29/10/2009 – 18h54
Operação da Polícia Civil termina com 2.191 presos por diversos crimes em SP
ANDRÉ MONTEIRO
da Folha Online
A Polícia Civil de São Paulo prendeu 2.191 pessoas durante uma operação para combater diversos crimes, como latrocínio, homicídio, estupro, roubo, tráfico de drogas, entre outros. A Operação Gênese começou a 0h desta quinta-feira e estava marcada para terminar às 13h, porém as últimas ações se estenderam e foram concluídas no final da tarde.
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Do total de presos, 509 foram detidos em flagrante, 1.601 tinham mandados de prisão já expedidos e 81 eram foragidos da Justiça que foram recapturados. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, alguns dos presos podem pagar fiança e deixar a prisão, mas ele não precisou quantos estão nesta situação.
Participaram da operação 9.299 policiais em todo o Estado –cerca de um terço do efetivo. Segundo Neto, a maior parte das prisões ocorreu no interior. Pelas delegacias da Grande São Paulo e da capital, foram presas 453 pessoas. Também foram feitos 333 termos circunstanciados no Estado.
Além dos presos, foram apreendidos 112 armas e mais de 3 milhões de objetos –entre eles 345 máquinas caça-níquel–, além de cerca de 100 kg de drogas. Também foram apreendidos mais de 400 veículos e 97 foram recuperados. Ao todo, 1.213 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
O delegado-geral afirma que o nome Gênese é uma referência ao surgimento de uma nova polícia, que terá os trabalhos de investigação e de divulgação de informações unificados, com o objetivo de recuperar o caráter investigativo da Polícia Civil.
Sobre os números da operação, Neto afirma que eles fogem aos padrões do dia a dia pois “em pouco mais de 12 horas houve uma sinergia, todos se uniram para um determinado serviço”. Neto disse não ter tido notícia de mortos ou feridos na operação, apenas o caso de um agente que sofreu uma queda por acidente em São José do Rio Preto (SP).
Ações
Durante a operação, a polícia prendeu um acusado de ser o mandante do assassinato de um casal de universitários de Curitiba em abril deste ano. O crime ocorreu, segundo a acusação, por brigas entre grupos neonazistas.
Segundo a delegada Elisabete Sato, titular do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o departamento tinha 30 mandados para serem cumpridos na operação —12 haviam sido presos até por volta das 12h.
Também durante a operação policial, um cativeiro foi localizado na zona leste de São Paulo e duas vítimas, libertadas. Em Osasco (Grande São Paulo), uma rádio pirata foi fechada.
O vendedor Luis Fernando da Costa Rosa, 52, foi preso flagrado com três adolescentes com idades de 13 a 17 anos dentro de um apartamento no bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo. Um dos adolescentes era procurado pela família desde agosto do ano passado, quando desapareceu na cidade de Caieiras (Grande São Paulo). No computador do vendedor foram encontradas fotos dele com os adolescentes em roupas íntimas.
No Bom Retiro (região central de São Paulo), os policiais localizaram dez bolivianos em uma confecção, e a suspeita é que eles trabalhavam em regime análogo ao de escravidão.



Enviado pelo ANDERSON em