A Corregedoria Nacional do Ministério Público começou na manhã desta segunda-feira (20) a inspecionar pela primeira vez o Ministério Público Estadual em São Paulo. 11

Corregedoria começa a inspecionar o MPE em São Paulo; população pode colaborar

Fabiana Uchinaka
Do UOL Notícias
Em São Paulo

A Corregedoria Nacional do Ministério Público começou na manhã desta segunda-feira (20) a inspecionar pela primeira vez o Ministério Público Estadual em São Paulo. A investigação, que deve durar até sexta-feira, será feita por 58 pessoas, entre servidores, auditores e integrantes do MP de outros Estados.

As equipes vão apurar in loco como anda, por exemplo, a eficiência de promotores e procuradores, a gestão da administração das unidades, o número de processos parados, as condições de trabalho dos funcionários, o cumprimento de determinações legais, a regularidades de contratos e licitações e a execução orçamentária.

Na terça e na quarta-feira (22), a população poderá comparecer ao prédio do MPE (rua Riachuelo, 115, Centro) para colaborar com reclamações, denúncias, sugestões e elogios. O atendimento será feito das 9h às 12h e das 14h às 17h30, de forma reservada. É necessário apresentar documento de identificação com foto, comprovante de residência e o maior número possível de documentos relacionados ao assunto tratado.

“Não estamos aqui para investigar um fato. Não há uma denúncia ou uma motivação. Esse trabalho deve passar a ser uma rotina, uma constante”, explicou o corregedor nacional do MP, Sandro Neis. “O Ministério Público Estadual em São Paulo é o maior do Brasil e um dos maiores do mundo, o que nos coloca um desafio. É preciso estudar essa instituição, que é uma referência para outros Estados, especialmente os mais carentes, e pode apontar novas diretrizes”, acrescentou.

Depois de feito o raio-X da instituição, os dados serão apresentados em um relatório, que apontará distorções e novas formas de trabalho.

Esta é a sexta vez que esse tipo de levantamento é feito. Desde 2009, os Ministérios Públicos de Piauí, Amazonas, Paraíba, Alagoas e Pará já passaram pelo pente fino da corregedoria. Até novembro, também serão inspecionadas as unidades do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Militar em São Paulo.

Até agora, apenas os relatórios de Piauí e Amazonas foram concluídos. Segundo o corregedor, no Piauí, onde a situação do Ministério Público é considerada a mais precária e preocupante do país, foram apontadas 178 irregularidades. “A partir das constatações, já houve, por exemplo, a anulação de atos administrativos, o retorno de valores recebidos, a instauração de procedimentos disciplinares e até a constituição de órgãos administrativos de controle interno, que antes não existiam”, explicou.

De acordo com Neis, o problema mais recorrente é o atraso nos processos, que, segundo ele, é provocado mais por excesso de trabalho do que por omissão do funcionário. A falta de estrutura nas instituições também é uma constante e descobriu-se que em alguns Estados os promotores não tinham nem gabinete para trabalhar.

Já na área administrativa, o que mais preocupou foi a falta de controle interno. “Houve o caso até de um funcionário que era responsável pela execução do orçamento e, ao mesmo tempo, respondia pelo controle interno”, ressaltou.

O corregedor também explicou que imediatamente após a divulgação do relatório conclusivo, as irregularidades já começam a ser investigadas e as mudanças requeridas são acompanhadas por um órgão do Conselho de Nacional.

Ainda não há uma data para a conclusão do relatório sobre o Judiciário paulista. Somente depois de terminado o trabalho nos MPs Federal, do Trabalho e Militar é que será anunciado a próxima unidade que será inspecionada pela corregedoria

DELPOL-SP Eleição em SP tem cheiro de 2º turno 12

Eleição em SP tem cheiro de 2º turno
Análise dos números da pesquisa Ipespe/DIÁRIO indica que a eleição para governador pode caminhar para não ser definida em 3 de outubro
 
A 13 dias da eleição, os números das pesquisas eleitorais apontam que, neste momento, um segundo turno é muito provável no Estado. Isso está indicado solidamente pela pequena diferença entre o total da intenção de voto no candidato Geraldo Alckmin e a soma de todos os outros.

As equipes de campanha dos dois lados discutem a possibilidade, do lado petista, para animar a turma; do lado tucano, para não deixar que uma boa votação no primeiro turno vire frustração por não resultar em vitória imediata.

Segundo a pesquisa Ipespe/DIÁRIO, a intenção de voto em Alckmin é sete pontos percentuais maior do que a soma de seus adversários. Considerando a margem de erro de 3,2% para cima ou para baixo, Alckmin pode ter 42,8% ou 49,2%; os adversários somados podem ter 35,8% a 42,2% dos votos. No pior cenário para o candidato do PSDB, a diferença poderia ser de menos de um ponto percentual; no melhor cenário, ele estaria eleito no primeiro turno com uma diferença de 13,4%.

Para uma eleição ser vencida em primeiro turno, é necessário que os votos em um candidato superem todos os votos efetivamente dados para os adversários. Votos brancos e nulos são desconsiderados da conta de “votos válidos”.

A diferença de 7 pontos é bem mais insegura para o candidato tucano do que poderia parecer: ela é muito próxima de um contingente de votos que analistas acham que quase certamente Mercadante irá ganhar. A perspectiva histórica indica que o candidato do PT ainda deverá crescer até o nível das votações tradicionais de seu partido em São Paulo.

O PT tem tido sempre votações em torno de 30% dos votos no Estado. Oito anos atrás, José Genoíno teve 32%; quatro anos depois, Mercadante teve 31,7% quando vivia um inferno político ao ver seu principal assessor de campanha flagrado ao montar o escândalo dos aloprados. Não é improvável que ele repita aquela votação em um ano em que nem os adversários exploraram sua proximidade com o episódio.

Se Mercadante superar 32%, considerando as condições atuais, a eleição provavelmente terá o tal segundo turno. (LS)
 
Fonte: Diário de São Paulo – Segunda, 20/09

AUGUSTO PEÑA QUER DIVULGAR PROVAS DE INOCÊNCIA SUPRIMIDAS PELA CORREGEDORIA COM O FIM DE FAVORECIMENTO A CARDEAIS 24

BOM DIA
DR CONDE GUERRA
 
SOU UM GRANDE ADMIRADOR
SEI QUE O TRABALHO QUE REALIZA TEM UM PORQUÊ
E QUANDO TIVE OS MEUS CONTRATEMPOS FUI RESPEITADO PELO SENHOR QUE LIMITOU-SE A POSTAR A NOTÍCIA COM ÉTICA E PROFISSIONALISMO
 
GOSTO DE UM BROCARDO
“A VERDADE SÓ TEM UM DESEJO , SER CONHECIDA ANTES DE SER CONDENADA”
 
NESTE NORTE , MUITA COISA QUE FOI ESCRITA E JOGADA AO VENTO A MEU RESPEITO – NÃO CONDIZ COM A VERDADE , OU SEJA , ESTA FOI CONDENADA , ANTES  MESMO DE SER CONHECIDA .
 
DESTARTE – VOSSA SENHORIA DEVE SE RECORDAR DO FAMIGERADO CASO DO “FURTO” ou “PECULATO”  OCORRIDO NO DEPÓSITO DO DEIC em 2007 ONDE , PARA VARIAR – AS ACUSAÇÕES DA PRÁTICA DE TAL ILÍCITO RECAIRAM SOBRE ESTE SUBSCRITOR .
 
TUDO NA VIDA TEM SUA HORA E MOMENTO
AGUARDEI SILENTE A CONCLUSÃO DE NOSSA DIGNAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS
 
OCORRE , QUE APÓS REALIZAREM O JULGAMENTO DESTE , SOB VERDADEIRA INQUISIÇÃO E TRIBUNAL DE EXCEÇÃO
ESTÁ NA HORA DE MOSTRAR OS VERDADEIROS AUTORES DO ILÍCITO .
 
APENAS PARA SIMPLIFICAR :
ESTE SUBSCRITOR À ÉPOCA DOS FATOS APRESENTOU A CORREGEDORIA A PROVA DA INOCÊNCIA ( PROVAS MATERIAS ) , MAS PARA PROTEÇÃO DE “INFLUENTES ( CARDEAIS , DELEGADOS DE POLICIA DE CLASSE ESPECIAL , ENFIM ) A VERDADE E DOCUMENTOS FORM OCULTADOS PELA CASA CENSORA ( MARIA INEZ TREFIGLIO VALENTE E DEMAIS DELEGADOS DE POLÍCIA )
 
NESTE ATO
AS PROVAS DA INOCÊNCIA JÁ ESTÃO NAS MÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO – QUE AGORA TEM QUE REVER SUAS ACUSAÇÕES
 
EM SUMA
EM RESPEITO A SEU TRABALHO , E APROVEITANDO , CASO SEJA CONCEDIDO POR VOSSA SENHORIA O DIREITO DE RESPOSTA
GOSTARIA DE ENCAMINHAR-LHE AS PROVAS IRREFUTÁEIS QUE DEMONSTRAM QUEM REALMENTE “FURTOU” O GALPÃO DO “DEIC” SUBTRATINDO DIVERSOS APARELHOS ELETRÔNICOS E AUFERINDO LUCRO COM TAL ILICITUDE .
 
FICOU FÁCIL – PARA TAIS AUTORES
ESTE SUBSCRITOR JÁ ESTAVA MASSACRADO PELA IMPRENSA EM OUTRO CASO , PORQUE NÃO COLOCAR MAIS UM , NÃO HAVERÁ DIFERENÇA !!!!!!!!!!
 
iSTO POSTO , REQUEIRO , MUI , RESPEITOSAMENTE A VOSSA SENHORIA , COMO PODERIA FORNECER ESTE MATERIAL PARA DIVULGAÇÃO , JUNTAMENTE COM O “MODUS OPERANDI ” – “PARI PASSU” UTILIZADO PÉLOS VERDADEIROS AUTORES DO FURTO
 
A ÚNICA COISA QUE PEÇO DIANTE DAS AGRURAS JÁ VIVENCIADAS É QUE O MATERIAL SEJA PUBLICADO NA INTEGRA SOBRE MINHA TOTAL RESPONSABILIDADE – ISENTANDO-O TOTALMENTE .
 
ESTE É SÓ O COMEÇO DA ESTÓRIA
HÁ MUITO POR VIR E SER INFORMADO
 
AGRADEÇO SEU RETORNO
E AGUARDO RESPOSTA DIANTE DO REQUERIDO
 
APROVEITO A OPORTUNIDADE PARA TAMBÉM PEDIR :
ALÉM NA DIVULGAÇÃO DO BLOG DE VOSSA SENHORIA QUE É DE CONHECIMENTO NACIONAL
GOSTARIA DE DIVULGAR TAL MATÉRIA NA IMPRENSA ESCRITA , PORÉM NÃO TENHO CONHECIMENTO
 
AGUARDO SEU RETORNO PARA DARMOS INÍCIO AO QUE PENSARAM QUE HAVIA ENCERRADO
 
 
UM GRANDE ABRAÇO
AUGUSTO PEÑA

JOW, REPETIREI AS PALAVRAS DO NOSSO AMIGO NESTOR: VERDADE, VERDADE; NADA MAIS QUE A VERDADE…NÓS SOMOS ESCÓRIA! 18

Solicito ao amigo Braga que encaminhe este e-mail ao Grupo Delpol PC,uma vez não conseguir acessá-lo.

Tendo-se em vista os últimos acontecimentos, sinto-me na obrigação de
levar ao conhecimento de todos o que realmente ocorreu na reunião do
dia 17.09.10. na sede da ADPESP.
Antes de tecer comentários sobre a reunião, tenho por obrigação,
defender com veemência os meus amigos/imãos, BRAGA e WILLIAN, os quais
foram “achincalhados” e ofendidos pela presidente da ADPESP. Os termos
utilizados por ela não condiz com a grandeza do cargo que ocupa.
Chamar os bravos amigos, que fizeram tudo o quanto foi possível fazer
para elegê-la, de “seres rasteiros, covardes, desagregadores,
mentirosos, canalhas e imbecis” é simplesmente inaceitável e
inadimissível. A Nossa presidente simplesmente está “cuspindo” no
prato que comeu. Isso é muito triste. Não se pode, jamais, desmerecer
pessoas que lutaram ao seu lado, que deram a cara para bater, que a
defenderam com unhas e dentes no decorrer de todo o pleito eleitoral.
Acredito que a presidente da ADPESP deve descer do seu pedestal e
abraçar aqueles que realmente ela pode contar. Aqueles que não te
interesse em nenhuma outra coisa à não ser o idealismo pela classe dos
Delegados de Polícia. Ao que tudo indica a nossa presidente quer
apenas se cercar de pessoas que dão tapinhas nas costas e só a
elogiam. Abomina e afasta aqueles que a contrariam. É uma pena o que
está acontecendo. O BRAGA e WILLIAN são pessoas corretas, honestas,
idealistas e sempre acreditaram no grupo que assumiu a ADPESP. O meu
repúdio pelas palavras infelizes propalada pela presidente da ADPESP.
Nem sempre as coisas acontecem como a gente quer ou imagina. Que
pena!!!
Após este breve desabafo, passo a narrar os fatos ocorridos na
reunião, a saber:
Estavam presentes: MÁRIO CELSO, ALAN, SIDNEY CARLI, CAPUTO, CLBER
PINHA, MARILDA, DR. LEVINO e a Seccional de Polícia de Guaratinguetá,
DRA. SANDRA VERGAL.
Ao iniciar a reunião, insatisfeito pelo não comparecimento da
presidente da ADPESP na manifestação do dia 11 de setembro, pedi
explicação a ela pela falta, ao meu ver injustificada. Argumentou a
presidente de que a manifestação não tinha vínculo com a ADPESP e ela,
na condição de presidente, não poderia misturar as coisas. Não
conformado com a resposta disse a ela: Marilda, você não precisava ir
na condição de presidente da ADPESP, mas sim na condição de uma
simples Delegada de Polícia, batalhadora, guerreira, que eu conheci
quando da famosa reunião do Hotel Braston. Sua resposta mais uma vez
não foi satisfatória. Nesse momento do diálogo, talvez sentindo-se
precionada, deixou escapar que “tinha feito um acordo com o PSDB”.
Indignado e estarrecido, perdi o controle e com veemência a questionei
sobre o “acordo”. Muito desconfortável ela disse que tinha feito um
acordo com o intuito de conseguir a nossa tão esperada
“reestruturação”, aquela mesma que afundou meses atrás. Não conformado
com tamanho absurdo a questionei mais ainda, até que ela se socorreu
do Diretor Institucional Cleber Pinha. Os ânimos ficaram exaltados,
pois, Cleber, que não admite ser contestado, alterou o seu tom de voz.
Eu, que de bobo não tenho nada (somente a cara), também alterei a
minha, dizendo a ele que qualquer tipo de “acordo, ou trégua” com o
nosso maior inimigo era intolerável e inadimissíve. A discussão
permaneceu por alguns minutos e a siuação, para mim, não ficou
esclarecida. Deixei claro para os presentes que a voz ecoante no Vale
Paraíba era de total desânimo e a presidente e o Diretor Institucional
tinha a obrigação de saber. Outros assuntos foram conversados,
incluindo a maifestação do dia 29.09.10 e as propagandas nos meios de
comunicação. Mais uma vez falei sobre o “total descaso” da ADPESP com
o Vale do Paraíba. Apesar dos inúmeros pedidos a campanha não chegou
por aqui. Em razão de todos esses fatos, cheguei no meu limite. Estou
cansado, decepcionado e desiludido. Não foi com essa intenção que,
junto aos meus queridos amigos/irmãos/guerreiros BRAGA e WILLIAN,
lutei incansavelmente em prol da “Chapa Nova Adpesp”. Dessa forma, por
não comungar com os fatos aqui expostos, e em solidariedade aos amigos/
irmãos WILLIAN e BRAGA, faço desse breve relato a minha RENÚNCIA do
cargo de 2º Diretor Jurídico da ADPESP. Peço desculpas a todos aqueles
que depositaram o seu voto e a sua confiança na minha pessoa, em
especial a dois amigos do Grupo DELPOL PC, que por questões de ética
não posso revelar. Desejo sorte aos amigos da Chapa, esperando que
aprendam com os erros cometidos até aqui. Um grande abraço a todos.
Mário Celso – Briagada do Vale

TIRIRICA E O FISCAL DA LEI 13

Promotor denuncia Tiririca por omissão na declaração de bens

Humorista declarou que tudo o que tinha estava em nome de terceiros por conta de pendências com a Justiça do Ceará

21 de setembro de 2010 | 0h 00

Adriana Moreira – O Estado de S.Paulo

Com seus bordões cheios de humor, Tiririca (PR) ganhou a preferência do eleitorado e lidera as pesquisas de intenção para deputado federal. Sua candidatura, no entanto, corre o risco de ser impugnada caso a Justiça Eleitoral acate a denúncia realizada pelo promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes na quinta-feira. Ele alega que o comediante cometeu fraude ao declarar, em uma entrevista, que seus bens estavam em nome de terceiros.

Recordista na arrecadação de verba de campanha em seu partido, Francisco Everardo Oliveira Silva, nome de batismo do humorista, declarou à Justiça Eleitoral não ter bens em seu nome. No entanto, em reportagem da revista Veja, Tiririca disse não ter nada em seu nome por conta de processos trabalhistas e de sua ex-mulher, em trâmite no Ceará.

“O candidato declara com a maior cara de pau que tem bens que não estão em seu nome”, critica o promotor. Segundo ele, ao ocultar bens de seus credores, Tiririca estaria cometendo o crime de falsidade ideológica na Justiça Eleitoral, além de fraude na Justiça comum. Por isso, Lopes entrou com o pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário do comediante.

O promotor acredita que o pedido será julgado rapidamente, mas não soube dar um prazo específico. Segundo ele, o processo não deve ser concluído antes das eleições, mas caso Tiririca vença nas urnas e, mais tarde, seja condenado, deverá perder o mandato.

Ironicamente, os deputados que arrastar com ele em razão do quociente eleitoral – que define quantas cadeiras são reservadas a cada partido – terão o mandato garantido, independentemente da conclusão da Justiça.

Exagero. Para o advogado de Tiririca, Ricardo Vita Porto, tudo não passa de “um grande exagero”. Segundo ele, não foi cometido nenhum crime eleitoral. “Ele não possui qualquer bem, seja em seu nome ou em nome de terceiros”, afirma. Mais tarde, porém, disse que “a omissão de bem não configura crime eleitoral”.

Porto afirmou ainda que os rendimentos de Tiririca não são suficientes para ter qualquer patrimônio. “Humorista não ganha tão bem”, justificou. De acordo com o advogado, houve um acordo com a ex-mulher do candidato “há muito tempo”, mas não soube precisar em que consistiria esse acerto.

Até agora, não houve notificação oficial, segundo o advogado. “Tudo o que sabemos foi por meio da imprensa.” No entanto, ele garante que assim que o candidato for notificado vai entregar todos os documentos requisitados pela Justiça. “Não vai ser preciso quebra de sigilo. Vamos apresentar todas as declarações de Imposto de Renda”, afirmou.

Para o advogado, a ação é reflexo da alta popularidade de Tiririca. “Estamos absolutamente tranquilos. Isso é natural para quem desponta como um dos favoritos do eleitorado.”

INTERNET: Os poderosos vigiavam os demais porque tinham os meios e a capacidade de fazê-lo. Mas agora as pessoas também podem vigiar os poderosos. 3

ENTREVISTA – FOLHA DE SÃO PAULO

MANUEL CASTELLS

Se um país não quer mudar, não é a rede que irá mudá-lo

SOCIÓLOGO, QUE VÊ A INTERNET COMO AMPLIFICAÇÃO DA SOCIEDADE, DIZ QUE NO CASO DO BRASIL NÃO HÁ QUALQUER DESEJO DE MUDANÇA

ALEC DUARTE

EDITOR-ADJUNTO DE PODER

 

Quem esperava que a internet fosse revolucionar o processo eleitoral brasileiro se decepcionou com o tímido papel que a rede exibe na campanha. O sociólogo espanhol Manuel Castells, porém, não se surpreendeu com isso.

Um dos mais relevantes pesquisadores da web, Castells esteve no Brasil a convite do recém-inaugurado Centro Ruth Cardoso e achou normal a ausência da esperada revolução nas eleições.

“Quando há estabilidade, não se pode esperar que a internet produza uma mudança que as pessoas não querem”, disse à Folha. Leia trechos da entrevista.

Por que a internet amedronta o poder político?

Manuel Castells – Porque o poder sempre esteve baseado no controle e, às vezes, na manipulação da informação.

O grau de autonomia das pessoas para se comunicar, informar e organizar suas próprias redes de sociabilidade é muito mais potente com a internet. Ela é a construção da autonomia da sociedade civil. Os governos sempre tiveram horror a isso.

A internet é incontrolável, mas os governos sempre tentam exercer algum controle. Não é um trabalho em vão?

Por mais que queiram controlar, não podem controlar. Nem a China pode controlar.

Isso mostra a desconfiança dos governos e dos políticos com respeito a seus próprios cidadãos. Não lhes agrada que se organizem e que sejam autônomos. Aos políticos só interessa o poder.

A única maneira de controlar a internet é desconectá-la totalmente. E isso hoje em dia é um preço que nenhum país pode pagar porque, além de livre expressão, a rede é educação, economia, negócios… é a eletricidade de nossa sociedade.

É impossível para um governo, hoje, não tentar recorrer a esse tipo de expediente?

Os governos tiveram que entrar nesse mesmo espaço de comunicação. Antes, não havia debate, havia monopólio. Isso acabou. O fato de que um governo ou grandes empresas tenham que fazer blogs como a gente nivelou relativamente o espaço da comunicação em que se enfrentam interesses distintos.

O avanço tecnológico permitiu também que os cidadãos vigiem os governantes…

Os poderosos vigiavam os demais porque tinham os meios e a capacidade de fazê-lo. Mas agora as pessoas também podem vigiar os poderosos. Qualquer jovem com um celular, se vê uma personalidade política fazendo algo inconveniente, pode imediatamente difundir a cena. Hoje os poderosos têm que se esconder, sua vida é mais transparente, mas não há um controle, apenas vigilância.

A vida em rede mudou o comportamento dos governos?

Ainda não totalmente, mas o poder político sabe que não pode mentir nem manipular sem ter cuidado ao fazê-lo. Quando as pessoas descobrem, o choque é muito potente. Foi o que ocorreu na Espanha, em 2004, quando o governo de José María] Aznar mentiu sobre a autoria do atentado terrorista em Madri. As pessoas ficaram indignadas porque Aznar disse que autoria era do [grupo separatista que atua na Espanha ETA, quando se tratava da Al Qaeda.

Houve controle da informação e manipulação. A descoberta da verdade, na véspera da eleição, foi compartilhada por SMS e levou milhões de jovens às urnas. Isso mudou o resultado da eleição [o socialista José Luis Zapatero venceu Aznar.

Outro exemplo ocorreu no Irã, em 2009, quando houve manifestações contra a reeleição de [Mahmoud] Ahmadinejad. Mesmo num país com controle total da informação, a capacidade de mobilização, sobretudo pelo Twitter, foi fundamental.

Isso também aconteceu na deposição do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, quando a internet foi invadida por hashtags de apoio à volta do mandatário, assim como o Twitter ostentou avatares verdes no episódio iraniano. Mas Ahmadinejad segue no poder, e Zelaya jamais foi reconduzido ao cargo. Falando em realpolitik, como essas mobilizações virtuais chegam ao âmbito do real?

As mudanças fundamentais na sociedade são as que se produzem na mente das pessoas. É aí que surge a mudança: quando as pessoas mudam sua forma de pensar e, portanto, de atuar.

As ideias não passam necessariamente pela mudança política, mas sim pelas mudanças que os governos têm de implementar em função da pressão da sociedade.

Hoje quase não há discussão política na internet brasileira, apenas torcidas trocando provocações. E essas discussões não extrapolam a própria rede. O fato de a web não possuir no país uma penetração grande afeta diretamente a repercussão fora dela?

Para que se manifestem fenômenos de utilização da rede nas mudanças de consciência e de informação das pessoas, é preciso haver antes de mais nada rede em condições e que também exista interesse das pessoas num sistema político.

No caso específico do Brasil, qual a sua percepção?

O Brasil segue uma dinâmica assistencialista em que da política se esperam subsídios e favores, mais do que políticas. A situação econômica do país melhorou consideravelmente. O que mudou a política aqui é que os dois últimos presidentes, FHC e Lula, eram influentes e controlavam seus partidos muito mais do que eram controlados por ele. Duvido que o país continue a ter essa boa sorte, qualquer que seja o resultado das eleições.

A renovação do sistema político exige que as pessoas queiram uma mudança, e isso normalmente ocorre quando existem crises. A internet serve para amplificar e articular os movimentos autônomos da sociedade. Ora, se essa sociedade não quer mudar, a internet servirá para que não mude.

ALCKMIN DISSE QUE EM SÃO PAULO PRESOS TRABALHAM NAS PENITENCIÁRIAS…MERCADANTE CONFIRMOU: “Os presos trabalham, sim. Trabalham muito pro PCC.” 22

Em debate, Mercadante ataca Alckmin; tucano acusa petista de “desinformar eleitor”

Diego Salmen
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante, partiu para o ataque contra seu rival, o tucano Geraldo Alckmin, durante debate promovido na noite desta segunda-feira (20) pela Rede Record. Após ouvir o rival dizer que os presos em São Paulo trabalham nas penitenciárias, o petista ironizou. “Os presos trabalham, sim. Trabalham muito pro PCC. [Trabalham] na porta das escolas vendendo droga”, disse.

Mercadante acusou o candidato do PSDB de “torcer contra” o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fez críticas mais incisivas à segurança no Estado.

“Vocês permitiram que os presos atacassem a polícia, queimassem ônibus”, afirmou, em referência aos ataques do PCC na capital paulista no início de 2006. No final do debate, Mercadante provocou. “Eu esperava que o Alckmin fizesse perguntas pra mim, mas ele não fez. É muito fácil pegar um ator para criticar para a gente, mas é muito mais difícil vir aqui e ser transparente”, disse.

Com as falas, a campanha do petista reforça estratégia ofensiva esboçada há alguns dias e consolidada no horário eleitoral da noite desta segunda, quando passou a exibir promessas não cumpridas de seu adversário no período em que governou São Paulo, entre 2003 e 2006.

Cooperação

Ao longo do encontro, Mercadante fez “tabelinhas” com Celso Russomanno, do PP. “O partido do governo recebeu o Estado com 9550 homicídios por ano. Na época em que o candidato Alckmin era governador, chegou a 12677 homicídios por ano”, afirmou o pepista. “Ele esteve aí 16 anos e não mudou nada”, disse Russomanno.

Alckmin defendeu sua gestão, alegando que, nela, “caiu para um terço o número de homicídios”. “Nos estados governados pelo PT, tudo subiu”, devolveu o tucano, que também fez sua tabelinha, com Fabio Feldmann do PV. A certa altura do encontro, Alckmin foi questionado por um jornalista sobre a agressividade de sua campanha, negada pelo tucano.

“Estou absolutamente tranquilo e tenho feito uma campanha baseada em propostas (…) Minha campanha não faz nenhum ataque, ela fala verdades. Tem candidatos que são especialistas em criticar”, disse, sem citar o adversário petista. “A gente tem visto aqui uma tabelinha entre candidatos que não esclarece, e sim desinforma o eleitor”, afirmou.

Socialismo

Em um momento bem humorado, Paulo Bufalo, do PSOL, chamou Paulo Skaf, do PSB, de “camarada Skaf”, e perguntou sobre sua concepção de socialismo. “Ninguém é mais socialista que o empresário moderno”, afirmou Skaf, ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Mais à frente, Bufalo citou trecho do estatuto do PSB  que prevê “socializar os meios de produção considerados estratégicos” e perguntou a Skaf se ele, como empresário, não via problemas na afirmação. Nervoso e gaguejando, o socialista disse não ver “conflito” e justificou afirmando ser contrário à privatização da Petrobras.

Russomanno, por sua vez, cometeu um deslize ao atribuir a Alckmin a situação do Hospital do Mandaqui, “na zona leste”. O ex-governador de São Paulo não deixou por menos. “Mandaqui é na zona norte, não na zona leste”, corrigiu

GERALDO ALCKMIN FOI O ÚLTIMO A SABER QUE A DONA LU GANHOU 400 PEÇAS DE ALTA COSTURA QUE – NA ÉPOCA – CUSTAVAM DE R$ 3.000 a R$ 5.000…TAMBÉM – COMO CHEFE DOS MELHORES SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DO BRASIL – NÃO SABIA QUE A FILHA TRABALHAVA PARA UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 4

31/03/200609h22

Assembléia investiga doações a Lu Alckmin

MÔNICA BERGAMO
Colunista da Folha S.Paulo

A Assembléia Legislativa de São Paulo vai investigar as doações de roupas que foram feitas pelo estilista Rogério Figueiredo para a primeira-dama do Estado, Lu Alckmin. O estilista revelou à Folha que já doou 400 peças de alta-costura para a primeira-dama.

Em carta enviada anteontem ao jornal e publicada ontem, a assessora de Lu Alckmin, Cristina Macedo, afirmou que “a senhora Lu Alckmin não recebeu 400 peças” de Rogério Figueiredo e que “as poucas peças” entregues foram doadas para “a entidade social Fraternidade Irmã Clara”.

Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Lu Alckmin afirmou que recebeu 40 peças do estilista e que todas foram doadas à Fraternidade Irmã Clara “em três lotes, em anos consecutivos”.

A entidade não confirma tais doações. Já o estilista reafirmou à Folha que doou 400 peças, ou cerca de 200 modelos completos, a ela.

“Quarenta roupas ou 400 não muda absolutamente nada. Então quer dizer que ela ganhou R$ 200 mil em presentes e não R$ 2 milhões? É improbidade administrativa do mesmo jeito”, diz o deputado Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP), autor do requerimento que pede explicações ao governador Geraldo Alckmin pelos “confortos proporcionados de graça à sua esposa”. Os vestidos de Figueiredo custam de R$ 3.000 a R$ 5.000.

A presidente da Fraternidade Irmã Clara, Elizabeth Teixeira, diz “não ter conhecimento” das doações de 40 vestidos que teriam sido feitas à entidade pela primeira-dama.

De acordo com Elizabeth, a FIC recebeu um telefonema de Lu Alckmin na terça, 28, dois dias após a Folha ter publicado reportagem com as revelações do estilista.

A primeira-dama disse a ela que faria uma doação. “Foram dez vestidos de festa”, afirma Elizabeth, entregues todos no mesmo dia. “Que eu saiba, foi a primeira doação de vestidos.”

As doações feitas pelo estilista a Lu repercutiram de forma negativa entre os aliados de Alckmin.

O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), por exemplo, afirmou: “Imagine o tamanho de um armário para guardar tudo isso”.

Para Maia, que já defendeu o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva porque a primeira-dama, Marisa Letícia, recebeu 27 tailleurs de graça de um estilista, “é claro que a senhora Lu Alckmin deve prestar todas as informações, pois não foi na condição de pessoa física que recebeu tantos regalos”.

“Eu tenho a prova de que foram feitas mais de 400 peças de roupa”, diz Figueiredo.

“Foram quatro anos [de 2001 a 2005], ela não tinha nem o que vestir. Só de tricôs e casaquinhos foram mais de cem. Vestidinhos básicos, milhares. Ela nunca pagou nada.”

Sua sócia, Kátia Grubisich, mulher de José Grubisich, presidente da Braskem, confirma que o estilista fala a verdade.

“Está chato para ela [Lu Alckmin], não é? Eu sinto muito. O assunto tomou um rumo diferente, virou político.” Kátia é sócia de Figueiredo desde maio de 2005

20/10/2006 | 09h07m Alckmin diz que mulher errou, mas defende filha

 

O candidato do à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), em entrevista nesta quinta-feira, saiu em defesa da filha Sofia, mas condenou a mulher Lu, que no começo do ano recebeu 400 vestidos de um estilista. De acordo com a Folha de S.Paulo, a filha do ex-governador trabalhou na maior loja de artigos de luxo do País, a Daslu; lá, era responsável pela área de novos negócios. Em 2005, quando ainda era governador, Sofia foi recebida com outros representantes da loja na secretaria da Fazenda do Estado. Pedia autorização para instalar caixa único na Daslu, que, em seu prédio, abrigava outras 13 empresas. Por causa da reunião, o secretário da Fazenda, Eduardo Guardia, foi convocado a prestar esclarecimentos na Assembléia Legislativa. No mesmo ano, a loja foi investigada pela Polícia Federal, que descobriu irregularidades no processo de importação de artigos para a Daslú. Um dos sócios da loja foi preso. No começo deste ano, o estilista Rogério Figueiredo doou 400 vestidos à mulher do tucano, Lu Alckmin. Mais tarde, em depoimento ao Ministério Público, disse não se lembrar do número exato. Lu Alckmin diz ter recebido 49 peças. Questionado sobre os fatos, Alckmin disse não ver problema na atuação da filha. “Ela não é sócia, foi empregada, trabalhou honestamente. Saiu até para não criar maiores constrangimentos. Não tem nada de errado.” Alckmin afirmou ainda que a filha foi convidada por uma colega para trabalhar na Daslu e que aceitou para ter independência. Também disse que o fato de ter trabalhado na loja não a liga aos problemas da loja. Entretanto, afirmou que a mulher errou em aceitar os vestidos. “Recebeu os vestidos, errou. Não deveria ter recebido, porque agora não estaríamos falando sobre isso; mas ela nunca foi nomeada para nenhum cargo público”. Porém, disse que a doação não prejudicou os cofres públicos e que os vestidos foram doados a entidades beneficentes