POLÍCIA MILITAR CAPIXABA VÍTIMA DE INFAMANTE GENERALIZAÇÃO: 75 % DE DESONESTOS REVOLTAM-SE PELA INJUSTIÇA FEITA AOS 25 % HONESTOS 1

Treze coronéis da PM colocam seus cargos à disposição

31/10/2009 – 00h31 (Claudia Feliz – Da Redação Multimídia)

Treze coronéis da Polícia Militar colocaram, nesta sexta-feira (30), seus cargos de direção na instituição à disposição do comandante, coronel Oberacy Emmerich. Como tem feito desde que os coronéis tornaram pública sua insatisfação com o conteúdo do livro “Espírito Santo”, escrito pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Rodney Miranda, em parceria com o juiz Carlos Eduardo Lemos e o antropólogo Luiz Eduardo Soares, o Governo do Estado preferiu não se manifestar sobre o assunto.

O estopim da posição adotada ontem pelos coronéis foi a nomeação do porta-voz do grupo, coronel Renato Duguay, para um cargo de confiança na Secretaria de Segurança. Duguay foi removido da Diretoria de Informática da PM para ocupar a nova função de assessoramento técnico. A secretaria não informou qual seria sua missão, mas disse que ele ficaria sob ordens diretas de Rodney Miranda.

O problema é que, em nota, os coronéis já haviam declarado que “não há clima” para trabalhar com o secretário. “Não há possibilidade de sermos comandados por alguém que além de vitimar, de modo infiel, a dignidade de todos nós, não consegue frear a criminalidade que assola o cidadão capixaba”, diz um trecho da nota.

Ontem, reunido com o comandante-geral da PM, o alto comando, segundo Duguay, entregou seus cargos de direção de unidades na instituição, que ainda de acordo com o militar só podem ser ocupados por pessoas da mesma patente. Como o Estado tem 19 coronéis na ativa, e 14 assinaram a nota contrária a Rodney Miranda, a entrega dos cargos cria mais um problema para o governo.

Nem o comandante da PM, nem o secretário Rodney e nem o governador Paulo Hartung manifestaram-se sobre o assunto. À noite, uma informação não confirmada pelo governo dava conta de que Hartung havia se reunido com os coronéis.

Segundo o coronel Duguay, embora tenham colocado seus cargos à disposição, os militares continuam trabalhando. “Honramos nossa farda. O livro manchou a honra de todos nós, de soldados a coronéis. A entrega dos cargos mostra que não estamos inertes, e que não vai ser agregando um coronel a um cargo na Secretaria que a crise vai ser alterada”, disse ele.

Outras associações repudiam livro
A insatisfação na Polícia Militar do Espírito Santo não envolve apenas coronéis. Ontem, representantes de cinco associações – oficiais; cabos e soldados; subtenentes e sargentos; policiais militares da reserva, da ativa e pensionistas; e Associação de Defesa dos Direitos Humanos e Constitucionais dos Policiais Militares – emitiram uma nota na qual repudiam e tacham de “chulo e mentiroso” o livro “Espírito Santo”, que alegam atacar a Polícia Militar e a integridade moral de todos, de soldado a coronel. Também alegam que o coronel Renato Duguay “não pode ser castigado por ser defensor dos sentimentos de todos os policiais militares”, a ele solidários.

Entenda a crise
Origem. O livro “Espírito Santo”, que narra a história do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, executado a tiros em 2003, quando investigava as ações do crime organizado no Espírito Santo, foi o que motivou a “revolta” dos coronéis da Polícia Militar, que ganhou aliados na corporação, entre soldados, cabos, sargentos, tenentes e demais patentes.

Atraso. Os militares alegam que o livro, escrito pelo secretário Rodney Miranda, pelo juiz Carlos Eduardo Lemos, e pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares “caluniou, desmereceu e humilhou” toda a corporação. Em um dos trechos da obra, consta, em relação à morte do juiz Alexandre, que “outro (tiro) veio de instituições aliadas do atraso – a Polícia Militar e o Judiciário capixabas”.

Pseudônimos. O livro, de forma romanceada, relata fatos ligados à morte do juiz Alexandre, mas usa pseudônimos – e não nomes verdadeiros – para identificar quem, mesmo acusado, ainda não foi condenado.

Pseudônimos. Os homens apontados como mandantes – um coronel da reserva da PM, um juiz e um ex-policial civil – ainda não foram a julgamento. Os três ingressaram com recursos e estão à espera de decisão nos tribunais superiores.

Reação. Entre os coronéis da ativa que repudiaram o livro está o corregedor da Polícia Militar, Marcos Aurélio Capita da Silva. Sob a alegação de que a obra o afeta diretamente, ele denunciou os autores por calúnia, injúria e difamação. A denúncia foi feita ao Ministério Público Estadual (MPES). Contra o secretário de Segurança, o corregedor também protocolou uma representação no Conselho Superior de Ética do Estado.

Causa. As queixas do coronel Capita referem-se a trechos em que as referências feitas ao personagem tenente coronel Áureo Carmelo de Souza da Diretoria de Inteligência da PM (Dint) – nome fictício -, o fizeram se reconhecer nas citações. “Quem não sabe na Polícia Militar quem era o tenente coronel da Dint na época dos fatos?”, argumenta ele.

Situação jurídica. O secretário de Segurança, Rodney Miranda, disse, na época da denúncia, que ninguém com situação jurídica não resolvida no processo teve o nome citado. E o juiz Carlos Lemos deixou claro que o coronel não foi acusado de nada e que, no livro, foram reproduzidas as contradições apresentadas no sumiço de uma arma, com base em documentos da Polícia Civil com depoimentos.

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A generalização é um crime cujas dores são reclamadas pelos fautores.

A maioria bandalha!

A minoria vítima suporta a vergonha resignadamente.

UM MILHÃO POR DEFESA EM PROCESSO CRIMINAL? ELES FORAM ACUSADOS DE ROUBAR QUANTO?

É justo empresa pagar defesa, afirma advogado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado Nélio Machado disse que a contratação de seu escritório pela Eletrobrás, com dispensa de licitação, “está absolutamente dentro de todos os princípios éticos, morais e jurídicos” e que “os honorários foram acertados de forma transparente e dentro dos parâmetros legais e de mercado”.
Segundo Machado, houve uma conversa inicial, da qual participaram o diretor da Eletrobrás Valter Luiz Cardeal de Souza e um representante do departamento jurídico da empresa, cujo nome ele disse não se lembrar. Somente depois disso teria sido fixado o valor do contrato.
Questionado se a conduta de Cardeal e dos ex-diretores não conflitava com os interesses da Eletrobrás, Machado negou. “O que se sustenta na defesa é que os atos que eles praticaram foram absolutamente na conformidade da lei e que, portanto, nada mais justo do que terem custeada uma defesa compatível com as funções que desempenhavam na Eletrobrás.”
A empresa diz que o seu estatuto autoriza o pagamento.

DOUTOR SUNDFELD, POLICIAIS PROCESSADOS NO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES NUNCA CONTARAM COM ASSISTÊNCIA JURÍDICA…POR TAL RAZÃO HÁ OMISSÃO “EM LEGÍTIMA DEFESA”

Estatal paga R$ 1 mi por defesa de acusados

Diretor e ex-diretores da Eletrobrás foram denunciados por desvio de recursos públicos enquanto ocupavam cargo na companhia

Empresa, que contratou escritório particular apesar de ter quadro de advogados, alega respaldo em estatuto para justificar o pagamento

ANDRÉA MICHAEL
ANDREZA MATAIS
HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Eletrobrás pagou R$ 1 milhão pela defesa de um diretor e dois ex-diretores acusados pelo Ministério Público Federal de usar seus cargos na estatal para desviar verbas públicas.
Eles foram investigados pela Polícia Federal na Operação Navalha e denunciados pelo Ministério Público, em 2008, sob a acusação de praticar os crimes de quadrilha, desvio de recursos, gestão fraudulenta e participação em esquema de fraudes a licitações.
A Eletrobrás alega que o pagamento está respaldado pelo seu estatuto. A garantia aos “dirigentes e conselheiros”, disposta no artigo 29, porém, é condicionada. Só existirá nos casos em que “não houver incompatibilidade com os interesses da sociedade”.
Apesar disso e de ter um quadro próprio de advogados, a empresa contratou o escritório Nélio Machado Advogados, com dispensa de licitação, em 24 de julho do ano passado para fazer a defesa do diretor Valter Luiz Cardeal de Souza e dos ex-diretores José Drumond Saraiva (então diretor financeiro) e Aloisio Vasconcelos Novais (que na época da denúncia era o presidente).
Dos acusados, Valter Luiz Cardeal de Souza é o único que continua na Eletrobrás como diretor de Planejamento e Engenharia, embora o Ministério Público tenha defendido “o afastamento dos denunciados ocupantes de cargos públicos”.
Ele foi denunciado por quadrilha, gestão fraudulenta e por desvio de recursos em três ocorrências diferentes. No mercado, é tido como homem de confiança da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Foi um dos convidados para o casamento da filha dela.
De acordo com o Ministério Público, o engenheiro gaúcho teria usado o cargo para autorizar mudanças em contrato da Cepisa (companhia energética do Piauí) com a Eletrobrás para a execução do programa Luz para Todos. A beneficiada teria sido a empreiteira Gautama, pivô do esquema descoberto pela Operação Navalha.
A Eletrobrás também pagou a defesa de José Drumond Saraiva, ex-diretor financeiro da empresa. Ele deixou o cargo em março de 2007, um mês e meio antes de a PF deflagrar a Operação Navalha. Alegou “motivos pessoais”. Foi acusado de formação de quadrilha, três vezes por desvio de recursos públicos e gestão fraudulenta.
O ex-presidente da Eletrobrás Aloisio Marcos Vasconcelos Novais também não estava mais na empresa quando foi denunciado pelos mesmos crimes que o colega Saraiva.
O contrato com o escritório de Nélio Machado consiste na defesa dos três por todo o caso, que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) por envolver um acusado que na ocasião tinha direito a foro especial, o então governador do Maranhão Jackson Lago. A ministra Eliana Calmon ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia.

Inconstitucional
Procurador da República em São Paulo e professor de direito administrativo na PUC-SP, José Roberto Pimenta de Oliveira considerou “um absurdo” a Eletrobrás pagar a defesa de acusados de corrupção.
“É evidente que fere a Constituição o ato de pagar com dinheiro do erário advogado para a defesa pessoal de servidor que é acusado de usar ato de ofício para obter algum tipo de benefício pessoal. Isso, em si, é uma ilicitude. Do ponto de vista criminal pode ser prevaricação; sob o prisma civil, improbidade administrativa”, afirmou.
Esse é o entendimento de Oliveira para todas as estatais. Segundo o procurador, mesmo que a defesa esteja prevista no estatuto das empresas, é inconstitucional.
O especialista em direito administrativo Celso Antonio Bandeira de Mello disse que, “se de um lado o Estado não tem que pagar para o servidor se defender, de outro, o cargo público pode submeter aquele que o ocupa até a animosidades políticas”. Nesse sentido, Bandeira de Mello diz que as estatais podem prever o pagamento de defesa para seus funcionários “para casos razoáveis”.
Entendimento semelhante tem o também professor de direito público da PUC-SP Carlos Ari Sundfeld. Diz que, sem tal garantia, uma nova variante passará a integrar as decisões do agente público.
“O medo, a necessidade de proteção individual para evitar problemas futuros ao deixar a cadeira”, até em detrimento do interesse público, alerta.
De acordo com Sundfeld, as empresas deveriam criar um conselho de ética para analisar caso a caso. Para o professor, o melhor seria ter uma lei que uniformizasse tal procedimento, porque cada companhia estatal vem procedendo de uma maneira diferente.

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Por vezes é melhor correr do bandido, pois matá-lo sob as mais cristalinas excludentes poderá acarretar AO POLICIAL grandes gastos e desgastes para prova de inocência.

Eis um “caso razoável” para o qual a Procuradoria do Estado sempre negou assistência ao policial, ainda que eventual condenação injusta pudesse acarretar sérios prejuízos ao erário.

A FOLHA DE SÃO PAULO PARECE ABORRECIDA COM CIFRA$ CRIMINO$A$ 2

Violência continua a crescer
em São Paulo

A comparação entre o 3º trimestre de 2008 com o deste ano aponta aumento nos crimes contra a vida e o patrimônio

Os sequestros, por exemplo, subiram 136%;

 Secretaria da Segurança Pública da gestão José Serra (PSDB) não se manifestou sobre os índices

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo terceiro trimestre seguido neste ano, a violência continuou a crescer no Estado de São Paulo. Dados divulgados na noite de ontem pela Secretaria da Segurança Pública da gestão José Serra (PSDB) apontam o aumento em praticamente todos os tipos de crime.
A comparação do 3º trimestre de 2008 com o mesmo período deste ano revela que subiram os crimes de sequestro, homicídio doloso (intencional), estupro, roubo, furto, roubo e furto de veículos e também o roubo de cargas e de bancos.
Em todo o Estado, foram assassinadas 1.119 pessoas nos meses de julho a setembro deste ano -um aumento de 3% em relação a 2008. Na cidade de São Paulo, porém, houve queda de 8,2% -de 317 para 291, mais de três assassinatos por dia.
A variação mais alta foi contabilizada nos crimes de sequestro: 136% -11 casos em 2008 e 26 agora. O total de pessoas mortas em latrocínios (roubo seguido de morte) subiu 14% -74 para 82 vítimas.
Principal bandeira do atual secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que assumiu a pasta em março com a promessa de combater os crimes contra o patrimônio, roubos e furtos tiveram alta de 18% e 6%, respectivamente.
Em maio, quando os números referentes ao 1º trimestre do ano já apontavam para o aumento da criminalidade no Estado, o governo atribuiu o problema à crise econômica.
Com 64.399 roubos registrados, o 3º trimestre deste ano entrou para a história como o período em que mais crimes desse tipo ocorreram em todo o Estado. A marca negativa anterior (63.729) havia sido registrada no 2º trimestre deste ano. Na comparação com o 3º trimestre do ano passado, os roubos aumentaram 18% agora.
O total de roubos (64.399) não inclui os casos de roubo de veículos, a bancos e de cargas.
O furto, delito que historicamente sempre foi o mais registrado nas estatísticas da criminalidade, subiu 6%.
No caso de crimes de estupro, houve aumento de 52% (de 863 para 1.311), mas a variação, segundo nota oficial da Segurança Pública, ocorreu por causa da mudança na lei, que passou a considerar estupro também casos de “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor”.

Ninguém fala
Logo após a divulgação dos dados da violência na noite de ontem, na página da pasta, o porta-voz da Secretaria da Segurança Pública, Enio Lucciola Lopes Gonçalves, disse à Folha que ninguém do órgão iria se manifestar sobre os dados “por causa do horário”.
Segundo Gonçalves, parte das explicações foi dada em uma “nota explicativa” no site www.ssp.sp.gov.br/estatisticas. Mas, na própria nota, há divergências. Pelo texto, foram 62.308 roubos no Estado. No quadro abaixo da informação, porém, o total que aparece é de 64.399.

PROVIMENTO CSM 1670/09 DO TJ-SP: O Juiz de Direito responsável pelas atividades do Juizado é autorizado a tomar conhecimento dos termos circunstanciados elaborados por policiais militares, desde que também assinados por Oficial da Polícia Militar. 3

Enviado pelo JOW  em 31/10/2009 às 9:33

Fala Guerra,

Não sei se você sabe mas o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo soltou uma “pérola”, via edição de provimento, atribuindo ao Policial Militar o predicado de “Autoridade Policial” e ainda conferiu o poder de requisição à Policia Militar.

Ainda bem que o Sr. Secretário de Segurança Pública com bom senso (e conhecimento jurídico) revogou aquela portaria secretarial que possibilitava a PM de lavrar os TC´S. Segue o provimento CSM1670/09:

Publica no blog pra conhecimento.
Abraço, Jow !

Subseção XIII
Da fase preliminar dos Juizados Especiais Criminais

51. A autoridade policial que atue no policiamento ostensivo ou investigatório, ao tomar conhecimento da ocorrência, lavrará termo circunstanciado, que encaminhará imediatamente ao Juizado.

51.1. O Juiz de Direito responsável pelas atividades do Juizado é autorizado a tomar conhecimento dos termos circunstanciados elaborados por policiais militares, desde que também assinados por Oficial da Polícia Militar.

51.2. A parte será cientificada de que poderá comparecer acompanhada de advogado de sua confiança e que, na falta desse, lhe será designado um advogado dativo pelo Juízo.

52. Quando da lavratura do termo circunstanciado, a autoridade policial requisitará os exames periciais necessários e mandará juntar as informações sobre os antecedentes do autor do fato.

52.1. Quando do encaminhamento do termo circunstanciado para audiência, se não estiver acompanhado das informações sobre os antecedentes do autor do fato, deverá o Diretor da Serventia juntar a folha de antecedentes e respectivas certidões, para análise da possibilidade da imediata aplicação dos benefícios previstos na Lei dos Juizados Especiais.

53. Os termos circunstanciados, assim que recebidos da autoridade policial, deverão ser imediatamente encaminhados aos Juizados Especiais Criminais, para as providências cabíveis.

53.1. Nos casos de crime de ação penal pública condicionada, a audiência preliminar somente será designada depois da representação da vítima perante o juízo, por meio de requerimento simplificado. As delegacias de polícia deverão ser orientadas para que, nos casos de crime de ação penal pública condicionada, a vítima seja desde logo cientificada, por escrito, que deve comparecer perante o Juizado Especial Criminal, no prazo de 6 (seis) meses, contados da data da ocorrência, para formalizar a representação contra o autor do fato, sob pena de extinção da punibilidade. Nos casos de ação penal privada, o ofendido deverá ser orientado do prazo decadencial para o oferecimento da queixa-crime.

53.1.1. O endereço para a confirmação da representação deve constar do próprio termo de cientificação da vítima, com o horário de atendimento do juizado.

53.2. Se o juízo competente aceitar a representação formalizada perante a autoridade policial, por ocasião da intimação para a audiência preliminar, o oficial de justiça deverá ser orientado a submeter à vítima termo do qual conste a confirmação da representação ou a renúncia. Havendo opção pela renúncia, serão suspensas as demais intimações e o termo deve ser imediatamente encaminhado à apreciação do juiz, de modo que se otimize a pauta de audiência.

54. Na audiência preliminar, presentes o representante do Ministério Público, o autor do fato, a vítima e, se necessário, o representante civil, acompanhados de seus advogados, o Juiz ou conciliador esclarecerá sobre a possibilidade de composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação de pena não privativa de liberdade.

54.1. A conciliação será conduzida pelo Juiz de Direito ou por conciliador.

55. Os casos que devam iniciar-se por proposta de transação penal deverão ser encaminhados para audiência sob a presidência do Juiz de Direito ou conciliador. Os casos que devam iniciar-se por denúncia serão encaminhados para audiência sob a presidência do Juiz de Direito.

55.1. Depois da audiência preliminar, poderá o Juiz adotar outras providências requeridas pelo Ministério Público, autor do fato, vítima ou representante civil. Somente em casos excepcionais, individualmente fundamentados, os autos serão remetidos ao Ministério Público antes da audiência preliminar.

55.2. As cartas precatórias, expedidas para a efetivação de transação penal ou suspensão do processo, poderão ser encaminhadas pelos meios mais céleres possíveis, acompanhando-as, sempre que necessário, a proposta formulada pelo representante do Ministério Público.

56. A transação será comunicada ao distribuidor para anotação, o que não implicará em reincidência nem constará de certidão de antecedentes, salvo se houver requisição judicial, mas impedirá que se conceda ao autor do fato o mesmo benefício, no prazo de 05 (cinco) anos.

57. Não sendo possível a imediata apresentação de proposta de transação penal ou de denúncia pelo Ministério Público, por deficiência do termo circunstanciado ou necessidade de esclarecimentos necessários em face da complexidade do caso, deverão os autos ser redistribuídos ao Juízo Comum, com a consequente instauração de inquérito policial.

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JOW:

Alguns  magistrados parecem ter perdido a seriedade; parto do pressusposto que algum dia foram todos sérios e compromissados com a pessoa humana.

Pois  exigir confirmação de representação em Juízo ,  em linhas gerais, é impor mais um ônus ao ofendido.  Vítima é credora dos Poderes do Estado.

Desculpem-me: NÃO PODERIA SER SUJEITO DE DEVERES.  Apanha e toma vários ônibus em busca da Polícia.  Depois recebe um papel e toma vários ônibus para comparecer ao IML. Depois vários ônibus para comparecer ao Fórum; tudo para  que o MP, em muitos casos, proponha um acordo ao  infrator  sem que ela, vítima,  possa intervir…Em outros para que “QUALQUER UM” faça vez de Juiz …Toma, toma e só toma.

Eis um picadeiro em que não quero figurar;  assim que outro palhaço ponha o nome no papelucho.

Se  Juizado Especial fosse coisa de gente séria o legislador não estabeleceria através do art. 17 da Lei de Violência Doméstica, a proibição de “penas” de cesta básica, pagamento de quantia em dinheiro e multa isoladamente.

EXPEDITA INJUSTIÇA! 

A ADPESP DEU NOME AZIAGO AO PALCO DAS MAIORES REUNIÕES E DECISÕES DA CLASSE…NADA DARÁ CERTO ATÉ QUE RETIREM O NOME DO FINADO TORTURADOR IVAHIR FREITAS GARCIA 2

No auditório “Delegado de Polícia Dr. Ivahir Freitas Garcia” (presidente nos biênios 70/71 e 72/73, além de Deputado Federal e Estadual) estão localizadas a Galeria Histórica, que homenageia os presidentes da Associação, e a Galeria de Honra, com os Delegados de Polícia que exerceram o cargo de Secretário de Segurança Pública.

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Inventor da cadeira do dragão ( instrumento de tortura ); defensor assumido do esquadrão da morte.

Foi deputado estadual e federal.

O que fez pela classe?

Nada de construtivo! 

Salvo, quando cobrado pelos pares,   acusar a carreira de ser formada por COMODISTAS a espera de benesses ; IMEDIATISTAS apenas preocupados  com aspectos econômico-financeiros, em vez de cuidar do aprimoramento  técnico-profissional.

Verdade centenária.

Aliás, devemos acrescer: ACOMODADOS, IMEDIATISTAS E ICONÔMACOS  ( adoradores de costumes e ídolos de lama ).

Vivas à ICONOCLASTIA.

ORGÃO ESPECIAL DO TJ “BASTANTE DESAPONTADO”…SERÁ UMA SUTIL MANEIRA DE DIZER: É DANDO QUE O EXECUTIVO RECEBE 4

Análise

Judiciário está em situação crítica, segundo desembargador

Rafael Motta –  A TRIBUNA

 

Créditos: Alberto Marques

“O Judiciário está numa situação bastante agonizante”. O desabafo, que costuma partir de servidores públicos do setor, foi feito publicamente pelo desembargador Ivan Ricardo Garísio Sartori, que representou o Tribunal de Justiça (TJ) paulista na inauguração da terceira vara do Juizado Especial Cível (JEC) em Santos.

O magistrado apontou como maior causa dos problemas as restrições orçamentárias impostas, todos os anos, pelo Palácio dos Bandeirantes. Para o orçamento de 2010, o TJ pediu R$ 7 bilhões 181 milhões para o custeio do órgão. O Governo decidiu reservar R$ 5 bilhões 176 milhões, que não cobrem nem sequer a folha de pagamento do tribunal.

A situação faz com que “a maioria” dos 25 integrantes do Órgão Especial do TJ (que pode julgar processos, por exemplo, contra o governador e membros do Judiciário) esteja “bastante desapontada” e cogite um recurso extremo: recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de forçar o Estado a elevar os repasses.

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Vejam como a dignidade da pessoa humana é proporcional ao seu poder!

As mesmas palavras: “bastante agonizante”, “maioria”, “bastante desapontada” , da boca de um Delegado, não pertencente a trupe do Delegado Geral, causariam-lhe, no mínimo,  o afastamento de cargo de chefia.

E com o direito de contratar um bom advogado para defesa em processo administrativo.

Falariam até em intimidação, ameaça, manifestação beirando A EXTORSÃO.

AOS SEMPRE DO CONTRA: NÃO COMPAREM A MEGAOPERAÇÃO DE ONTEM COM A MIDIÁTICA MEGAOPERAÇÃO “STRIKE” DO EX-DELEGADO MÁRIO JORDÃO TOLEDO PARA NEUTRALIZAR OS EFEITOS DA OPERAÇÃO HURRICANE 5

MEGA OPERAÇÃO DESENCADEADA PELA POLÍCIA CIVIL EM SÃO PAULO,
NO DIA 25 DE ABRIL DE 2007.

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Mário Jordão Toledo, em decorrência de inúmeras denúncias de corrupção e violências policiais e criminalidade geral, resolveu desencadear a mega operação “Strike” (derrubada de todos os pinos no boliche), por todos os 645 municípios, com um contingente de 18.200 agentes, prendendo 2.532 pessoas, apreendendo 2.900 máquinas caça-níqueis, desmantelando quadrilhas de jogos de azar, fechando e lacrando casas de bingo, prendendo quadrilhas de ladrões de bancos, de seqüestradores, de golpistas de várias espécies, de ladrões de carga, de detetives particulares, de adulterações de combustíveis, de ladrões de automóveis, de clonagem de cartões e inúmeros policiais envolvidos.

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Relembre o que foi a Operação Hurricane

Publicada em 01/06/2007 às 22h40m

O Globo

RIO – Na sexta-feira, 13 de abril, a maior operação de combate à corrupção no Judiciário foi deflagrada pela Polícia Federal. Chamada Hurricane (furacão, em inglês), a operação prendeu 25 pessoas, entre elas o ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ), o desembargador José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador Ricardo Regueira, também do TRF do Rio; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (SP); e o procurador Regional da República João Sérgio Leal Pereira.

Também foram presos o advogado Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, e três contraventores da cúpula do jogo do bicho do Rio: Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de Samba; Aniz Abrahão David, o Anísio, presidente de honra da Beija-Flor; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão. Três delegados federais e outras 14 pessoas, algumas ligadas a casas de bingo e bancas do bicho no Rio, também foram presas. A PF apreendeu R$ 10 milhões, uma frota de carros de luxo e relógios que foram avaliados em R$ 2,7 milhões.

Só na casa de um dos bicheiros, Júlio Cesar Guimarães Sobreira, sobrinho de Capitão Guimarães, batizada pelos policiais de “bunker da propina”, foram recolhidos R$ 9 milhões, numa parede de fundo falso. A organização é acusada de vender decisões judiciais e informações privilegiadas favoráveis aos bicheiros e donos de casas de bingo e de máquinas caça-níqueis. O grupo também é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção, entre outros crimes.

Na seqüência da operação, foi revelado o envolvimento de vários políticos com os bicheiros. Eles eram citados como tendo recebido propina para as campanhas eleitorais ao longo do ano de 2006. Os nomes de vários delegados da polícia também foram mencionados.

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A operação Strike buscava “livrar a cara” da Secretaria de Segurança Pública, omissa ou conivente com o jogo desde 1999.

Assim foram  feitas apreensões “pra inglês ver” de muita máquina velha e gabinete imprestável, além de –  em outros casos – entrarem por uma porta e logo sairem por outra. 

UM MÊS DEPOIS A ACIDENTAL APREENSÃO DE DINHEIRO TRASNPORTADO PELO  ADVOGADO  JAMIL CHOKR ,  COLOCARIA EM CONFRONTO AS CÚPULAS DA POLÍCIA CIVIL E MILITAR.  

O Delegado “Jordão”  defendendo a própria  honestidade( VEZ QUE POR ANOS FORA O RESPONSÁVEL PELAS DELEGACIAS DO CENTRO DE SÃO PAULO )   , publicamente,  acusou:  ARMAÇÃO DO POLICIAL MILITAR QUE TERIA FEITO AS ANOTAÇÕES “D”. “P”. ,  NOS ENVELOPES COM DINHEIRO SUPOSTAMENTE DESTINADOS A DELEGACIAS DA CAPITAL. 

Enfim, apesar dos problemas institucionais,  A MEGAOPERAÇÃO “GÊNESE”  NÃO TEM QUAISQUER  OBJETIVOS OCULTOS.

COMO ANDA O ANTEPROJETO “DESCONSTRUÇÃO ERGA OMNES EX TUNC” DA POLÍCIA CIVIL 17

O (ou “a”) tal Fonte Palaciana foi quem perdeu uma grande oportunidade de dar algum sentido “respeitável” à sua visão chapa branca” sobre o projeto.

Um Policial Civil pode até ser “inexperiente”(obviamente no início da carreira).

Entretanto, por mais “calça branca” que o seja, nenhum Policial Civil é “ignorante” a ponto de achar que a cúpula tem o poder de, sozinha, numa “penada”, colocar a “Casa” em ordem, corrigindo todos os seus defeitos e distorções, os quais já vêm de muitos e muitos anos.

Ninguém espera, nem tampouco “exige” isso.

Sabe-se, realisticamente, que a cúpula depende do governo e aí a coisa complica.

O fato, contudo, é que a luta política tem “etapas”.

O anteprojeto poderia/deveria ser, pelo menos, uma “primeira etapa” na busca da retomada da dignidade da Instituição.

Ninguém estaria “crucificando” o anteprojeto se ele, mesmo sem resolver completamente todas as mazelas que assolam a Polícia Civil, ao menos significasse um “avanço” institucional, importando num “primeiro passo à frente”, após décadas de retrocesso.

Mas, qual avanço se verifica nas linhas do anteprojeto???

Os Policiais Civis, de TODAS as carreiras, NÃO FORAM OUVIDOS sobre importantes mudanças de atribuições de suas próprias carreiras!

Quando digo Policiais Civis de TODAS as carreiras, refiro-me realmente a todas, incluindo a própria classe. Afinal, também os Delegados de Polícia foram excluídos, uma vez que só tiveram “voz” os próprios cardeais, Delegados “de POLÍTICA”, restritivamente.

Em todas as carreiras, temos Policiais Civis excelentes, experientes, dotados de grandes conhecimentos sobre a “máquina”, sobre as “engrenagens” da Instituição, sabedores, NA PRÁTICA, cada um na sua carreira, de como “se faz” Polícia.

Os Policiais Civis poderiam dar grandes contribuições a um anteprojeto inovador, de sorte que, à cúpula, caberia adequar tal anteprojeto às realidades criadas/impostas pelo governo. Isto seria um “primeiro avanço”.

Ao invés, porém, de se formar uma grande comissão de Policiais Civis de todas as carreiras, preferiu-se fazer reuniões “fraternas” com dirigentes de sindicatos e associações de fancaria!

A cúpula não ouviu ninguém e elaborou um anteprojeto que, além de não representar a “primeira etapa” da retomada da dignidade da Casa, ainda aumentou os privilégios justamente dos Cardeais, ao criar uma “Congregação” que, além de inútil, certamente ainda será custosa ao erário.

Isto sem falar que o anteprojeto, intencionalmente, não consegue distiguir o “simples” do “simplista”.

Ao invés de “simplificar” a estrutura complexa da Polícia Civil, o anteprojeto apenas cria a simplista função de “agente”, tornando-o uma espécie de “faz tudo”, o qual, em tese, deveria ser o mais bem preparado dos Policiais, mas que, na realidade, já sabemos que será, apenas, aquele que terá conhecimentos superficiais sobre “tudo”, para não conhecer, profundamente, nada!

O “agente” do anteprojeto será um “especialista em generalidades” policiais; será a opção oficial pelo empirismo em lugar do profissionalismo.

A fim de se evitar a reclamação do “desvio de função”, busca-se acabar com qualquer função, e, ainda, ilude-se algumas carreiras com promessas de isonomias justas, porém natimortas por ação do próprio governo!

Isto é passível de elogio???

Para mim, o anteprojeto, além de não representar uma “primeira etapa” na verdadeira reestruturação que precisamos, ainda significa um grande retrocesso.

Ao invés de reesttruturação, vejo mais um anteprojeto de “DESCONSTRUÇÃO” da Polícia Civil!

DELTA UNO – “ORIGINAL”

03/10/2009 em 5:50 Editar

https://flitparalisante.wordpress.com/2009/10/01/reforma-da-policia-civil-brilhante-trabalho-comandado-pelo-dgp-adjunto-%e2%80%93-alias-desafeto-pessoal-do-dono-deste-blog/

 

PROJETO DE DESCONSTRUÇÃO DA POLÍCIA…O GOVERNO “NÃO ENVIOU”; NEM ENVIARÁ! 2

Direitos dos policiais
É um acinte, uma ofensa”, classificou José Martins Leal, presidente do Sindicato dos Delegados, o fato de que até agora o governo do Estado não enviou o projeto com aumento para os policiais.

Ele disse que já entregou ao secretário da Segurança Pública um anteprojeto de reestruturação das carreiras da Polícia Civil, mas que o documento está engavetado.

DEINTER-6: 78 PRESOS NA BAIXADA SANTISTA… De acordo com o chefe da Polícia Civil na região, Waldomiro Bueno Filho, 552 policiais civis participaram. “Entre os principais objetivos estão o cumprimento de mandados de prisão, a localização de cativeiros de sequestro e treinamento e mobilização dos policiais”. 1

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Operação da Polícia Civil prende mais de duas mil pessoas no Estado

Amanda Barbieri

 

A Polícia Civil de São Paulo prendeu 2.191 pessoas durante toda a quinta-feira na Operação batizada de Gênese. Setenta e oito pessoas foram presas somente na Baixada Santista.

A megaoperação começou à meia-noite desta quinta-feira em 645 municípios. De acordo com o chefe da Polícia Civil na região, Waldomiro Bueno Filho, 552 policiais civis participaram. “Entre os principais objetivos estão o cumprimento de mandados de prisão, a localização de cativeiros de sequestro e treinamento e mobilização dos policiais”.

Entre os destaques está a prisão de duas mulheres, acusadas de tráfico internacional. “Esse é o terceiro caso envolvendo estrangeiros na distribuição de drogas no último mês. É o setor de inteligência que apura esses casos”.

Entre as prisões, a polícia deteve uma integrante da quadrilha que roubou o caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil e disparou 20 tiros contra viatura da Guarda Portuária, na madrugada de quarta-feira, em Guarujá.

De acordo com o delegado, Jussivânia Santos Souza foi presa em uma chácara da Rio-Santos, perto de Bertioga. No local, foram apreendidos dois carros usados no roubo (um Astra e um Honda Civic), parte do dinheiro e munição de fuzil. Algumas notas estavam queimadas, por causa do uso de maçarico.  

Em Praia Grande, a polícia apreendeu um quilo de cocaína na favela Caieiras. Um suspeito conseguiu fugir.

Fonte: A Tribuna on-line

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Página: 13

EDUARDO VELOZO FUCCIA

DA REDAÇÃO E DA AGÊNCIA ESTADO
Na primeira operação deflagra- da pela Delegacia Geral de Polícia (DGP) em todo o Estado, desde o início da gestão do delegado Domingos de Paulo Neto como chefe da Polícia Civil paulista, Santos e região é quem registraram os resultados mais expressivos. Nem o tempo chuvoso que persistiu durante quase todo o dia de ontem na região prejudicou o sucesso na Operação Gênese na área de atuação do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6). No final da tarde, o delegado Waldomiro Bueno Filho, diretor do Deinter-6, anunciou os números locais da Gênese. Segundo ele, a operação mobilizou 552 policiais em 141 viaturas nos 23 municípios da Baixada Santista, do Litoral Sul e do Vale do Ribeira. Eles prenderam quatro pessoas em flagrante, detiveram 62 procurados da Justiça e recapturaram três fugitivos. Paulo Neto assumiu o cargo de delegado geral de São Paulo em 22 de março. De acordo com Bueno, um dos principais objetivos da Gênese, além da repressão ao tráfico de drogas e outros crimes, foi avaliar o grau de mobilização da Polícia Civil em uma megaoperação de caráter estadual. Comentando os números produzidos no âmbito do Deinter-6 e os resultados preliminares de outras regiões do Estado dos quais tomou conhecimento, Bueno classificou de positiva a Operação Gênese. Ele ainda destacou as principais prisões realizadas na região.
SEQUESTRO
No Estado, a mais bem-sucedi- da ação da polícia durante a Operação Gênese foi a libertação dos empresários Lucas Evangelista da Silva, de 54 anos, e Antônio da Silva, de 46, que haviam sido sequestrados 12 horas antes por uma quadrilha na Zona Leste de São Paulo. Três acusados foram presos pelos policiais. Os investigadores do 69º Distrito Policial (Cohab Teotônio Vilela, Zona Leste) haviam recebido a informação sobre o sequestro dos empresários por volta das 21h40 de quarta-feira. O crime havia acontecido às 18h30 em um restaurante. Uma equipe passou a apurar o caso e descobriu que dois homens podiam estar por trás do crime ­ eles eram conhecidos pelos apelidos Jorjão e Tripa. Por volta das 5h50 de ontem, os investigadores avistaram Jorjão (Jorge Edison Roque, de 38 anos), descrito como uma pessoa”conhecida nos meios policiais”. Ele foi detido com outras quatro pessoas. Entre os suspeitos estavam Alexsandro Castro de Santana, de 36 anos, e Lucas Francisco dos Santos, de 19. Santana, segundo os policiais, confessou o sequestro e levou os investigadores até o cativeiro. Houve tiroteio. Os bandidos que tomavam conta do lugar fugiram. Santana, Santos e Roque foram autuados em flagrante.


ÊXITO. Para o comando da Polícia Civil, Santos e Baixada tiveram os resultados mais expressivos da Gênese. Chuva não prejudicou


Operação prende 62 procurados

Maconha e anfetamina pro- cedentes do Paraguai, além de outros materiais relacionados ao tráfico de drogas, foram apreendidos ontem de manhã na Rua Yolanda Conti, 291, na Vila Margarida, em São Vicente. A moradora da casa e uma amiga sua foram presas pelos crimes de tráfico agravado pela transnacionalidade e associação para o tráfico. Companheira de um preso da Penitenciária II de São Vicente, que cumpre pena por tráfico e seriamembrodefacçãocriminosa, Bruna Jussara Bianche, de18 anos, é a moradora do imóvel. A outraacusadatrata-se deAriane FerreiraBrito,de20anos. Segundo o delegado Wagner Milhardo Alves, do 2º DP de São Vicente, há cerca de um mês o local era investigado como ponto de venda de drogas. Por esse motivo, ele requereu à Justiça mandado de busca e apreensão para vistoriar o local. Ontem, uma equipe comandada pelo investigador Fabiano Mira Marques cumpriu a ordem judicial. Quatro tabletes de maconha pesando o total de 3,2 quilos e 314 comprimidos de anfetaminas popularmente conhecidos como rebites foram apreendidos. Milhardo disse que Ariane admitiu ter comprado recentemente as drogas no Paraguai, caracterizando o tráfico internacional. Aliás, por causa de crime idêntico, Ariane foi presa no Paraná, porém, a Justiça daquele estado lhe concedeu o benefício de liberdade provisória no último dia 7 de outubro. Essa jovem contou que chegou quarta-feira à casa de Bruna com a maconha e os rebites.
AMOSTRAS
Na casa de Bruna também havia materiais para embalar drogas, uma pequena porção de cocaína, duas balanças e quatro amostras de maconha com anotações. “Nos bilhetes estava escrito como deveria ser a qualidade da maconha supostamente encomendada do Paraguai”, disse o delegado. “Sem caroço, sem galhos, sem sementes, cheirosa e nova” eram as especificações da maconha ideal, ainda conforme as anotações que acompanhavam as amostras da erva. Em relação aos rebites, Milhardo acredita que eles seriam vendidos a caminhoneiros. O consumo de anfetaminas por profissionais do volante é um problema que preocupa as autoridades das áreas da Saúde e da Segurança Pública. Sob o pretexto de conseguirem suportar longas jornadas de trabalho sem dormir, um número preocupante de motoristas consome esse tipo de drogas. No entanto, eles ignoram ou não tem a exata noção da dependência física e psíquica causada pelos rebites, além de outros males à saúde. Isso sem contar a confusão mental que esse tipo de droga provoca, principalmente quando ingerida com álcool. Nessas hipóteses,os seus efeitos são potencializados, aumentando o risco de acidentes de trânsito.

A recuperação de objetos furtados do apartamento de temporada de um colecionador paulistano e a prisão em flagrante de um homem acusado de receptá-los também marcaram o balanço da Operação Gênese na região. Morador no Paraíso, na Zona Sul de São Paulo, o comerciante Walmir da Silva Ferrão, de 48 anos, possui um apartamento de temporada no prédio da Avenida Moura Ribeiro, 50, no Marapé. O imóvel fica na cobertura e, através do telhado, foi arrombado no último dia 4. Cédulas, moedas, canetas, relógios, roupas, capacetes e outros objetos foram furtados do local. A maioria é do produtos é estrangeira e antiga, mas em bom estado, atraindo o interesse de colecionadores. A autoria do crime era ignorada, até que policiais do 7º DP de Santos souberam que Émerson Aparecido Georjutti, de 31 anos, estava oferecendo produtos idênticos aos levados do apartamento do colecionador.
ENCONTRO
Para checar a procedência dos objetos oferecidos, os investigadores se passaram por interessados e marcaram um encontro com Émerson. O local combinado foi a Galeria Queiroz Ferreira, na Rua Goiatacazes, no Gonzaga, onde acusado compareceu ontem com uma sacola. Parte dos objetos pertencentes à vítima estava na sacola. Émerson alegou que recebeu as mercadorias de um homem que apenas soube identificar pelo apelido de Índio. Os investigadores ainda apuram se essa pessoa realmente existe. O acusado detido negou envolvimento no furto, mas reside no mesmo edifício onde o colecionador possui apartamento de temporada. O imóvel de Émerson foi revistado, mas nada de irregular foi encontrado nele. Porém, os policiais Ademir Mira Marques, Marcos Aires Lopes e Cristiano das Neves descobriram que Émerson possui outro apartamento, no Itararé, em São Vicente, onde encontraram outros objetos levados da cobertura do colecionador, além de 51 munições de calibre 38. A delegada Alessandra A. Tiritan de Souza autuou Émerson em flagrante pelos crimes de receptação e posse ilegal de munições. Walmir Ferrão reconheceu como seus os objetos apreendidos e os avaliou em cerca de R$ 15 mil. Ele estimou o seu prejuízo total em aproximadamente R$ 40 mil. 

Os produtos apreendidos estavam na casa de uma das suspeitas, em SV

Parte do dinheiro roubado de um caixa eletrônico do Banco do Brasil, em Vicente de Carvalho, foi recuperada ontem por policiais da Delegacia de Guarujá em uma chácara situada às margens da Rodovia Rio-Santos. No local foram apreendidos munições, de uma arma de fogo e dois carros de origem criminosa. Uma mulher foi detida. Jucivânia Santos Souza, de 24 anos, é a acusada. A sua captura aconteceu quando ela saía da chácara, situada no alto de um morro do Iriri ­ bairro da área continental de Santos localizado próximo à divisa com Bertioga. A mulher carregava uma bolsa, contendo R$ 3,4 mil. Sob o comando do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior e do investigador Paulo Carvalhal, os policiais tiveram a atenção despertada pelo fato das cédulas estarem chamuscadas. A associação que os policiais fizeram com o roubo do caixa eletrônico foi imediata. Nesse tipo de crime os ladrões usam maçarico para arrombar os equipamentos, sendo comum chamuscar ou até mesmo queimar parcialmente o dinheiro. Após a apreensão das cédulas, os policiais revistaram a casa de onde a acusada saiu. No imóvel foram apreendidos um pedaço derretido do caixa eletrônico, nove munições de revólver calibre 38 e três cartuchos de fuzil AR-15 (um intacto e dois deflagrados). Na parte externa, sob um tanque, os policiais acharam um revólver calibre 38 com a numeração raspada.
TIROS DE FUZIL
O roubo ao Banco do Brasil aconteceu na madrugada de quarta-feira, na agência da Avenida Santos Dumont, 302, em Vicente de Carvalho. Durante a sua realização, de modo casual, uma viatura da Guarda Portuária passou pelo local e os ladrões anteciparam a fuga, abandonando maçarico e ferramentas no banco. Ocupando três carros, os marginais dispararam várias vezes na direção da viatura com fuzil AR-15, mas os guardas escaparam ilesos. Apontado pelos policiais da Delegacia de Guarujá como um dos envolvidos na ação, Edielson Rifirino da Silva é namorado de Jucivânia e foi identificado após a prisão da mulher. Ainda conforme os policiais, a chácara do Iriri seria a base da quadrilha. Lá também foramapreendidos ontem um Astrae umHonda Civic. O primeiro carro foi furtado em Guarujá, no dia 18. O segundo é produto de roubo cometido na área do 13º DP de São Paulo (Casa Verde), na Zona Norte, em 6 de março. A quantia total retirada do caixa eletrônico, até ontem, não havia sido divulgada à Polícia Civil,de acordocomo investigador Carvalhal. O delegado Lara autuou Jucivânia em flagrante por receptação e determinou a sua remoção à cadeia feminina anexaao 2º DPde Santos.
Cédulas, moedas, canetas, relógios, roupas, capacetes e outros objetos foram furtados do local. A maioria é do produtos é estrangeira e antiga, mas em bom estado de conservação, fato que desperta o interesse de colecionadores
Ação policial permitiu também a recuperação de objetos furtados de um apartamento de temporada

Maconha apreendida veio do Paraguai


Objetos foram furtados no Marapé

DE SÃO PAULO
O suspeito de ter participado do assassinato de duas mulheres e violentado uma adolescente, de 15 anos, na madrugada do último sábado, em Piracicaba, no Interior, foi preso na quarta-feira em Santos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, após identificar o suspeito como Aparecido dos Santos Amaral, de 24 anos, a polícia descobriu que ele já tinha passagem por roubo. Depois de uma denúncia, os policiais conseguiram localizar o suspeito em Santos. Amaral confessou o crime e disse que estava embriagado ao cometer os assassinatos e o estupro. A polícia ainda não divulgou os detalhes da prisão. O crime aconteceu por volta das 2 horas de sábado, no Bairro Serra Verde. As três mulheres saíam de uma festa, no Jardim Alvorada, quando foram abordadas pelo criminoso. Ele estrangulou Aline Paschoal e Therezinha Gomes Barbosa e estuprou a adolescente que, num momento de distração de Amaral, conseguiu fugir (Agência Estado).
ROGÉRIO SOARES PAULO FREITAS

PRISÃO


Suspeito de mortes e estupro é capturado em Santos


Polícia acha parte do dinheiro do BB


Material

Sexta-feira 30 A TRIBUNA

Polícia


A-13

outubro de 2009 http://www.atribuna.com.br

Megaoperação prende 2.191 num só dia em São Paulo 15

Deu em O Globo

Megaoperação prende 2.191 num só dia em São Paulo

Policiais prenderam sequestradores, pedófilo, traficantes e assaltantes; objetivo é reduzir criminalidade no estado

Em ação da Polícia Civil nos 645 municípios de São Paulo, 2.191 pessoas foram presas num único dia durante a Operação Gênese, realizada ontem para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, com o objetivo de reduzir a criminalidade no estado. Entre os presos, estão 81 foragidos da Justiça, procurados por homicídios e até sequestradores.

Do total de prisões, 1.601 foram feitas com mandados expedidos pela Justiça e 509, em flagrante. Cento e setenta adolescentes foram apreendidos. A polícia apreendeu ainda 102 quilos de drogas (maconha, cocaína e crack), 112 armas e 494 veículos. Cerca de dez mil policiais participaram da ação.

Além das detenções, os policiais também libertaram vítimas de sequestro. Na Zona Leste de São Paulo, eles encontraram dois donos de bar que tinham sido sequestrados por volta de 18h30m de anteontem, dentro do estabelecimento, após um assalto.

As vítimas foram localizadas num cativeiro na região. Policiais faziam ronda quando um rapaz, que estava diante de uma casa, se assustou, atirou e fugiu, deixando cair uma arma. Outras quatro pessoas que estavam no cativeiro foram detidas. Leia mais em O Globo

2.191 PRESOS – BALANÇO FINAL DA OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO 3

29/10/2009  –  18h54

Operação da Polícia Civil termina com 2.191 presos por diversos crimes em SP

ANDRÉ MONTEIRO
da Folha Online

A Polícia Civil de São Paulo prendeu 2.191 pessoas durante uma operação para combater diversos crimes, como latrocínio, homicídio, estupro, roubo, tráfico de drogas, entre outros. A Operação Gênese começou a 0h desta quinta-feira e estava marcada para terminar às 13h, porém as últimas ações se estenderam e foram concluídas no final da tarde.

Policiais prendem em SP acusado de crime no PR
Polícia recaptura 12 condenados por homicídio
Polícia de SP encontra cativeiro e liberta 2 vítimas durante operação
Rádio pirata é fechada durante operação

Do total de presos, 509 foram detidos em flagrante, 1.601 tinham mandados de prisão já expedidos e 81 eram foragidos da Justiça que foram recapturados. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, alguns dos presos podem pagar fiança e deixar a prisão, mas ele não precisou quantos estão nesta situação.

Participaram da operação 9.299 policiais em todo o Estado –cerca de um terço do efetivo. Segundo Neto, a maior parte das prisões ocorreu no interior. Pelas delegacias da Grande São Paulo e da capital, foram presas 453 pessoas. Também foram feitos 333 termos circunstanciados no Estado.

Além dos presos, foram apreendidos 112 armas e mais de 3 milhões de objetos –entre eles 345 máquinas caça-níquel–, além de cerca de 100 kg de drogas. Também foram apreendidos mais de 400 veículos e 97 foram recuperados. Ao todo, 1.213 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

O delegado-geral afirma que o nome Gênese é uma referência ao surgimento de uma nova polícia, que terá os trabalhos de investigação e de divulgação de informações unificados, com o objetivo de recuperar o caráter investigativo da Polícia Civil.

Sobre os números da operação, Neto afirma que eles fogem aos padrões do dia a dia pois “em pouco mais de 12 horas houve uma sinergia, todos se uniram para um determinado serviço”. Neto disse não ter tido notícia de mortos ou feridos na operação, apenas o caso de um agente que sofreu uma queda por acidente em São José do Rio Preto (SP).

Ações

Durante a operação, a polícia prendeu um acusado de ser o mandante do assassinato de um casal de universitários de Curitiba em abril deste ano. O crime ocorreu, segundo a acusação, por brigas entre grupos neonazistas.

Segundo a delegada Elisabete Sato, titular do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o departamento tinha 30 mandados para serem cumpridos na operação —12 haviam sido presos até por volta das 12h.

Também durante a operação policial, um cativeiro foi localizado na zona leste de São Paulo e duas vítimas, libertadas. Em Osasco (Grande São Paulo), uma rádio pirata foi fechada.

O vendedor Luis Fernando da Costa Rosa, 52, foi preso flagrado com três adolescentes com idades de 13 a 17 anos dentro de um apartamento no bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo. Um dos adolescentes era procurado pela família desde agosto do ano passado, quando desapareceu na cidade de Caieiras (Grande São Paulo). No computador do vendedor foram encontradas fotos dele com os adolescentes em roupas íntimas.

No Bom Retiro (região central de São Paulo), os policiais localizaram dez bolivianos em uma confecção, e a suspeita é que eles trabalhavam em regime análogo ao de escravidão.

OPERAÇÃO GÊNESE, balanço parcial: 236 presos 12

29/10/2009 -13h01

Balanço parcial aponta 236 presos em operação da Polícia Civil em SP

TATIANA SANTIAGO
colaboração para a Folha Online

A Polícia Civil realiza desde a 0h desta quinta-feira uma operação em diferentes cidades do Estado de São Paulo para recapturar foragidos e cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento em diversos tipos de crimes, como latrocínio, homicídio, estupro, entre outros. Balanço parcial aponta que, até as 9h, 236 pessoas haviam sido presas, sendo 75 em flagrante, em toda a Grande São Paulo.

Os dados da Operação Gênese ainda são preliminares. Segundo o delegado-geral, Domingos Paulo Neto, cerca de 150 pessoas também teriam sido presas na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), mas não há detalhes.

A polícia ainda não informou se, além dos 75 presos em flagrante, as demais prisões ocorreram em cumprimento a mandados ou se há suspeitos de crimes, que podem ser liberados após depoimento.

Balanço

Entre os presos na cidade de São Paulo estão 12 condenados por homicídio que estavam foragidos da Justiça.

Também durante a operação policial, um cativeiro foi localizado na zona leste de São Paulo e duas vítimas, libertadas. Em Osasco (Grande São Paulo), uma rádio pirata foi fechada.

Operação

Além das prisões, a operação visa ainda apreender máquinas caça-níqueis e produtos piratas.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o nome da operação representa o surgimento de uma nova Polícia Civil, que age em conjunto para coibir a criminalidade.