O encontro do Governador com os mendigos de palácio 11

O presidente da ADPESP saiu feliz com a promessa de uma foto ao lado de Tarcísio de Freitas , com a certeza de que cada policial civil poderá lhe render 3 votos nas próximas eleições para ALESP .

Mesa de Banquete Invisível

Palácio do Governo, segunda-feira à noite.

Aposentados famintos esperando por um encontro igualzinho criança espera Papai Noel em compras: todo mundo sabe que não virá , mas vai que desta vez acontece o milagre.

Conta-se piadas sobre reforma da previdência (ninguém ri),  olha-se para o relógio como quem assiste filme de terror: cada minuto passado  é um novo susto.

O garçom não passa, a água  – podre – é de torneira da Sabesp , e o cheiro é de promessa de 2022,  requentada.

Lá dentro, o Governador – ao lado do delegado Nico – faz discurso de orçamento com cara de quem perdeu o talão de cheque.

“Estamos estudando”, diz ele, girando a palavra “estudo” como quem chupa bala para enganar a fome.

Ninguém menciona café , porque cafezinho só para quem é da casa.

Café para policiais , só em fotografia de campanha.

Até porque não se quer café ; busca-se benesses !

No final, nos dizem para compartilhar a foto nas redes — porque o que não vai para o Instagram, não existe.

E o aviso: “A eleição é ano  que vem.”

A saída é simples: ou o presidente da  ADPESP  vira meme ou continuará esperando um convite para banquete invisível.

Talvez um convite para a pizza de muçarela com cerveja barata na pizzaria da mulher do  Delegado Nico.

Para os operacionais da Polícia Civil e aposentados ,  dizem pelas mais línguas que, se esperando  mais um pouco,  pela reestruturação , pode aparecer até pão de queijo…

Mas só se a gente levar de casa e dividir com a segurança.

Porque promessa do Tarcísio de Freitas,  meu caros , nem refrigerante quente acompanha.

Diz ele: a  lei de responsabilidade fiscal proíbe …

Salvo quando é para dar dinheiro para um Vorcaro da vida!


Flit Paralisante em seu estado de arte coletiva , destacando que o texto foi desenvolvido sob inspiração do leitor “Delta Desiludido” :

Nobres colegas caíram no canto da sereia e tomaram banho de cocô desse “presidente” que até ontem ninguém conhecia. Ele só tem um único objetivo com esses grupos “Resiste” (que não resiste à nada) e “Guerreiros” (que não tem forças pra nada): voto nas eleições estaduais. Na cabeça de vento e cheia de implante dele, cada policial civil e seus respectivos familiares renderiam de 3 a 5 votos para ele, sendo o suficiente para se eleger deputado estadual. E os bravos colegas delegados da falida PCSP foram os “otários” da vez, ludibriados por quem se acha “esperto”. Fica a lição de um “passa moleque” dado em uma classe inteira de uma só vez.

Presidente da ADPESP é um pelego – Discurso do Deputado Reis sobre o passa-moleque oportunista da Associação dos Delegados submissa ao governo 12

#DeputadoReis#PolíciaCivilSP#FamíliaPolicialEstive na manifestação dos policiais e vi algo que me lembrou os velhos tempos de “pelegagem”: um movimento que tinha tudo para crescer foi esvaziado após um acordo silencioso entre o presidente da Associação dos Delegados e o governo. Representantes classistas e até parlamentares foram impedidos de falar, o que enfraqueceu a mobilização e decepcionou quem saiu de casa para protestar.

Este vídeo expõe o que realmente aconteceu: quem tentou calar quem, por que isso enfraquece a luta e o que precisamos fazer para impedir que a história se repita. A polícia de São Paulo merece liderança, coragem e unidade — não acordos feitos nas costas da categoria:

Segue a transcrição do discurso :

“Saúdo o presidente, deputado Carlos Giannazi, também o público presente, os funcionários desta casa, cumprimentar também os membros da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica e também todos aqueles e aqueles que estão nos acompanhando pela Rede ALESP.

Presidente, deputado Carlos Giannazi, eu trabalhei lá na Tinken do Brasil, uma metalúrgica que ficou ali na Chácara Santo Antônio. E às vezes tinha aquele movimento de luta, movimento de greve dos trabalhadores metalúrgicos por melhores atualizações, melhores condições de trabalho. E é o que está acontecendo hoje na polícia, com os policiais civis, policiais técnicos-científicos, policiais penais, os veteranos e os policiais militares que se manifestam, mas eles não podem participar de movimento armado, né? Então, a Constituição veda uma série de ações, mas elas têm externada a insatisfação com o governo que aí está. Governo de plantão, porque o governo não é eterno, daqui a pouco ele vai embora, né? Nada é eterno, só eterno Deus. O resto tem prazo de validade. Tem lá um carimbo, como vai do supermercado: válido até 31/12, de 27, assim vai, o de 2026.

E ontem eu fui até a manifestação dos policiais, e Vossa Excelência também estava lá. A deputada também Mônica Seixas estava lá, o deputado Palumbo estava lá. Eu achei muito estranho como aquela manifestação se deu. Eu lembrei muito da época das greves dos metalúrgicos, que a gente comentou ou falou que o presidente do sindicato era um pelego. Vossa Excelência lembra disso, né? Uma pelegagem. Ou seja, ele usava os trabalhadores para fazer o movimento grevista, depois ia lá, sentou-se com o patrão e negociou com o patrão nas costas dos trabalhadores. E ontem eu fiquei assim observando que parece que aconteceu isso com o presidente da associação dos delegados, porque eles tiraram o movimento e é o que me parece o secretário interino da insegurança pública, porque não dá para se falar que nós temos segurança pública em São Paulo, né? Capão Redondo, primeiro lugar em roubos e furtos, Campo Limpo em segundo, Pinheiros em terceiro, né?

Então, o secretário interno da insegurança pública o chamou para fazer um acordo para que desmantelassem o movimento, para que o movimento não acontecesse. E, se acontecer, que não seja voz para os representantes classistas e também para os parlamentares. E foi o que aconteceu. E foi o que aconteceu. Até o delegado Palumbo subiu na carruagem do Dr. André e não conseguiu falar. Eu achei muito estranho aquilo ali. Eu achei muito estranho. Isso enfraquece o movimento, esse movimento que poderia ficar forte, se multiplicar no estado, ele foi enfraquecido da forma como aconteceu. Da forma como aconteceu.

Eu achei até estranho porque o presidente da associação falou: “Ah, eu fui lá na Assembleia e não falei”. É fato que tivemos uma sessão solene aqui, que a Assembleia fez o cerimonial e essa mesa não cabe a todo mundo, né? Então foi convidada algumas pessoas para a mesa, mas ao que me parece ele não foi convidado, ficou ressentido, né? Não tem relação nenhuma com o movimento. Isso não tem relação nenhuma com o movimento.

Então eu vim aqui para dizer do meu repúdio ao comportamento do presidente da associação dos delegados. Cerceando a voz dos representantes classistas. Nenhum representante, nenhum, ó, nem o presidente do sindicato dos investigadores, nem o presidente do sindicato dos escrivães, da associação, o presidente dos peritos criminosos, nenhum representante classista pôde subir na sua carruagem para falar sobre o movimento, sobre o protesto contra o tratamento que o governo está dando para os policiais em São Paulo.

Fica aqui o repúdio, porque eu entendo que isso enfraquece o movimento e isso traz desconfiança daqueles que vieram de suas casas e foram lá no Largo São Francisco e que viram apenas uma pessoa falando o tempo todo e não deu voz para aqueles que representam os policiais em São Paulo. Vossa Excelência estava lá e Vossa Excelência comprovou tudo o que eu estou falando. Inclusive pedia a ele: “Olha, coloca em votação.” Então, não, mas eu fiz um acordo. O governo chamou-o para um acordo. O governo também com essa atitude mostra um governo mesquinho. O governo não tem necessidade de fazer isso. Ele não tem necessidade de calar a boca daqueles que querem falar. Ele não tem necessidade de fechar a boca daqueles que querem externar sua liberdade de expressão.

Então, não dá para compactar com isso, não dá para aceitar esse comportamento. E o que me cabe é vir à tribuna e falar em nome daqueles que não tiveram voz na data de ontem. Senhor presidente, muito obrigado.

Muito obrigado, deputado Reis”

Do Metrópoles – Policiais de São Paulo marcam protesto contra Derrite: “Mentiu” 9

Protesto é convocado por 22 entidades ligadas às polícias Civil e Militar, que acusam Derrite e Tarcísio de descumprirem promessas

Renan Porto

14/11/2025 03:00, atualizado 14/11/2025 07:40

KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

O deputado Guilherme Derrite PP-SP, relator do PL Antifacção, deixa o plenário da Câmara dos Deputados Metrópoles 4

Vinte e duas entidades que representam policiais civis e militares de São Paulo marcaram para a próxima semana protesto contra a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário da Segurança Pública licenciado, Guilherme Derrite (PP). O grupo acusa as autoridades de “descaso” com as categorias e de não cumprir uma série de promessas feitas durante a campanha eleitoral e o governo.

O ato está previsto para a próxima terça-feira, dia 18 de novembro, no Largo São Francisco, na região central da capital, às 14h.

No caso da Polícia Civil, a demanda mais sensível é a demora na apresentação da minuta da nova Lei Orgânica. Para André Santos Pereira, presidente da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo e coordenador do Fórum Resiste-PC, Derrite “mentiu” ao dizer que enviaria o texto para a Assembleia Legislativa. Nos últimos dois anos, o tema foi discutido em grupos de trabalho, sem participação direta da categoria.

“Agora faltam poucos dias para a Assembleia Legislativa encerrar os seus trabalhos. E Vossa Excelência não encaminhou nossa lei orgânica para Alesp, muito menos debateu uma minuta concreta conosco. Prometeu, não cumpriu, mentiu”, disse André Santos. “Começou e não terminou, é incompetência”, complementou o delegado em entrevista ao Metrópoles.

No caso da Polícia Militar, a cobrança é por um reajuste linear para a categoria. “A inflação que atinge o soldado atinge também o coronel. Foram várias promessas [do secretário], como se fosse um messias, um salvador. Mas as coisas estão desse jeito”, afirma o veterano Aurélio Gimenes, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar de São Paulo (Aspraças).

O protesto deve ocorrer enquanto o secretário Guilherme Derrite está licenciado do cargo para relatar na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Antifacção proposto pelo governo federal. Até o momento, ele apresentou quatro versões do texto, que desagradaram a oposição e aliados.

Derrite chegou a propor a necessidade de comunicar autoridades estaduais sobre eventuais aberturas de investigações da Polícia Federal (PF), o que foi duramente criticado e obrigou o parlamentar a recuar.

“O secretário da Segurança deveria integrar as forças de segurança, e não dividir. Seja polícia militar, civil ou federal”, afirma Gimenes.

Lei Orgânica

A atual Lei Orgânica da Polícia Civil está em vigor desde 1979. A proposta de nova legislação é modernizar o regramento da instituição, com reestruturação do plano de carreira, reajuste salarial, regulamentação da jornada de trabalho, saúde, previdência e defesa das prerrogativas funcionais.

Em novembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, unificando as regras sobre os direitos, os deveres e as garantias da classe nos estados. Enquanto em outros estados a legislação foi atualizada, em São Paulo não houve mudança.

As entidades ligadas à Polícia Civil afirmam que a categoria foi excluída do debate. Em 9 de janeiro, Tarcísio de Freitas estabeleceu, em publicação no Diário Oficial, que caberia ao coronel da reserva da Polícia Militar Paulo Maculevicius Ferreira comandar as discussões sobre a Lei Orgânica.

Diante da repercussão negativa, houve mudança, e o escolhido foi o militar Fraide Sale, coronel da reserva do Exército, deixando o grupo sem representantes da Polícia Civil.

“A nossa polícia civil merece uma lei orgânica moderna, a atual é de 1979; ela merece ser valorizada, com reajuste e um plano de carreira, que contemple, de fato, esses profissionais que são vocacionados e responsáveis por fazer a nossa segurança pública”, afirma André Santos Pereira.

“O senhor esteve aqui na Associação dos Delegados na campanha em 2022, ouvindo quais eram as necessidades da Polícia Civil, saindo daqui com a narrativa de campanha para pedir voto aos mais de 45 mil policiais entre ativos e aposentados. Mais uma vez, prometeu, não cumpriu, mentiu!”

Investigação criminal é função típica da Polícia Civil e da Polícia Federal, diz CNJ sobre mandados requeridos pela PM 18

PM, vá às ruas, mas não mate. Polícia Civil, cumpra os seus deveres investigatórios. Essa é a lição que a Constituição nos ensina. O CNJ, ao fortalecer esses limites, está protegendo o Estado Democrático de Direito e a fiscalização do nosso sistema de justiça” – Dr. Mariz de Oliveira

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reforçou, por meio de recomendação aprovada em 28 de outubro de 2025, os limites constitucionais à atuação da Polícia Militar (PM) em investigações criminais comuns, orientando magistrados a não aceitarem pedidos feitos diretamente pela PM sem a ciência e manifestação prévia do Ministério Público (MP).​

A recomendação do CNJ reafirma que a atribuição de condução de investigações criminais e pedidos de medidas judiciais, como mandatos de busca e apreensão, é exclusiva das Polícias Civis e Federais, nos termos do artigo 144 da Constituição Federal.

À PM cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública, sendo vedada sua atuação investigativa em crimes comuns, salvo em situações de crimes cometidos por seus próprios integrantes.​

Segundo o texto aprovado, qualquer pedido da PM relacionado a medidas judicializadas – como buscas domiciliares – deve ser solicitado previamente ao MP.

Caso o órgão ministerial não subscreva o pedido, o magistrado é obrigado a avaliar expressamente a legitimidade do pedido e sua compatibilidade com a Constituição.

Contudo : o cumprimento das ordens judiciais nessas situações deve ter acompanhamento de Delegado de Polícia Judiciária ou de Promotor de Justiça.

A decisão foi motivada por representações da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) – com a brilhante sustentação oral do Excelentíssimo Doutor Antonio Cláudio Mariz de Oliveira – após constatação de atuação investigativa da PM em situações como prisões por roubo e ações na Cracolândia, em que mandados de busca obtidos foram solicitados diretamente ao Judiciário, sem participação do MP ou da Polícia Civil.​

O conselheiro relator, Pablo Coutinho Barreto, justificou que a investigação criminal é função típica da Polícia Civil e da Polícia Federal, e que a segurança pública deve se dar nos limites legais e constitucionais, para evitar usurpação de competência e excessos que possam afrontar direitos fundamentais.​

O CNJ fundamentou a decisão em precedentes do STF e do STJ, além das condenações internacionais do Brasil por usurpação de função investigativa por agentes militares.

Fazendo-se referências a condenação feita pela  Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso de escuta telefônica realizada pela PM do Paraná ( Escher vs. Brasil ) , destacando a ilicitude das provas com a  de violação do devido processo legal por investigações efetivadas por policiais militares.

Em resumo , o CNJ reforça que a PM está constitucionalmente impedida de investigar crimes comuns; especialmente de requerer diretamente medidas processuais a juízes criminais e que toda atuação investigativa deve obrigatoriamente passar pela polícia judiciária (Civil ou Federal) e pelo Ministério Público, preservando o devido processo e os limites constitucionais das funções policiais.​

[1:18:17] Item 3 – Procedimento de Controle Administrativo 0007326-35.2023.2.00.0000

Dr. André Santos Pereira Promove Reforma Histórica no Estatuto da ADPESP para Corrigir Injustiças e Fortalecer a Democracia Interna 25

O presidente da ADPESP, Dr. André Santos Pereira,  apresentou uma proposta de novo estatuto que merece reconhecimento público pelo Flit Paralisante.

Sua iniciativa demonstra sensibilidade e compromisso com a justiça, ao corrigir distorções históricas que afetavam associados veteranos, especialmente aqueles que, por motivos alheios à sua conduta  estritamente funcional,  foram perseguidos e atingidos por demissão simples e automaticamente excluídos da entidade perdendo em momento de extrema dificuldade os direitos de assistência jurídica e plano de saúde , além de se tornar um pária entre os antigos pares.

A redação do artigo 52, que trata da exclusão por perda do cargo, foi aprimorada para exigir o trânsito em julgado de decisão judicial antes da aplicação da medida.

Isso representa um avanço significativo, pois evita que delegados sejam expulsos sumariamente dos quadros da entidade; sem garantias processuais e apenas por uma decisão administrativa.

A mudança reconhece que a perda do cargo não deve implicar na automática exclusão da entidade, especialmente quando não há relação direta com o exercício profissional.

A ADPESP não pode ser avalista de decisões arbitrárias da Administração .

Um delegado pode se tornar  inimigo da DGP , do Secretário e do Governador defendendo as prerrogativas da classe .

Outro ponto fundamental é a correção da equivocada premissa de que aposentados, para os fins da classe ,  “deixam a carreira”.

A nova redação garante que a aposentadoria não implica perda de vínculo com a ADPESP, preservando direitos conquistados ao longo de décadas de contribuição.

E coloca fim no etarismo .

Aposentado não pode ser tratado como coisa velha e passada.

A proposta também reforça o devido processo legal ao transferir a competência para apreciar faltas e propor sanções da Diretoria Executiva para o Conselho de Ética, e reserva à Assembleia Geral a decisão final sobre exclusão de associado (exceto por inadimplência).

E aqui uma ressalva: uma das finalidades da ADPESP é a prestação de assistência aos seus membros ; assim acreditamos que deve ser analisada as razões da inadimplência.

Muitas vezes por motivo de infortúnios familiares e graves doenças .  

Isso amplia a fraternidade , o  contraditório e a ampla defesa, fortalecendo a democracia interna da entidade.

A inclusão formal de pensionistas e voluntários no quadro social é outro avanço.

A reorganização das categorias, com a criação da categoria “Facultativos” e a redefinição dos “Previdenciários”, permite uma classificação mais justa dos contribuintes da carteira securitária que não pertencem à carreira.

Essas mudanças representam um passo importante para tornar a ADPESP mais justa, democrática e inclusiva.

Outra ressalva, não se deve permitir reeleição da presidência; considerando que o tempo de mandato é bastante razoável.

A reeleição da presidência, ainda que por apenas mais um mandato de três anos, pode gerar a perpetuação de grupos e a formação de “oligarquias classistas”, prejudicando o salutar revezamento e a renovação democrática da entidade.

Considerando que o mandato é de três anos, o ideal seria vedar a reeleição, garantindo que novas lideranças possam assumir a condução da ADPESP, com continuada renovação; evitando o risco de estagnação e fortalecendo a democracia interna.

Sem embargo , apesar das críticas recentes à sua atuação, que apontam para uma postura moderada e questionam sua efetividade na defesa dos direitos funcionais e previdenciários da classe, a proposta de reforma do estatuto representa um avanço concreto e positivo para a entidade.

Assim , por dever, o Flit Paralisante reconhece o esforço do Dr. André Santos Pereira e convida a categoria a debater e apoiar essa proposta, que pode corrigir injustiças históricas e fortalecer a ADPESP para os desafios do futuro.

EXCLUSÃO POR PERDA DO CARGO
A redação do artigo sobre a exclusão de associado que deixa de pertencer à carreira foi aprimorada para especificar que a medida ocorrerá após o trânsito em julgado de decisão judicial (artigo 52).

APOSENTADOS NÃO DEIXAM A CLASSE!
A alteração do art. 52 corrige uma equivocada premissa de que os aposentados “deixam de ser membros da classe”, quando da aposentação. O aposentado deixa o exercício das atribuições do cargo , mas permanece vitaliciamente a ele ligado por força de direitos instrínsicos à carreira.

PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
A competência para apreciar faltas e propor sanções (suspensão ou exclusão) passa da Diretoria Executiva para o Conselho de Ética, e a decisão final sobre a exclusão de associado (exceto por inadimplência) caberá à Assembleia Geral, garantindo maior contraditório e ampla defesa (artigos 12, 14 e 49).

INCLUSÃO DE PENSIONISTAS E VOLUNTÁRIOS
A proposta expande o quadro social para incluir formalmente “Pensionistas” cônjuges/companheiros(as) de delegados(as) falecidos(as) e “Voluntários” (filhos(as) e exdelegados(as) que deixaram a carreira voluntariamente), definindo seus direitos e deveres específicos (artigos 6º, 8º, 9º e 10º).
REORGANIZAÇÃO DAS CATEGORIAS
A categoria “Previdenciários” foi redefinida e uma nova categoria “Facultativos” foi criada para melhor classificar os contribuintes da carteira securitária que não pertencem à carreira (artigo 8º).
DIREITOS DOS PENSIONISTAS
Garante-se aos associados pensionistas o direito à assistência jurídica e à frequência das sedes e colônias, embora sem direito a voto ou a serem votados (artigos 9º, §1º e 10º, §3º).

André Santos Pereira: O Presidente da ADPESP que Fala para as Câmeras e Cala para o Governador 45

Enquanto coleciona entrevistas na mídia, o presidente da ADPESP é ignorado pelo governador , por quem nunca foi recebido para exigir os direitos da Polícia Civil.  Sem luta contra a desigualdade previdenciária, sem voz na PEC da Segurança e com cargos de comando reduzidos a subalternos administrativos , sua suposta  moderação é, na prática, conivência com a desmoralização institucional da carreira.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), André Santos Pereira , tem sido alvo de críticas por parte de setores da categoria, de que o acusa de ineficácia na defesa dos direitos funcionais e previdenciários de delegados e policiais civis.

Apesar de sua atuação visível na mídia e nos fóruns institucionais, há um descontentamento crescente entre delegados que consideram sua passividade na reversão de reformas políticas , entre as quais a desigualdade imposta pela reforma previdenciária sob o governo Bolsonaro, que favoreceu a Polícia Militar em detrimento da Polícia Civil.

Críticas à Atuação na Defesa da Polícia Civil

A principal crítica direcionada a Pereira é a ausência de ações concretas para implementação de uma nova lei orgânica estadual em conformidade com a legislação federal e para revogar o tratamento desigual dado aos policiais civis , especialmente as mulheres, nas reformas previdenciárias.

Enquanto a PM obteve benefícios como regras diferenciadas de aposentadoria, a Polícia Civil foi submetida a condições mais rigorosas, sem que a ADPESP promova mobilizações efetivas ou ações judiciais de impacto para contestar essa desigualdade.

Muitos delegados exigem que a entidade adote uma postura mais combativa, semelhante a outras categorias policiais, em vez da opção por um discurso asséptico, superficial   e pouco incisivo.

Uma das críticas mais contundentes é apesar da moderação e alinhamento, o presidente da ADPESP nunca foi recebido pelo governador para tratar de assuntos de interesse da classe; entre eles o fim da delegação de competências ao Secretário de Governo em relação aos cargos de confiança na estrutura policial, ou seja, do Delegado Geral adjunto, Diretores de Departamento e Seccionais.

Prática governamental que vem dando motivos para suspeita sobre apadrinhamentos nada republicanos, com a blindagem do governador quanto à eventuais responsabilidades legais e políticas. Sem falar na diminuição da importância dos cargos, nesta gestão relegados a de baixo escalão.

Posicionamento na PEC da Segurança Pública

Outro ponto de controvérsia é o posicionamento da ADPESP sobre a PEC da Segurança Pública (PEC 18/2025) .

Embora Pereira tenha se manifestado publicamente, seu discurso foi criticado por repetir narrativas da direita , especialmente ao enfatizar a suposta perda de autonomia dos estados sem apresentar alternativas estruturais.

Em artigo débil publicado no DefesaNet , ele argumenta que mudanças nas competências trariam “efeitos colaterais imprevisíveis” e defende o “caminho dos consensos”, mas não propõe soluções concretas para fortalecer a Polícia Civil com garantias de prerrogativas funcionais e  recursos adequados.

Essa postura é vista por muitos como falta de ousadia e visão estratégica , limitando-se a rejeitar mudanças sem oferecer contrapontos técnicos consistentes.

Conexão com o Governo e Projeção Política

Embora André Santos Pereira mantenha visibilidade midiática e participe de debates importantes, como no programa Visão Crítica da Jovem Pan e no Domingo Espetacular da TV Record, sua liderança é questionada por falta de resultados práticos .

A ausência de mobilizações efetivas contra  as reformas lesivas, a postura conservadora na PEC da Segurança e o distanciamento das bases operacionais têm alimentado um clima de desconfiança.

Para muitos delegados, a ADPESP precisa de uma nova direção – muito  mais combativa, técnica e representativa –  capaz de lutar eficazmente pelos direitos da Polícia Civil.

A visibilidade de André Santos Pereira, presidente da ADPESP, tem sido interpretada por setores da Polícia Civil como instrumentalizada para autopromoção e alinhamento com o governo estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) , em vez de se concentrar na defesa efetiva dos direitos da categoria.

Embora ele critique fingidamente uma e outra  medidas do governo, sua atuação é marcada por uma proximidade evidente com o poder executivo estadual, o que alimenta a suspeita de que sua liderança visa, em última instância, construir capital político para uma eventual candidatura ao legislativo. 

A proximidade com o governo estadual é reforçada por sua presença constante em veículos de mídia alinhados ao cenário político atual, como Jovem Pan e Band, onde discute segurança pública com discursos alinhados à  falaciosa agenda de “valorização das forças de segurança” promovida por Tarcísio.

A crítica à PEC da Segurança Pública, embora apresentada como defesa da autonomia estadual, repete os mesmos argumentos de direita, sem propor alternativas progressistas ou de fortalecimento institucional da Polícia Civil, o que reforça a percepção de que sua atuação é mais direcionada para construir uma imagem de líder técnico e moderado , viável para o cenário eleitoral.

Moderado ou oportunista .

Nesse sentido , uma das críticas mais contundentes é que apesar dessa suposta moderação e alinhamento às ideologias do governo , o atual presidente da ADPESP nunca exigiu ser recebido pelo governador para tratar dos importantes  assuntos de interesse da classe e da Segurança.

Redução do Prestígio dos Cargos Policiais

A consequência dessa dinâmica é a notória desvalorização da Polícia Civil , que passou a ter status muito mais administrativo do que estratégico.

Até as funções antes consideradas pilares de comando e prestígio funcional , como as Diretorias de Departamento e Seccionais, agora figuram como posições de nível  subalterno ,  dependentes  de agentes políticos – alguns  militares  – com maior acesso político.

Delegados que ocupam esses cargos relacionam perda de influência e autonomia decisória ; um reflexo direto do modelo de militarização adotado pelo governo estadual.

Os demais foram relegados a meros burocratas, conforme os anseios de outras instituições : “polícia cartorial”.

Descontentamento Interno e Pedidos de Renúncia

O desgaste interno na ADPESP é evidente.

Há relatos de que centenas de  delegados já manifestaram publicamente a insatisfação com a atual diretoria , chegando a defender a renúncia do presidente e a convocação de novas eleições para renovar a liderança da entidade.

A percepção é de que a associação, em vez de ser um braço ativo de defesa da carreira, tem se comportado como um órgão meramente recreativo , distante das reais demandas dos profissionais que atuam na linha de frente da investigação criminal.

Os Delegados de Polícia não querem um bom-prato e colônias de férias baratas para poucos.

Querem protagonismo e liderença.