De: paulo sergio oppido fleury
Data: 29 de novembro de 2010 09:52
Assunto: Fleury
Para: dipol@flitparalisante.com
Esta matéria comprova o que estou afirmando,matéria plantada pelo Sr
Secretario,que menciona meu envolvimento com crimes os quais nunca
respondi.
Obrigado pela divulgação.
Segurança Pública 16/11/2010 08h00
Polícia que investiga as polícias
Corregedoria da PM prendeu 230 soldados em 2010 e expulsou outros 190. Orgão da Civil demitiu o delegado Fleury em junho
Sem rosto e nome, eles nem parecem policiais. Barbudos, barrigudos, se passam por pessoas comuns e andam só de carro descaracterizado. Têm a difícil tarefa de investigar os próprios colegas.
Em 2010, as Corregedorias das polícias Civil e Militar tiveram muito trabalho. Entre os casos emblemáticos está a expulsão do delegado Paulo Sérgio Oppido Fleury, filho do delegado Sérgio Paranhos Fleury, lendário pela violência nos interrogatórios da ditadura militar. Ele foi demitido sob acusação de corrupção, desvio de produtos e até roubo de armas. Na PM, uma série de assassinatos na Baixada Santista levou 11 militares para a cadeia.
E é por não terem poupado ninguém durante a gestão do secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, que a atuação das Corregedorias é o fiel da balança para a manutenção dele no cargo. Lideranças das duas polícias, incomodadas, querem que o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), troque o titular da pasta.
“Somos recebidos de mau humor e desconfiança”, diz o tenente Harley Topalian, que comanda um pelotão do Patrulhamento Disciplinar Ostensivo (PDO), que fiscaliza os PMs nas ruas. Ao todo, 600 homens integram a Corregedoria, entre o PDO e o serviço reservado de investigação.
“Qualquer um pode denunciar, por e-mail, telefone ou pessoalmente. Assim começamos o garimpo até provarmos a autoria de crimes. O serviço é essencial para a depuração interna”, diz o coronel Admir Gervásio, comandante da Corregedoria da PM.
“A polícia tem o monopólio do uso da força. Portanto, se faz necessário um controle interno efetivo e forte, que desenvolva um trabalho eficaz”, diz a delegada corregedora da Polícia Civil, Maria Inês Trefiglio Valente
A Corregedoria da PM é chamada de delegacia, pois funciona com cartórios, onde cidadãos prestam depoimentos sobre casos investigados. A atuação do órgão, que faz 60 anos em 2010, é pautada pela frase: “Orienta o responsável, corrige o irresponsável e prende o incorrigível”.
Está subordinado ao órgão o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital, onde estão 220 PMs – 126 deles ainda na ativa que, se libertados pela Justiça, voltam a usar farda. Foi o que ocorreu com os 11 acusados de 23 mortes no litoral sul em uma semana de abril: respondem o processo livres, mas trabalham só dentro do quartel.
?Somos recebidos sempre de cara feia nas ruas?
Harley Topalian, tenente da Corregedoria da PM
DIÁRIO_ Como funciona a fiscalização policial?
TOPALIAN_ Diariamente, as viaturas do PDO, caracterizadas com o logotipo da PM, patrulham as áreas determinadas. Toda viatura que passar por um carro da Corregedoria tem de obrigatoriamente encostar e se apresentar, para que possamos ver se há algo suspeito.
E são mal-recebidos?
Ninguém gosta de ser fiscalizado, ainda mais se é por um próprio colega. Sempre nos recebem de cara feia, somos conhecidos como os chatos. Nas ruas, verificamos todos os tipos de infrações, desde a apresentação pessoal, que tem de estar impecável, até as proibições. Por exemplo, o PM não pode portar arma particular de forma ostensiva e nem estar de óculos escuros e sem a cobertura (boné ou boina) nas ruas.
E quem confere o trabalho de vocês?
Costumamos brincar que os policiais do PDO são os mais fiscalizados, porque todos nós nos autopoliciamos o tempo inteiro. Se somos pagos para ver o que está errado, nós é que devemos dar o exemplo.
Algum caso lhe marcou?
Lembro de um caso, em 2004, de ter pego um PM bêbado dentro da viatura. Ele atuava em uma festa no interior do estado e bebia álcool em uma latinha de guaraná, para enganar. Não parava nem em pé.
O que mais o PDO faz?
Damos escolta para os secretários de Segurança e Administração Penitenciária e também protegemos testemunhas de crimes cometidos por policiais até os julgamentos.
Corrupção é alvo na Civil
A polêmica decisão do secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, de trazer para o seu gabinete a Corregedoria da Polícia Civil, deu aos funcionários liberdade para trabalhar. Mas gerou reclamações de delegados que não concordaram com a autonomia dada ao órgão.
Neste ano, vieram à tona grandes escândalos envolvendo fraudes de R$ 80 milhões no Detran (Departamento Estadual de Trânsito). O órgão, sem função policial, é conhecido pela facilidade de corrupção no emplacamento de veículos e em cursos e provas para retirada da carteira de motorista.
No Instituto de Criminalística (IC), suspeitas de fraudes em concursos conseguiram derrubar do cargo diretores.
Dentre as atribuições da Corregedoria estão também inspecionar o atendimento ao público e o andamento de processos nas delegacias, inclusive no interior do estado. Quem quiser um cargo na Polícia Civil irá passar pelo crivo dos colegas, tendo o comportamento ético e social analisado. Depois de empossados, respondem pelos seus atos ao órgão.
A delegada Maria Inês Trefligio Valente apura hoje crimes cometidos por 800 delegados (cerca de 25% do total no estado). Toda investigação começa na Divisão de Operações Policiais (DOP), que semanalmente reprimi o envolvimento de policiais com a máfia dos caça-níqueis. Até outubro, mais de 800 máquinas já haviam sido apreendidas na capital.
unição para começar uma guerra nas mãos de PM
Um soldado e um sargento foram presos neste mês na Zona Norte acusados de desviar munição e armas da corporação e do Instituto de Criminalística (IC). Com eles havia 10 mil cartuchos.
5.608
PMs (cerca de 7% do total) foram investigados nesta década e 2.846, expulsosComo denunciar:
Na PM: 3322-0190 ou no e-mail: correg@policiamilitar.sp.gov.br
Na Polícia Civil: 3231-5536
Quadrilhas roubavam caixas eletrônicos
Desde 2009, mais de 600 policiais foram presos acusados de atuar em grupos que furtavam bancos 24 horas no estado. Crimes estavam em alta e caíram após as detenções