Policiais civis são suspeitos de apreender carros ilegalmente
Denúncia é de que carros eram vendidos por quadrilha em SP.
Policiais civis são suspeitos de apreender carros ilegalmente
Denúncia é de que carros eram vendidos por quadrilha em SP.
Denúncia é de que carros eram vendidos por quadrilha em SP.
O delegado titular e o chefe dos escrivães foram afastados.
Durante 15 dias a reportagem monitorou o pátio da delegacia. Foram descobertos carros com documentação irregular que deveriam estar formalmente apreendidos. Alguns, inclusive, ficaram um tempo na delegacia e depois desapareceram. Saíram do mesmo jeito que entraram: sem nenhum tipo de registro oficial.
Segundo a promotoria, vinte e um carros sumiram do pátio. Dois foram encontrados nos arredores da delegacia. Um deles, abandonado com munição dentro. O outro estava sendo usado por um policial.
Os chefes dos escrivães, dois investigadores e o delegado titular não resistiram à auditoria. Foram afastados nesta sexta-feira
Toma posse o novo diretor do Denarc
Em 27 de março, o delegado Everardo Tanganelli Junior passou o comando da diretoria do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) ao seu novo diretor, Eduardo Hallage.
A transferência e assinatura do termo de posse aconteceram na sede do Denarc, onde estiveram presentes funcionários e autoridades daquele departamento.
Hallage já exerceu a função de diretor em vários departamentos da Polícia Civil, entre eles o extinto Decon (Departamento de Polícia do Consumidor), Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Acadepol (Academia de Polícia Civil “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”) e Dap (Departamento de Administração e Planejamento).
O Denarc foi criado em 1987, conforme Decreto nº 27.409/87, que também regularizou a Dise (Divisão de Investigações sobre Entorpecentes), que pertencia anteriormente ao Deic. Na mesma ocasião foi criado a Dipe (Divisão de Prevenção e Educação), que faz o trabalho de auxiliar na prevenção ao uso de entorpecentes e encaminha dependentes ao tratamento. É na Dipe que se encontra o Museu de Entorpecentes e uma biblioteca especializada sobre o assunto.
Além dessas divisões, o Denarc ainda conta com a Diap (Divisão de Inteligência e Apoio Policial), que comanda o Serviço Técnico de Inteligência e Informações (STII), importante setor que trabalha com dados para a investigação policial; e o Nape (Núcleo de Apoio e proteção à Escola), que como o próprio nome diz, trabalha com o fator entorpecentes em núcleos escolares.
Por Silvia Freitas
DGP – Assessoria de Imprensa 
Chefe de Tuma Jr. E Naief é exonerado
ANDRÉ LOZANO Sílvia CORRÊA ‘ Da Reportagem Local
0 diretor do Dird (Departamento de Investigação e Registros Diversos), Eduardo Hallage, chefe dos, delegados que investigam a máfia da propina Romeu Tuma. Jr. e Naief Saad Neto foi exonerado ontem à noite do cargo.
A decisão foi tomada após reunião do secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, com o delegado geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo.
Segundo Petrelluzzi, o afastamento de Hallage ocorreu em razão da “desarmonia” dele com as orientações do delegado-geral (leia texto ao lado). Durante a tarde, o delegado Romeu Tuma Jr. anunciou que deixaria as investigações da máfia. 0 anúncio causou surpresa na Delegacia Geral. De acordo com o delegado-geral Marco Antônio Desgualdo, Tuma Jr. permanece à frente do caso até que comunique sua decisão por escrito e ela seja aceita, o que não ocorreu ontem.
“Funcionário público tem de fazer o trabalho para o qual foi designado e não aquele que quer”, disse o secretário PetrefluM’ Formalmente, Turna Jr. disse que estava saindo porque tinha recebido ordens de não investigar tudo o que soubesse, o que lhe expunha ao risco da prevaricação.
Aos amigos, disse que decidiu, se afastar por estar se sentindo e prestigiado e pressionado. Até seu pai, o senador Romeu Tuma já te ria recebido ligações de malufistas recomendando cautela, “É como você regar uma árvore e, quando ela cresce, ver os outros comendo os frutos”, disse.
Tuma Jr. se refere a uma mensagem. de* telex enviada na última terça por Desgualdo a Hallage, .na qual o delegado-geral determina que todas as novas denúncias -sobre o caso sigam para o delegado Itagiba Franco, da Diprocom (Divisão de Polícia de Polícia Comunitária). Pela ordem, Tuma jr. Saad Neto se limitariam a mexer com as regionais deixando a Itagiba a investigação das secretarias, onde surgem nomes do alto escalão.
Diante de tantas notícias sobre corrupção que, drasticamente envolvem a Polícia Civil do Estado de São Paulo, nós profissionais de segurança pública nos sentimos extremamente angustiados, pois com as mãos atadas, sem quaisquer condições de desenvolver ações anti-crimes na defesa da sociedade, ficamos a mercê daqueles que hoje a comandam. Basta, estamos cansados de esperar mudanças que possam alterar este quadro caótico, pois já não somos o que fomos. No passado a polícia era respeitada, admirada pela sociedade, respeitada pelos demais poderes. Éramos eficientes, persistentes ao extremo, até temida pelos criminosos, pois aqueles que nos comandavam por si só impunham respeito, davam valor àqueles que tinham mais experiências, aos mais antigos porque traziam consigo a maturidade e conhecimentos que, aliados aos mais jovens, tornávamos rigorosos quando preciso dentro da legalidade.Em hipótese alguma se tolerava qualquer modalidade de corrupção. A nossa Corregedoria era extremamente forte, ágil e, antes mais preventiva do que repressiva, porque havia critérios para a escolha dos mais capazes, procurando na medida do possível designar o homem certo para o lugar mais adequado ao seu perfil. Hoje, embora tenhamos um profissional altamente preparado, quer administrativa e criminalmente no comando da Corregedoria Geral, pela nossa experiência sabemos que sofre pressões e ingerências,apesar não ser do seu perfil aceitar essas atitudes, mesmo assim acabam, de certa forma, prejudicando muito os trabalhos desenvolvidos por aquele importante departamento.
A falta de lideranças nas últimas administrações é extremamente preocupante, pois os valores não são reconhecidos, excluindo-se obviamente alguns poucos que lá estão e atados a uma filosofia de trabalho não condizente com a realidade. Hoje, infelizmente, nem todos que estão no comando representam lideranças, há exceções e, os poucos, em parte, se agarram no poder e se calam. Seus cargos até parecem vitalícios, eis que se perpetuam onde estão, quando não trocam apenas de cadeiras, o que de certa forma acredita-se que as ingerências políticas estão presentes. Assim, quando das indicações aos cargos de confiança, a nossa vida
pregressa era uma das primeiras recomendações, além de outros requisitos que todos conhecemos. Os Secretários de Segurança são periodicamente substituídos, ora porque mudou o governo, ora porque não corresponderam aos anseios de ambas as policias, ora porque não deram conta do recado. Tudo isso é conseqüência de colocar homens que não são do ramo,razão pela qual somos de opinião de que devam ser escolhidos não só pelo saber jurídico, mas como já dissemos que conheçam os sistemas de segurança e administração públicas.
Com referencia aos que têm a responsabilidade de comandar a Polícia Civil, quando das escolhas, há que se terem critérios,avaliações, capacidade de administrar, habilidade, perfil adequado ao desempenho da missão e, acima de tudo, lealdade para com a Instituição, a ponto de, embora sem quebrar a hierarquia e com respeito, dizer não a quem de direito, com intuito de alertar que algo não vai bem, que algo está errado, assim por diante… Finalmente, se não houver uma ação efetiva do governo, virá o caos, que é o que não queremos. Senhor Governador, palavras não resolvem, sim ações. Procure conhecer os homens antes de designá-los. Queremos colaborar, queremos defender a sociedade, mas, antes de tudo, mudanças no sentido que tenhamos à frente dos departamentos as verdadeiras lideranças que há muito estão esquecidas. Vossa Excelência é homem de visão e tem o livre arbítrio de tomar decisões. Nós policiais, tenho certeza que somos a maioria, queremos mudanças, para que Vossa Excelência possa se orgulhar de ter uma polícia civil ágil, eficiente, respeitada e, acima
de tudo, honesta.
ROBERTO FRENANDES
Delegado de Polícia de Classe Especial
Clique para acessar o CARTADEREPUDIO2.pdf
FONTE: SITE DA ADPESP
:: OPINIÃO – 09/03/2009
29/08/2007 00:00:00
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Roberto Fernandes perdeu a eleição. Recebeu 3.495 votos e após meses de afastamento para a campanha eleitoral retomou atividade como policial.
E foi assim, vinculado ao PMDB, a Quércia e seus apoiadores, que ele virou delegado seccional para abafar crise política na cidade.
A campanha eleitoral e os vínculos com o PMDB e o ex-governador Quércia reforçaram a discussão sobre envolvimento político do delegado, que chegou a Marília para abafar crise política entre o ex-prefeito Abelardo Camarinha e a Polícia Civil.
Fernandes foi nomeado delegado seccional para substituir José Henrique Gomes dos Santos, afastado sob pressão política do grupo do ex-prefeito.
Antes de José Henrique, Camarinha atacou outros dois delegados na seccional: Roberto Terraz e Antonio Almeida.
Todos recusaram privilégios ao ex-prefeito e determinaram investigações isentas e transparentes sobre grupo político ou punições a delegados ligados a Camarinha suspeitos de ilicitudes.
Os ataques acabaram com a nomeação de Roberto Fernandes. A vinculação política foi agravada na última semana, quando Roberto Fernandes chegou a anunciar internamente mudanças que desagradavam a Camarinha e depois voltou atrás nas decisões e prejudicou os desafetos do ex-prefeito.
Pior. No dia de implantar as mudanças recebeu Camarinha durante 20 minutos em reunião a portas fechadas com outros delegados, dentro da DIG. Flagrada a relação política, Fernandes passou a atacar o Diário.
Não bastasse essa relação de bastidores, Fernandes é subordinado ao secretário de Segurança, Ronaldo Bretas Marzagão, advogado pessoal de Camarinha e nomeado político do governador José Serra.
O deputado Vinícius Camarinha tem usado a Assembléia para pressão contra delegados desafetos do grupo político, que esteve investigado nos últimos anos por envolvimento no atentado ao Diário, situações de ameaças e agressões.
Roberto Fernandes chegou a ter um site pessoal como candidato, mas a página foi tirada do ar. Permanece o registro do PMDB e do suporte a Orestes Quércia com algumas informações sobre o delegado – incluindo a foto, com ele mais novo – e algumas propostas.
O candidato Fernandes, por exemplo, criticava investigações dirigidas pelo Ministério Público, uma das medidas mais defendidas por juristas que criticam a influência política sobre a Polícia Civil.
( DIÁRIO DE MARÍLIA )
25/08/2007 00:00:00
Pois bem senhor repórter, se assim posso chamá-lo – creio que não. Pessoas sem qualquer formação usam a arma que têm – imprensa cinza. Arma dos fracos e covardes. Usam-na, lamentavelmente, como último recurso na busca de uma fachada que, por detrás dela, o povo já conhece.
O direito de resposta cabe aos homens de bem. Fui ofendido em minha dignidade profissional e moral. Quiseram, com esse artigo, denegrir a imagem de uma Instituição Policial que no momento, por causa de alguns, acusam-na de corrupta e gerenciada por políticos.
Devo esclarecer a você repórter, embora não a mereça, mas principalmente a população que vive e sobrevive na lama das diferenças pessoais, que a polícia civil de Marília não é subserviente a quem quer que seja.
Sou homem público e tenho o dever de defender o direito de quem está prestes a sofrer uma má e ilícita ação, fato que culminou com a ida do deputado Camarinha naquela repartição.
Não houve reunião política, não se falou mal de ninguém. Não tratamos de assuntos institucionais. Não somos iguais a você.
Não consigo encontrar uma razão que justifique sua atitude insana e irresponsável. Tenho a impressão que pretende desestabilizar a Instituição Policial Civil, a qual, com muita honra sirvo há 40 anos.
O policial sempre foi e é tido como homem de coragem, de forma moral, de opinião formada, capaz de assumir a responsabilidade de seus atos e, conseqüentemente, respeitado por seu caráter.
Por estes motivos, repudio veementemente seu artigo.
Sou homem de personalidade sadia, não aceito corrupção, o desonesto, o injusto. Quando tiver que punir o farei, porém, sempre respeitando a lei, não pré-julgando quem quer que seja.
É dever de todo policial denunciar fatos que venham a denegrir as pessoas, a Instituição e seus membros, bem como apurá-las com isenção, dentro dos preceitos legais.
Quando for preciso e necessário o farei de forma verdadeira, transparente e adulta, numa postura digna como convém a um verdadeiro homem, não de maneira mentirosa, insidiosa e pérfida, repleta de intenções mesquinhas e inconfiáveis, como convém a um ser inferior.
Finalmente, por tudo isso, todos temos que reagir e lutar, não permitindo, em hipótese alguma, que o mal sobreponha ao bem, não nos deixando contaminar e para não perdermos nossa identidade, bem precioso que ainda nos resta.
Democracia não é sinônimo de anarquia. O seu direito termina onde começa o meu.
Roberto Fernandes – Delegado Seccional de Polícia
25/08/2007 00:00:00
O problema básico: o delegado entrou pela porta errada, continua abrindo e fechando portas indevidas e não deixa de estender o tapete vermelho para a politicalha.
Primeiro vou novamente fazer três esclarecimentos ao delegado Roberto Fernandes:
1 – O jornal Diário que dirijo sempre está aberto a publicar qualquer que seja a versão equilibrada e ética como direito de resposta.
2 – O delegado não se dignou a remeter qualquer documento ou carta à Redação ou mesmo a dispor de precioso tempo para conceder entrevista em seu gabinete o que já descaracteriza postura ética.
3 – Como o delegado divulgou carta em meio indevido, o Diário pública abaixo sua manifestação, para que agora sim a sociedade fique sabendo da sua posição e faça seu juízo de valores.
Agora vou de novo mostrar a posição desse jornalista, desse jornal, das rádios Diário FM e Dirceu AM e de toda linha editorial livre, imparcial, mas corajosa e a serviço da sociedade.
Não dá mais para emprestar desconto ao delegado. Ele sentou-se aqui na cadeira de Seccional num quadro de lamentáveis interferências políticas na polícia, depois de perseguições descabidas contra os antecessores dignos, destemidos e íntegros – Roberto Terraz e José Henrique.
O discurso de Roberto Fernandes soa como hipócrita, assim como seu comportamento e sua carta.
O Diário desmascarou a postura do delegado quando o flagrou no desconforto e vergonha na Polícia Civil ao anunciar várias mudanças e ter que voltar atrás no último minuto nas tais transferências de agentes de uma delegacia a outra.
O Diário desmascarou a postura de Roberto Fernandes quando na terça-feira ele levantou a bunda da confortável cadeira do gabinete da Seccional na avenida Santo Antonio e foi vergonhosamente estender tapete para Abelardo Camarinha no prédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da rua Carlos Gomes.
Pior, havia um clima tão evidente de coisa sorrateira, que o jornal flagrou delegados tentando despistar o fotógrafo e o próprio sujeito Abelardo Camarinha que vive com aquele sorriso dissimulado na cara, acabou incomodado com o flagrante ao ser fotografado.
Ora, dr. Roberto Fernandes, não é interferência política se comportar com esse servilismo? Reunir delegados numa repartição emblemática, para lamber saco de caudilho ultrapassado?
O que Roberto Fernandes pensa, o que ele quer, o que ele faz, vai continuar sendo problema seu, só seu.
Mas o que o agente público, o delegado, faz e exerce vai continuar sendo fiscalizado, investigado, e ele querendo ou não terá que dar satisfação à sociedade e esse jornalista e os veículos de comunicação têm direito e obrigação de mostrar o que acontece seja nas aparições públicas ou nos bastidores.
Alguns poucos policiais civis corruptos em Marília e outros denunciados em todo canto do Estado contaminaram sim a instituição que através de seus cardeais e chefetes acabam protegidos enquanto fica discriminada a maioria decente.
E isso é o que Roberto Fernandes deveria estar preocupado.
Policial de coragem, de honra, de moralidade e acima de tudo de independência não sai de gabinete para ficar fechado atrás de porta de delegacia com político notabilizado como suspeito de todo tipo de crime e infração.
Policial honrado e independente é aquele escrivão, investigador, delegado que todo dia cumprem seu dever de agente público sob os riscos naturais de uma categoria destemida, mas desvalorizada pelos chefetes de plantão e pelo próprio Estado.
Finalmente, dr. Roberto Fernandes, princípio de moralidade e respeito independe de cargo ou posição, é obrigação de qualquer cidadão.
Aqui não tem repórter que escreve nada distorcido. Aqui tem jornalistas éticos, como o autor da coluna Colírios e Cotonetes, o editor assistente Rogério Martinez, em seu espaço sempre pluralista e independente. Muito mais, com histórico de honra e coragem e nunca de servilismo seja ao delegado, ao político ou a quem quer que seja.
Essa é a diferença, essa é a postura e, portanto, é essa sustentação de credibilidade e transparência no trato da informação que tem apoio da sociedade de Marília. A sociedade empresta ao jornal, seus jornalistas e emissoras de rádio a confiança de líderes de leitura e audiência.
No mais, ao Roberto Fernandes vai sobrar a vergonhosa postura de 40 anos depois terminar carreira de passagem numa Seccional que infelizmente para a desgraça da instituição Polícia Civil continua contaminada por interferência partidária descabida e com incontáveis outros problemas e suspeições.
Quanto à postura desse jornalista, a de sempre. Posição firme e destemida nas linha editorial do jornal e das rádios e cobrança de investigação e fiscalização pelas instâncias cabíveis.
Tanto assim que estou encaminhando ao Ministério Público Estadual pedido de investigação de conduta do delegado, assim como denúncia à corregedoria da Polícia Civil, nesse caso com pouca ou nenhuma possibilidade de êxito e isenção, até porque Roberto Fernandes não age pela própria vontade e função apenas, mas com comprovada orientação e influência dos cardeais da instituição.
JOSÉ URSÍLIO
http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/51373/O-servilismo-do-delegado
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03/04/2009 08:00:09
Operação policial que desarticulou a máfia dos caça-níqueis há dois dias com a prisão e afastamento de delegados da Polícia Civil e outros acusados na região de Jaú e Bauru teve início com a investigação do atentado criminoso contra o jornal Diário em setembro de 2005.
A revelação está na edição da Folha de S.Paulo de anteontem, que traz o envolvimento de delegados no caso de corrupção. “O dossiê começou a ser feito quando Fernandes investigava um atentado incendiário contra um jornal de Marília, mas foi tirado do cargo de seccional”, afirma reportagem.
Fernandes citado na reportagem é Roberto Fernandes ex-delegado seccional de Marília que teve uma passagem rápida e turbulenta na cidade em 2007. Ficou 197 dias no cargo e foi transferido.
A reportagem da Folha de S.Paulo afirma que toda a investigação que culminou com o desmembramento da máfia dos caça-níqueis teve início com o dossiê montado por Fernandes, que depois repassou as informações ao Ministério Público Federal e ao Gaeco, braço da polícia especializado no combate ao crime organizado.
A reportagem da Folha publicada na página C4 do caderno Cotidiano, também afirma que tanto a Delegacia Geral da Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública não informaram o motivo do afastamento de Fernandes. Nem quais providências foram tomadas pela corregedoria.
TRANSFERÊNCIA
A chegada de Fernandes à cidade em 2007 foi conturbada em meio a uma disputa política que acabara de derrubar o antigo seccional, José Henrique Gomes dos Santos, por interferência política do grupo do ex-prefeito Abelardo Camarinha.
Durante o tempo que ficou em Marília o ex-delegado também entrou em rota de colisão com a imprensa e chegou até publicar carta aberta contra artigos que criticavam sua conduta frente à Seccional.
Antes de ser transferido a imprensa revelou que Fernandes havia sido candidato a deputado federal em 2006 obtendo 3.495 votos pelo PMDB, ex-partido de Camarinha e apoiado pelo ex-governador Orestes Quércia.