Policiais civis paulistas reivindicam reestruturação, valorização da carreira e recuperação salarial.
De acordo com o assessor de comunicação da Associação dos Delegados de Polícia, Renato Flôr, 46 anos, o policial civil paulista atravessa um “percurso longo de esquecimento”.
“Os equipamentos são modernos, porém a estrutura continua a mesma de 100 anos atrás”, diz.
Ontem, todas as categorias realizaram, simultaneamente, assembléias gerais a fim de deliberar sobre a possibilidade de greve.
“O objetivo do movimento é solucionar os problemas de segurança pública e propor ao governo mudanças estruturais, visando recuperar a eficiência da Polícia Civil Paulista. Se nada for feito, a gente pára”, conta.
A Associação dos Delegados de Polícia de Presidente Prudente apóia as reivindicações. Para fazer com que a sociedade entenda o “lado” dos policiais, Flôr conta que caravanas visitarão algumas cidades do Estado para orientar a comunidade.
“Vamos explicar a real situação da Polícia Civil. É um setor delicado e não queremos que a sociedade fique contra a gente. Pelo contrário, buscamos o apoio, pois também somos responsáveis pela segurança das pessoas. Com a melhoria, a sociedade também ganha. É um reflexo”, diz.
Uma agência de marketing foi contratada para fazer a divulgação das reivindicações.
“Uma forma a mais da sociedade entender o que ocorre”, explica.
O diretor da subsede da Associação dos Delegados de Polícia de Prudente, Joaquim Elsio Ferreira Junior, apóia as reivindicações.
“Há o projeto de emenda constitucional 549/2006 que, se aprovado, insere o delegado na condição de carreira jurídica, que em virtude de um erro constitucional, não é considerado assim”, diz.
Junior enfatiza a respeito dos baixos salários da categoria.
“Os salários dos policiais civis do Estado são os piores, quando comparados com outras localidades. E para que não ocorra essa desigualdade, o projeto é importante, pois assim, há a possibilidade de equilíbrio entre os salários de todos os Estados”, conta.
Ele acrescenta que o salário de um delegado inicial chega a R$ 12 mil em outros Estados, quando que em São Paulo é de R$ 3,6 mil.
“Queremos o reconhecimento por parte do Estado”, pontua.
Procurada pela reportagem, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou não ter informações a respeito das reivindicações.
Fonte: ALINE MARTINS- ADPESP
Fonte: ALINE MARTINS- ADPESP
Se todas as classes policiais se aglotinarem numa só, acho que teremos mais força, para darmos um basta, junto a esse governo do PSDB.
Serpico
CurtirCurtir