Sargento da Rota foi indiciado por homicídio qualificado e fraude processual por matar o policial civil Rafael Moura da Silva 8

Polícia aponta fraude processual no caso de PM que matou agente em operação

“O sargento da Rota Marcus Augusto Costa Mendes foi indiciado por homicídio qualificado por matar com tiros à queima-roupa o policial civil Rafael Moura da Silva em uma ‘biqueira’ na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, no último dia 16 de julho.”

A investigação sobre o caso em que o sargento Marcus Augusto Costa Mendes, da Rota, matou o policial civil Rafael Moura da Silva em uma “biqueira” na zona sul de São Paulo, revelou prática de fraude processual.

O crime ocorreu em 16 de julho, durante uma operação policial na região do Campo Limpo, e foi amplamente registrado por câmeras corporais e de segurança.

Conforme apurado por Renan Porto no Metrópoles, o sargento foi indiciado por homicídio qualificado e também responderá por tentativa de homicídio contra outro policial baleado de raspão.

Os delegados que assinaram o relatório final do inquérito — Fernando César de Souza e Antônio Giovanni de Oliveira Almeida Neto — afirmaram que o depoimento do sargento foi desmentido pelas provas coletadas, incluindo as imagens das câmeras corporais.

“Não houve agressão, nem atual e nem sequer iminente — muito menos injusta — a ser repelida”, dizem no documento.

As imagens mostram que Marcus Augusto avançou rapidamente até o local e abriu o portão com uma chave, efetuando quatro disparos mesmo após a vítima se identificar como policial.

Uma das principais contradições apontadas é o depoimento do sargento sobre a chave usada para acessar  a suposta biqueira.

Marcus afirmou tê-la encontrado no chão segundos antes, mas colegas e câmeras de segurança indicam que ele já estava de posse da chave antes da operação.

O sargento não apresentou o objeto à polícia e se negou a responder perguntas sobre ele, o que reforça a suspeita de fraude processual ou eventual associação criminosa com os traficantes daquele local.

O caso reforça a importância do uso de câmeras corporais e de mecanismos legais e materiais   de proteção para garantir a transparência e a responsabilização em operações policiais, especialmente aquelas envolvendo mortes .

A investigação prossegue na Corregedoria Geral para apurar todos os aspectos do episódio .


Fonte:
PORTO, Renan. “Polícia vê fraude processual de PM que matou agente em biqueira”, Metrópoles, 11/11/2025.https://www.instagram.com/reel/DMYdUrdosF4/