A POLÍCIA MILITAR ACREDITA QUE NÓS DELEGADOS E POLICIAIS CIVIS SOMOS INÚTEIS

30/05/2008 – 20h30
Polícia descobre rede de pedofilia em SP; oficial da PM suspeito se suicida
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da Folha Online
A Polícia Civil de São Paulo identificou uma rede de pedófilos que agendavam encontros com crianças por meio da internet. Entre os envolvidos na rede estava um tenente da Polícia Militar, que se suicidou quando policiais civis chegaram a sua casa, nesta sexta-feira, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Em seu computador, foram encontradas imagens pornográficas de crianças.
O tenente Fernando Neves, 34, era comandante da Força Tática do 5º batalhão. Ele foi o responsável pela varredura e isolamento do edifício London, onde a menina Isabella Nardoni, 5, foi assassinada no último dia 29 de março. Naquela noite, Neves fazia policiamento nas proximidades da Vila Isolina Mazzei (zona norte de São Paulo), onde fica o prédio. Ele foi acionado às 23h55 e chegou ao prédio por volta da 0h.
De acordo com o delegado André Pimentel, do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da 5º Seccional, a rede de pedofilia começou a ser investigada há cerca de três meses, quando um usuário de uma sala de bate-papo na internet ficou indignado com um convite que recebeu para ter acesso a imagens de pornografia infantil e denunciou o esquema à polícia.
O responsável pela sala de bate-papo virtual era o pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo, segundo o delegado. O site tinha a finalidade de reunir pessoas para falar sobre sexo. Em determinada ocasião, quando Toledo sentia mais confiança em determinados freqüentadores da sala, oferecia as imagens e até encontros com crianças. Neves seria um desses usuários que recebia imagens de pornografia com crianças.
A polícia chegou a Toledo e ao tenente após a quebra de sigilo telefônico, com a autorização da Justiça. O pai-de-santo foi preso na sexta-feira (23) passada em sua casa, onde foram apreendidos computadores e DVDs com imagens de crianças em situação pornográfica. Também havia brinquedos, supostamente, para atrair crianças a sua casa.
Nesta sexta, policiais da SIG estiveram na residência de Neves para apreender seu computador para a investigação. Enquanto os policiais verificavam, ele pegou a arma que usava no trabalho e deu um tiro na cabeça, na frente dos outros policiais.
“Não havia suspeita nenhuma sobre ele, que tinha uma conduta exemplar. Para ser comandante da Força Tática tem de ser exemplar e diferenciado”, disse o porta-voz da Corregedoria da PM, capitão Marcelino Fernandes.
Neves era casado e tinha um filho, fora do casamento. Computadores de seus parentes em Penápolis (interior de São Paulo) também serão apreendidos pela polícia, que cumpriu nesta sexta-feira outros três mandados de busca e apreensão para recolher computadores de outros membros da quadrilha. Um outro membro da rede, identificado como Davi, está foragido.

UM PROFESSOR HONESTO: MAXIMILIANUS C.A. FÜHRER

Bom, barato; essencial.
Código Penal Comentado, apenas CR$ 90,00; deixando todos os similares no chinelo.
E de quebra cabe no bolso; pelo preço e pelo tamanho.
Também indispensáveis os seus resumos com a colaboração do filho.
E para reciclagem prazerosa indispensável manter-se no banheiro: MANUAL DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO (Maximilianus e Édis Milaré).
Observação: sugestão inteiramente gratuita.
Nunca vi os autores.
Recomendo, apenas, pela utilidade que tais livros me propiciaram, apesar de ser mero Delegado de Polícia.
E Delegado de Polícia – segundo a tradição – é ignaro e ladrão!
Nem todos, nem sempre.
Assim, ninguém perderá nada ao folhear as obras mencionados.
GANHARÃO…
EU GARANTO!

ANÔNIMO: não sou douto. Mas acredito não seja crime permanente…não confundamos efeitos com ação

ihhhhhhhhh! não é crime permanente não?
melhor avisar o nucci, capez, prado etc etc etc. (anônimo).
Anônimo eu acredito inexistir permanência delitiva no caso do ex- Delegado Geral Carioca.
Entretanto o ex-Delegado Geral do Rio e ex-Delegados de São Paulo deveriam permanecer um longo tempo na cadeia, verdadeiramente devem e merecem cadeia.
Trasformaram o órgão numa QUASE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
EU DIGO QUASE, POIS NEM TODOS ADERIRAM AO SISTEMA IMPOSTO POR TAIS TIPOS.
De qualquer forma nunca adotaria Damásio; muito menos os autores citados.
Não são juristas, apenas profissionais doutrinando a prática das respectivas carreiras.
Autores para concursandos…nada mais!

EX-DELEGADOS GERAIS DE SÃO PAULO ESTÃO PREOCUPADOS COM A POLÍCIA FEDERAL 2

Se acaso a tese da Polícia Federal vingar; existindo inquérito neste Estado semelhante àquele que levou o ex-Delegado Geral e o Governador Garotinho aos Tribunais por formação de quadrilha armada e corrupção na Polícia Civil Carioca. Muitas personalidades policiais – da cúpula da Secretaria da Segurança Pública local – passarão algum tempo na cadeia.
Afinal – $ejamo$ hone$to$ – aqui em São Paulo também foram vendido$ cargo$, chefia$ e promoçõe$.
E da Vila Madalena para Vila Nova Conceição, qua$e não há diferança.

QUANTO GANHA UM DOUTORZ"INHO" INTELIGENTE DA POLÍCIA FEDERAL? 1

Preso pela PF em flagrante deputado Álvaro Lins no Rio
Da Agência Estado
Depois de duas horas de buscas em um apartamento em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, três equipes da Polícia Federal (PF) chefiadas por um delegado do setor de Inteligência prenderam, na manhã de hoje, o deputado estadual Álvaro Lins.
A tese da PF é a de que ele está em crime permanente de lavagem de dinheiro, por ser residente em imóvel adquirido com verba suspeita.
A acusação dos federais é a de que o apartamento, teoricamente, foi obtido a partir de ilícitos recebidos enquanto ele ocupava a chefia da Polícia Civil do Rio.
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PERMANENTE É A MINHA PACIÊNCIA …
PERMANENTE É A IGNORÂNCIA JURÍDICA DE DETERMINADAS AUTORIDADES.
DOUTORZINHO DA POLÍCIA FEDERAL, O SENHOR IRÁ DESMORALIZAR OS SEUS COLEGAS…
A COMUNIDADE JURÍDICA AFIRMARÁ – CASO SEJA VERÍDICO O SEU FUNDAMENTO DA FLAGRANCIA – DELEGADOS DE POLÍCIA SÃO ASNOS DO DIREITO!

SUPER POLÍCIA CIVIL S.A. DELEGAD "inho" DO GAROT "inho"…TUDO VEAD "inho" 1

Rio: PF prende deputado e faz busca em gabinete
Ernani Alves
Direto do Rio de Janeiro
A Polícia Federal prendeu nesta manhã do deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Álvaro Lins (PMDB) durante a operação Segurança Pública S/A. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação ao contrabando. Os agentes foram até o gabinete do deputado, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com mandados de busca e apreensão.
O advogado de Álvaro Lins, Harina Araújo, disse que desconhece todas as acusações que pesam contra o deputado. Segundo ele, Lins reagiu à prisão com muita tranqüilidade, pois sabe que é inocente.
O presidente da Casa, Jorge Piciane (PMDB), disse que foi informado sobre a necessidade dos agentes de apreender documentos no local. Ele afirmou que a mesa diretora da Casa deve se reunir às 13h para avaliar a situação do parlamentar.
Os policiais chegaram na casa de Álvaro Lins, na rua 5 de Julho, em Copacabana, por volta das 6h. A residência foi vasculhada por cerca de duas horas. Os agentes recolheram documentos e computadores.
Segundo as investigações da PF, o apartamento de Álvaro Lins teria sido comprado com dinheiro ilícito.
Na Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro, foi preso o policial civil Alcides Campos Sodré, que é ligado a Álvaro Lins e ex-assessor do ex-chefe de Polícia Civil Ricardo Hallack. Ele estava em casa, no Condomínio Vivendas Bandeirantes.
A PF também tem mandado de prisão contra Helinho, um dos três homens conhecidos como “inhos” e diretamente ligados a Álvaro Lins. Dois estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste, e Helinho estava sob proteção de habeas-corpus.
O ex-governador Anthony Garotinho teria sido denunciado pelo crime de formação de quadrilha armada. O Ministério Público e a PF ainda não confirmaram essa informação.
O objetivo da operação é cumprir um total de sete mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Com informações de O Dia Online
(FONTE TERRA)
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PARA ROUBAR TODOS CONHECIDOS POR “ÃO” –

UM EX- DELEGADO GERAL NA CADEIA…CORRUPTO , HIPÓCRITA E INIMIGO DA CLASSE

29/05/2008 –
PF prende deputado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Álvaro Lins
da Folha Online
Atualizada às 10h55
O deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Álvaro Lins (PMDB-RJ) foi preso em flagrante pela PF (Polícia Federal), na manhã desta quinta-feira, durante operação feita por força de mandados expedidos pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região. Outras sete pessoas supostamente ligadas a Lins devem ser presas nesta operação batizada de Segurança Pública S/A.
O TRF, segundo a PF, além de expedir mandados, também aceitou uma denúncia contra o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) por formação de quadrilha armada.
Macarena Lobos/Folha Imagem
O deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Álvaro Lins
Por telefone, a reportagem tentou entrar em contato com os assessores de imprensa de Lins e de Garotinho, sem sucesso; e entrou em contato com o advogado de Lins, Sergio Mazzillo, mas foi informada pela secretária de que ele estava em reunião e não podia atender.
Lins comandou a Polícia Civil do Rio nos governos de Garotinho e da mulher dele, Rosinha. O atual deputado estadual é investigado desde 2006 suspeito de ter protegido os contraventores Rogério Andrade e Fernando Iggnácio na guerra pelo controle de caça-níqueis. De acordo com a PF, ele foi preso por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação ao contrabando.
Durante o dia deverão ser cumpridos, ao todo, 16 mandados de busca e apreensão.
Na época da campanha para deputado, Lins enfrentou acusações de uso irregular de carros oficiais, armas e agentes do Estado para sua segurança. Houve suspeitas de que ele tivesse prometido contratar “excedentes aprovados em concurso da Polícia Civil, em troca de votos.
Imunidade parlamentar
Os trabalhos desta quinta, de acordo com a PF, são desdobramentos da operação Gladiador, realizada em 2006, que culminou no fechamento de 28 casas de bingo e apreensão de 4.800 máquinas caça-níqueis no Rio. Lins não podia ser investigado naquela ocasião porque já havia sido diplomado deputado com imunidade parlamentar, portanto.
Desta vez, porém, ele foi preso em flagrante, um procedimento que independe da imunidade parlamentar.
Ainda não foram divulgadas as circunstâncias da prisão de Lins. (fonte UOL)

POLICIAIS QUEREM REESTRUTURAÇÃO 1

Policiais civis paulistas reivindicam reestruturação, valorização da carreira e recuperação salarial.

De acordo com o assessor de comunicação da Associação dos Delegados de Polícia, Renato Flôr, 46 anos, o policial civil paulista atravessa um “percurso longo de esquecimento”.
“Os equipamentos são modernos, porém a estrutura continua a mesma de 100 anos atrás”, diz.
Ontem, todas as categorias realizaram, simultaneamente, assembléias gerais a fim de deliberar sobre a possibilidade de greve.
“O objetivo do movimento é solucionar os problemas de segurança pública e propor ao governo mudanças estruturais, visando recuperar a eficiência da Polícia Civil Paulista. Se nada for feito, a gente pára”, conta.
A Associação dos Delegados de Polícia de Presidente Prudente apóia as reivindicações. Para fazer com que a sociedade entenda o “lado” dos policiais, Flôr conta que caravanas visitarão algumas cidades do Estado para orientar a comunidade.
“Vamos explicar a real situação da Polícia Civil. É um setor delicado e não queremos que a sociedade fique contra a gente. Pelo contrário, buscamos o apoio, pois também somos responsáveis pela segurança das pessoas. Com a melhoria, a sociedade também ganha. É um reflexo”, diz.
Uma agência de marketing foi contratada para fazer a divulgação das reivindicações.
“Uma forma a mais da sociedade entender o que ocorre”, explica.
O diretor da subsede da Associação dos Delegados de Polícia de Prudente, Joaquim Elsio Ferreira Junior, apóia as reivindicações.
“Há o projeto de emenda constitucional 549/2006 que, se aprovado, insere o delegado na condição de carreira jurídica, que em virtude de um erro constitucional, não é considerado assim”, diz.
Junior enfatiza a respeito dos baixos salários da categoria.
“Os salários dos policiais civis do Estado são os piores, quando comparados com outras localidades. E para que não ocorra essa desigualdade, o projeto é importante, pois assim, há a possibilidade de equilíbrio entre os salários de todos os Estados”, conta.
Ele acrescenta que o salário de um delegado inicial chega a R$ 12 mil em outros Estados, quando que em São Paulo é de R$ 3,6 mil.
“Queremos o reconhecimento por parte do Estado”, pontua.
Procurada pela reportagem, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou não ter informações a respeito das reivindicações.
Fonte: ALINE MARTINS- ADPESP

APROVADO O PLANO DE GREVE DA POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO

ASSEMBLÉIA DECIDE O FUTURO DA POLíCIA CIVIL PAULISTA
A Assembléia Geral realizada hoje, 28/5, na sede da ADPESP – Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, com a presença de cerca de 300 Delegados decidiu o futuro da Polícia Civil paulista.
Os Delegados de Polícia aprovaram, esta noite, um plano de greve em beneficio do retorno da eficiência da Polícia Civil.
O objetivo é recuperar e reestruturar a instituição que já não atende mais às necessidades da Sociedade.
“Desta vez estamos juntos com todas as carreiras policiais civis.
Vamos dar início a uma campanha publicitária para mostrar à sociedade como a Polícia poderia ser caso o Governo estivesse mais próximos de nós”, destaca Sergio Roque, presidente da ADPESP.
Essa atitude visa preparar a sociedade para um momento de greve, pois paralisações do serviço público trazem grandes prejuízos à população.
Por isso as entidades pretendem discutir o assunto com antecedência, para que, de alguma forma, a sociedade esteja preparada.
Ainda dentro do projeto de greve os policiais pretendem viajar pelo Interior do Estado sempre acompanhados por representantes das diversas carreiras da Polícia Civil (delegados, investigadores, escrivães, agentes, carcereiros etc.), quando mobilizarão a categoria e darão explicação à sociedade, por meio de reuniões com entidades locais como OAB, Associação Comercial, Igreja, etc.
“Buscamos ser a Polícia que São Paulo merece, mas o governo tem sido insensível aos nossos anseios e isso é preocupante”, avalia o diretor da ADPESP, André Dahmer. ( ele fala dos honestos é claro )
Todo esforço que vem sendo feito em benefício da instituição reflete diretamente na sociedade, a luta dos policiais traz consigo não apenas uma causa trabalhista, mas a salvação da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

PODERIA SER TEU IRMÃO, MARIDO OU FILHO…SERIA JUSTO?

A verdade nos porões da Ditadura
Por Daniel Santini daniel.santini@folhauniversal.com.br
Luiz Eduardo Merlino, de 23 anos, jornalista, militante do Partido Operário Comunista, morreu em 19 de julho de 1971.
O corpo foi encontrado pelo cunhado dele, o delegado Adalberto Dias de Almeida.
O policial ficou abismado com as marcas de violência no cadáver do parente, largado sem nenhum registro no Instituto Médico Legal de São Paulo.
Oficialmente, Merlino foi atropelado. Até hoje, no atestado de óbito providenciado na época, há apenas a informação de que, dias depois de ser preso no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna, o temido DOI-CODI de São Paulo, Merlino decidiu pular em frente a um carro na BR-116, a caminho do Rio Grande do Sul.
Inconformada, a mulher de Merlino, Angela Mendes de Almeida, e a irmã dele, Regina Merlino Dias de Almeida, decidiram entrar na Justiça para alterar os registros oficiais e atribuir as torturas que resultaram na morte do jornalista ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, antigo chefe do DOI-CODI.
Há diversas testemunhas de que ele foi espancado, entre elas o atual ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, um dos presos no local na época.
A família quer que a Justiça reconheça que Ustra, como funcionário do Estado, foi responsável pela tortura e morte.
Não quer indenização e nem espera que o coronel seja preso.
Ao abrir o processo, quer apenas que ele admita a responsabilidade pelo crime. “Uma morte não resolvida não pode ser esquecida. Nosso luto continua“, diz a ex-companheira de Merlino. “O que a gente quer é a verdade”, completa a irmã.
Trata-se da segunda ação do gênero contra Ustra em função de torturas ocorridas durante a Ditadura Militar. Responsável por um dos órgãos repressivos mais violentos do período, o militar responde também a um processo movido pelo casal Maria Amélia Teles e César Teles, detidos junto com os filhos, Janaína e Edson, na época com 5 e 4 anos.
O casal Teles relata violências constantes enquanto esteve preso. “Não dá para esquecer a tortura. Ela lesa não só a pessoa, mas todos ao redor.
É importante a gente lembrar para que tais fatos não se repitam”, prega Maria Amélia. Anistia Em ambos os casos, a defesa de Ustra se baseia na Lei de Anistia, de 1979, que prevê perdão para os crimes políticos ou praticados por motivação política.
Foi com base nesse argumento que o advogado Paulo Esteves conseguiu que o desembargador Luiz Antônio de Godoy, do Tribunal de Justiça de São Paulo, suspendesse a primeira audiência do caso Merlino, inicialmente marcada para 13 de maio.
A questão gera polêmica. “Quando atuava como promotor, tomei a iniciativa de processar o capitão Ramiro, que havia declarado que matou o Vladimir Herzog.
O inquérito acabou trancado com base na Lei de Anistia”, diz o secretário de Justiça e Cidadania de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, referindo-se à entrevista que o militar Pedro Antônio Mira Granciere(investigador de polícia) concedeu à revista “Isto é Senhor” de 25 de março de 1992, na qual afirmava estar ligado à morte do jornalista Herzog. “Acho difícil eles conseguirem provar, na Justiça, a culpa do coronel. Muito tempo passou, mas é importante essa discussão, é importante que as pessoas saibam o que aconteceu”, diz o secretário Marrey.
“Há muita controvérsia jurídica sobre a abrangência da Lei de Anistia”, pondera o ministro Vannuchi, testemunha de acusação contra o militar aposentado. “Se a família e o coronel entrarem com recursos, em algum momento a questão chegará ao Supremo Tribunal Federal, e aí será decidido se a Lei de Anistia serve para agasalhar torturadores. Se servir, aceitaremos e não se fala mais nisso”, completa.
Entre as testemunhas de defesa do coronel Ustra está o ex-presidente e hoje senador José Sarney (PMDB-AP), que já escreveu artigos sobre a pressão que o militar está sofrendo e, em um deles, ao comentar a Lei da Anistia, alfinetou: “não remexamos esses infernos, porque não é bom para o Brasil”. (não é bom para ele – SARNEY – grande beneficiário das atrocidades)
O advogado Paulo Esteves segue o mesmo tom e fala até em “instabilidade no País”.
O coronel Ustra não quis se pronunciar.