17/08/2009 – 10h01
MP apura desvio de verba de operações sigilosas em SP
São Paulo – Dinheiro da verba de operações sigilosas da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo foi desviado e usado para pagar contas pessoais dos chefes de gabinete. A acusação é a de que o rombo atingiu R$ 2,26 milhões na gestão Saulo Abreu Filho (2002-2006) e R$ 700 mil, no período em que Ronaldo Bretas Marzagão dirigiu a pasta (2007 a 2009). Despesas da secretaria teriam sido cobertas com notas frias e até uma reforma fictícia no prédio justificou o desvio do dinheiro. O caso está sob apuração dos promotores de Defesa do Patrimônio Público, do Ministério Público Estadual (MPE).
A nova investigação sobre o suposto desvio da verba começou quando o oficial administrativo Carlos Jorge Santana, o Jorginho, procurou a Assessoria Militar da secretaria. Dizia ter graves denúncias a fazer sobre desvio de recursos. Funcionário da pasta desde 1979, Jorginho afirmava ter provas de tudo e pedia para ser ouvido pelo secretário Antônio Ferreira Pinto, que assumiu o cargo em março. Trazia cópias de 333 cheques, com os quais sacara o dinheiro supostamente desviado, e das despesas particulares dos chefes de gabinete que ele dizia ter pago – cumprindo ordens – com o dinheiro da secretaria.
Em sigilo, Jorginho foi ouvido em 14 de maio pelo secretário e pelo capitão da Polícia Militar (PM) João Carlos Chaves. “Contei o que sabia”, disse Jorginho. Seu depoimento começa com a suposta descoberta, em fevereiro de 2008, feita por Marzagão, de que o chefe de gabinete, Tadeu Sérgio Pinto de Carvalho, guardaria irregularmente dinheiro num cofre na secretaria. Marzagão, disse Jorginho, mandou que Tadeu abrisse o cofre na frente de testemunhas e achou R$ 127 mil, que ele determinou que fossem recolhidos aos cofres públicos.
Carvalho, que deixou o cargo em março de 2008, alegou que o dinheiro era sobra da verba de operações policiais. O que ele não explicou foi a razão de ter informado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que havia gasto todo a verba do segundo semestre de 2007. Na verdade, R$ 98 mil daquele período estavam, segundo o chefe, entre os R$ 127 mil do cofre. Uma apuração foi aberta pela Corregedoria Geral da Administração. Jorginho foi ouvido.
O depoimento dele na Corregedoria foi lacônico. Pouco depois, a investigação ali foi arquivada. Só agora ele contou que “foi chamado pelo coronel Valério (João Cláudio Valério, que se tornou chefe de gabinete, substituindo Carvalho), que disse: “Vou lhe pedir uma gentileza: não fale nada que respingue no doutor Ronaldo Marzagão, porque se você falar poderá sobrar para ele”.” O funcionário deu outros detalhes. “Por diversas vezes, ao entregar os valores sacados mensalmente ao doutor Tadeu (Carvalho), este separava determinadas quantias e determinava ao declarante que com elas pagasse contas particulares, entre elas despesas de energia elétrica, carnês de faculdade e outras contas”. Na gestão de Carvalho, ele sacou R$ 700 mil.
Segundo Jorginho, ele dava o dinheiro ao chefe de gabinete. Ele apresentou cópias de 75 cheques e de 24 recibos de quantias supostamente entregues ao chefe. Segundo o funcionário, em uma conversa, Carvalho admitiu que o que fazia era “irregular” e lhe revelou que cumpria “ordens” de Lauro Malheiros Neto, então secretário adjunto. Malheiros nega. Ele deixou a secretaria em maio de 2008 em meio a acusações de beneficiar o investigador Augusto Pena, que em delação premiada o acusou de montar um esquema de venda de cargos na polícia e de sentenças de absolvição em processos de policiais corruptos.
Logo em seguida, Jorginho passou a contar que também “essa sistemática de saques indevidos era posta em prática em larga escala” na época em que Luiz Hélio da Silva Franco foi chefe de gabinete da secretaria (2002-2006, gestão de Saulo). Tudo sem que o dinheiro sacado (R$ 2,2 milhões) fosse usado “para despesas de operações policiais ou despesas de serviços de manutenção do prédio”.
Defesa
Tadeu Sérgio Pinto de Carvalho e Luiz Hélio da Silva França, ex-chefes de gabinete da Secretaria da Segurança, negaram as acusações feitas por Jorginho, de desvio de cerca de R$ 3 milhões da verba de operações policiais do gabinete. “São mentiras e calúnias”, afirmou Luiz Hélio. Ele contou que tinha conhecimento do depoimento de Jorginho. Disse que contratou advogado e ia tomar providências e apresentar defesa. Luiz Hélio anunciou que vai processar por danos morais o oficial administrativo. Ele chegou a ser nomeado em 13 de julho para um cargo na Corregedoria Geral da Administração do Estado, um ato do governador José Serra. Luiz Hélio nem chegou a assumir. Em 22 de julho, o próprio governador tornou sem efeito a nomeação.
Carvalho disse que não tinha conhecimento das acusações de Jorginho e do depoimento de Marlene. Negou que tivesse usado dinheiro público para pagar contas pessoais. “Imagina!”, exclamou. Funcionário público de carreira, ele disse que todo o episódio do dinheiro no cofre já foi investigado pela Corregedoria Geral da Administração, que chegou à conclusão de que não houve irregularidade. Disse ainda que prestou todas as informações ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que aprovou tudo.
Sobre para quem ele entregava o dinheiro da verba, Carvalho afirmou que só prestará esse esclarecimento caso seja chamado para depor. “Como é verba do gabinete, é preciso que se ouça o secretário (Marzagão)”, afirmou. As demais pessoas, segundo ele, “eram meros instrumentos”. “O secretário é que é responsável, pois essa verba era para operações policiais do gabinete”, afirmou. Carvalho não quis falar sobre a suposta conversa relatada por Jorginho em que ele teria dito obedecer ordens do então secretário adjunto Lauro Malheiros Neto para sacar a verba. Mas negou qualquer tipo de irregularidade. “Imagina!”, exclamou novamente.
O computador onde estariam supostas provas do uso indevido da verba, segundo ele, foi entregue a uma coronel da PM, para que fosse examinado e nada foi achado. Por fim, ele disse que pediu exoneração do cargo. O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o ex-secretário adjunto Lauro Malheiros Neto, disse que seu cliente nega peremptoriamente qualquer participação no uso de verba secreta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Cadeia neles cade a preventiva se fosse coitado já estava até cumprindo pena
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VIXI …. como sempre disse …. um dia a casa cai …. agora vem a tona as MARACUTAIS que sempre houve desconfiança …. VERBA SECRETA …. maior engodo …. nunca vi nenhuma verba dessa vir para o INTERIOR …..
agora a coisa será esclarecida …. vamos ver se os respjnsáveis irão responder pelos crimes e penas duras penas da LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRTATIVA …. cujo alcance é tão amplo que pode afetar o patrimônio pessoal dos agentes públicos malversadores do dinheiro público. ….
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Noticia furtaram viaturas do DEIC em hotel quem foi será que ja até estão vendendo viaturas a minha é pau velho deu no jornal que comédia
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Sigilosa imaginem se não fosse cana neles Senhores interessados
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Agora sei porque não recebi minhas diárias da Operação Verão.
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NOSSA, DR GUERRA,
MAIS UM CALUNIANDO O INOCENTÍ$$Í$$IMO MALHEIROS!
TENHO CERTEZA DE QUE ELE JAMAIS FARIA UMA COISA DESSAS, PODEM MANDAR VERIFICAR NAQUELE COMPUTADOR QUE JÁ TÁ CRIANDO TEIA DE ARANHA LÁ NO IC, QUE ESSE CARA JAMAIS ENTROU NA SALA DO MALHEIROS…
COITADO!!!
DETESTO INJUSTAS PERSEGUIÇÕES!!!
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DR. GUERRA GOSTEI DE ONTEM VER A MATERIA DO MEDICO PRESO, PRECISOU DE 400 TIRAS E 4 DELEGADOS PRA PRENDER O PERIGOSO MEDICO, ATE O ALGO GALEANO FOI E O MAIS IMPORTANTE, TODOS BEM ALINHADOS COM VIATURAS NOVAS, COISA DE POLICIA DE 1 MUNDO.
COMO TEM IPOCRITA NESTA MERDA, QUE ABUSO, AQUI NA DELEGACIA NOS ESTAMOS VENDIDOS, TO NO 2 E TA UMA MERDA, SEM CHEFE, SEM VIATURA, TUDO IMUNDO, E OS CARAS ANDANDO DE TERNOS MILIONARIOS E CARROS NOVOS NA MATERIAS, PORQUE ELE NAO APARECER PRENDENTO OS CARAS DAS MOTOS, POIS FOI O DEIC QUE PRENDEU, PORQUE NAO PEGOU OS LADROES DA 25 DE MARCÓ QUE O DEIC PEGOU, PORQUE NAO ESTA NA OEPRAÇAO DE HOJE NA SANTA IFIGECIA, POIS SO TO VENDO A FEDERAL NO LOCAL, PORQUE NAO FECHA A GALERIA PAGE QUE SO TEM CONTRABNDO,
SABEM PORQUE?
PORQUE QUEM VAI PRA SECC CENTRO SO QUER A ARRECADA;CAO, E MAIS NADA, A SOCIEDDE QUE SE FERRE, O LANCE É OS 5 MILHAS DE ARRECADAÇAO, A AREA TA LOTADA DE MAQUINA, CHEIO DE PUTEIROS, O 3 DP COM DELEGADO 2 CLASSE MANDANDO, OU SEJA TA TUDO PARA O ACERTO MESMO.
ENFIM TAMOS FUDIDOS, EM RELAÇAO A VERBA DO GABINETE, PORQUE ANTES NÁO CONFIRAM A VERBA DAS SECCIONAIS, POIS AQUI NO 2 DP NÁO TA VINDO NADA E A VIATURAS QUE FORAM ARRUMADAS FORAM PAGAS PELO CHEFE DA GESTAO PASSADA QUE EM TROCA GANHOU UMA CADEIRA NA FAZENDARIA.
ALIAS TINHA GANHO JA PERDEU. AHAHAHAH
OBRIAGDO A TODOS
SO CAGUETA MESMO, POREM NÃO SOU SUJO, QUEREM QUE ME CALE ME TIREM DAQUI E ME COLOQUEM NA DOSAT QUE E AQUI PRETINHO AHAHAHAH
AMEM IRMÁOS
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TCE-SP muda regra para verba de operações policiais
Qui, 23 Jul, 08h12
http://br.noticias.yahoo.com/s/23072009/25/manchetes-tce-sp-muda-regra-verba.html
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) modificou os critérios de prestação de contas da verba usada em operações policiais sigilosas. A deliberação, publicada ontem no Diário Oficial, determina que “é do secretário da Segurança Pública a responsabilidade exclusiva pela prestação de contas de adiantamentos utilizados em despesas para operações policiais de caráter reservado, vedada a delegação”. Em fevereiro, o Estado revelou que as prestações de contas chegavam ao TCE sem nenhuma nota fiscal ou relatório que indicasse como e de que forma o dinheiro estava sendo gasto. Até departamentos administrativos, como a Academia da Polícia Civil, efetuavam saques.
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Em decisão colegiada, o TCE estabeleceu que, a partir de agora, as prestações de contas deverão conter “singela identificação, a qual poderá ser representada pela denominação ou tema da operação”. Os demonstrativos de gastos também terão de ser individualizados por operação, para que os fiscais do tribunal tenham condições de saber no que o dinheiro foi aplicado. Por fim, o despacho determina que as despesas fiquem restritas a um número mínimo de responsáveis, para facilitar “o controle das operações e dos gastos correspondentes”. A deliberação é assinada pelo presidente em exercício da corte, conselheiro Fúlvio Julião Biazzi, e pelo relator, Cláudio Ferraz Alvarenga.
Em março, o conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho já havia decidido apertar a fiscalização sobre os gastos secretos da Secretaria da Segurança Pública, obrigando a pasta a prestar contas da verba mês a mês – até 2008, os relatórios eram encaminhados a cada seis meses. Carvalho escreveu em sua decisão que, da forma como se apresentavam as prestações de conta, não era possível estabelecer “correlação entre os valores registrados nas operações contábeis e as operações (policiais) executadas”. Isso criaria, segundo ele, “ambiente propício para desvio de finalidade”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://br.noticias.yahoo.com/s/23072009/25/manchetes-tce-sp-muda-regra-verba.html
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VCS, REALMENTE ACHAM QUE O M.P.E, IRA INVESTIGAR SEUS PARES, POIS A SECRETÁRIA DE SEG. PUBLICA, A MUITO SO TEM PROMOTOR MANDANDO. VAI ACABAR EM PIZZA PARA OS SECRETARIOS ANTIGOS E SOBRAR PARA A POLICIA CIVIL.
MAS ACREDITO NO QUE RUI BARBOSA DISSE UMA VEZ.
“SÓ OS PARVOS NÃO MUDAM”
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