Em São Paulo, lei estadual e decisões judiciais calam os funcionários públicos 30

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Henrique Costa
Observatório do Direito à Comunicação – Liberdade de expressão
13.11.2008
O artigo 5º da Constituição Federal prevê que todo cidadão brasileiro dispõe, como seu direito inalienável, liberdade de expressão isenta de qualquer tipo de sanção ou repreensão.
É evidente que em um país desigual como o Brasil esta liberdade esteja sempre em questão.
Mas no caso do estado de São Paulo, pelo menos, quem questiona este direito é a própria legislação. Trata-se da Lei 10.261/1968, o chamado Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo. Resquício da ditadura militar que privou os funcionários paulistas de opinião e participação política por décadas, o estatuto hoje é utilizado, sobretudo, como meio de coerção do funcionalismo, não obstante sua evidente inconstitucionalidade reiterada por diversos juristas.
“Ao funcionário (…) é proibido referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração”, é o que informa o artigo 242 do Estatuto, ainda em vigor, surpreendentemente.
Pouco se fala a respeito da lei.
O governo paulista jura que não a aplica e que ela não teria efetividade.
No entanto, o Executivo estadual também nunca se esmerou na revogação da extemporânea peça legislativa e parece pouco atento aos relatos das ONGs dedicadas à defesa da liberdade de expressão.
Agora, mais um capítulo desta história de censura velada está sendo escrito com a greve da Polícia Civil do estado, que produziu pelo menos dois casos de supostos abusos por parte do governo José Serra: a proibição de veiculação de um anúncio dos sindicatos na TV e a cassação do blog de um delegado.
Para os professores da rede pública estadual a situação é ainda mais presente.
Segundo as ONGs Ação Educativa e Artigo 19, acumulam-se os casos de assédio moral usando os termos da 10.621 como instrumento de pressão. Os relatos são corroborados por depoimentos de jornalistas que descrevem as dificuldades que encontram para entrevistar as professoras e professores, o que traz conseqüências, inclusive, para a própria formação do senso crítico do docente.
Polícia censurada
As violações à liberdade de expressão têm sido mais ostensivas nos últimos meses por parte do Governo Serra em resposta à greve dos policiais civis do estado. O movimento, que durou 59 dias e buscou reposição de perdas salariais, tentou, de várias maneiras, furar a blindagem midiática ao presidenciável José Serra.
A Polícia Civil paulista é a nona mais mal paga do país, atrás de Sergipe e Alagoas, por exemplo, e estava há 14 anos sem reajuste.
A iniciativa mais ousada foi comprar uma inserção nos intervalos comerciais, em horário nobre, das redes Record, Bandeirantes e Globo.
O comercial mostrava os policiais batendo à porta do governador sem, no entanto, serem atendidos.
Nas duas primeiras emissoras o comercial foi veiculado, mas na véspera da inserção na Rede Globo uma ação do governo do Estado foi acatada pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Rodrigo de Oliveira Carvalho, proibindo que a peça fosse ao ar sob a alegação de que causaria “temor e insegurança na população.”
Único abrigo do movimento grevista, a internet também se tornou alvo da Justiça com a retirada do ar, no último dia 23 de outubro, do blog “Flit Paralisante”, mantido pelo delegado Roberto Conde Guerra.
A página tornou-se referência para os policiais em greve por conta das críticas contundentes à política de segurança pública do governo tucano.
O juiz de Direito Davi Capelatto, do Departamento de Inquéritos Policiais, ainda reiterou por três vezes sua decisão, exigindo que o Google atentasse para os novos blogs que o delegado insistia em colocar no ar. Para se ter uma idéia da veemência com que a decisão foi tomada, o juiz dá um prazo de duas horas para a execução da sentença.
“Infelizmente, o direito de comunicar está prejudicado em São Paulo”, afirma o presidente do Sindicato dos Investigadores de Policia João Batista Rebouças.
Punição à opinião
É também de um policial civil a descrição mais impressionante de perseguição a um funcionário público que se arriscou a emitir sua opinião em um grande veículo de comunicação.
Em outubro de 2007, quando da publicação de um polêmico artigo do apresentador Luciano Huck na “Folha de S. Paulo”, que então se queixava da polícia pelo roubo do seu relógio Rolex em um semáforo na capital paulista, o investigador Roger Franchini fez questão de emitir seu ponto de vista sobre a situação da segurança pública em São Paulo.
“Os policiais que estão na linha de frente do combate ao crime (todos os que não são delegados ou oficiais da PM), sabemos onde está o ‘rolex roubado’ do Luciano Huck (…)
Mas não vou trocar tiro com bandidos recebendo um salário base de R$ 568,29 ao mês”, afirmou Franchini no “Painel do Leitor” da “Folha” na época.
Acusava ainda o governo do PSDB por manter a polícia paulista “na miséria há 14 anos.”
A ironia do investigador foi interpretada pelo jornal e pela Corregedoria da Polícia Civil como uma admissão de culpa, o que resultou em um inquérito contra o investigador.
Mandado para uma delegacia distante, sofreu processo administrativo e, por fim, a exoneração.
“Eu fiz criticas por me sentir ofendido e ironizei o artigo dele (Huck) de forma democrática”, afirma Franchini.
O investigador conta que tinha conhecimento da Lei dos Funcionários Públicos e também do Estatuto dos Policiais Civis, que conta com restrições semelhantes, mas que não se preocupou porque “ninguém nunca foi processado por isso”.
Franchini, então, é o primeiro de vários que ainda podem sofrer as mesmas retaliações.
Intimidação a professores “Não identificamos nenhum caso de punição citando a lei especificamente”, conta Mariângela Graciano, coordenadora do programa Observatório da Educação, da Ação Educativa.
“Acontece que ela, por não ter sido revogada, é usada como mecanismo de ameaça, uma forma de cercear e intimidar.” Esta tem sido a prática mais comum, pelo menos entre os professores.
De fato, não existem muitos casos de processos administrativos baseados no artigo 242.
Todas as organizações que têm acompanhado essa questão fazem questão de ressaltar que a sua eficácia está no constrangimento que ela causa aos servidores, que vivem sob constante ameaça por seus superiores, o quais, por sua vez, detêm cargos comissionados e precisam “zelar” pela boa imagem das instituições.
Paula Martins, da Artigo 19, define como “sutil” o assédio moral a que estão submetidos os funcionários paulistas.
“Temos casos em que não houve procedimento administrativo ou advertência, mas sim uma ação mais sutil, como transferências e ameaças.
A existência da legislação tem gerado medo de represálias.”
O risco de transferências para lugares distantes de suas casas serve não apenas como aviso, mas também, se efetivada, como uma forma de exílio para aqueles que “falaram demais”.
Para Maria Isabel Azevedo de Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a legislação vigente em São Paulo contradiz o momento histórico de “avanço da democracia”.
“A categoria dos professores está adoecida. Todo dia eles enfrentam salas de aula lotadas, sofrem com stress, perda da voz, tendinite, e são constrangidos a não se manifestar.”
“A lei é um entrave, mas sabemos que os professores não se manifestam apenas por causa disso. Existe um clima de desvalorização geral do magistério”, concorda Mariângela.
Movimento por liberdade de expressão
A Apeoesp, a Ação Educativa e a Artigo 19 prometem ações no sentido de rever a legislação e afirmar o direito à liberdade de expressão dos servidores públicos. “O desafio agora é nacionalizar a campanha”, afirma Mariângela.
“É preciso disponibilizar informações para a comunidade local e paralelamente fazer um trabalho de mobilização na Câmara federal.
O relator da ONU também solicitou informações ao Brasil sobre essa questão.
”Paula Martins admite que existe uma dificuldade em quantificar os casos, mas conta que está se iniciando um projeto de monitoramento em parceria com os sindicatos.
“A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Diante de tantas medidas autoritárias deste governo temos que nos juntar por esse direito”, convida Maria Isabel.
A Apeoesp, Artigo 19 e Ação Educativa criaram um blog para receber denúncias feitas por funcionários públicos: http://falaeducadorfalaeducadora.livreacesso.net/
A possibilidade de a legislação vigente transformar-se em instrumento de intimidação do funcionalismo público existe também em outros estados.
Segundo levantamento da Ação Educativa, em 18 estados, o Estatuto dos Funcionários Públicos impede que professores e outros servidores dêem entrevistas. Além de São Paulo, a organização encontrou leis semelhantes no Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Um Comentário

  1. “AMARREM OS NOSSOS PÉS E MÃOS, AMORDACEM NOSSAS BOCAS, MESMO ASSIM O CORAÇÃO E A ATITUDE DE UM POLICIAL CIVIL HONESTO GRITARAM POR LIBERDADE E CONTRA O GOVERNO DE OPRESSÃO DO PSDB.”
    “Frase Armênia, com todo respeito modificada”
    Uma batalha foi perdida, mas não a guerra.
    Temos ainda um logo e árduo caminho para trilhar até as urnas de 2010.
    Se cada um, policial civil, fizer sua parte poderemos dar a resposta a esse ditador.
    Há alguns anos, diziam que o atual Presidente Americano era o “Anti-Cristo” eu tinha lá minhas duvidas.
    O “Anti-Cristo” está aqui.
    Relembrando, acontecimentos mais recentes:
    Ordem ao ChoquePM para agir contra Policiais Civis.
    Caso Eloá – Ordem para invadir – Final a menina morta.
    Saúde abonadonada,
    Estudante fazendo quebra-quebra.
    Professores espancados.
    PCC fortalecendo;
    e por aí vai.
    O Ministro do Supremo concede liminar e caça, por que?
    Alega que a CF não permite passeata por grupos armados.
    Será que o Exmo Ministro não sabe que a Polícia quando foi para o Palácio dos bandeirantes, não foi para brigar, foi para chamar a atenção do Governo que não atendia o movimento grevista, que não senta à mesa para dialogar.
    Quem mandou grupos armados para o confronto foi o Governador. Ele recebe grupos de torcidas organizadas e outros tantos, mas Policiais Civis, trabalhadores, honestos, NÃO!
    Então, já que os Exmo Ministros julgaram que a PC não pode fazer greve para obter o que é de direito. Então que eles definam um aumento digno e obrigatório anualmente para a polícia.
    Senhores de todos os poderes, cuidado, o SERRA está chegando! Veja o que ele está fazendo com a polícia civil em São Paulo, está nos aniquilando?
    A guerra por enquanto é apenas nossa aqui em São Paulo, mas se permitir que ele se eleja em 2010, será de todos os funcionários públicos do país. Porém, se isso acontecer, nós de São Paulo, não teremos mais condições de ajudá-los.
    Mais uma vez, vamos clamar pela liberdade, salários dignos, será de DEJAVU – 1932 – São Paulo ficando sozinho! Agora Sampa está sendo massacrado. A PC precisar se unir não apenas em SP, mas em todo o Brasil.
    AJUDEN-MOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Sou carcepol 5ª classe. meu base é de R$385,00. “Ganhei” R$25,02 de “aumento”. Vou aproveitar esse dinheiro pra comprar um carro 0km.

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  3. DR. GUERRA, NÃO SERIA O CASO DE MELHOR ORGANIZAR ESTRATÉGICAMENTE UMA POSTURA DIANTE DISSO TUDO? QUAL O DESEJO MAIOR DESSAS CRIATURAS? PODER! VAMOS NOS COLOCAR NO PALCO DESSA DISPUTA, O SR. PODE CALCULAR A QUANTIDADE DE BRASILEIROS QUE DESEJAM MUDANÇA MAS NÃO VÊM NENHUMA PERSPECTIVA? PALESTRAS, BUSCA POR VISIBILIDADE FORA DO ESPAÇO VIRTUAL, ORGANIZAÇÃO,LUTA. PENSE A RESPEITO E BUSQUE DENTRO DE SI A RESPOSTA. PODE SER QUE ELA JÁ ESTEJA PRONTA.

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  4. HERANÇA DO MILITARISMO

    Nos anos 80, ainda muito jovem e cheio de ideais, participei da campanha pelas eleições diretas e na praça da Sé, regido em coro por Tancredo Neves, Franco Montoro, Ulisses Guimarães, gritei em tom raivoso: “Diretas Já! Diretas Já!”
    O então presidente da república general João Batista de Oliveira Figueiredo, mais conhecido como Figueiredo, dava início ao processo de transição que resultou no Estado “Democrático” de hoje. Eu sou testemunha ocular desse período da história. Eu estava lá! Assim como estava no morumbí na fatídica batalha contra o choque já neste século. Sim, pois estou falando do século passado.
    Muita coisa mudou, sem dúvida!
    Porém embora no século 21, muita coiisa continua exatamente como era antes, ou de forma “velada” ou na “cara-dura”!
    A nossa liberdade de pensamento e expressão continua sofrendo sanções!
    O nosso direito de reivindicar nossos direitos!
    As perseguições “veladas” ou na “cara-dura”! O famoso “X” nas costas e o famigerado “Bonde”, instrumento de coronelismo arraizado e inextinguível em nossa instituição!
    Os instrumentos ditatoriais continuam bem presentes!
    Eu que sonhei e lutei tanto para ver o fim do regime militar, lembro-me hoje de uma frase pronunciada por “Figueiredo” da qual jamais me esqueci: “VOCÊS VÃO SENTIR SAUDADES DO GOVERNO MILITAR”!
    Não sei se foi uma profecia ou uma praga muito bem rogada!
    Sei que hoje por muitas e muitas vezes tenho me questionado e chego sempre a triste conclusão: “ESSE GOVERNO DO psdb TEM SIDO AO LONGO DESSES ANOS, MAIS DANOSO PARA O PAÍS DO QUE QUALQUER GENERAL!!!

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  5. COMO DISSE ANTES AMIGOS, ESPERO E TRABALHO TAMBÉM COM A HIPÓSTESE DE QUE AINDA NOS RESTEM UM PINGO DE ESPERANÇA PARA NOSSA PC QUE ESTÁ HÁ MUITO NA UTI!!!CASO CONTRÁRIO, A COISA VAI DEGRINGOLAR DE VEZ…AFINAL, OS HONESTOPS NÃO VÃO CONSEGUIR POR MUITO TEMPO VER A PACOTEIRA PASSANDO EM SUA FRENTE SEM TOMAR UMA ATITUDE, SEJA ELA QUAL FOR!!!!ESSA É UAM QUESTÃO PARA REFLETIR NÃO SÓ O FUTURO DA GREVE MAS TAMBÉM O FUTURO DA NOSSA PC…

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  6. CAI NA ÁREA QUE EU DOU PÊNALTI

    Ficou evidente o conluio montado entre o Serra e o Gilamr Mendes, presidente do STF. Não ficou esquisito o governo mandar pra assembléia, com a máxima urgência, um pacote de medidas pra polícia sem qualquer negociação com as entidades de classe, as quais reiteravam a insuficiência dele para por fim a greve, aliás um pacote que, pra nós do interior, ficou pior do que aquele primeiro, de 4,3% de aumento, pois aquele eliminava um nível do ALE e no final das contas ganharíamos mais. Enfim, sem qualquer negociação, nem preliminar nem nas votações das emendas. Pois bem. Há alguns dias, sem mais nem menos Gilmar Mendes declara na imprensa que o direito de greve de funcionários públicos deveria ser revisto no caso da polícia civil de São Paulo, pois é grupo armado, coisa e tal. O governo do estado peticiona ao supremo e este, rasgando escandalosamente a Constituição Federal, volta atrás e julga que somos equiparados (?) a PM e que não temos esse direito “no caso de São Paulo”, com um embsamento equivocado, contraditório, pífio, vagabundo mesmo. Não é a primeira vez que Gilmar Mendes adota esse “modus operandi” do CAI NA ÁREA QUE EU DOU O PÊNALTI. Isso vem sendo praticado com frequência por este indivíduo, sempre para favorecer a oposição ao governo federal. Sempre que há uma matéria controversa em discussão, aparece aquele Boca de Caçapa sinalisando a “inconstitucionalidade” da ação do governo. Aí não dá outra. A opopsição manda pro Supremo e obtém mais uma vitória. Sabemos que o STF é muito mais político do que jurídico e que esse Gilmar “Boca de Caçapa” Mendes é Serra desde de criancinha (usou o Eros Grau pra não dar na cara) mas tudo tem um limite. Agora o plenário tem a oportunidade de barrar esse descalábrio que faria um precedente terrível pra todas as polícias civis do Brasil, além da Federal e Rodoviária Federal. Ou seja, polícia abandonada com direito de greve, imagina SEM direito de greve. Vamos pra Brasília!

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  7. A genta já tava imaginando que ele (Serra) fosse fazer isso, mas usando o Tribubnal de Justiça de São Paulo (sempre pronto a se vender). Lembram-se dos R$1.000.000,00 pra liberar as maquininhas? Mas o Gilmar se ofereceu primeiro e… melhor: de graça.

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  8. O STF fez td de graça? Tá na cara que o Sr. Burns ja prometeu alguma coisa ao Eros Graus e sua trupe circense caso o prox. presidente seja o José Cabeção.. portanto pessoal, mãos a obra, boicote já e que a greve continue silenciosa em casa um de nós que temos vergonha na cara…fui

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  9. Greve silenciosa é sim a melhor opção! Quem preside Iquérito é Delegado de Polícia e não Escrivão! Desviu de função nem pensar, Agentepol é Agentepol, Agepol é Agepol, Carcepol – Carcepol e assim por diante! Dar a vida por causa desse salário miserável nem sonhar! Trabalhar sim, mas de maneira correta e nada mais que isso!

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  11. Acabou a greve, que foi legal! Quem a mandou pro espaço foi o Eros Grau.
    Começa a greve ilegal mano!
    Quem a lidera é o Olegário,
    O jabuti manco!
    Operação jabuti manco!
    Viva o Olegário!
    Viva o Olegário!

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  12. O pior é que as Associações e Sindicatos engoliram essa na boa, sem luta. Somos policiais caralho, tem de haver algum jeito de reverter essa situação, não é posivel. Policia tem que ser caçador e não virar a caça.
    Quer dizer então que a paralização das Policias Civis de todo o pais no proximo dia 17 esta proibida??? Ou é só a de São Paulo???
    Estamos fodidos, todos vendidos pelos merdas dos superiores.

    Ontem quando saiu reportagem no jornal sobre a decisao do fim da Greve, o Delegado Titular chegou na Delegacia todos soridente e tirando sarro dos que estavam em greve. Fez questão de colar a reportagem na porta de entrada da Delegacia.

    FUDEU GALERA… mas somos policiais, temos inteligencia para reverter essa situação, mesmo que seja a longo prazo. Precisamos de força de vontade e principalmente UNIÃO.

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  13. Gilmar “João Plenário” Mendes é o famoso mil e uma utilidades. Ajeita para banqueiro, governador ditador, coloca empregado para decidir a questão (Cupido dá aulas no instituto do Plenário em Brasília, assim como mais da metado do stf), enfim, corre junto. ele também é candidatíssimo a presidente em 2010.Realmente o futuro não possui bons horizontes para os honestos.

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  14. GREVE SILENCIOSA DAQUI PRA FRENTE, VAMOS DERRUBAR AINDA MAIS AS ESTATISTICAS…HEHEHEHEHEHEH

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  15. Às nossa chefias, votos de eterno rancor, indiferença e profundo esquecimento, Lembrem-se: vocês vão se aposentar, não mandarão mais nada e um dia, um santo dia, precisarão de nós.Aí,ai.”Você vai pagar é dobrado, cada lágrima rolada nesse meu penar”.E vão se lembrar do Oasis: “É melhor você cair de joelhos e rezar, o pânico está a caminho”.

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  16. É fácil resolver a ingerência do Judiciário. Quando recebermos requisições para localização de pessoas, procuraremos com “muito escrúpulo e alentado interesse”. Resultado: relatório de não localização. Agir assim mesmo que seja para encontrar testemunha de acusação. Chega de ser auxiliar de oficial de justiça que, aliás, ganha muito bem.

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  17. o que esperar de administrações desinteressadas se até 1998 não tínhamos armas de fogo fornecidas pelo Estado? quem não se lembra de tar participado de uma ação real (tiroteio) e depois ter que se explicar no Forum sobre sua arma empregada no confronto? mais de uma vez o mp me questionou e quase fui condenado por porte ilegal de arma, por mais absurdo que possa parecer.

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  18. Essa lei e esses artigos devem ser questionados no STF, mediante ação de inconstitucionalidade pelas associações e sindicatos!!! IMEDIATAMENTE !!!!!

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  19. É MUITO TRISTE TODA A FAMILIA POLICIAL CIVIL REVOLTADA SEM VONTADE ALGUMA DE RETORNAR AO COTIDIANO DEVIDO AO DESCASO DO GOVERNO REFERENTE AO RIDICULO AUMENTO POLICIAL, ENTRAR NO SITE DA POLICIA CIVIL E VER ESTAMPADO NAS FOTOS ALI CONTIDAS TODA A CHEFIA DA POLICIA CIVIL INCLUINDO O SSP FELIZES DA VIDA , RINDO, TRANQUILOS TODOS PARABENIZANDO O DELEGADO GERAL. TAMBÉM AO HOMEM DR.MAURICIO DESEJAMOS FELICIDADES, MAS AO DR.MAURICIO DELEGADO GERAL NOSSA DECEPÇÃO.

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  20. VAMOS TOMAR VERGONHA NA CARA!!!!

    SÓ NÓS VAMOS FICAR ** DUROS ***.
    TODOS ENTÃO, TEM DE FICAR !!!
    SOU A FAVOR DE TODOS FICAREM DUROS..

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  22. Natal está chegando. A quem acredite em papai noel. Eu acredito em papai do céu.

    O governo fez suas manobras para encerrar a greve e conseguiu com a ajuda do STF. Faltou percepção dos nossos dirigentes. Por mais doído que seja, tínhamos de ter dado um tempo na greve e saído por cima. Já vinha postado alguns comentários nesse sentido e fui duramente criticado por colegas. Mas de qualquer forma, a greve teve seus pontos positivos. A principal é a capacidade que demonstramos em nos mobilizar. Acho que devemos fazer uma nova manifestação após o recebimento do pagamento já com o “aumento”. Todos com o hollerith na mão e mostrando a população o quanto o nosso salário subiu. Cartazes com mensagens ao stf, ficamos algemados, amordaçados e caminhamos pelas ruas de sampa. Seria uma manifestação em silêncio, sem aceitar as provocações dos motoboys etc. Seria uma manifestação calada. Como se fosse num enterro. a isso, o caixão do Serra poderia seguir na frente sobre um caminhão. Poderíamos ir de preto. As moças com véu sobre a cabeça (e hollerith na mão). Seria um teatro, onde todos nós somos os autores principais e poderíamos enterrar o caixão do Serra ou queimá-lo em algum lugar qualquer. Sei lá. Acho, por fim, que uma maniefstação deveria acontecer para lava nossa alma e demonstrar que não estamos satisfeitos. Vamos todos desarmados. Nada mais.

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  23. triste fim de profissionais honestos………………seja bem vinda á corrupção

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  24. E o “site” da Polícia Civil????

    Dinheiro público empregado para divulgar a comemoração do aniverário do DGP!!!!

    E, isto, no mesmo dia em que a DISE de Botucatu estava sendo explodida a dinamite!!!

    Isto não é crime, nem infração administrativa???

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  25. ao anônimo das 19:29H.

    Sua idéia é legal…. Mesmo recebendo o aumento de fome, faríamos uma passeata pra queimar o caixão do ditador em praça pública…..mas, só a população que estivesse presente veria este protesto. A Mídia não quer sujar o nome do Serra (futuro presidente)..
    Então não seria mostrado… seria um desperdício de energia e nova frustração… lamento, mas as coisas são assim… desculpe decepcioná-lo…

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  26. Ao colega carcepol 5ª classe. A partir de agora, você está na 4ª classe, já que a quinta foi extinta. Portanto seu base passou a ser R$511,92, uma diferença de R$ 126,92 o que também não é muito, mas para o governo interessa dizer que você recebeu um aumento de 32,96%, pois dá idéia de muito, quando divulgado pela mídia. É o grande jogo dos números. Não fique muito triste, pois dependendo do teu tempo de probatório, logo você irá para a 3ª classe automaticamente.
    Abraços.

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  27. Atingimos um nivel muito maior do que pensamos, não estamos aqui para brincadeiras, pelo menos não mais.

    Agora é serio, quando aconteceu a primeira greve no Brasil, ninguém aceitou, acho que ainda podemos fazer greve, mas fazer a verdadeira greve, não fizemos greve, mas esboçamos o que seria uma de verdade.

    Estou feliz pelo tempo que durou, pelo desgaste que sofre, podem não acreditar mas muita gente pressionou o governador.

    Realmente, há bastante, indicios que a ação do governo Serra e do Eros Graus são sincronizadas, e não vamos esquecer disso, sabemos que não podemos contar com ninguém, o judiciário tem seu problemas, mesmo tendo independencia e tem pessoas desonesta também, como em todos os outros setores, e agora estamos a merce do judiciário Paulista, que de certo modo em outra greve viu-se um estrondoso aumento ao magistrados e um aumento discreto ao subordinados e uma promessa que já venceu o prazo e não foi cumprida, será que vão julgar a greve, pois ela não acabou.

    Sempre há a primeira vez em tudo, outros Estados a Policia Civil permaneceram por 6 meses em greve, ninguém se manifestou, agora aqui em São Paulo, Estado conhecido pela justiça, se tem uma Ditadura uma politica coronelista, usam a força, gastão meu dinheiro para propagandas e assim fazem com que se publique somente o que querem. Não se pode criar nada que critique fulano, mas um secretário pode dizer tremendas barbaridades e um deputado vem tentar contra nossa honra, o jornalista também (MAS VOU DIZER A ELE QUE VENDIDO SÓ FALA PORQUE PUXA SACO) até o governador tenta contra nós, mas tomou um tiro no pé, vai lhe causar muita dor de cabeça quando tentar ser presidente, ficou marcado como ferro quente, uma marca genuina.

    Minha indignação é grande, mas se não conseguimos o que queriamos para termos uma vida digna, pelo menos conseguimos tirar algumas noites de sono de vossa magestade diante de seu imperio balançado.

    GREVE NÃO ACABOU, SÓ TOMAREMOS FOLEGO, E FIQUEMOS ATENTO AO NOSSO JUDICIÁRIO, QUE SERÁ INCUBIDO DE VALIDAR A GREVE.

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  28. Se para um civil está assim, iamgine para um policial militar (praça). Tratado como lixo pelos superiores (oficiais), que tiveram aumentos bem acima da média em razão das promoções (média de R$ 1 mil na escensão de um posto para outro na hierarquia). Ali, no regulamento disciplinar, é que mora a desonra e a subserviência aos ditames do bando de ditadores militares ou não. O policial militar não pode deixar de cumprir as ordens (muitas absurdas) por força de um regulamento medieval. Até bem pouco atrás, o milico da “pulissa militá” tinha de pedir autorização para casar. Tinha de parar num lance de escadas para esperar passar o oficial. Isso é que é humilhação, pois sabe-se do que essa gente gosta. Mas são unidos e corporativistas. Mandaram enfrentar a Polícia Civil porque eles (os oficiais) não precisam dela para nada. Tudo o que precisam de uma delegacia (documentos, cópias, etc.) pedem aos praças que trabalham nas ruas.
    Passei três vezes no concurso para investigador, há alguns anos, mas reprovei no exame oral porque, em razão do trabalho no combate ao crime, consegui uma série de processos com resultado morte. Esse foi o meu erro: deixar-me levar pelo canto da sereia do período obscuro da ditadura maldita, que ainda perdura, firme, na “Pulissa Militá” para aqueles que vestem o uniforme de praça. No andar de cima, como descrevi antes, impera a união, o corporativismo e a impunidade (tudo acaba em nada quando os “donos” da “Pulissa” são flagrados com a mão no botim). Um ex-amigo, quando estava prestes a se formar oficial, confidenciou-me que, a partir do momento da formatura, tornaria-se um “acionista do Estado”. Incrível, mas ele falava a verdade.
    Infelizmente, ainda existe muitos descerebrados na base da hierarquia da “Pulissa Militá” que acreditam no canto da sereia, em pleno século XXI. Trabalham contra os colegas de classe pensando que serão reconhecidos pelo trabalho (sujo e traidor) que fazem. Traidor é traidor em qualquer circunstância. Quando menos se espera, ele aparece. Foi assim que se destacaram às portas do Palácio (das sacanagens) dos Bandeirantes ao receber com balas e bombas uma passeata de servidores, pacífica, que também brigava por eles (praças, porque os oficiais não precisam; estes possuem uma série de macanismos que aumentam os próprios salários: gratificações, incorporações, horas-aulas, verba de representação, de gabinete.
    Enfim, agradeço aos policiais civis que lutaram pela dignidade e pelo respeito de um governo que não gosta de gente simples e humilde: se o ignaro do governador faz isso com os servidores públicos, imagina-se o que ele pensa (e faz) do cidadão deste Estado… Agradeço pela aula de união que a Polícia Civil deu àquele que tem olhos para ver. Infelizmente, muitos “Pulissa Militá”, mesmo com olhos, não enxergam um palmo à frente do nariz. Oferecem-se como capacho. Oxalá que um dia, não muito distante, possam não só ver mas entender o objetivo de determinadas ações.
    Obrigado.

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  29. E que os oficiais PM agradeçam a Policia Civil pelos avanços conseguidos na greve, já que não lutaram por nada. Ronaldo

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  30. Também concordo!
    Greve silenciosa!
    Mostremos nossa realidade ao povo!
    Estamos ( e os poderosos não estão), dia-a-dia em contato com a população no nosso trabalho!
    Trabalhemos!Mostremos a realidade!
    Trabalho de formiguinha!……

    Nada foi em vão! Ficamos diferentes!!
    Abraço à vocês. Ânimo pela miséria recebida! Isso precisa nos dar ainda mais força! A força do caráter!

    Aliás, se tiver ladrão conectado no Flit, faço uma solicitação:Já que o governo não nos ajuda, e você estão melhores equipados, vocês precisam ajudar a gente! :
    ” vocês precisam mirar outro tipo de clientela! ” Que tal fazer como Robin Hood?.

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