27/09/2010 21h43 – Atualizado em 27/09/2010 22h47
Após confronto com PM, termina protesto em favela da Zona Sul de SP
Manifestantes renderam motorista e atravessaram ônibus na marginal.
Morador da favela diz que foi atingido por balas de borracha.
Marcelo Mora Do G1 SP
Cerca de 50 manifestantes invadiram ônibus e utilizaram o veículo para fechar a pista local da Marginal Pinheiros, sentido Interlagos (Foto: Marcelo Mora/G1)O protesto de moradores da favela Real Parque, na Zona Sul de São Paulo, terminou por volta das 20h30 desta segunda-feira (27). Ao menos cem manifestantes, que perderam suas residências em um incêndio na semana passada, participaram do ato, de acordo com a polícia.
Por volta das 18h15, cerca de 50 pessoas invadiram e renderam o motorista de um ônibus que havia parado em um ponto na pista local da Marginal Pinheiros, sentido Interlagos, para recolher passageiros.
O motorista do coletivo contou que os manifestantes portavam rádio-comunicadores e que cumpriram ordens de pessoas que estavam na parte de cima da favela. Além disso, carregavam bujões de gás, que usaram como uma espécie de lança-chamas. Depois de ser retirado do ônibus, um dos manifestantes atravessou o veículo na pista local, bloqueando o tráfego.
O motorista, que trabalha há 16 anos na empresa Consórcio 7, afirmou que foi ameaçado e que quase foi linchado. “Eles diziam que queriam suas casas de volta”, relatou. Além disso, um segundo ônibus, de uma empresa de fretamento, também foi parado pelos manifestantes e atravessado na alça de acesso da pista expressa da marginal à Ponte Octavio Frias de Oliveira, conhecida como ponte estaiada. As pistas só foram totalmente liberadas, com a ajuda de um guincho da CET, por volta das 20h.
Com a chegada da polícia ao local, houve confronto. Os manifestantes deixaram a pista local da marginal e se dirigiram às vias no entorno da favela, como a Avenida Duquesa de Goiás. Em seguida, os policiais da Força Tática da PM entraram na favela e utilizaram bombas de efeito moral, de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha para tentar conter o tumulto e intimidar os manifestantes, que revidavam atirando paus e pedras.
Pedreiro, de 40 anos, exibe marca da bala deborracha nas nádegas (Foto: Marcelo Mora/G1)
Vários moradores da favela que chegavam do trabalho foram pegos de surpresa com a confusão. O pedreiro Sebastião de Souza, de 40 anos, tentou acessar o bloco B13 do conjunto habitacional popular onde mora e acabou levando dois tiros de balas de borracha da polícia, um na virilha direita e outro na nádega esquerda.
“Eu sou trabalhador. Eu estava subindo com a camisa levantada para mostrar que estava desarmado e mesmo assim eles atiraram”, disse, bastante revoltado. “Dói muito. Eu vou fazer um boletim de ocorrência e vou processar o Estado”, declarou.
Muitas mães permaneciam em uma das entradas das favelas preocupadas com a situação de seus filhos que estavam ilhados na EMEI Pero Neto. “Eles estão soltando essas bombas o tempo todo. O barulho é assustador. E também gás lacrimogêneo. Minha filha tem asma, estou desesperada”, disse uma auxiliar de limpeza de 26 anos que pediu para não ser identificada.
Segundo o tenente Éverton Vilela, comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar, até as 20h30 não havia informações sobre feridos nos confrontos. Além disso, ele também não soube informar se houve prisões. O número de policiais que participaram da ação na favela não foi revelado.
Em nota, a Secretaria Municipal de Habitação “condenou veementemente a ação de um pequeno grupo de radicais na favela Real Parque”. “A revolta se iniciou após reunião com a equipe da Superintendência de Habitação Popular Sul (Habi-Sul) e as famílias vítimas do incêndio que destruiu parte da comunidade”, diz a nota.
“Na reunião, técnicos da Prefeitura explicaram que seria pago auxílio aluguel de R$ 400 mensais por quatro meses e distribuído à maioria um ofício, chamado compromisso habitacional, pelo qual a família detentora tem a garantia de ser atendida em moradia definitiva no futuro. Porém, têm direito ao compromisso habitacional apenas as vítimas que constarem do cadastro original de 1.131 famílias da favela, feito em 2008.”
Segundo a secretaria, “as famílias que foram atendidas logo após o incêndio, mas não comprovaram residência no local com o nome no cadastro serão analisadas posteriormente, caso a caso, mas não receberão o compromisso habitacional”. “Uma pequena parcela dos moradores não aceitou essa decisão, porém a Sehab não pode admitir que ninguém fure a fila de atendimento.”


Desapropriação é o ato pelo qual o Poder Público, mediante prévio procedimento e indenização justa, em razão de uma necessidade ou utilidade pública, ou ainda diante do interesse social, despoja alguém de sua propriedade e a toma para si.
É, portanto, nos dizeres de Celso Antônio Bandeira de Mello “(…) desapropriação se define como o procedimento através do qual o Poder Público, fundado em necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, compulsoriamente despoja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em dinheiro, salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em desacordo com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-á em títulos da dívida pública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas, preservado seu valor real.”
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/2758/1/Desapropriacao/pagina1.html#ixzz10nHhP2zN
O fogo é o meio mais rápido de se implementar a desapropriação, com a vantagem de ser pouco possível apurar a autoria.
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Vão colocar a culpa no PT pela incompetência dos atuais governos do Estado e da Prefeitura.
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Mas que culpa tem o governo se esse povo invade qualquer área, monta seus barracos, fazem os famosos “gatos” na fiação elétrica e não estão nem ai, se pode ou não ter um curto circuito e os barracos pegarem fogo? Conheço várias pessoas que na época em que o Maluf foi prefeito e inventou os cingapuras, e tentou tirar as pessoas das favelas, e logo que recebiam seus apartamentos, voltavam para a favela, pois não queriam pagar por água, luz e condominio. Tá certo que nem todo favelado é ladrão, nem todo ladrão é favelado, mas sempre culpar o poder público quando há um incendio, já esta sendo demais. E qualquer coisas eles param avenidas, marginais, rodovias, e o meu direito de pagadora de impostos, o meu direito de ir e vir, onde fica. Não gosto da PM, mas dessa vez parabéns aos mesmos.
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Caracas um favelado, ops agora o politicamente correto é um morador da comunidade vai fazer BO e processar o Estado, bem vindo ao meu mundo que não recebo o que me devem nem como salários e nem em serviços públicos que pago via impostos, e o campo do judiciário também estou ad eterno esperando o recebimento de um precatório que teve origem na era Quércia, e sem direito a justiça gratuita que o TJ nega aos servidores públicos, voltando ao início se for fazer o BO e quiser receber do Estado, SENTA QUE VAI DEMORAR, MAS SÓ UM POUQUINHO.
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Vcs não sacaram que foram 4 incêndios recentes em favelas??? 58 incêncios EM FAVELAS SÓ EM 2010!!!
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FALTOU DIZER: SE LIGUEM!!! É PARA QUEIMAR OS DOCTOS PROS POBRES NÃO VOTAREM NO PT!!!!!! Tô VIAJANDO DR GUERRA??
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Deveria ter tomado meia dúzia de tiro de borracha no saco prá ficar estéril e não procriar mais. Não tem estudo,não tem profissão, não tem casa ma vontde de fazer filho não falta.
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Pior que é verdade CADELO, filho e cachorro, afe, nunca vi como pobre tem tantos filhos e cachorros.
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Só uma dica pra vcs começarem a pensar,
fogo em favelas em 2010,
ataques preferencialmente a políciais militares por
suposto pcc em 2006,
amigão eram anos eleitorais,
é a baderna orquestrada,
ou vcs se fazem de bobinhos ou …
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