Sexta-Feira, 10 de Julho de 2009 – O Estado
Devassa acha até cocaína em carro no pátio do Denarc
Cocaína, material para batizar a droga e 60 mil embalagens em forma de cápsulas para sua venda foram apreendidos dentro do estacionamento usado pelos policiais do Denarc para guardar carros apreendidos. A nova direção do órgão fez uma blitz no lugar, que foi cercado pelos homens da Divisão de Inteligência. Acompanhados por peritos do Instituto de Criminalística, os policiais revistaram 183 veículos e encontraram 250 gramas de pasta de cocaína, 750 gramas de substância para batizar a droga e as cápsulas usadas para a venda da cocaína no varejo.
Quase tudo o que é necessário para a manutenção de um ponto de tráfico havia ali – só faltou a balança de precisão. O encontro de droga escondida entre os carros não causou surpresa ao delegado Eduardo Hallage, que assumiu o Denarc em abril com a missão de recuperar o departamento, sacudido por escândalos de corrupção. Ele tinha em mãos uma denúncia de que não havia controle no estacionamento e suspeitava de que coisas estranhas pudessem acontecer no lugar.
Hallage mandou embora do Denarc 70 policiais sem receber ninguém em troca e trocou outros 80, substituídos por policiais novos. Virou alvo de policiais corruptos, que tentaram forjar uma acusação contra ele. Em maio, o diretor informou à Corregedoria que recebeu um denúncia de que investigadores ligados a traficantes montariam uma farsa: fariam um traficante falar em um telefone, cuja linha estivesse grampeada, que ia pagar R$ 1 milhão ao diretor do Denarc. O plano, no entanto, falhou.
Tentando recuperar a credibilidade do Denarc, Hallage decidiu investir na inteligência. Seus homens fizeram 60 prisões em flagrante em junho. Na terça-feira, o Núcleo de Apoio e Proteção à Escola (Nape) descobriu um laboratório de cocaína na Vila Brasilândia, na zona norte, e apreendeu 16 quilos de cocaína e 15 de maconha.
CORREGEDORIA
Outra aposta para combater a corrupção policial é subordinar a Corregedoria da Polícia Civil à Secretaria da Segurança. Os corregedores só seriam removidos por ordem do secretário. Hoje, o órgão é subordinado ao delegado-geral, que pode tirar de lá quem bem entender. A medida garantiria maior independência. Embora enfrente a resistência de alguns delegados, ela tem o apoio do Sindicato dos Investigadores e do governador José Serra (PSDB), que deseja mais eficiência no combate à corrupção. “É preciso dar maior independência e condição de trabalho aos corregedores, que nem sempre é o de punir”, diz o secretário da Segurança, Antônio Ferreira Pinto.
COLABOROU MONICA CARDOSO
Pingback: O QUE EL REY FEZ DO DENARC | Blogosfera Policial
mais quem ja ganhou milhoes no denarc na fazendaria dig etv, vai ficar por isso mesmo?
tem que pegar os barões do cafe, alias do pó, os baroes do imposto , os baroes das cnhs
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me admiro de não terem achado cadaver tecc.
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JORNAL DA TARDE SECÇÃO SÃO PAULO
Terça-feira, 10 novembro de 2009
CIDADES
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ADVOGADO DIZ QUE FOI ESPANCADO.
AMÓS PEREIRA afirma que apanhou de um delegado e um investigador em Guarulhos.
Leandro Calixto – SP
Com mais de 25 anos de profissão, o advogado Amós Pereira dos Reis, de 56 , diz que nunca foi tão humilhado em sua vi-
da como no dia 28 do mês passado. “Fui tratado por policiais como se fosse um marginal. Pensei que estava vivendo um pesadelo”, relembra, com olhos marejados.
Amós acusa o delegado do 1º Distrito Policial (DP) de Guarulhos, Cristiano Macedo Engel, e um investigador do mesmo distrito de o terem espancado durante o depoimento de suas clientes. “Vou até as últimas consequências. Espero que esses policiais sejam punidos. ” Ele entrou com represen
tação contra os acusados na Corregedoria da Polícia Civil.
O pesadelo de Amós, que já foi conselheiro da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp), começou na tarde do dia 28 de outubro. Ele recebeu uma ligação para defender a secretária Michele Feitosa de 25 anos e Patrícia Neves de 20. As duas foram acusadas de furtar um aparelho celular e uma sacola com roupas em um shopping de Guarulhos.
“Elas encontraram a sacola no chão do shopping e ouviram o celular tocar. Quando foram atender, a dona da sacola e do aparelho chamou a segurança, que encaminhou as duas para a delegacia”, argumentou. Ao chegar ao distrito policial, o advogado conta que orientou suas clientes a assinar o Boletim de Ocorrência (B.O.) apenas se concordassem com os termos redigidos pela escrivã que estava atendendo a ocorrência. “Disse para elas: ‘se não tiverem de acordo, não assinem. Vocês não são obrigadas’. A partir daí, começou a confusão. A Escrivã gritou comigo e disse: ‘O barato aqui vai ficar louco. Tudo vai endoidecer’.”
Sindicância: De acordo com o criminalista, depois disso o delegado Cristiano Macedo Engel teria entrado na sala com um investigador.
“Eu disse que era advogado das meninas. Não teve jeito: ele deu um murro na mesa e depois uma ‘porrada’ no meu peito. O investigador veio do outro lado e também me agrediu.”
A Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil abriu sindicância para apurar a denúncia, mas não deu prazo sobre quanto tempo durarão as investigações. O delegado continua trabalhando normalmente no DP de Guarulhos.
Outro lado cabe ressaltar que não é a primeira vez em que o advogado Amós tem problemas com policiais, em 2001 Amós entrou com representaçao contra policiais do Denarc afirmando terem extorquido um cliente seu, os policiais Bianca Pires de Albuquerque e Ricardo Escorizza dos Santos, alegaram em suas defesas estarem em outro lugar no dia dos fatos, gravaram as ameaças feitas por Amós e entregaram a superiores, porém passados alguns dias os policiais foram presos e posteriormente demitidos da policia civil de São Paulo, após alguns anos de investigação das quais não foram comprovadas provas de suas participações os policiais foram submetidos a reconhecimento pessoal por parte da pretença vitima, sendo o reconhecimento negativo, a vitima disse não serem os policiais que o extorquiram naquela noite, fatos ocorridos em 2001.
Em 2003 Amós denunciou 4 policiais do 16 Batalhão da Policia Militar por tentaram extorquir um cliente seu, porém, a investigação não teve continuidade retirando a pretença vitima a queixa que havia feito contra os Pms.
Amós que foi policial militar da corregedoria da PM por muitos anos conta com muito clientes de uma facção criminosa que atua em presidios de São Paulo.
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Solange Couto Novembro 4th, 2009 15:40
São Paulo Capital, Nesta sexta feira por volta das 16 horas os policiais Ricardo Escorizza dos Santos, Bianca pires de Albuquerque e Sergio Luiz fizeram diligencias com o intuito de prender traficantes na favela do Jd. Elba os policiais foram recebidos a tiros de armas de grosso calibre e pediram reforços de outras equipes para deterem os criminosos que se evadiram para dentro da favela. Armas e drogas foram apreendidos.
Oswaldo Marques Novembro 17th, 2009 16:48
Quem é Bianca Pires de Albuquerque
Conhecemos a Bianca muito antes de sua prisão, uma garota alegre e cativante era policial civil e tinha histórias incríveis para contar, amiga, companheira… enfim uma pessoa boníssima e de ótimo caráter..
Já há alguns dias estamos vendo postagens em blogs e notícias falando dela e nada mais justo do que contar um pouco sobre ela…
Ficamos muito próximos, quando ela foi presa, se foi justo ou não… Não nos cabe tecer comentários, isso deixamos para Deus e a Justiça, o fato é que aí realmente fomos conhecer Bianca, ou Bibika como os amigos mais íntimos a chamam e nos surpreendemos com o que vimos;
Vimos uma mulher que perdeu tudo, trabalho, liberdade, amigos, casa, dinheiro, vida… Ela tinha apenas 25 anos quando foi presa, havia entrado na polícia com 18 anos e tinha promissora carreira, foi uma pena…
Vimos uma pessoa, um ser humano sendo execrado e linchado em praça pública, mas com tudo isso, embora muitas vezes tenha visto lágrimas no seu rosto, vi um sorriso nos lábios e a confiança em Deus sempre presente em sua vida.
Vimos sua família se reestruturar para apoiá-la, vimos os amigos sinceros lutando para ajudá-la, vimos que ela nunca, nunca perdeu a esperança…
Bianca foi condenada a uma pena longa… Onze longos anos, os quais ela já cumpriu cinco, ou mais… Não sabemos direito, mas o fato é que hoje com trinta anos, ela trabalha, está em regime semi aberto, tem amigos e amigos fiéis, sua família espera ansiosa a volta da filha pródiga.
Hoje dizemos sem medo de errar… Ela nos dá orgulho, pois se errou, pagou e vem pagando até quando e onde for necessário, está resgatando a sua cidadania, fazendo a sua parte, dando sangue suor e lágrimas para reparar o erro cometido (se é que o cometeu…Como disse isso não nos diz respeito).
E olhando a vida dela e o exemplo que ela nos dá, é um ser humano batalhador, mulher de fibra, falha sim, mas brilhante, trabalhadora e uma ótima amiga.
Lembramos sempre dela falando com os olhos marejados, que toda dor e injustiça que passou valeu a pena, pois nada paga o olhar de seu velho pai cheio de orgulho cada vez que ia visitá-la na prisão.
Lembro-me ainda do dia em que ela se apresentou na Corregedoria e o seu pai, amigo e companheiro estava ao seu lado e nos disse chorando: – Ela tem força por mim e por ela e hoje está me dando uma lição de vida… E ela lá… tranqüila, serena e cheia de fé e esperança de que tudo iria dar certo….
E com esse texto fazemos uma singela homenagem à nossa grande amiga, pois ela nos mostrou que cair e levantar de cabeça erguida e com dignidade, ainda é possível.
Bianca, você têm amigos fiéis e que te aplaudem de pé, não nos interessa se você está dentro ou fora da polícia, se você esteve presa ou não, amigo como você é artigo raro, é biscoito fino, é um presente!
Você é a nossa fênix, ressurgiu das cinzas e deu a volta por cima!
Um abraço no seu coração!
Alessandro Aruh
Oswaldo Marques
Marcelo De Stéfano
Alexandre Shell
Robson Quaresemin
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