24/02/2010 – 08:11
Por uma nova Polícia Civil – 2
Do Último Segundo
Coluna Econômica 24/02/2010
Ontem, mostrei aqui o quadro atual da Polícia Civil. No texto não ficou muito claro, mas são minhas as observações sobre a a estrutura de corrupção montadas ao longo de décadas.
Na conversa com os José Gregório Barreto, Antonio Carlos Gonzales e Demétrio Godin eles se limitaram a concordar que o quadro é complexo e a formular diagnósticos e propostas muito objetivas para resgatar a Polícia Civil.
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Vamos, agora, aos problemas estruturais levantados pelos delegados:
O Estado tem investido pesadamente nas Polícias Civil e Militar. No âmbito da Civil, o retorno é mínimo. A corporação está completamente defasada frente aos desafios da criminalidade moderna. ( QUEM ESTÁ MENTINDO, NASSIF OU OS DELEGADOS ? )
Existem ilhas de excelência em alguns grupos, departamento, como no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Mas essa excelência não se espalha pela instituição por conta do modelo de estruturação da Polícia Civil.
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O principal motivo, causa das demais, é a atual estruturação.
A função da Polícia Civil é fundamentalmente a investigação. Não é o policiamento preventivo. Como tal, precisa trabalhar integrada, com as informações fluindo por todos os setores, sendo compartilhadas permitindo juntar as peças e montar as estratégias de combate ao crime organizado.
A partir da redemocratização, no entanto, houve um enorme fracionamento no efetivo. ( FALSO: houve enorme expansão do efetivo com concentração na Capital e grandes cidades )
Primeiro, através do aumento descontrolado dos distritos policiais. No final da década de 80, havia 51 DPs em todo o estado. Só na capital, o número saltou para 103.
Os DPs podiam ser criados por decreto do governador. A contratação de pessoal, só através de lei e de processos legislativos demorados. Os novos distritos começaram a trabalhar com defasagem de pessoal.
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Mais ainda. O principal instrumento de trabalho é a informação. Quanto mais efetivo o processo de coleta, comunhão e disseminação da informação, mais eficiente.
Quando a estrutura foi pulverizada por tantos DPs, espalhou também as informações coletadas, houve solução de continuidade nos processos. ( FALSO, ABSOLUTAMENTE FALSO, nunca houve a alegada pulverização da estrutura, tampouco das informações e muito menos solução de continuidade “nos processos” )
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No início década de 90, pressionado, o governo resolveu suprir as falhas dos DPs – que já não investigavam nada – criando as delegacias de polícias especializadas. (MENTIRA, A POLÍCIA CIVIL SEMPRE FOI FERRENHA DEFENSORA DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO…DA CONCENTRAÇÃO; NA VERDADE QUEM NÃO INVESTIGA NADA SÃO OS DEPARTAMENTOS )
Começou com a disseminação da DP de Defesa da Mulher (criada, antes, por Montoro). Foi um sucesso do ponto de vista político, espalhando-se por todo o estado. Hoje em dia, há delegacias especializadas em entorpecentes, proteção ao idoso, proteção ao meio ambiente, à infância e juventude, de turistas e até de romeiros.
Dividiu-se novamente o ambiente operacional.
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Como consequência, tanto dentro quanto fora, conseguir distritos policiais virou sinônimo de prestígio institucional. Tudo o que seccional queria era sair do gabinete do Delegado Geral com 2, 3 distritos para levar para sua região. E tudo o que governador, prefeito e deputado queriam era um DP e uma delegacia especializada na sua região.
Trabalhar em ambiente operacional (município, região) exige visão ampla. Quando se divide em distritos, a percepção de conjunto se reduz a uma fração do ambiente operacional. E o crime não se condiciona à região de cada DP. ( TÃO VERDADEIRO QUANTO A CRIAÇÃO DE BAIRROS, MUNICÍPIOS, ESTADOS IMPEDEM A ADMINISTRAÇÃO DE UM PAÍS )
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Amanhã avançaremos nas soluções propostas
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AGUARDAREMOS – ATÉ AMANHÃ – PARA MELHORES CONSIDERAÇÕES…
O ultimo grande Governador que tivemos foi Andre Franco Montoro, naquela epoca o tira ganhava pouco mais de 25 salarios minimos. Quando chegou o Quercia tudo começou a degringolar, a começar pelas vtrs compradas pelo IML (tinham 5 gavetas, e os funcionarios so alcançavam as duas primeiras, a vtr era tão alta que não entrava no predio do IML), a carroceria era fabricada na empresa de um delegado de Campinas. Ele dobrou o numero de Delegacias, mas não aumentou o efetivo, 1/3 do efetivo de cada Delegacia antiga foi removido para suprir as novas. Ai veio o tal de Freury, construiu cinco esqueletos de edificios no Academia do Barro Branco, ate hoje estao lá aqueles elefantes brancos, disperdicio de dinheiro publico, e para se vingar do Covas deu um aumeto de 108% para Policia, depois de quase nos matar de fome. E ai veio o tal de Covas, nao vou nem comentar deve ta ardendo no inferno, so gosta dele a familia e “os amigos do rei” (pedagios por todo Estado). A grande esperança o Geraldo, democratizou o crime, fez presidos em todo Estado, toda cidade que ganhava um presido levava de brinde uma favela e uma,linha de onibus (jumboexpress) e um escritorio da central do PCC. E agora outro careca, o ZE Serra mais pedagios, e juntou com o tal Taxassab, obras pra todo lado, enchente tambem. Ta de lasca, fazer o tanto no governo federal como no estadual, ta cheio de excassados policos, mas a policia federal ganha quatro vezes mais.
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Olá delegado,
Que tal apoiar esta causa?
A estranha história da blogueira que foi processada por não gostar de plágio:
http://blig.ig.com.br/cidadao_sos/2010/02/24/blogueira-denise-bottmann-e-processada-por-nao-gostar-de-plagio/
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