscópico mostrou que Delfino foi morto com sete tiros -quatro na cabeça. Para a Promotoria, seu corpo foi tirado do lugar onde caiu, uma laje acima de onde estavam os policiais.

TRAJETÓRIA

A análise da trajetória dos tiros revelou que os policiais, ao contrário do que dizem, balearam Delfino de cima para baixo, ou seja, ele não estava atirando de cima da laje.

Ao saber da conclusão da médica legista Raquel Barbosa Cintra, que examinou o corpo de Delfino, o delegado Moriconi e seus subordinados Flávio Batista e Mauricy Paiva pediram para que ela alterasse o documento.

Os policiais Emerson Silva e Mauricy Paiva mataram Sérgio Ferreira da Silva, 34, em 10 de novembro de 2009, em circunstâncias parecidas com as da morte de Antonio José Delfino.

OUTRO LADO

O investigador Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) acusada de matar Antonio José Delfino, afirmou que ele e seus subordinados não querem falar sobre as acusações feitas pela Promotoria.

Ainda de acordo com o investigador Batista, o delegado Fábio Moriconi Garcia, acusado pelo Ministério Público de não investigar como deveria a morte de Delfino, está em férias.

A reportagem da Folha também tentou localizar o delegado Garcia, mas não o encontrou.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/836523-cinco-policiais-civis-sao-acusados-de-matar-e-forjar-tiroteio-em-sp.shtml