Tenho grande consideração pelo Dr. Kfouri, mas verdade seja dita, soa muito estranha a colocação de nome de pessoa viva em prédio público.
Na esfera federal, há a lei 6454/77 que proíbe que sejam dados nomes de pessoas vivas a prédios públicos.
Diz seu artigo 1º:
“É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertecente à União ou às pessoas jurídicas da Administração indireta.”
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O Dr. Kfouri , não obstante o propalado classismo que o catapultou ao panteão da Polícia como maior ícone vivo da carreira dos Delegados, na opinião deste representante da A.G.D – Advocacia Geral do Diabo – merece ter a biografia revisitada.
Não pretendo desqualificá-lo, apenas buscar entender as razões para, ainda hoje, ser cultuado como herói da carreira, em razão de pretensamente ter colocado os interesses da classe acima do cargo de Delegado Geral.
Ora, pelo que consta ele exerceu o cargo de Delegado Geral de fevereiro a setembro de 1986, ou seja, durante o governo Franco Montoro. Ao assumir a DGP encontrou em andamento um concurso, aberto em 1985, para preenchimento de 106 vagas para Delegado de Polícia 5 a. classe.
O Delegado Geral anterior, Dr. José Oswaldo Pereira Vieira, enfrentava desgastes causados, especialmente, pelas provocações patrocinadas pela ADPESP contra o governador ANDRÉ FRANCO MONTORO.
O especialmente: apoio nada velado a JANIO QUADROS candidato a prefeito da Capital que tinha como adversário político FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.
Não foi a primeira e nem a ultima vez que a ADPESP – contrariando o próprio estatuto – patrocinou posicionamento político-partidário. É claro que os Delegados – muito conservadores e castiços – NÂO PRETENDIAM VER UM COMUNA QUE FUMOU MACONHA como prefeito de São Paulo. Quadros foi o vencedor e tomou posse com UM FLIT INSETICIDA NAS MÃOS, dizendo algo do tipo “tenho que desinfetar a cadeira pelas bundas que aqui sentaram” (algo parecido, referindo-se ao fato de FHC ter posado para uma fotografia sentado naquela cadeira e publicada na revista Veja).
Mas continuando, Vieira deixou a DGP , também deixando uma crise entre o Governo e os Delegados. Serra era o homem forte de Montoro, aquele nunca deu atenção para os Delegados; nos quais dava chá de cadeira.
Em virtude da crise e das ameaças de greve, um iluminado teve UMA BRILHANTE IDEIA…
VAMOS DAR UM (PEQUENO) AUMENTO DIFERENCIADO SÓ PARA OS DELEGADOS.
VAMOS ACABAR COM A 5 a. CLASSE e PROMOVER TODOS OS 4as. EFETIVOS PARA A 3 a. CLASSE.
Antes, já na gestão KFOURI, nos meses de abril a maio de 1986, foram aprovados cerca de 750 candidatos; em poucos meses estariam todos empossados e exercendo plenamente as funções como 4 a. Dois anos depois, automaticamente, eram todos 3 a. classe.
NOVELA VELHA REPRISADA EM 2008/2009.
O GOLPE: “Kfouri” pediu exoneração depois de ser entabulado na ADPESP um compromisso – DE HONRA – entre todos os Delegados da classe especial, no sentido de que nenhum deles assumiria a DGP; um estilo JANIO QUADROS para tentar se manter no cargo com maiores poderes.
Não deu certo, pois Quércia trouxe um homem dele, AMÂNDIO MALHEIROS – um Delegado e rico empresário da região de Campinas.
O advogado do diabo acusa: KFOURI jamais poderia – de uma só fornada – aprovar mais de 700 Delegados, especialmente em concurso que já nasceu viciado, ou seja, facilitado para que qualquer despreparado pudesse ser aprovado… Uma prova preliminar com apenas 5 questões de Penal e 5 questões de Processo Penal.
Ah, vários filhos de Delegados famosos foram reprovados na prova preliminar de duas matérias. Tuma Filho foi um deles, recorreu e ganhou a média necessária para a fase subseqüente. É claro que há muita gente excelente no meio de mais de 700, mas o numero de despreparados é expressivo.
Por fim, conheci pessoalmente diversos Delegados em Santos – aprovados em 1986 – a maioria investigadores e escrivães que trabalharam com Kfouri…
Todos muito gratos ao ex-chefe.
Ora, quem gosta da carreira que abraçou mediante muito esforço não dá facilidades a ninguém.
De graça a gente só dá aquilo que de graça recebeu!
Mas Kfouri queria isonomia…
Fornada de 700 Delegados recebendo igual a seleto grupo de 40 a 50 Promotores por Concurso.
Tá certo!
Demagogia…
Eu quero uma pra viver…
Demagogia…
Eu quero uma pra viver.
Eu lembro desta epoca, ele foi contra a equiparação do salario dos delegados com oficiais da pm.
Foi a primeira vez na historia da policia civil de são paulo, que um delegado geral ou melhor delegado de policia amou mais a carreira que a cadeira que sentava.
Se a policia civil tivesse mais Doutores Kfourys, quem sabe hoje não estariamos acima do nivel da policia federal.
O grande erro da policia civil e ter várias portas de entradas para os diferentes andares ou castas que vai se trabalhar.
Esta na hora de carreira unica, com uma porta so de entrada.
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Manoel: Promotores, Delegados e Oficiais da PM recebiam vencimentos equiparados já na década de 70.
Pesquise nos anuários de legislação policial dos anos 70. Ora, quando os Promtores passaram a receber mais os Delegados foram em busca da diferença que julgavam devida, o mesmo se deu em relação aos Oficiais quando em 1986 o Montoro deu aumento diferenciado para os Delegados; ainda acabando com os Marajás da PM com os cálculos em castata que faziam com que eles ganhassem 4 vezes mais que os Delegados.
O realinhamento dos vencimentos entre Delegados e Oficiais ocorreu no início do governo Orestes Quércia; em 1987. Pois os Delegados no ano anterior receberam aumento muito superior aos demais policiais, assim Quércia para os Delegados deu um reajuste pequeno.
Em junho de 1989 , Quércia deu aumento diferenciado para os Delegados. Tal tratamento gerou uma crise entre Oficiais e todas as carreiras policiais civis, inconformados com o governo. Em seguida foi dado um reajuste que realinhou os vencimentos dos Delegados e Oficiais e, também, melhorando os vencimentos dos “operacionais” e “praças”.
Com todo o respeito: o que não falta é ‘KFOURY” na Polícia Civil… “KI-FURO” E ESTRÁBICO…
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MAS QUEM FOI O SACANA QUE VINCULOU A REMUNERAÇÃO DOS DELEGADOS AOS OFICIAIS COXINHAS. ESSE AI PRECISAVA SER BANIDO DO PAÍS.
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Lembre-se que FLEURY foi Capitão da PM, Promotor de Justiça, Secretario de Segurança e Governador!
Foi ele que aplicou lei estadual equiparando os salários, fazendo justiça as suas próprias origens.
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Eu devo lembrar ao colega de que não existe nenhuma lei equiparando os vencimentos de Delegados e Oficiais…
Pode procurar: NENHUMA LEI. Aquela de 1984 – do Fleury – vincula nada a coisa alguma…
Mas poucos a leram… Dos que leram poucos compreenderam. Lembrando que de 1964 a 1982, a Segurança Pública deste Estado esteve submetida aos militares do Exercito. Até 1982 o Comandante Geral da PM era CORONEL DO EXÉRCITO ; não um Cel. da PM. O Secretário de Segurança – de regra – também era do exército. Logo Oficial da PM não ganhava igual ao Delegado, na verdade: GANHAVA MUITO MAIS. Sem esquecer: em razão do caso ROTA 66 a PM ganhou foro privilegiado por crimes comuns e especialmente: HOMICÍDIOS…Pois eles jamais se curvariam a Juri Popular.
Pois os militares – embora sendo um monte de bosta como tudo mais – se julgavam acima do cidadão comum; muito acima – especialmente – dos policiais civis.
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Dr. Guerra, vai me desculpar, mas eu sou da turma de 86 e te garanto: há gente da melhor qualidade nessa turma. Inclusive muitos já foram para outras carreiras espertamente.
Os vencimentos eram muito superiores aos de hoje. Eu garanto que ganhava, no Governo Montoro, pelo menos três vezes mais o que ganho hoje na 1a. classe. Era quase que equiparado ao MP.
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CARLOS:
“É claro que há muita gente excelente no meio de mais de 700, mas o numero de despreparados é expressivo.”…
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Carlos:
Você lembra de quantas eram as vagas de 5a. classe abertas até o dia do encerramento das inscrições?
Você lembra do número total dos aprovados? Não foram mais de 700?
Você lembra o nome dos reprovados que recorreram?
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Há muita confusão (e incorreções) neste “post”.
Primeiro, o concurso em questão, concluído na gestão do Dr. Kfouri, aproveitou apenas 440 aprovados, que era a quantidade de vagas disponível.
Segundo, o decreto que extinguiu a 5ª classe foi o que criou novas vagas, permitindo assim a convocação dos remanescentes. Mas, isto já ocorreu, na gestão do Amândio Augusto Malheiros Lopes, que foi quem sucedeu o Kfouri.
Terceiro, com a extinção da 5ª classe, ocorreu a promoção automática de todos para a 4ª classe.
E também, em face da redistribuição ou criação de cargos na 3ª classe, uma parte (apenas um menor parte)m dos delegados que já contavam com tempo de serviço público ou policial, acabaram conseguindo rápida promoção à terceira classe.
Eu, por exemplo, que sou daquele concurso e que já tinha dez anos de serviço policial, somente cheguei à 3ª classe em meados de 1987. E boa parte dos convocados na primeira etapa permaneceu por bom tempo na 4ª classe. O mesmo ocorreu com todos os excedentes copnvocados apos a nomeação dos 440.
Ou seja, esses fatos ocorreram não na gestão do Dr. Kfouri, mas sim na do Amândio e até quando o Governador já era o Quércia (eleito em 15/11/1986).
Um outro detalhe é que aomwnrw oa
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O meu pensamento é no sentido de que o aproveitamento de tantos candidatos – por maior que fosse a necessidade da adminstração – posteriormente contribuiu para a desvalorização da carreira. Ora, qual o motivo da não realização de vários concursos para preenchimento das vagas existentes?
Outro extremo: no concurso de 87 – para preenchimento de umas 100 vagas de “investidura temporária” aprovaram uns 30 candidatos, empossados em 88. Ganharam um estigma: “um Delegado para cada colaborador do Quércia”…Pois as provas não foram rigorosas, apenas absolutamente confusas para qualquer bacharel mediano…Para os gênios não sei, contudo posso afirmar trabalhei com um desses da primeira turma de investiduras temporárias: UM ANALFABETO DE PAI E MÃE…DUVIDO QUE TENHA FREQUENTADO QUALQUER FACULDADE DE DIREITO.
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Há muita confusão (e incorreções) neste “post”.
Primeiro, o concurso em questão, concluído na gestão do Dr. Kfouri, aproveitou inicialmente somente 440 aprovados, que era a quantidade de vagas disponível.
Segundo, o decreto que extinguiu a 5ª classe e que criou novas vagas, foi o que permitiu a convocação dos remanescentes excedentes. Mas é bom ver que isto já ocorreu na gestão do Amândio Augusto Malheiros Lopes, que foi quem sucedeu o Kfouri.
Terceiro, que com a extinção da 5ª classe ocorreu a promoção automática de todos para a 4ª classe.
Quarto, que em face da redistribuição ou criação de cargos na 3ª classe por esse mesmo decreto, uma parte (apenas uma menor parte) dos delegados nomeados nesse concurso nesse primeiro bloco (no qual eu também me achava) e que já contavam com bastante tempo de serviço público ou policial, acabou conseguindo rápida promoção à terceira classe.
Eu, por exemplo, que sou daquele concurso e que já tinha dez anos de serviço policial na época, somente cheguei à 3ª classe em meados de 1987.
Assim. que boa parte dos convocados na primeira etapa permaneceu por bom tempo ainda na 4ª classe. E que o mesmo ocorreu com todos os excedentes convocados apos a nomeação dos 440.
Ou seja, esses fatos ocorreram não na gestão do Dr. Kfouri, mas sim na do Amândio e até quando o Governador já era o Quércia (eleito em 15/11/1986).
Um outro detalhe é que somente os que elaboraram ou fizeram a prova dissertativa escrita podem falar sobre o seu grau de dificuldade, principalmente os que nela reprovaram (note-se que eram, ressalvado engano, cerca de 8 ou 9 mil candidatos – número bastante expressivo para os padrões da época, já que praticamente não havia desemprego e a carreira policial era pouco atrativa!).
E que em cada questão havia, embutida, pelo menos outras cinco questões, todas de caráter dissertativo, não sendo portanto, apenas cinco questões de caráter objetivo.
Se é verdade que pessoas com pouco preparo conseguiram o milagre da aprovação com jeitinhos ou artífices (tal como o do Tuma Jr, bastante comentado à época), não é menos verdade que candidatos muitos preparados acabaram reprovando.
Eu conheço vários!
Sem partidarismo e sem fanatismo, há que se dizer que o Dr. Kfouri é sim uma pesoa que mereceu e que ainda merece o respeito da categoria, sobretudo daqueles que o conheceram à época e vivenciaram a questão salarial e a forma altaneira com que ele se comportou diante do impasse criado.
Por fim, a vincução do salário dos delegados com os dos oficiais da PM começaram na gestão do Amândio (já falecido).
WINDOR CLARO GOMES
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WINSDOR: Obviamente eu não tenho memória fotografica, também não tenho documentos sobre o concurso. Mas a afirmação foi a seguinte: “Antes, já na gestão KFOURI, nos meses de abril a maio de 1986, foram aprovados cerca de 750 candidatos; em poucos meses estariam todos empossados e exercendo plenamente as funções como 4 a. Dois anos depois, automaticamente, eram todos 3 a. classe.”…
Foram aprovados aproximadamente entre 700 a 750, não posso precisar.
Sei que os aprovados foram convocados paulatinamente, nos meses subsequentes ao encerramento do concurso até 1987. Mas nada tem com o Quércia.
Você disse: ” o concurso em questão, concluído na gestão do Dr. Kfouri, aproveitou apenas 440 aprovados, que era a quantidade de vagas disponível”.
Ora, 440 Delegados de uma só vez é uma quantidade absurda… O primeiro concurso no governo Quércia foi realizado no segundo semestre de 1987, quando por Lei Complementar estabeleceram novos critérios e COPIARAM A DENOMINAÇÃO DA MAGISTRATURA: “INVESTIDURA TEMPORÁRIA”… O concurso iniciado em 1985, mas encerrado durante a gestão Kfouri, destinava-se ao preenchimento de cerca de 100 vagas da 5a. classe. Não tenho o edital, não sei se foram criadas novas vagas por lei ou decorrentes de aposentadorias, promoção, exoneração, etc.
Agora, todos os aprovados em 1986 foram promovidos , quase automaticamente, para 3a. classe , assim que concluiram o estágio probatório então de dois anos.
No teu caso: FOI PROMOVIDO A 3a. AINDA EM ESTÁGIO PROBATÓRIO, ou seja, com um ano na nova carreira.
Aliás, a única carreira que conta tempo em carreira diversa para finalidade de promoção…A única “das carreiras jurídicas”…
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Eu fiz a prova: uma nota dez e outra 7,5, salvo engano. E não estava entre os primeiros colocados, pois muitos contavam dez e dez, dez e 9;5, dez e 9,0, dez e 8,0…Mas não lembro se era aplicada nota de corte. Acredito que não, assim todos aqueles que obtiveram 5,0 e 5,0, foram convocados para as fases subsequentes…Se você guardou os editais achará o nosso nome entre os aprovados…Também poderá constatar a nossa ausência quando da realização da primeira prova oral.
Não foi apenas o Romeu Tuma o reprovado na prova escrita que recorreu e obteve a nota mínima ( 5,0 ) para a etapa subsequente, ele apenas é o mais famoso.
Quanto a vinculação “informal”( política ) dos vencimentos dos Delegados e Oficiais, provo documentalmente : é anterior aos governos Quércia e Fleury conforme afirmei acima. Qualquer um pode consultar os anuários de legislação policial dos anos 70 ( na Adpesp ), comparando as tabelas de vencimentos dos Promotores, Delegados e Oficiais…Quando muito uma carreira recebia aumentos um ou dois meses antes da outra, mas a inflação não era considerável…A vinculação foi quebrada pelo PAULO SALIM BABALUF…Quando a Adpesp negociou aumento apenas para os Delegados, deixando as demais carreiras indignadas… Os Oficiais depois reivindicariam o tratamento que era dado anteriormente: “lembrando o curso superior de polícia integrado para Delegados e Oficiais foi criado em 1974…Vinte anos antes de o Fleury ou Covas torná-lo , novamente, obrigatorio. Pois sempre existiram politicas de integração das duas policiais, não sendo crível que um Governo fosse colocar na mesma sala de aula , Tenentes-coronéis e Delegados 1a. classe, com padrões de vencimentos completamente diversos…Não seria uma tentativa de integração, mas uma afronta a ambas; não importando quem ganhasse mais.
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Vou me centrar apenas no último ponto, em face do seu escusável equivoco (afinal, já faz tanto tempo, né!). Refiro-me aqui á questão da vinculação salarial.
Não tenho elementos para te contraditar, “documentalmente”, mas posso lhe dar um dado real, de 1976, pois foi a época em que ingressei na Polícia Civil, na carreira de carcereiro:
salário do carcereiro inicial: Cr$ 2.730,00, algo equivalente ao salário de um 1º sargento.
Sálario de investigador de policia inicial: Cr$ 4.150,00
Salário de um 2º Ten. PM.: algo equivalente ao do investigador de polícia inicial.
Salário do delegado de policia inicial: Cr$: 6.800,00.
Havia, na época, enorme diferença salarial, a favor dos delegados de polícia!
Consulte e verá que tenho razão!
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http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=203227
se fosse formatura de delegado nao iria só adjuntos.
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ops, corrigindo, iria so adjuntos
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CARLOS:
Ingressei no meado de 1988, turma DP-1. Na mesma ocasião dois amigos ingressaram no MP, sendo que a diferença salarial até então não era de tal ordem para usar a razão em vez do coração que batia pela carreira de Delegado. Pois bem, demorei três meses para receber o primeiro “salário”…Aliás, o “primeiro” salário de toda a minha vida…O primeiro a gente nunca esquece: nem sequer consegui honrar as contas acumuladas no período da academia…
Depois o Quércia levou uns seis meses para conceder “reajuste”, sendo que a inflação , no mínimo, era 25% ao mês…Nunca tive cheque especial, pois bem , no primeiro mês de trabalho , outubro de 1988, ganhei o meu primeiro cheque especial Banespa.
Deixei esse banco em 2006, deixando dívidas com cheque especial e refinanciamentos…Que jurei jamais pagar, ainda que algum dia a fortuna me torne milionário…rs. O que aconteceu? Ora, a diferença – quando muito defasada – nos meus primeiros anos de carreira em média era 30/40 % entre Delegados e MP, da 4a. classe para cima, pois os investiduras tempOrária recebiam muito aquem da 4a. classe. Depois pulou para 100%. Por um mês em 1995 ficou naquela ordem de 15% a menos…Só por um mês, pois logo a Magistratura e MP receberam reajustes absurdos para quem já ganhava bem…E assim, ao longo de 21 anos, fomos assistindo os seus vencimentos( incluindo os Procuradores) de iniciais de 1.000 a 1.500 dólares, pularem para 3.000 depois para 5.000, para 10.000. Sim, vencimentos iniciais equivalentes a DEZ MIL DOLARES POR Mês…Ou seja, eles hoje ganham quatro vezes mais que os Delegados.
Assim, tenham certeza: a excelência de uma profissão e respectivo salário é maior quanto menor for o número dos profissionais…Tanto que existindo 400 vagas para Promotor eles não aprovam mais do que 40…A magistratura a mesma coisa. A única carreira em que ouvi a desculpa para preenchimento de uma só vez dos claros foi a nossa…”SE A GENTE NÃO EXPANDIR SEREMOS EXTINTOS”..
Foi a explicação que me foi dada quando perguntava sobre o número de aprovados em 1986 e, depois, com a fixação do número de Delegados em mais de 3.000…A realização de um concurso após o outro até o encerramento do governo Fleury. Desculpem-me, até hoje não consigo compreender e aceitar tal explicação.
Hoje somos 3300 ( não sei ao certo ), daqui a alguns anos receberemos bem menos que os peritos. Absurdamente, há menos – e muito menos – peritos do que Delegados.
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JOW:
E sabe o motivo de o Governador não comparecer em formaturas de policiais: muitos KI-FURO convidados para a tribuna…Dela fazem palanque ou picadeiro…O DGP fica pálido de medo, o Secretário rubro de vergonha e o Governador diz duas palvras e vai embora roxo de raiva…O Kfouri fazia belos discursos inflamados atacando o governo em geral…Nós na juventude achavamos maravilhoso tamanha desenvoltura e coragem…Que nada. Ele era um xiita que na verdade não se preocupava nenhum pouco com a classe em geral, tanto que patrocinou – já como presidente da Adpesp – Mandado de Segurança contra a aposentadoria dos classe especial depois de cinco anos.
Classismo seria um DGP dizer para o Secretário: se Vossa Excelência não comparecer trazendo o Sr. Governador nas formaturas de policiais civis NÃO PODEREI CONTINUAR DGP…Pois se não podemos dar-lhes bons aumentos, devemos-lhe um mínimo de prestígio.
Isso para mim é ser classista. O resto é oportunismo , ou seja, antecipar-se a exoneração iminente mantendo e até aumentando o prestígio junto aos pares. Não digo que tenha sido proposital, mas pelo pouco que eu conheço da torpeza política não posso duvidar que o atual DGP foi escolhido em razão de ter sido o único que saiu como herói na greve…Aliás, herói ou mártir sem nada ter feito pelo movimento grevista. Aliás, só fez contra…Eu sou testemunha, pois vi algumas passagens do seu relatório do DIPOL sobre o movimento grevista e sobre o blog Flit Paralisante…Digo vi, não me deixaram ler…Sob alegação de ser secreto.
De qualquer maneira , não estou afirmando direcionamentos ou desqualificando o Doutor Kfouri, apenas gostaria de recuperar a história.
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Outra coisa, que precisa-se e o respeito mutuo, pelo cargo.
Nunca vi oficial criticar oficial, nem promotor, nem juiz, fiscal de rendas…..
Delegado e delegado ou pelo menos era…….
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Manoel:
Eu vi e ouvi por longos anos Delegados assassinando a honra, o trabalho e o mérito de outros Delegados.
Fazem verbalmente, no melhor estilo lavadeira , pelas costas.
Ou fazem por escrito na condição de relatores no Conselho da Polícia Civil…Ou seja, sob sigilo.
Quem sofre o gravame não tem como se defender, muitas vezes nem sequer fica sabendo que teve a honra assassinada e a carreira arranhada.
AFIRMO POSSO CHAMAR QUALQUER DELEGADO DE LADRÃO – desde que com um mínimo de motivação – MAS JAMAIS FALARIA ACERCA DE DECISÕES PURAMENTE NO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES DE AUTORIDADE POLICIAL PRESIDENTE DE ATOS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA…
Não gosto que me digam o quê, quando e como fazer o meu trabalho…
Assim, não falo sobre decisões alheias que por qualquer motivo entenda desacertadas.
De qualquer forma, DELEGADO é a única carreira em que SUPERIOR QUEIMA PUBLICAMENTE O SUBORDINADO…
Eu queimo qualquer um DADO A QUEIMAR A PISAR NO DIREITO ALHEIO…
ESPECIALMENTE OS DIREITOS DA COLETIVIDADE.
Sempre por escrito e com o nome do subscritor em destaque…Papel vai, papel vem; ninguém precisa ter medo…Basta devolver da mesma forma.
Medo só do que vem pelo ar; a gente não vê e não ouve ( quando escuta é tarde ).
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