A CARTA DO DELEGADO ROBERTO FERNANDES

25/08/2007 00:00:00

Veja “carta” do delegado seccional

A matéria publicada no jornal Diário de Marília, no dia 21 de agosto do corrente ano, na coluna denominada “Colírios e Cotonetes” – “Modelos Errados”, demonstra por parte de quem a escreveu desconhecimento total, distorcida propositalmente da realidade, completamente absurda sob todos os aspectos, a considerar, principalmente, a falta de ética, de respeito às autoridades, da formação profissional, da moral e cívica.Sutilmente maldosa, com o intuito de criar um clima desfavorável entre os Poderes, visando proveito próprio na defesa de seus mesquinhos interesses, levando ao leitor menos avisado, a aceitar suas mirabolantes alucinações.

Pois bem senhor repórter, se assim posso chamá-lo – creio que não. Pessoas sem qualquer formação usam a arma que têm – imprensa cinza. Arma dos fracos e covardes. Usam-na, lamentavelmente, como último recurso na busca de uma fachada que, por detrás dela, o povo já conhece.

O direito de resposta cabe aos homens de bem. Fui ofendido em minha dignidade profissional e moral. Quiseram, com esse artigo, denegrir a imagem de uma Instituição Policial que no momento, por causa de alguns, acusam-na de corrupta e gerenciada por políticos.

Devo esclarecer a você repórter, embora não a mereça, mas principalmente a população que vive e sobrevive na lama das diferenças pessoais, que a polícia civil de Marília não é subserviente a quem quer que seja.

Sou homem público e tenho o dever de defender o direito de quem está prestes a sofrer uma má e ilícita ação, fato que culminou com a ida do deputado Camarinha naquela repartição.

Não houve reunião política, não se falou mal de ninguém. Não tratamos de assuntos institucionais. Não somos iguais a você.

Não consigo encontrar uma razão que justifique sua atitude insana e irresponsável. Tenho a impressão que pretende desestabilizar a Instituição Policial Civil, a qual, com muita honra sirvo há 40 anos.

O policial sempre foi e é tido como homem de coragem, de forma moral, de opinião formada, capaz de assumir a responsabilidade de seus atos e, conseqüentemente, respeitado por seu caráter.

Por estes motivos, repudio veementemente seu artigo.

Sou homem de personalidade sadia, não aceito corrupção, o desonesto, o injusto. Quando tiver que punir o farei, porém, sempre respeitando a lei, não pré-julgando quem quer que seja.

É dever de todo policial denunciar fatos que venham a denegrir as pessoas, a Instituição e seus membros, bem como apurá-las com isenção, dentro dos preceitos legais.

Quando for preciso e necessário o farei de forma verdadeira, transparente e adulta, numa postura digna como convém a um verdadeiro homem, não de maneira mentirosa, insidiosa e pérfida, repleta de intenções mesquinhas e inconfiáveis, como convém a um ser inferior.

Finalmente, por tudo isso, todos temos que reagir e lutar, não permitindo, em hipótese alguma, que o mal sobreponha ao bem, não nos deixando contaminar e para não perdermos nossa identidade, bem precioso que ainda nos resta.

Democracia não é sinônimo de anarquia. O seu direito termina onde começa o meu.

 

Roberto Fernandes – Delegado Seccional de Polícia