"JOÃO CORAGEM" ( ASSUMIU A NOSSA EQUIPE EM 90 )… 8

19/02/2004 – 12h24
Novo presídio vai esvaziar Cadeia de Diadema, diz Alckmin
Folha Online do Agora

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que um novo CDP (Centro de Detenção Provisória) será entregue em Diadema, na Grande São Paulo, para absorver os presos da superlotada cadeia pública da região.”Entregaremos em breve o CDP de Diadema. O problema será solucionado. É questão de semana”, disse.

O diretor da cadeia pública, delegado João Alves de Almeida, 45, criticou o governador e os secretários Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública) e Nagashi Furukawa (Administração Penitenciária) por causa da superlotação e de outros problemas do local.
Minutos depois de saber das declarações do delegado, o diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Nelson Guimarães, chefe do delegado, afastaram-no do cargo de diretor da prisão e o passaram para um posto de assistente na delegacia seccional local.

“Ele [Almeida] está muito estressado e foi injusto ao falar assim do doutor Saulo.

Por isso, vai passar por um remanejamento administrativo. Não é uma punição”, disse Guimarães.

Abreu Filho e Furukawa foram chamados pelo delegado Almeida de “príncipes”; Alckmin, de “rei”. “Eles estão descumprindo uma decisão judicial. Por isso os classifico assim”, afirmou Almeida.

Segundo o delegado, Alckmin, Abreu Filho e Furukawa “sentem-se semideuses” porque desde 17 de dezembro uma decisão judicial determinou que a cadeia fosse interditada por problemas graves, mas, mesmo assim, o local continua recebendo presos.

Os problemas na cadeia de Diadema são tantos que, há mais de seis meses, os presos circulam, dia e noite, pelo pátio interno e não são trancados nas celas –elas não têm mais grades, arrancadas durante rebeliões. Há também remendos nas paredes, e o chão ameaça afundar por causa dos túneis.


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Ex-diretor da cadeia de Diadema presta esclarecimentos

João Alves teria dirigido críticas ao governo porque se sentiu acuado
A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa ouviu, no dia 24 de março, o ex-diretor da Cadeia Pública de Diadema, Dr. João Alves de Almeida.
O delegado falou sobre sua atuação frente a unidade prisional e o período em que o local foi palco de fugas e mortes de presos.
Almeida foi afastado de sua função no dia 19 de fevereiro após denunciar a precariedade da cadeia e responsabilizar publicamente o governo do Estado e duas Secretarias – Segurança Pública e Administração Penitenciária – pelas péssimas condições da cadeia.
João Alves presta esclarecimentos
A Secretaria de Segurança Pública abriu processo para expulsá-lo da corporação, porque o delegado teria dado atributos de realeza ao governador e dois secretarios, ao chamá-los de “rei” e “príncipes”.

A exoneração do delegado seria baseada no artigo 62 da lei orgânica da Polícia Civil, que prevê tal procedimento em caso de desrespeito a superior.
O delegado afirmou que assumiu o cargo de diretor em setembro de 2001 e já naquela ocasião passou a notar irregularidades na cadeia.

Almeida teria comunicado seus superiores por meio de ofícios, até solicitar a interdição do local, em janeiro de 2002, devido a superlotação e falta de infra-estrutura.

Entretanto, a cadeia só foi interditada, por ordem judicial, em dezembro de 2003.
“Tivemos 370 presos onde deveria ter 60”
O delegado lembrou que a partir dessa data os presos deveriam ser transferidos, no prazo de 90 dias, e nenhum outro detento poderia ser aceito na unidade.

O ex-diretor observou que o estabelecimento chegou a ter seis vezes mais detentos do que comportava. “Tivemos 370 presos onde deveria ter apenas 60”, declarou.

Almeida oficiou os superiores sobre a interdição e solicitou ao secretário de Administração Penitenciária a indicação de um novo local para abrigar os presos, porém não obteve resposta.
O ex-diretor da cadeia admitiu que se excedeu ao criticar o governo.

“Indignei-me. Exagerei nos pronunciamentos, apontando secretários como ‘príncipes’ e o governador como ‘rei’.

Foi um ato de defesa”, desabafou Almeida.
“Indignei-me. Mas foi um ato de defesa”
Almeida salientou que recebeu novos presos durante a interdição porque seu cargo não tinha competência legal para transferir ou enviá-los para outros locais.

A Comissão de Segurança decidiu acompanhar de perto todo o processo e visitar a Cadeia Pública de Diadema.
Na reunião, também foi aprovado um requerimento solicitando a cópia de toda a ação judicial envolvendo João Alves.
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JOÃO QUE ESTEJA NA PAZ DO CRIADOR…
Mas não cometeste quaisquer exageros.
Apenas faltou complemento aos atributos…
O Rei, Princípes e Mercenários do Reino de HÁ VILÃO…
Todos morrerão afogados…
Uns nos votos( dados aos adversários)…
Outros afogados pelo descrédito e indiferença dos pares de carreira…
Também afogados na cobiça…
Por ora, afogam os prejuízos no copo de pinga escocesa.

Um Comentário

  1. QUE O DR. JOÃO, LÁ DE CIMA, NOS GUIE E ILUMINE NOSSOS CARRASCOS, DE MODO QUE TAIS CRIATURAS POSSAM PERCEBER E REPARAR OS ERROS QUE COMETEM…

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  2. TRABALHEI COM PESSOAS QUE CONHECEM O DR. JOÃO. ELE É TIDO COMO ALGUÉM DIGNO, DESEJO BOA SORTE NA LUTA QUE TERÁ PELA FRENTE CONTRA OS COVARDES DAS CANETAS.

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  3. SOU DE DIADEMA E FICOSUPER FELIZ DE SABER QUE DEPOIS DE TANTOS ANOS O NOSSO “JOÃO CORAGEM” NÃO CAIU NO ESQUECIMENTO

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  4. É infelizmente o Dr. João não está mais entre nós ele veio a falecer em 17 de setembro de 2007, mas essa pessoa que nos deixou foi um homem muito marcante para todos que o conheceu, foi uma pessoa que só pensava em fazer o bem para todos numca pensando em si mesmo tudo que fazia era ajudar e ajudar o caso citado acima sobre a cadeia ele fez pensando na integridade dos detentos ….mas afinal esteja onde estiver uma coisa temos a certeza está com Deus

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  5. Eu convivi com o João, o referido senhor João Alves de Almeida, durante, aproximadamente, 15 anos. Ele, sempre, foi honestíssimo, mas nunca chato. Sempre apresentava-se com um humor invejável, um grande humor. Tinha sorrisos pra todo mundo. Esteja em paz, João.

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