Sigilo quebrado…HÁ MUITO TEMPO! 4

Sigilo quebrado
PM revoga plano de ação para a greve da Polícia Civil
Plantão Publicada em 05/10/2008 às 08h11m
Plínio SÃO PAULO –
O Plano de Contingência da Polícia Militar para suprir parte do serviço de segurança pública durante a greve da Polícia Civil foi revogado.
A informação foi divulgada neste sábado em nota da Seção de Comunicação Social da Polícia Militar.
De acordo com a corporação, novas medidas foram adotadas em virtude de o Plano de Operações NPM3-001/02/08, considerado sigiloso, ter se tornado público depois de reportagem publicada no sábado pelo jornal Diário de S. Paulo.
“Obviamente que um plano de contingências é interno e de conhecimento restrito dos integrantes da instituição, todavia, especificamente o plano citado na matéria, cujo teor tornou-se inadequadamente público (a PM já apura de que forma o plano foi passado para a imprensa e adotará as medidas que o caso requer), em razão disso e diante da reavaliação da situação (andamento da greve), o referido plano foi revogado”, diz a nota.
O documento foi elaborado quando a imprensa trouxe à tona a iminência da greve da Polícia Civil, ainda em agosto.
O plano de contingência foi distribuído para 30 setores estratégicos da PM.
Entre as instruções contidas no documento, chama atenção o item número 6.6.4.3, destinado ao Serviço Reservado (setor da PM que realiza investigações).
“Concentrar esforços para o levantamento acerca de todos os dados (locais, dias e horários, previsão do número de participantes, etc.) relativos a possíveis manifestações (passeatas, reuniões em locais públicos, etc.) que possam ocorrer durante o período contingencial, transmitindo aos subcomandante PM e ao coordenador de operações”.
– A PM não pode nos investigar.
governo pensa que estamos no ano de 1964?
A greve é por salário e condições de trabalho – indigna-se o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia, João Rebouças.
– É um trabalho que a Divisão de Ordem Política (Dops) já fazia (na ditadura). Não temos nada a esconder – diz o presidente do Sindicato dos Delegados, José Leal.
A PM afirma não investigar os grevistas e sim “obter conhecimentos para subsidiar o planejamento de suas ações de policiamento”.

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