ATAQUES DO PCC – “PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL” 8

Crime organizado

Dois funcionários de presídios são executados e base da PM é atacada em SP Publicada em 04/05/2009 às 19h14m

O Globo, EPTV, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO – Em menos de 48 horas, dois funcionários de presídios foram executados e uma base da Polícia Militar atacada no estado de São Paulo. O primeiro caso ocorreu na madrugada de domingo. Um agente penitenciário de 27 anos foi morto quando chegava em sua casa com a namorada na cidade de Álvares Machado, a 578 km de São Paulo. Denílson Dantas Gerônimo era agente penitenciário e trabalhava na Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, onde ficam os presos mais perigosos do estado, em Regime Disciplinar Diferenciado. Nesta segunda-feira, o carcereiro José Augusto Falcão, de 43 anos, foi morto a tiros por volta das 8h30m em Rio Claro, a 190 quilômetros da capital. Dois homens em uma moto encostaram ao lado do carro da vítima e o garupa disparou várias vezes. Falcão foi levado para a Santa Casa local, mas não resistiu. O agente de Presidente Bernardes foi executado ao terminar de estacionar o carro, na porta de sua casa, e sair para abrir o portão. Os bandidos chegaram em outro carro. O carona abaixou o vidro e atirou 15 vezes com uma pistola 380 sem dizer nada. Depois disso fugiram. Pelo menos oito tiros Gerônimo, que morreu a caminho do hospital. A namorada dele estava no banco do passageiro e não foi ferida. A polícia trabalha com a hipótese do crime ter sido cometido por integrantes da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas e promoveu atentados de terror em todo o estado em 2006. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo ( Sindasp), a ação com certeza foi arquitetada pelo crime organizado. O sindicato afirma que a facção criminosa usa este tipo de atentado para intimidar a ação da categoria. O Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes possui 160 celas individuais. Todo o local é monitorado por câmeras 24 horas por dia. Os presos ficam isolados, e não tem direito a jornais, revistas, televisão ou rádio. O tempo de banho de sol é reduzido, e os detentos só podem receber a visita semanal de duas pessoas cadastradas. Na capital, dois homens armados em uma moto efetuaram cerca de três disparos contra uma base móvel da Polícia Militar, na Rua da Corruíras, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, no fim da noite deste domingo. Segundo a Polícia Militar, os tiros atingiram uma residência vizinha. Ninguém ficou ferido. Os disparos ocorreram por volta das 23h40m. Um policial militar que estava na base ainda revidou. Os criminosos fugiram. O caso foi registrado no 97º Distrito Policial (Americanópolis). – SÃO PAULO – Foram presos no fim desta manhã, em Santo André, no ABC paulista, dois homens suspeitos de matar dois policiais militares esta madrugada na mesma cidade. Os soldados José Marcelo da Silva e Uemerson Silva dos Santos faziam patrulhamento quando foram cercados por um veículo na Avenida dos Estados. Os ocupantes do carro dispararam várias vezes contra os dois PMs. Os vidros da viatura em que eles estavam ficaram estilhaçados. A dupla chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A caçada aos atiradores mobilizou um efetivo de 50 homens de grupos de elite das polícias Militar e Civil na região da Vila dos Metalúrgicos, onde o crime aconteceu. Um casal que atirou num carro da PM durante as buscas também foi preso. Na casa onde estavam os dois suspeitos, a PM apreendeu três automóveis, duas motos, dois fuzis, duas pistolas, vários carregadores, toucas ninja, coletes balísticos e uma sacola com aproximadamente 600 munições. Silva, de 49 anos, era policial militar desde 1988, casado e pai de um filho. Santos pertencia ao efetivo da PM desde 2006, era casado, tinha 31 anos e não possuía filhos.

Um Comentário

  1. Só to esperando aparecer aqueles sabidos dizendo que foi mais um caso isolado, está tudo sob controle, vamos capturar os autores, bla bla bla, bla bla bla…….

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  2. Atenção familiares de policiais mortos pelo PCC, mesmo que tenham recebido o seguro entrem na justiça e usem este precedente, afinal, “todos são iguais perante a lei”, será????

    do site conjur:

    Filhos de juiz morto pelo PCC receberão R$ 1 milhãoPor Fernando PorfírioO governo de São Paulo foi condenado a pagar 2 mil salários mínimos (o equivalente hoje a R$ 1 milhão) para os filhos do juiz Antonio José Machado Dias, assassinado em 2003 por membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A condenação foi imposta pela 11ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em primeira instância, o governo havia sido condenado pelo juiz Walter Alexandre Mena, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, a pagar 300 salários mínimos (aproximadamente R$ 150 mil).

    Ao analisar o caso, o TJ paulista entendeu que houve omissão do estado, que não tomou medidas para evitar que condenados comandassem, de dentro do sistema prisional, o plano de assassinar o juiz. “Sob o pálio de uma visão estrábica de segurança pública, o estado descurou-se, dentre outras, de uma de suas obrigações essenciais, o de assumir a autoridade que lhe é imposta para evitar sofra a população ordeira violação de seus direitos”, afirmou o desembargador Luis Ganzerla, da 11ª Câmara de Direito Público.

    Ganzerla atuou no julgamento como revisor e abriu divergência com o relator do recurso, desembargador Pires de Araújo. Este defendeu que o dano moral fosse majorado para R$ 320 mil (ou cerca de 800 salários mínimos). Para o revisor, a quantia era “módica”. Ele defendeu o valor de R$ 1 milhão. Foi buscar jurisprudência no Supremo Tribunal Federal e no TJ paulista para fundamentar sua tese.

    Como justificativa para o aumento, o revisor usou de dois argumentos. O primeiro, a falha do estado em não garantir a segurança e a vida do juiz. O segundo, de que o erário paulista é o mais endinheirado do país e prova dessa riqueza é o desembolso de R$ 2,5 bilhões pagos como indenizações administrativas a perseguidos políticos da ditadura militar e famílias de mortos e desaparecidos.

    Na época do crime, Antonio José Machado Dias era juiz de execuções criminais e corregedor de presídios de Presidente Prudente. A região concentra vários presídios de segurança máxima, onde estão confinados presos ligados ao PCC. A morte foi planejada e executada por membros da facção criminosa, que estaria descontente com o rigor do magistrado. Machado Dias foi morto quando saía do Fórum de Presidente Prudente.

    Em sua defesa, a Procuradoria-Geral do Estado sustentou que não podia ser responsabilizada pela morte do juiz e que o magistrado tinha à sua disposição um agente da Polícia Militar, mas no dia dos fatos dispensou o policial.

    O tribunal entendeu que a morte do juiz foi um crime encomendado, com requintes de perversidade, “abatido como um animal” na rua. A turma julgadora disse que o assassinato evidenciou a “desídia e negligência” do estado, que com seu aparato não foi capaz de impedir o contato entre criminosos presos e soltos.

    O revisor, que foi acompanhado pelo desembargador Vicente Rossi, concordou com o recurso dos filhos do juiz de Presidente Prudente, que reclamaram a majoração da indenização para mil salários mínimos. Para o desembargador Luís Ganzerla, a família, ao bater à porta do Judiciário, buscava um remédio para diminuir a dor e o sofrimento da perda do pai.

    “Na realidade, não se pode admitir que o dinheiro faça cessar a dor, como faz cessar o prejuízo patrimonial”, disse o desembargador. “Mas, em muitos casos, o conforto que possa proporcionar mitigará em parte, a dor moral, pela compensação que oferece.”

    O revisor ainda justificou o valor determinado alegando que a indenização também funcionará como castigo aplicado ao estado, que agiu com incúria e negligência ao não oferecer segurança a uma autoridade que exercia cargo relevante e perigoso.

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  3. Cacete, é proibido falar ou escrever P C C ? Já notaram que, na imprensona, o PCC não existe? É sempre “facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas”. É algum sortilégio, ou seja, se não dissermos o nome dele, ele não aparece, ou é apenas para se poder afirmar que o PCC foi extinto por obra e graça da valorosa administração do estado paulista, que tanto tem feito pela paz, segurança e bem-estar da população, blá-blá-blá…

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  4. O portal G1 (rede clobo) publicou esta notícia ontem por volta das 19:00 horas e depois sumiu!!!! só consegui encontrar na página do “O GLOBO” – jornal que circula no Rio de Janeiro, não existe nada no específico de SP. Procurei nos jornas de hoje (diário de sp, folha, estadão, jornal da tarde e nada) – não dá ibope ou não interessa divulgar – O dia das mães esta chegando.

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  5. Posso estar errado, mas em minha opinião, é até salutar que a imprensa não mencione o “PCC”, para não dar “glamour” a esta sigla bandida (como aconteceu, no RJ, com comando vermelho, por exemplo).

    Mas, que se combata esse mal. Sem lenga-lenga dos eternos defensores do “frascos e comprimidos”, assim como sem a demagogia da “matança” 9que só mata o futuro da própria Polícia). Que se combata com medidas sérias. A começar, por medidas cirúrugicas que moralizem os presídios.

    Podemos “entender” o domínio dos presídios pela bandidagem respondendo a uma pergunta simples, basilar em qualquer investigação policial desde Mondin:

    A que interessa???

    Se o crime organizado é organizado tal qual uma “empresa” e várias empresas grandes contribuem para campanhas de TODOS os políticos, vale a indagação:

    Será que o crime organizado também financia camapanhas políticas de cargos elevados???

    De novo a pergunta basilar:

    A quem interessa???

    A quem interessa “deixar” o crime organizado lucrar bastante??? (para onde vai parte considerável desse “lucro”???)

    A quem interessa “deixar” o sistema prisional na condição de QG do crime organizado???

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  6. Enquanto a população não exigir um tratamento sério da segurança pública por parte dos governos; notícias assim continuarão sendo cotidianas. O combate severo, ágil e inclemente à corrupção no sistema prisional, na polícia e na administração pública é a única forma de impedir que isso se perpetue.

    Além disso, um ataque constante e sem tréguas ao poderio financeiros das quadrilhas deve ser a tônica principal de qualquer governo.

    Sem isso; simplesmente não adianta.

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  7. OSWALDO LUIZ CARDENUTO – RG 6.951.689, Classe Especial, o homem dos 40./. estava com Della Brida chefe do Deic conversando ao pé do ouvido acho que ele vai vir trabalhar no Garra Motos.
    Vai entregar pizza em Moema no apto do Tanganeli e no Paraiso no apto do Ivanei.
    Vê uma meio mussarela meio calabresa.

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