O NEOFACISMO TUCANO DURANTE FESTIVIDADE PROMOVIDA POR CELSO GIGLIO (PSDB) ESPANCA AGENTES DE TRÂNSITO DE OSASCO…HEHEHEHE…ESSA É A GENTE DE BEM BENVINDA NAS ORDENS TUCANAS 13

13/10/2010 19h15 – Atualizado em 13/10/2010 19h35

Imagens mostram agressão a fiscais em Osasco

Grupo atacou seis agentes de trânsito na cidade da Grande SP.
Eles levaram socos e pontapés enquanto multavam carros.

Do G1 SP

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Câmeras de monitoramento de um posto de gasolina de Osasco, na Grande São Paulo, podem ajudar a polícia a identificar o grupo que agrediu seis agentes de trânsito no dia 6 deste mês. O crime ocorreu na Avenida dos Autonomistas, uma das principais da cidade, enquanto os funcionários multavam carros estacionados em local proibido. Os suspeitos da agressão participavam de uma festa em um comitê eleitoral.

Imagens também foram captadas do sistema de monitoramento de trânsito das ruas de Osasco. Dois dos agentes tiveram o nariz quebrado e um deles vai ter que passar por cirurgia. Os funcionários aplicavam multas em veículos que faziam fila dupla. As cenas vão ajudar a polícia na identificação dos agressores.

Elas mostram uma multidão partindo para cima dos fiscais de trânsito, que levam socos e chutes. Alguns caem no chão. “Foi um verdadeiro terror”, disse Geraldo Silva, um dos agredidos.

Em nota, a assessoria de imprensa do deputado estadual eleito Celso Giglio (PSDB) informou que os envolvidos na agressão eram “penetras da festa” e que eles não têm envolvimento com o comitê ou o candidato.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/10/imagens-mostram-agressao-fiscais-em-osasco.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis

POLICIAIS CIVIS E MILITARES DEVEM SE UNIR PARA COLOCAR OS GUARDAS CIVIS NO DEVIDO LUGAR 86

Policial militar e guardas se desentendem
Gama nega agressão e afirma que PM teria tentado invadir a sede da corporação e ofendido guardas
Divulgação

Policial militar de São Paulo disse ter sido espancado por guardas

PÂMELA PADUAN E PAULO CORRÊA

AMERICANA

O policial militar Vitor Hugo Carrilho, 24, acusou ontem membros da Gama (Guarda Armada Municipal de Americana) de tortura. O caso teria ocorrido na noite de anteontem dentro da base da corporação, em Americana, onde segundo Carrilho teria recebido socos e pontapés após ter ido se queixar da abordagem de um guarda municipal nos arredores do Centro Cívico.

Carrilho diz ter sido confundido com um universitário que xingou um guarda que estava em patrulhamento no Economíadas (jogos universitários). “Ele disse que eu era um folgado e mandou eu encostar. Eu me apresentei, disse que era um policial de São Paulo. Ele respondeu que eu não apitava nada e quem mandava ali era a Guarda”, contou o policial, que é estudante da Universidade Mackenzie.

Inconformado com a atitude, Carrilho disse ter se direcionado até a base da Gama para prestar queixa. “Pedi para falar com um inspetor e um dos guardas começou a me tratar mal. Chegou um inspetor chamado Cícero e um outro guarda e começou um bate-boca”, relatou.

Segundo o policial, um dos guardas teria ameaçado puxar a arma e deu um tapa no rosto dele. “A partir daí não vi mais nada. Recebi chutes na cara, meu nariz está quebrado e fiquei algemado”, contou. Ele disse que prestou queixa por abuso de autoridade.

OUTRO LADO

A Gama nega o fato e acusa o policial militar de tentar invadir, embriagado, a sede da corporação. Um dos guardas informou à Polícia Civil, onde o boletim de ocorrência foi registrado, que estava na base quando o policial conversava com o sub-inspetor.

Durante a conversa, o policial teria começado a insultá-lo. O guarda disse que tentou explicar que ele não era o sentinela, momento em que o policial empurrou o sub-inspetor e entrou na instituição.

Os dois se agrediram e outros três guardas entraram na briga e conseguiram imobilizar o policial. Eles alegam que neste momento Carrilho bateu com o rosto no chão e fraturou o nariz.

O guarda que fazia sentinela disse que Carrilho também o xingou e ainda o ameaçou. O sub-inspetor Ciro confirmou a versão dos guardas e disse que o guarda que abordou o policial militar nos jogos é sub-inspetor e que teria alegado ter sido insultado.

A prefeitura contestou, através da assessoria de imprensa, as informações de Carrilho, reforçando que ele tentou invadir a sede da corporação visivelmente embriagado e que agrediu verbalmente os guardas.

Foi relatado ainda que ele teria tentado arrancar a arma de um dos guardas e que por isso foi imobilizado.

RATÃO: “Ele sempre foi muito discreto. Para mim, ele era um empresário”, disse o delegado Emílio Braga Françolin, que o chefiou no Denarc e na seccional…EMPRESÁRIO DO PÓ COM GESSO 64

Policial civil paulista está entre os presos por tráfico em Portugal

Investigador que já foi do departamento antidrogas é um dos acusados de[br]levar 1,7 tonelada de cocaína para a Europa

14 de outubro de 2010 | 0h 00 

Marcelo Godoy – O Estado de S.Paulo

A apreensão de quase 2 toneladas de cocaína com cinco brasileiros em Portugal provocou um terremoto na Polícia Civil de São Paulo. Tudo porque um dos presos pela polícia portuguesa é o investigador Walter José Bernal. Conhecido como Ratão, ele foi um importante policial do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) até 2006. Atualmente, está na 5.ª Delegacia Seccional de São Paulo, na zona leste.

 

“Ele (Bernal) é inocente. Ele estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada”, disse o advogado Daniel Bialski, que defende o investigador. A apreensão de 1,7 tonelada de cocaína na cidade de Montijo foi a conclusão de uma investigação da polícia portuguesa que durou seis meses. A droga está avaliada em 20 milhões.

A cocaína, de origem colombiana, chegou a Portugal pelo Porto de Leixões, no norte do país. Estava em cinco contêineres misturada a placas de gesso, que foram transportados até Montijo, de onde seria enviada à Espanha. Segundo a investigação, os traficantes planejavam o envio de mais nove contêineres.

Bernal está há 21 anos na polícia. Em 2007, se tornou chefe dos investigadores da seccional, função que exerceu até 2009, quando, com a mudança de direção da delegacia, deixou a chefia, mas ficou na unidade.

A Polícia Federal foi avisada do envio de cocaína para a Europa pela polícia portuguesa. Na apuração, descobriu que Bernal tem um apartamento na Vila Nova Conceição, na zona sul. Com as prisões, ocorridas no dia 7 de outubro, os federais foram ao apartamento. Com um mandado expedido pela juíza Noemi Martins de Oliveira, da 5.ª Vara Federal de Guarulhos, na Grande São Paulo, a PF apreendeu dois cofres, documentos, fotos, celulares e cartões de memória de telefones.

Amigo. Bernal seria ligado ao empresário Paulo Eduardo Costa Junqueira, um dos sócios da empresa de gesso Aprendendo a Somar, com sede em Montijo. A empresa de Junqueira teria ainda como sócio Rarisson Soares da Silva, também investigado no caso.

As casas de Junqueira em Mairiporã e em Guarulhos, na Grande São Paulo, foram revistadas pelos federais. O empresário está entre os presos em Portugal. Ele foi detido em companhia do empresário Emerson Rodrigues de Salas e Bernal. A reportagem não localizou a defesa dos dois.

Bernal disse aos policiais portugueses que passava férias com sua mulher. De fato, ele está de férias desde 27 de setembro. “Ele foi a Portugal a convite do Paulo (Junqueira)”, afirmou Bialski.

A prisão causou desconforto na polícia. “Ele sempre foi muito discreto. Para mim, ele era um empresário”, disse o delegado Emílio Braga Françolin, que o chefiou no Denarc e na seccional. O investigador seria sócio no Brasil de uma empresa de factoring.

A Corregedoria da Polícia Civil abriu uma investigação sobre o caso. Ele vai verificar se outros policiais estão envolvidos no caso e se outros carregamentos de gesso foram enviados à Europa pelo grupo.

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Caracas, o ABADIA ESTAVA MESMO CORRETO.

O DENARC ERA O QUARTEL GENERAL DO TRÁFICO.

O DISCRETO POLICIAL É MORADOR DESTA MODESTA VILA

WALTER JOSÉ BERNAL PRESO SOB SUSPEITA DE EXPORTAR 1700 QUILOS DE COCAÍNA PARA PORTUGAL ERA “DAQUELE TIME” DO DENARC 14

Acusado de tráfico de drogas em Portugal atuou no Denarc
14 de outubro de 2010 07h11 

Um dos cinco brasileiros presos no último sábado em Portugal sob suspeita de traficar 1,7 t de cocaína é um ex-integrante do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil de São Paulo. O investigador Walter José Bernal atualmente está lotado na 5ª Delegacia Seccional Leste. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Simultaneamente à operação que culminou com a prisão do grupo na zona industrial de Montijo, ao sul de Lisboa, a Polícia Federal apreendeu dois cofres fechados em um flat de luxo onde o policial vivia, na Vila Nova Conceição, na zona sul da capital paulista. Foram apreendidos também celulares, fotos e cartões de memórias para serem usados como possíveis provas. Segundo as autoridades portuguesas, Bernal usava técnicas de combate ao narcotráfico aprendidas no Denarc para traficar drogas. Na década de 1990, o policial foi investigado por suspeita de comprar armas na Argentina.

JOSÉ SERRA É TECNICAMENTE HONESTO: FOI DENUNCIADO E ABSOLVIDO EM 14 AÇÕES; LUTA PARA SER ABSOLVIDO NAS FALCATRUAS DE SOCORRO AOS BANQUEIROS NA ÉPOCA DE FHC…MAS COM TAL EXPERIÊNCIA COMO RÉU – 17 AÇÕES – NEM SEQUER SERIA ACEITO COMO CANDIDATO EM CONCURSO DE AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS NA POLÍCIA CIVIL…PARA FINS DE CONCURSO PÚBLICO – NAS CARREIRAS MENOS COMPLEXAS, INCLUSIVE – ELE SERIA CONSIDERADO “FICHA SUJA” E REPROVADO! 4

Serra luta contra três processos judiciais

Na Justiça, três processos contra José Serra

Dilma Rousseff e Indio da Costa não sofrem ações. Temer tem três casos já julgados

 

Apesar de realizado antes do primeiro turno das eleições, um levantamento feito pelo site Congresso em Foco sobre a situação judicial dos candidatos a Presidência e Vice-Presidência da República passou praticamente em branco por parte da mídia. No caso, os números mostram que o presidenciável do PSDB, José Serra, tem 17 processos contra ele em seu currículo. Destes, três continuam ativos. Em um dos casos, ainda segundo o site, uma juíza teria considerado que houve, por parte de Serra, dano ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos.

No entanto, o Jornal do Brasil consultou o histórico do processo, no qual não consta qualquer decisão final. Já a rival de Serra na campanha, Dilma Rousseff, informa não haver processos contra ela. Em relação aos candidatos a vice, o papel se inverte. O peemedebista Michel Temer, da chapa de Dilma, lista três processos contra ele, e o candidato do DEM, Indio da Costa, da chapa de Serra, diz não ter sido processado.

Os candidatos são obrigados, por lei, a informar ao Tribunal Superior Eleitoral a respeito dos processos judiciais contra eles.

Num dos processos contra Serra, uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal, e aceita pela juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, é por improbidade administrativa, dos tempos em que o tucano era ministro do Planejamento no governo Fernando Henrique Cardoso. No caso, a ação diz respeito ao Proer, programa implementado no primeiro governo FHC para sanear instituições financeiras que enfrentaram dificuldades na virada do período de hiperinflação para o início do Plano Real.

Além de Serra, as ações envolvem diversas pessoas que tiveram algum grau de responsabilidade nas decisões relativas ao programa, como o então ministro da Fazenda, Pedro Malan. As ações questionam a assistência prestada pelo Banco Central, no valor de R$ 2,975 bilhões, ao Banco Econômico S.A., em dezembro de 1994, entre outras decisões adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O JB não conseguiu entrar em contato com a juíza Daniele Maranhão Costa. De acordo com as informações no site do TSE, a magistrada teria apenas recebido a denúncia, e não proferido uma decisão. O presidenciável do PSDB também responde por crimes de imprensa, calúnia e injúria, em ações ajuizadas pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores. Em uma delas, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoíni é o autor das denúncias, que foram recebidas pela Justiça de São Paulo e estão em andamento.

O Jornal do Brasil entrou em contato com a assessoria de Serra, para que o candidato comentasse a respeito dos processos. Até o fechamento desta edição, não houve resposta.

Sobre os processos contra Michel Temer, um deles é um recurso do Banco Central contra um pedido feito pelo próprio Temer à Justiça para a liberação recursos em dinheiro bloqueados durante o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, na época do plano que confiscou parte dos recursos depositados em cadernetas de poupança. Nos outros dois processos contra Temer, um deles é citado como “caso eliminado”, sem oferecer mais detalhes. O outro é citado como uma apelação civil contra deputados da bancada paulista na Câmara dos Deputados.

Casos encerrados A assessoria de Temer informou, segundo o Congresso em Foco, que todos os casos contra o peemedebista estão transitados em julgado, isto é, já percorreram todas as instâncias judiciais e foram objeto de julgamento, não oferecendo qualquer risco para o candidato.

 

 

OS FALSÁRIOS 3

Os falsários

DEMÉTRIO MAGNOLI

O GLOBO 

Carlos Augusto Montenegro, o presidente do Ibope, profetizou há muitos meses uma vitória folgada de José Serra, no primeiro turno. A campanha não havia começado e o Ibope não tinha pesquisas relevantes. O Oráculo falou para bajular aquele que, presumia sua sabedoria política, seria o próximo presidente. Mais tarde, durante a campanha, de posse de inúmeras pesquisas, o Oráculo asseverou com a mesma convicção que Dilma Rousseff venceria no primeiro turno. A bajulação dos poderosos de turno obedece a uma lógica inflexível. Na mesma entrevista, ele sugeriu que a oposição atentava contra a democracia ao repercutir os escândalos no governo. Cada um fala o que quer, nos limites da lei, mas o Oráculo de araque não se limita a isso: ele vende um produto falsificado.

Pesquisas de opinião declaram uma margem de erro e um intervalo de confiança.

A margem de erro expressa a variação admissível em relação aos resultados divulgados. O intervalo de confiança expressa a confiabilidade da pesquisa — ou seja, a probabilidade de que ela fique dentro da margem de erro.

Na noite de 3 de outubro, o Ibope divulgou as pesquisas de boca de urna para a eleição nacional e para 16 estados, registradas com margem de erro de 2% e intervalo de confiança de 99%.

Das 17 pesquisas, 12 ficaram fora da margem de erro. O intervalo de confiança real é inferior a 30%. Um cenário similar, catastrófico, emerge das pesquisas para o Senado. Há tanta diferença assim entre isso e vender automóveis com defeitos nos freios? O Ibope não está só. Datafolha, Sensus e Vox Populi não fizeram pesquisas de boca de urna, mas suas pesquisas imediatamente anteriores também não resistem ao cotejo com as apurações.

Todos os grandes institutos brasileiros cometem um mesmo erro metodológico, bem conhecido pelos especialistas.

Eles usam o sistema de amostragem por quotas, que tenta produzir uma miniatura do universo pesquisado. A amostra é montada com base em variáveis como sexo, idade, escolaridade e renda. Isso significa que a escolha dos indivíduos da amostra não é aleatória, oscilando ao sabor de variáveis arbitrárias e contrariando os princípios teóricos da amostragem estatística.

O Gallup aprendeu a lição depois de errar na previsão de triunfo de Thomas Dewey, nas eleições americanas de 1948. Venceu Harry Truman e o instituto mudou sua metodologia, adotando um plano de amostragem probabilística, que gera amostras aleatórias. Quase meio século depois, os institutos britânicos finalmente renunciaram à amostragem por quotas. O copo entornou em 1992, quando as pesquisas baseadas na metodologia furada previram uma vitória trabalhista, mas triunfou o conservador John Major. Na sequência, uma equipe de especialistas identificou o problema e apresentou a solução. Os institutos brasileiros conhecem toda essa história. Não mudam, pois a metodologia atual é mais prática e barata.

 

Vendem gato por lebre.

A amostragem por quotas não permite calcular a margem de erro. Os institutos “resolvem” a dificuldade chutando uma margem de erro, que exibem como fruto de cálculo rigoroso. Como as eleições brasileiras costumam ter nítidos favoritos, eles iludem deliberadamente a opinião pública, cantando acertos onde existem, sobretudo, equívocos.

Não é um fenômeno novo. Jorge de Souza, no seu “Pesquisa eleitoral: críticas e técnicas” (Editora do Senado, 1990), já registrava que 16 das 23 pesquisas Ibope referentes às eleições estaduais de 1986 situaram-se fora da margem de erro — o mesmo desastroso intervalo de confiança, em torno de 30%, verificado neste 3 de outubro.

 

Nem todos os institutos são iguais.

O Datafolha conserva uma notável isenção partidária, embora também utilize o indefensável sistema de amostragem por quotas. O Oráculo do Ibope anda ao redor dos poderosos, sem discriminar partidos ou candidatos, farejando oportunidades em todos os lados.

 

Marcos Coimbra, seu congênere do Vox Populi, pratica uma subserviência mais intensa, porém serve apenas a um senhor. Durante toda a campanha, o Militante assinou panfletos políticos governistas fantasiados como análises técnicas de tendências eleitorais. Dia após dia, sem descanso, sugeriu a inevitabilidade do triunfo da candidata palaciana no primeiro turno.

Sua pesquisa da véspera do primeiro turno, publicada com fanfarra por uma legião de blogueiros chapa branca, cravou 53,4% dos votos válidos para Dilma Rousseff. Errou em 6,5 pontos percentuais, quase três vezes a margem de erro proclamada, de 2,2%.

Pesquisas obviamente não decidem eleições. Mas elas têm um impacto que não é desprezível. Sob a influência dos humores cambiantes do eleitorado, supostamente captados com precisão decimal pelas pesquisas, consolidam-se ou dissolvem-se alianças estaduais, aumentam ou diminuem as doações de campanha, emergem ou desaparecem argumentos utilizados na propaganda eleitoral, modifica-se a percepção pública sobre os candidatos. Os institutos comercializam um produto rotulado como informação. Se fosse leite, intoxicaria os consumidores. Sendo o que é, envenena a democracia.

Beto Richa, o governador eleito em primeiro turno no Paraná, obteve da Justiça Eleitoral a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais que não o favoreciam. A censura é intolerável, principalmente quando solicitada por alguém que se comprazia em dar publicidade a pesquisas anteriores, nas quais figurava à frente. Ele poderia ter usado o horário eleitoral para expor a incúria metodológica dos institutos e o lamentável papel desempenhado por alguns de seus responsáveis, como o Oráculo e o Militante. A opinião pública, ludibriada a cada eleição, encontrase no limiar da saturação. Mais um pouco, aplaudirá o gesto oportunista de Richa e clamará pela censura. Que tal os institutos agirem antes disso, mesmo se tão depois do Gallup? Ah, por sinal: qual é mesmo a taxa de aprovação do governo Lula?

DEMÉTRIO MAGNOLI é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP.

E-mail: demetrio.magnoli@terra.com.br.