Agressão ao patrimônio da Associação dos Delegados de Polícia em debate
A bandeira de campanha eleitoral da Adpesp, especialmente desfraldada pelo candidato André Dahmer, há anos ativo participante da política carreirista e política classista, quer na Associação, quer no Sindicato dos Delegados, possui como fundamento expresso: recuperação do respeito ao cargo por todos os Poderes, pelo Ministério Público e pela imprensa.
Diz André Dahmer: “nosso cargo continua sendo desrespeitado”.
Como candidato é exemplar protótipo de autoridade refinada e eticamente modelada pelo culto a uma asséptica imagem do cargo e do órgão policial. Possui retórica quase convincente, ouvidos de mercador e tendência ao menosprezo daqueles que não pertencem a círculos de poder, tampouco aderem às suas proposições bajuladoramente.
André Dahmer como presidente da Adpesp possui a pretensão de recuperar a dignidade e o decoro do cargo de Delegado de Polícia de São Paulo. Aspectos da honra apreendidos pelos sentidos; não por conceitos acadêmicos. Dignidade é sentir pulsar no peito orgulho de sermos o que somos: Delegados de Polícia. É o experimentar toda a grandeza do valor moral solidamente construído.
Decoro é a representação intelectual que fazemos de nossa respeitabilidade social. Decoro é a consciência do real; a verdade sobre as obras que estabelecemos ao longo da história. Os dois sentimentos nos fazem experimentar a felicidade profissional, ainda que desacompanhada da realização e tranqüilidade financeira.
Com efeito, Delegado de Polícia é cargo, reiteradamente, desonrado por membros desonrosos; desonra construída por uma ética equivocada, absolutamente falsa nos princípios e intenções. Fabricada não para a defesa dos citados atributos da honra funcional, mas antes posta a serviço da autopreservação dos rufiães.
Uma classe de acharcadores!
Isto poucos escrevem e afirmam publicamente, mas, salvo aqueles que privam da nossa intimidade, nossos familiares e verdadeiros amigos, é o conceito geral que a sociedade nos distingue.
Muito bem, ladravazes pululam em todos os setores sociais. Sobejam nas instituições políticas. Aliás, fazer política se tornou a arte de obter recursos ilícitos para manutenção e ocupação de maiores espaços nas estruturas da Administração; com o cristalino objetivo de transformar a coisa pública em coisa nossa, em patrimônio privado.
Dahmer afirma: “na Conferência Nacional de Segurança Pública, com esforço nosso, foi aprovada a desmilitarização das policias! Segundo a lógica do desejo – dele e de alguns – toma para si como façanha a lógica de pretender submeter o alheio aos interesses e ódios pessoais. Conquistas com trabalho sério assevera noutra passagem panfletária.
A lógica do desejo, a lógica da vaidade, a lógica do engano revelada debochadamente, em mais de 4000 panfletos remetidos para todos os Delegados ativos e inativos deste Estado.
A máquina da Delegacia Geral de Polícia, adicionada aos recursos apropriados em virtude de um cargo de diretor feito por encomenda para o candidato em questão, está sendo escancaradamente empregada para que seja feita a vontade do nosso atual Delegado Geral.
O qual seguindo a lógica de preservar-se como Delegado Geral até o final da gestão José Serra, parece ser leal a sua história de vida, ou seja, continuadamente obediente à lógica da confiança pessoal. Quer os de sua confiança em todos os cargos relevantes, ou seja, os espaços com potencial para causar-lhe embaraços.
Quer o rasteiro panelismo policialesco.
Esse panelismo pode ser resumido no sentir, praticar e querer afirmar: sou de um grupo superior.
Gênese de todas as corrupções, da falta de coesão corporativa e total descompromisso com a felicidade alheia.
Assim, face a esse manifesto sentimento de superioridade dentro do grupo, o telefone patrimônio da Adpesp foi ostensivamente utilizado como instrumento de campanha.
Todavia além da apropriação para uso indevido desse telefone, conforme provam o exemplar, dos milhares, do panfleto e ofício abaixo postado.
Há carro, com farto combustível, destinado ao transporte, hospedagem e alimentação para a visitação às Seccionais e Departamentos deste Estado. Aproximadamente cem cidades Paulistas; acompanhado por camarilha.
Mais do que simples campanha do candidato, faz-se campanha da Delegacia Geral; de todas as conquistas e projetos de reestruturação.
Até criação e manutenção de site em provedor privado, ao luxo deu-se a denominada chapa “Erga Omnes”.
Quem serão os pagantes?
Ora, segundo a mesma lógica do nextel apropriado pela Chapa nº 3, os pagantes são todos os sócios da Adpesp.
Os nossos sócios ocultos, inclusive.
E conforme as regras impostas pela boa razão sentenciou o Delegado Delta Uno:
Vale a velha máxima: “Se você me engana uma vez, a culpa é sua. Se você me engana duas vezes, a culpa é minha”.
Ora, se a classe escolhê-lo para o “poder”, é porque merece mesmo, “permissa venia “, se “poder”!
Será que nós Delegados de Polícia continuaremos obedientes à lógica da desonestidade, blindada pela lógica da burrice com adornos e pruridos éticos?
Será que, uma vez mais, escolheremos outro messias dos mercadores da nossa dignidade e decoro?
Será que somos assim tão inferiores; de forma que eles – deslavada e violentamente – pretendam fazer com que acreditemos que NÃO PASSA DE UM ERRO INVOLUNTÁRIO DO RESPONSÁVEL PELA IMPRESSÃO DO ANÚNCIO?
Um lamentável equívoco; seguido de atentado ao princípio da presunção da inocência, mais atentado à dignidade dos membros da Erga Omnes.
Será que, uma vez mais, ouviremos conversas das Terezinhas da chapa nº 3, lembram?
Sou loira, mas não sou burra! Acha que daria armas ao inimigo?
Esse foi o discurso da então vereadora Teresinha, candidata da chapa que é a coluna vertebral da atual “Erga Omnes”, ao ser pilhada empregando material postal da Câmara de Campinas, remetendo – com dinheiro do cidadão de Campinas – propaganda de campanha da Adpesp para todo Estado. A nossa casa em São Vicente, inclusive.
Enfim, nesta oportunidade, embora até possamos sofrer demissão amanhã ou depois ( injusta, descabida e improvável, mas São Paulo também é Brasil ), quero lembrar que a então candidata e então vereadora, nos desejou BREVE EXPULSÃO DOS QUADROS DA CARREIRA.
Ao ver seus interesses publicamente desmascarados, mostra sua qualidade humana: pragueja pela miséria de um simples adversário de diversa concepção ética.
Há dois anos; durante as eleições da ADPESP, realizadas em dezembro de 2007.
Ela perdeu a disputa pela ADPESP. Depois perdeu a VEREANÇA.
Feliz cá estamos.
Alouuuuuuuuuu Terezinha uuuuuuu uuuuuuuu …

Esquema desvia R$ 40 milhões do Detran de SP
Pagamentos de contratos para emplacar carros seriam superfaturados em 200%; laranjas controlam empresas
Marcelo Godoy
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SÃO PAULO – Empresas contratadas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para emplacar veículos em São Paulo são acusadas de fraudes que deram prejuízo estimado de pelo menos R$ 40 milhões. Delegados e empresários são suspeitos de participar do suposto esquema milionário. Laranjas controlariam a principal empresa contratada pelo departamento.
A fraude principal seria o superfaturamento de até 200% da medição dos serviços contratados. Ela envolveria centenas de Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de São Paulo – o Estado tem 344. O esquema era simples. As Ciretrans enviavam todo mês ao Detran um documento atestando que a empresa emplacara mais carros do que havia efetuado. O atual diretor do Detran, Carlos José Paschoal de Toledo, suspendeu os pagamentos nos últimos três meses e constatou que as empresas deviam receber só um terço do que pleiteavam. Passou a pagar só o que devia.
Os pagamentos a mais eram feitos sem que os gestores dos contratos – alguns deles carcereiros – confrontassem a prestação de contas das empresas com os registros de veículos emplacados nas Ciretrans. Eram as prestações de contas das empresas que serviam de comprovação para a liberação dos pagamentos pelo governo. Quem mandava pagar com base nesse documento era a Divisão de Administração do Detran.
O esquema começou a desmoronar quando o presidente da Associação dos Fabricantes de Placas de Automóveis, Hélio Rabello Passos Junior, denunciou o caso à Secretaria da Segurança Pública em 3 de julho. O titular da pasta, Antônio Ferreira Pinto, determinou a apuração. Passos Junior afirmava a existência de irregularidades no cumprimento dos dez contratos do Detran com as empresas Cordeiro Lopes e Centersystem – elas negaram as acusações. As empresas assinaram em 2006 os contratos com o Detran depois de vencerem licitação oferecendo o menor preço.
Deveriam fornecer a placa comum por R$ 2,2 em São Paulo (Centersystem) e R$ 4,5 no restante do Estado (Cordeiro Lopes). E aí é que começavam os problemas. Os valores são, segundo Passos Junior, inexequíveis, pois abaixo do preço de custo fixado por laudo da Universidade de São Paulo (USP). Como as empresas conseguiam fornecer placas por esse preço? Segundo Passos Junior, por meio de uma série de fraudes. Ao depor na Corregedoria da Polícia Civil, ele enumerou 14 tipos delas que, somadas, teriam causado prejuízo em R$ 40 milhões – a Centersystem recebeu R$ 9 milhões pelos serviços de janeiro de 2008 a julho deste ano e a Cordeiro, R$ 64,8 milhões.
O empresário relata que já havia batido em muitas portas para contar o que sabia, inclusive na do então diretor do Detran, delegado Ruy Estanislau Silveira Mello, para que práticas abusivas e ilegais cessassem. “Mas nada foi feito. O Detran decidiu prorrogar tais contratos, contrariando novamente os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência”, afirmou, ao depor. Mello diz que mandou apurar tudo e informou os superiores.
Osasco
Um mês depois de o empresário fazer a denúncia, assumiu a Ciretran de Osasco o delegado Gilberto Barbosa da Silva. Logo no primeiro mês no cargo, o delegado foi conferir a prestação de contas da Cordeiro Lopes. Esta dizia ter direito a receber R$ 277,7 mil pelos serviços de lacração em junho, referentes a 13.590 veículos emplacados.
“Todavia, a Ciretran de Osasco expediu para lacração 4.007 documentos, constatando-se uma diferença a mais de 9.853 casos”, diz relatório do delegado. Só naquele mês, a empresa teria recebido R$ 200 mil a mais. Em junho, a Cordeiro havia dito que tinha R$ 346 mil a receber. “A realidade a receber gira em torno de R$ 80 mil.” Haveria também nesse mês um superfaturamento na medição do serviço de cerca de R$ 260 mil.
Diante disso, o delegado informou os chefes e o Detran. A iniciativa ajudaria a formar a crise que levaria à mudança da direção do Detran – Mello foi substituído em outubro no cargo por Toledo. Ao depor, o delegado Silva contou que foi procurado por representantes da Cordeiro Lopes que “insistiam em convidá-lo para um almoço”. Uma funcionária da empresa disse que ele “não sabia a força que eles tinham”.
“Apesar de todas essas intimidações, estou com a consciência tranquila, pois fiz o que era meu dever.”
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NÃO BASTA APARENTAR HONESTO TEM QUE SER DE FATO HONESTO
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SALVO ENGANO, ESSE NÃO É AQUELE DELEGADO DA ASSOCIAÇÃO QUE FOI O UNICO A SE INDISPOR COM O GOVERNO, TANTO QUE GRAMPEARAM SEU TEL. E EM CONVERSA COM O PAI, DESEMBARGADOR, ACABOU POR SER PRESO E PERSEGUIDO NUMA HISTORIA DE MERCADORIA PELO DEIC?
O CARA POE A CARA NA TELA, SE QUEIMA, SE FERRA E AINDA DENIGREM A SUA IMAGEM! ISSO É POLICIA BANDEIRANTE! A UNICA NO MUNDO! BRINCADEIRA.
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