Tarcísio  vai ter que construir um presídio especial só para os fiscais…Tem mais  bandidos no Fisco do que nas duas polícias 14

Hoje é mais fácil ser atendido pelo Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do que encontrar um agente fiscal que se digne a atender gratuitamente um advogado para revalidar uma guia de ITCMD juntada em autos de inventário.

Espero que o MP faça uma devassa …Se quebrar o sigilo fiscal e bancário da parentela dessa casta ficarão pouquíssimos em liberdade.

“Coronel Pode Cascata ” – Mais falso do que nota de três real …Era uma vez, no longínquo ano de 1998, numa pobre circunscrição policial dos confins de São Vicente. 14

Mais falso do que nota de três reais

O outro lado de uma ocorrência que o coronel nunca narrará: ou quando o policial morto é investigado pela própria corporação como  ladrão!

Era uma vez, no longínquo ano de 1998, numa pobre circunscrição policial dos confins de São Vicente.

No meio da tarde, a rádio sacode o ambiente com sucessivos pedidos de reforço: um possível sequestro e iminente confronto entre marginais e a Polícia Militar da Ciª local agitam a área.

Como ainda eram bons tempos em que uma polícia copiava o rádio da outra, acorreram ao local dúzias de viaturas ; desde a polícia florestal até o Garra da Seccional de Santos , além de rondas de distritos da cidade.

Só não havia ronda na “nossa”  Circunscrição , pois ainda não recebêramos uma nova viatura , ou melhor , uma viatura velha de outro DP mais importante , melhor aquinhoado com uma novinha .

Verdadeiramente, era assim que funcionava para os patinhos feios.

Pois bem , tal acontecimento se deu uma semana depois do triste homicídio de um policial rodoviário na Via Anchieta , região de Cubatão, possivelmente na perigosa cota 200. Diga-se, uma pessoa muito querida na comunidade local e policial ; bastante alegre! Alguém que aparentava estar de bem com a vida.

Estranhamente, uma equipe , ou melhor , uma Cia inteira do reservado do Batalhão de São Bernardo do Campo  –  um pessoal com estilo muito mais para bandidos do que qualquer outra coisa que lembrasse serem policiais –  fez uma incursão   na “nossa”  área para investigar o crime.

A “nossa” é modo de falar, pois nunca fui dono de fazendinha!

Absurdamente, segundo eles – o tal “reservado que mais parecia de uma latrina” – o policial rodoviário – morto em serviço de rotina –  era ladrão de cargas e tinha sócios caminhoneiros no bairro em que residia.

E chegaram chegando na casa do caminheiro como se fossem os proprietários da região ,   mas cuja esposa , muito assustada , passou a gritar para a vizinhança chamar a polícia pois estavam sendo assaltados . 

Polícia…polícia…190…190 …Tem bandido querendo invadir a minha casa…

O marido , acho que um Sérgio de tal , atrás de um portão de ferro – o cavalo mecânico era guardado em seu quintal – pegou uma espécie de escopeta velha para se defender dos assaltantes.

Qual o quê, só não morreu em razão da pronta chegada dos policiais da  Cia do, então ,  distante  bairro   de São Vicente.

E não houve troca de tiros por mera sorte!

O que se viu depois foi o espancamento do dono da casa, ofensas morais à esposa e tortura de um rapaz – um técnico de eletrônica pessoa ilibada – que estava instalando um computador para o filho do dono da casa.

Foi humilhado e violentado!

Depois de toda barafunda de amadores da polícia militar metidos a investigadores , se apresenta ao DP  um flagrante de formação de quadrilha , com base nos componentes eletrônicos , bem vagabundos , sem nota,  de um único computador , além de  uma caixa de cadernos escolares e a escopeta improvisada .

Na época praticamente todo caminhoneiro levava consigo na cabine uma escopeta, coisa do tipo feita na serra e esmeril .

A ocorrência foi apresentada por um jovem Tenente bem falante ,  acho que meio loiro ,  desses faladores  que até espumam pelo canto dos lábios, simpático , etc. e tal , com quem conversei por um bom tempo , até que uma equipe de outro distrito pediu licença para conversar comigo .

Ele se retirou educadamente para atendermos os investigadores de um DP da sede do município.

O assunto : uma carta precatória que estavam cumprindo  acabou resultando na apreensão de mercadorias vencidas em determinado estabelecimento. 

Algo praticamente irrelevante, pelo que  me pediram se poderiam ser atendidos preferencialmente , pois era uma mera averiguação e não demandaria tempo e precisavam retornar urgentemente  a Unidade de origem .

Deveriam atender uma  prioridade!

Obviamente, determinamos a lavratura do boletim pertinente a apreensão .

Nada mais por algo nada demais !

Em seguida, retornando ao flagrante de “formação de quadrilha” , depois de analisar bem os fatos e determinar a fotografação dos “elementos” , deliberei que não se tratava de nenhuma prisão por crime  flagrante;  nem mesmo sequer a suposta resistência , pois nas circunstâncias se fosse levar a ferro e fogo teria que elaborar uma ocorrência em desfavor dos policiais militares pelo manifesto abuso de autoridade , invasão de domicílio e eventual tortura  ( vigente desde 1997 ) .

Cabe considerar que antes da nossa conclusão, o Tenente ficou um bom tempo na minha sala degustando cafezinho e água mineral , na conversação , embora a tensão do oficial , até perguntei se ele conhecia o meu cunhado , um Capitão da rodoviária que serviu no mesmo batalhão, em que ele servia ,  até pouco tempos antes .

Embora o papo respeitoso e descontraído da minha parte, o tenente  – diga-se  bem almofadinha do tipo moderninho com roupas de grife , próprias de jovens que não tem muitas despesas domésticas ( filhinho de papai ) – ao saber que não haveria flagrante  foi embora;  sem se despedir diante do resultado que, aparentemente , lhe foi insatisfatório.

Segundo um indiscreto cabo , ele não se conformou  por não ser um flagrante de “formação de quadrilha” . E saiu esbravejando que faria “parte” !

Certamente, não pode justificar as verbas reservadas gastas com as diligências, né?

Eu respondi, ao Cabo ,  algo assim:   ele queria que eu ressuscitasse o policial morto já que vocês dizem que ele era ladrão?  

E mesmo assim não formaria o número necessário , salvo também fosse prender a esposa e o filho criança do caminhoneiro.

Coisas de Oficial PM, ou não?  

Do Burro Branco!

Mais não ficou só nisso , não demorou 30 dias fui chamado à Corregedoria do Juiz da Polícia Judiciária e na Seccional.

O Tenente , do tipo bacharel em direito , para aparecer ou para se livrar de eventuais responsabilidades , fez uma parte de umas 30 laudas.

Muitas palavras , muitas mentiras!

E com a nada original: “ o delegado se trancou com uma equipe de policiais civis e depois se negou a lavrar o flagrante” .

Logicamente , eu sendo eu , não perdi a oportunidade , infelizmente  fui contido até pelo Juiz Corregedor , que me conhecia há muitos anos desde antes de sermos delegado.

E ninguém, desde sempre  , quer se envolver com as minhas mãos de obra,  elas costumam ir longe demais !

Dr. Conde, recebo documentos assim todos os dias, a gente sabe que nunca é verdade!  

Guarde essas fotografias !

Infelizmente, as partes ficaram tão aterrorizadas que imploraram para que não fossem adotadas providências e nem compareceram ao IML.

Mas as fotos das lesões eu devo tê-las até hoje…

Talvez tenha prevaricado por não adotar as providências cabíveis por compaixão pelas vítimas.

Mas o que nos leva a escrever este texto é ver o Coronel “Pode Cast.” , contando seus causos heroicos  nos canais de Youtube… Talvez queira ser candidato como o Derrite !

Mais um delirante tão falso do que nota de três.

Não são como o nosso saudoso Olímpio; não é possível comparação , aliás!

Verdadeiramente, não me permito analisar alguém, no caso o Coronel agora reformado  , por um único fato , entretanto  conhecendo a polícia como eu conheço da polícia posso até desconfiar  : uma vez mentiroso  sempre mentiroso.

Espero estar redondamente enganado, pois deve ter comandado gente excelente, mas , comigo , foi:  Traíra!

Ou ele não gostava do meu cunhado Capitão ou não foi com a minha cara…

Mas ele vai lembrar de mim, o MALIGNO!

Rcguerra – de São Vicente


O perfil do hoje Coronel aposentado – conforme dialoga na internet – talvez seja a representação da sua juventude: midiático, ávido por reconhecimento, muitas vezes atribuindo heroísmo alheio ao próprio trabalho e enfatizando conquistas coletivas como pessoais.

Esse tipo de discurso pode inflar feitos individuais , falsos , simplificando a complexidade dos bastidores, além de possíveis aspirações político-midiáticas.

O relato, certamente pago nas redes sociais , tem todas as características de um “falastronissímo” clássico . Parte de um acontecimento bem-sucedido (que certamente aconteceu sem a sua participação), infla seu papel, minimiza a participação dos outros e vende como se fosse o herói solitário da história. É o caso de quem “conta vantagem com o trabalho alheio” ou, na linguagem policial:“goza com a pica alheia” .

Como diria o Capitão Nascimento: – O senhor é um fanfarrão, Coronel!

E repito: na ocorrência , com as pessoas – e até comigo – o senhor foi mentiroso e criminoso!

O Regional – Editorial Respeitoso sobre as nocivas influências políticas na Polícia Civil 19

Política rasteira e suas consequências na Polícia Civil: uma crise de comando e credibilidade

A segurança pública, pilar essencial de qualquer sociedade civilizada, tem sido corroída por um mal silencioso e persistente: a interferência política rasteira nas nomeações das chefias da Polícia Civil. Ao invés de critérios técnicos, meritocráticos e de experiência operacional, muitos cargos de direção estão sendo ocupados por indicações políticas, frequentemente com o único objetivo de atender a interesses partidários ou pessoais. O resultado? Departamentos inteiros à deriva, sem liderança efetiva e mergulhados em um ambiente propício à corrupção.

Essa realidade tem gerado impactos alarmantes. Quando um delegado assume uma função de chefia não por competência, mas por alinhamento político, todo o ecossistema da polícia é afetado. A autoridade moral e institucional, a respeito das leis e da ética na condução dos casos, são elementos importantes ficando completamente fragilizados. Em muitos casos, crimes deixam de ser investigados com rigor, recursos são desviados para atender a interesses escusos, e falta coragem para agir com isenção e rigor — elementos fundamentais no combate ao crime.

A ausência de comando técnico deixa espaço para a proliferação de esquemas espúrios. A linha que separa agentes da lei e infratores torna-se tênue quando a impunidade, o favorecimento e o corporativismo tomam conta dos bastidores. Casos de conluio entre policiais e criminosos passam a surgir com mais frequência, alimentados por uma cultura de impunidade que se alastra desde os gabinetes mais altos até as delegacias de bairro.

Fontes internas da corporação, que pedem anonimato por medo de retaliação, relatam que muitos bons profissionais são afastados dos cargos estratégicos por não se curvarem a favores políticos. Entretanto, os “apadrinhados” se tornam peças de um jogo em que a população é a maior perdedora.

Enquanto isso, a corporação ministra cursos de segurança, técnica, ciência política, também avançando na agenda de governo voltada à modernização e eficiência. Mas o avanço estratégico é limitado e a modernização patina. Enquanto questões de criminalidade avançam de modo alarmante, enquanto a corporação permanece engessada por disputas que nada têm a ver com a missão de proteger e servir.

É urgente restaurar a autonomia e o respeito institucional da Polícia Civil. A escolha de suas lideranças deve obedecer a critérios objetivos, técnicos e transparentes. Só assim será possível estancar a sangria moral que enfraquece a instituição e compromete a confiança da sociedade em um dos principais instrumentos do Estado na luta contra o crime. Afinal, segurança pública não pode ser moeda de troca no balcão da política. É dever de Estado — e direito de todos.



Nota do Flit: o editorial é perfeito , oportuno e muito respeitoso , aliás.

Entretanto, há outras questões mais desconstrutivas…

( os entretantos ficarão para uma postagem posterior )

Hoje o Brasil parou… Para fazer tudo o que um povo livre tem direito de fazer 8

Hj o Brasil para. Para irmos ao parque com a família, para almoçarmos em família,para usufruirmos da liberdade de nos divertirmos, para descansarmos, etc, para fazer tudo o que um povo livre tem direito de fazer.

Hoje é dia dos patridiotas do punhal verde amarelo. Time capitaneado pelo descompensado do sul, aquele que falava que a covid era uma gripezinha e era só tomar cloroquina. Quem não quisesse que tomasse tubaína. Gripezinha que levou 700 mil vidas no território brasileiro.

Time ruim hein! Acertaram com o descompensado do norte uma chantagem econômica e o tiro saiu pela culatra.

Possiblidade de queda de 1% no PIB e os magnatas do agro tendo que comer toda a carne que produziram e beber todo o café que colheram. , aqueles que patrocinaram os bloqueios nas estradas, que fazem empréstimos milionários a perder de vista no Banco do Brasil, a juros baixíssimos e ainda dão calote.

Nosso governador deu um perdido, não quer carbonizar o filme.

Lembro-me do saudoso major e senador Olímpio. Tinha caráter, visão, e, por conta disso, quando percebeu que havia embarcado numa canoa furada, abandonou o barco. Não se sujeitou as vaidades dos mimados filhos do descompensado.

Postura que, inclusive, foi objeto de críticas de alguns na própria corporação que sempre honrou e defendeu, infelizmente, foi um, entre os 700 mil, que nos deixaram em razão da gripezinha.

Se hoje, não retrocedemos aos nenhum pouco memoráveis anos de chumbo, devemos isso a coragem e patriotismo do então comandante do Exército Brasileiro e do Presidente do Superior Tribunal Eleitoral, os quais, no último pleito, mantiveram-se no firme propósito de consolidação da vontade do povo brasileiro na escolha de seus dirigentes.

Viva o povo, o fortalecimento das instituições brasileiras e o regime democrático no Brasil.

Autor: amigo do 9º andar !

Da Vocação ao Desencanto: A Vida que o Direito Devorou 18

A toga invisível e sem valor

Naquelas noites compridas de plantão, entre um flagrante e outro, dava tempo de sonhar ao som das máquinas Remington e Olivetti. Um café morno — trazido de casa com o lanchinho feito com carinho — no cantinho da mesa já carcomida pelo tempo, tão escura da tinta de identificação dactiloscópica e riscos de caneta quanto o céu sem estrelas.

Aquele céu sem estrelas seria a rotina de vida. E as manhãs cinzentas, mesmo quando o sol insistia em brilhar.

O delegado recém-ingressado — com ares de justiça e retidão — acreditava piamente que o salário era apenas um detalhe passageiro, que a vocação era fértil, as promoções viriam na velocidade da dedicação, e a carreira só conheceria degraus ascendentes.

Era o final da década de 1980. A Constituição tinha sido promulgada com dores, e o funcionalismo alimentava a esperança de que, enfim, o Estado pariria também um novo pacto civilizatório: justo, legalista, humanista.

Tola ilusão. Nem mesmo os diplomas e históricos escolares dos filhos, custeados com muito juro bancário, conseguiram ser isentos das manchas da frustração funcional, que só cresceriam ao longo dos anos.

Vieram os anos 90.

Depois do confisco o neoliberalismo de um lado, pistolas e privilégios do outro.

O delegado que antes se sonhava jurista passou a se contentar com o papel de digitador de auto de prisão, garçom de mandado judicial e babá de suspeitos presos.

Promoções por merecimento?

Apenas mito quando não se é “valoroso”!

Mérito ali era resistir aos vencimentos desidratados e às promessas eternamente adiadas no cabide do Palácio dos Bandeirantes.

Na virada dos anos 2000, o chicote do confisco previdenciário bateu forte. Servidores viram sua aposentadoria virar esmola disfarçada de benefício. O tempo de trabalho virou tempo de espera; a contribuição rendeu sacrifício sem retorno.

A esposa, dedicada ao lar e companheira de uma jornada sacrificada, passou a dividir angústias que antes a esperança conseguia esconder.

E os filhos? Ah, esses já sabiam que seguir a carreira policial era quase um gesto de inimizade com o próprio futuro.

Trinta e cinco anos se passaram.

O delegado, agora aposentado, não abre mais inquéritos, mas prossegue abrindo contas, boletos e revisando extratos com a precisão de perito contábil. E faz parte de grupos de outros aposentados — alguns até bem felizes com o Tarcísio.

Descobre, com amargura e algum sarcasmo, que passou parte relevante da vida servindo a um Estado que nunca o valorizou. Padrasto com os preferidos de sangue!

O patrimônio? Um apartamento financiado, avaliado em menos de R$ 500 mil, um carro discreto de R$ 50 mil e um saldo minguado de R$ 250 mil das economias mantidas a duras penas, como provas de um processo que jamais chegou a julgamento.

De valor, só lhe resta a aposentadoria; quando morrer, sua viúva mal terá o suficiente com a pensão. Não tem mais seguro de vida… pois já não tem mais dívidas bancárias. Até que enfim!

E, curiosamente, ainda que lhe digam que seus dias hoje são tranquilos, a consciência resta inquieta. A pureza dos primeiros anos, essa nem o confisco poupou.

E quando chegam perguntas – de jovens curiosos, estudantes, filhos de amigos – “Vale a pena ser delegado?”, ele apenas sorri de lado e responde com um eco do passado:

Vale!

Se for por não ter melhor opção.

Esqueça os delegados empresários e fazendeiros.

Para filhinho de papai sempre valerá a pena.

Para o resto, só ilusão.

Quantas vezes, em pesadelos recorrentes, se viu afogado em mar revolto…

Eram as cobranças por todos os lados, das quais não podia se livrar como se fossem apenas um sonho ruim.

Pior era saber-se afogado em seu próprio conflito.

Era tarde demais para recomeçar.


IDOSO APOSENTADO ATROPELA CICLISTA AO SAIR DE UM PUTEIRO COM GAROTA PELADA NO COLO 6

O noticiário da manhã trouxe em letras garrafais o drama de uma esquina qualquer.

No cruzamento acanhado, entre a embriaguez e o descuidado consigo e com outrem , um idoso aposentado atropelou uma ciclista ao sair de um estabelecimento de portas discretas e luzes azuis e avermelhadas.

Detalhe : com uma garota nua  que inopinadamente – talvez com muitos pinos, ou falta de, na cabeça – resolveu sentar-se no colo do cliente.

Não fosse o destino, seria apenas mais um hilário acidente, perdido entre tantos outros registros secos do cotidiano.

A manchete, cortante, lança o leitor para o julgamento imediato.

O verbo não se detém nos detalhes da dinâmica do acidente ou mesmo na morte da ciclista, mas na periferia do cenário – a idade ( não tão avançada ) – a condição de aposentado, o local que a cidade finge não ver.

Mas muito bem frequentada !

A narrativa já está montada: um inesperado  tropeço tardio , talvez de moral, talvez do destino.

Talvez de quem por toda a vida teve conduta ilibada e , agora , aposentado e com certa idade , resolveu se permitir certas libações.

Seu único erro: não ir e vir de táxi!

Fosse esse homem qualquer um de nós, um invisível do bairro, provavelmente pouco se diria além do quase folclórico.

Seria  quando muito “mais um caso”; provavelmente apenas um boletim de ocorrência sem prisão como se faz na imensa maioria dos atropelamentos.

Mas, uma vez ou outra, o acaso confere o nome ao anonimato.

Quando o idoso em questão é ex-juiz, o peso se instala de um jeito diferente.

Esquecemos a vítima, o acidente e preferimos narrar a biografia, o contracheque vultoso ,  resgatar processos arquivados e sentenças passadas.

O que era indivíduo tornou-se instituição, o erro vira símbolo, e a justa medida humanizada se desfaz sob a avalanche do julgamento coletivo.

Mas, ao fim, permaneceu no asfalto as marcas de sangue e o eco de uma dor que não cabe em títulos nem posições morais.

A tragédia, para além das narrativas, é sempre de pessoas: de quem se acidenta, de quem provoca, de quem testemunha, dos familiares e amigos de ambos e de quem lê com empatia.

Numa cidade feita de encontros e desencontros, todo mundo carrega sua história ; e merece muito mais do que a relatada pela vida privada ou pelo ofício.

Por trás da notícia, segue a vida daquele idoso  com acertos, tropeços, desejos e medos, como qualquer outro.

A manchete ruge muito mais contra a magistratura e seus invejáveis vencimentos , mas o silêncio do cotidiano logo retorna, cobrando dos que julgam o difícil exercício da empatia.

Porque, antes de profissões ou manchetes, somos todos, necessariamente, humanos sujeitos a cruzar seus próprios limites nos desvios da vida.

Poderia ter acontecido comigo e com tantos outros idosos solitários com sede de alguma diversão que lhes devolvam a alegria da juventude.

Deixo o alerta: vá de Taxi e durma no puteiro até a bebedeira melhorar.

Também alerto alguns juízes e juízas que parecem ter prazer sádico de transbordar do julgamento jurídico para o julgamento moral: amanhã pode ser com você!

“O que você faz quando

Ninguém te vê fazendo ?

Ou o que você queria fazer

Se ninguém pudesse te ver” ?( Capital Inicial )

Como o Flit não pode deixar de ser o Flit; se não fosse pela tragédia apenas diria:

Esse juiz aposentado é dos nossos!

Dinheiro é para torrar e nada como a fantasia de ser Xerife ou Ministro na Zona…

( mas de táxi )

Retratação Necessária: O Verdadeiro Valor dos Peritos Criminais na Polícia Civil 27

Unindo Forças: Retratação e Homenagem aos Peritos da Polícia Civil

Manifesto aqui, espontaneamente ,  uma honesta ( dos fatos )  e sincera ( do coração ) retratação dirigida aos peritos criminais  que, em sua grande maioria, exercem suas funções com extremo zelo, dedicação e respeito , atuando com espírito público e tratando todos os que colaboram na busca da justiça com a devida urbanidade, sem se deixarem contaminar por visões elitistas ou separatistas de uma minoria.

Nunca foi a nossa  intenção, nas postagens do Flit Paralisante, atacar coletivamente menoscabando da qualificação da carreira dos peritos criminais e da sua imprescindibilidade para a completa apuração de crimes e definição de autoria.

Especialmente , macular a imensa maioria dos ocupantes dessa nobre carreira que sempre dignificou a Polícia Civil  com trabalho árduo e honesto.

Ao longo de 24 anos de atuação, trabalhei  lado a lado , porta a  porta , com peritos comprometidos, íntegros, leais à instituição e à missão fundamental da polícia judiciária .

Meu respeito e apreço permanecem irrevogáveis àqueles que honram o  cargo público que ocupam.

As críticas veiculadas , por mais ácidas e em certos aspectos devo reconhecer inapropriadas ,  tiveram como objetivo provocar o debate e demonstrar irresignação , diante de posturas e discursos de algumas lideranças.

Lideranças classistas e hierárquicas que, há décadas, persistem em defender a total separação da perícia criminal da Polícia Civil — movimento que consideramos prejudicial, elitista e sem respaldo nos fatos;  e descompromissado com o  interesse público.

Certamente, buscar a institucionalização da Polícia Científica como um órgão autônomo é  – embora anticientífico – legitimo , mas não nos termos em que foram e estão sendo postos.

A separação não vai garantir um serviço  público de excelência, tampouco será garantia de imparcialidade.

Não me conformo, e jamais me conformarei, com visões que preguem a fragmentação institucional sob falsos argumentos de  necessidade de total autonomia contra as “pressões” ; muito menos os arroubos de uma suposta superioridade moral e técnica dos peritos em relação às demais atividades.

A  história demonstra que a integração é fundamental para o fortalecimento do trabalho policial e para o interesse público .

Registro , assim ,  que:

Minha crítica jamais se destinou à coletividade dos peritos, e sim a determinadas condutas isoladas, reiteradamente elitistas, segregacionistas e prepotentes, defendidas por uma fração de lideranças sindicais e administrativas.

O verdadeiro inimigo é o crime, o elitismo ,  a arrogância de poucos , e não a valorosa maioria de peritos que dignifica a Polícia Civil e a sociedade.  A busca por mais um órgão policial  (a “Polícia Científica” desvinculada da estrutura da Polícia Civil ) não contribui para a modernização e aperfeiçoamento da segurança pública, mas sim para a desagregação, o desperdício de recursos e o enfraquecimento da investigação.

Reitero, publicamente, minha estima  pelos peritos que trabalham com ética e senso coletivo ;  registro que a unidade entre as carreiras policiais é imprescindível para a defesa do interesse público e da atividade de polícia judiciária , missão de qual os peritos são parte vital.

A retratação  que ora apresento não resulta de pressão externa, temor, ou qualquer espécie de renúncia à responsabilidade pelo debate franco, mas sim do reconhecimento necessário de que não pode haver dúvidas quanto ao apreço e respeito à maioria dos peritos criminais:  profissionais sérios, retos e parceiros indispensáveis no combate à criminalidade e promoção da justiça.

Retratação que nunca fiz nem para salvar o meu cargo. E não fiz porque não seria sincera!

Que jamais se confunda crítica institucional pontual e legítima com ataque generalizado à categoria: o debate público é essencial, mas deve sempre preservar o mérito e a dignidade daqueles que cumprem seu dever.

Meu compromisso – embora há muito tempo tenha sido demitido  – permanece sendo com a busca da verdade, defesa das carreiras sem voz , com a coesão institucional e com a missão constitucional da Polícia Civil, a qual todos pertencemos por laços indeléveis de história e sangue funcional.

Rcguerra

Muito além da perversidade: policiais de SP matam pessoa em situação de rua por reconhecimento e promoção 10

A execução do morador de rua Jeferson de Souza, 37 anos, sob o Viaduto 25 de Março, no centro de São Paulo, em 13 de junho, expõe uma prática sombria dentro da Polícia Militar: agentes que cometem violências não apenas por sadismo, mas para obter reconhecimento interno e ascensão na carreira.

Os responsáveis pelo crime – o tenente  Alan Wallace dos Santos Moreira  e o soldado Danilo Gehrinh – agiram com  por motivo torpe  e  absoluto desprezo pelo ser humano , segundo a Justiça, mas fontes da corporação sugerem que a lógica por trás de tais assassinatos vai além da crueldade. 

As câmeras indiscretas   

As câmeras corporais dos próprios PMs destruíram a versão inicial de que Jeferson teria tentado pegar a arma de um dos agentes. Os vídeos mostram a vítima desarmada, imóvel e com as mãos para trás  quando foi atingida por três tiros de fuzil (cabeça, tórax e braço), disparados pelo tenente Alan Wallace.

O soldado Gehrinh, em vez de intervir, tentou  tampar a lente da câmera para evitar registro.   

Mas como um soldado poderia intervir?

A cultura da “bravura” que incentiva violência 

A experiência  diz que casos como o de Jeferson estão ligados a uma  cultura tóxica de valorização da violência  em certas unidades da PM.

Há uma pressão por resultados  e uma romantização da ‘guerra’, onde policiais que agem com brutalidade são vistos como ‘corajosos’ e ganham status”, explica um delegado do DHPP, sob anonimato. 

Recompensa interna

Relatos de PMs indicam que oficiais envolvidos em operações com mortes recebem elogios formais, menções em boletins e até aceleram promoções;  especialmente em tropas de elite.

Impunidade

A demora na responsabilização de agentes violentos alimenta a sensação de impunidade.

“Eles sabem que, se a câmera não pegar, vão ser tratados como heróis”, diz uma fonte da Corregedoria. 

A reação institucional 

A PM e o Ministério Público afirmaram que os envolvidos foram presos preventivamente e que o caso é “uma exceção”.

Mas não é verdade!

É rotina! Mais uma caso em a apuração se deve muito mais ao “depoimento das câmeras corporais”.

Se não fosse essa “certeza visual” não haveria conclusão alguma pelos laudos periciais e prevaleceria a versão dos policiais.

Urgentemente deve-se por fim das premiações por “mortes em serviço”;  triagem psicológica rigorosa para tropas de choque e total transparência e rigor técnico-jurídico  em investigações relativas a emprego de “força letal” .

Desumanização

Jeferson, que vivia em situação de rua há anos, tornou-se mais uma vítima de um sistema que, para alguns,  recompensa a violência e fabrica homicidas .

Seu caso lembra outros episódios da Operação Escudo, onde mortes foram justificadas como “resistência” até que provas mostrassem execuções. 

A maioria execuções sumárias praticada por Tenentes e Capitães em busca de autopromoção.  

Enquanto a Justiça mantém o sigilo e acaba arquivando os  processos, familiares e defensores de direitos humanos só podem dizer :  extermínio executado e avalizado por quem tem o dever de assegurar segurança e justiça.  

“QUEM PAGOU POR QUÊ?  16

Em 8 de julho , atendendo a um pedido de um amigo de escritos – que, por cautela, sugeriu evitar dissabores a uma autoridade policial de reconhecida lisura – retiramos uma postagem sobre o jogo ilegal na Baixada Santista – Baixada Santista: O Tabuleiro do Jogo Entre Facções e Polícia .

Erro nosso!

Acreditamos,  que a discrição preservaria a tranquilidade de pessoas ilibadas , a saúde de alguém  que estaria enfermo e  não alimentaria fofocas palacianas e de botequim.

Engano! 

O que se seguiu , conforme soube nos últimos dias , foi uma suposta caça às bruxas ridícula, liderada por alguém que , além de retaliar inocentes e fazer teorias conspiratórias sobre os nossos   “caguetas “, ainda ousa espalhar que “nos pagou pela retirada da postagem”

Pausa para o espanto. 

Qual a finalidade de se propalar ter pagado pela retirada de uma postagem no Blog?

Eu nada pedi e nada recebi; tanto que irei reescrevê-lo , devo ter os rascunhos.

Não sou extorsionário !

Deixemos claro:  se algo do Flit “sai do ar”, é  por cortesia, autocritica, auto reavaliação , não por covardia e muito menos por “dinheiro de policial” .

E, peremptoriamente, não mantenho contato pessoal com policiais em atividade ou aposentados.

Não troco mensagens ou informações sobre tais assuntos.

Quanto à pessoa injustamente acusada,  por conta de antiga relação funcional e simpatia:  não a vejo há mais de cinco anos.

E não é a primeira vez que, por hábito, procuram  interpelar quem nunca nos informou sobre o submundo policial : ainda mais por dinheiro ou interesses pessoais.

Se alguém disse que pagou para retirar a postagem, mente.

Ou então está sendo enganado, e agora querem envolvê-lo em uma falsa polêmica.

A verdade: a saúde de uma pessoa e a confiança de uma autoridade ilibada foram as únicas preocupações para retirar o texto.

Não crie um clima atribuindo-nos práticas de chantagem, pois é isso que a autoridade acabará pensando de nós.

E que tem problemas administrativos muito sérios e urgentes para resolver.

Dizer que pagou pela retirada, além de falso, é uma tolice que só serve para criar intrigas, complicar a própria situação e alimentar fofocas inúteis.

E quem solicitou a retirada não é intermediário e, como eu, também nada recebeu.

Na praia o sol brilha para todos, mas quem quer toda a luz para si – em vez de bronzeado ou dourado – sobe a serra bem queimado!

Vira-lata’ que detecta sangue humano se torna o 2° cão perito da Polícia Científica de SP 1

Encontrada na rua, Savana passou por treinamento para trabalhar em investigações de crimes contra a vida

por Ricardo M. S. Gonçalves24 de julho de 2025, 16:15

Os quatro anos que já passaram juntos tornaram Savana e Machado uma dupla inseparável

A cachorra Savana ainda era filhote quando foi encontrada abandonada próximo à casa de João Henrique Machado, em São José dos Campos. O perito criminal resgatou a vira-lata em grave estado de desnutrição. Durante o tratamento para que ela pudesse ser entregue a um programa de adoção, o policial descobriu que Savana tinha algo especial, que fez com que os dois se tornassem parceiros de vida.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo. Ela consegue detectar manchas de sangue humano que não são visíveis a olho nu ou quando há a tentativa de remoção do vestígio, podendo ajudar na elucidação de casos de crimes contra a vida.

A vira-lata acabou desenvolvendo essa habilidade “imitando” o Mani, o primeiro cachorro que integra a equipe de peritos da Polícia Científica.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo

Os dois ficam à disposição do Instituto de Criminalística de São José dos Campos, onde Machado trabalha há cinco anos na perícia de crimes fazendo a biodetecção de vestígios biológicos com o uso de cães. “Para eles, o trabalho é uma grande brincadeira. Os dois se divertem juntos e competem para ver quem acha o vestígio primeiro”, contou o perito.

Savana foi preparada para atuar em casos importantes de maneira independente. Com dois anos de treinamento e passando nos testes internos, Machado aperfeiçoou o animal para contribuir com máxima eficiência nos laudos da perícia. Para isso, são realizados testes frequentes e em horários variados para não criar uma rotina, já que o acionamento pode ser feito a qualquer momento.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo

Há atividades de obediência, recreação e detecção, que são realizadas em ambientes abertos e fechados na tentativa de reproduzir os locais que comumente são encontrados na perícia criminal — veículos, áreas com grandes extensões como sítios e peças de roupas, por exemplo.

Com toda a experiência adquirida nos testes até aqui, o tutor dos animais comentou que já foi possível encontrar material biológico de até um ano do crime: “O Mani já descobriu manchas de sangue latente em um veículo de seis meses e em uma camiseta após um ano. Mas isso depende de vários fatores, de como aquele material se preservou em meio ao processo de degradação”, explicou o policial.

Menos custo e mais precisão

A utilização de cães como uma ferramenta de perícia é um projeto pioneiro no Brasil. Além de ter um custo mais barato para a polícia, tem demonstrado ser uma técnica mais precisa na descoberta de sangue humano no cenário do crime.

Geralmente, para descobrir algum vestígio de sangue latente, os peritos criminais utilizam o luminol, um produto químico que reage com o ferro do sangue e emite uma luz fluorescente. Porém, em amostras diluídas ou em áreas muito iluminadas e extensas, o reagente não produz o efeito desejado — além de ser um produto de alto custo.

“Nas grandes áreas, gasta-se muito luminol para encontrar um vestígio de sangue, que pode não ser de humano já que o produto não faz essa separação. Já o cão é treinado para detectar apenas esse tipo de sangue. Então quando ele aponta um local, dá a certeza ao perito de que aquela área deve ser melhor trabalhada”, disse o policial.

Para ele, a olfação dos cachorros melhora a sensibilidade e a qualidade dos exames periciais, uma vez que diminui o índice de perdas de amostras que podem ser fundamentais na resolução de um caso. O indício apontado pelos cães com o uso de produtos químicos ajuda o perito a concluir se a amostra deve ser levada ao laboratório para exames complementares.

E é assim, indo para um lado e para o outro, que Savana sai à caça dos vestígios para ganhar a sua bola de borracha de recompensa. Quando encontra, a cachorra senta ou deita em frente à amostra, indicando o material a ser analisado.

“O grande diferencial é o trabalho em cima das amostras que a gente usa. Então tem todo o detalhe para que o cão não vicie no mesmo tipo sanguíneo e mesmo material, já que o sangue de hoje não é o mesmo daqui 30 dias. Os cachorros são treinados para lidar com essas nuances”, observou Machado.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo

Parceria de vida

Os quatro anos que já passaram juntos tornaram Savana e Machado uma dupla inseparável. O perito comentou que desenvolveu uma relação quase que de dependência com o animal. “Sinto muitas saudades quando não vejo ela. A gente fala que os cães ficam ansiosos quando se separam, mas eu que fico com ansiedade quando estou longe dela”, brincou.

Para o futuro, a ideia do perito é que cada núcleo da Polícia Científica de São Paulo tenha o seu próprio cão para apoiar as equipes locais de campo. Mas não é qualquer animal que pode ser incorporado na profissão.

Machado observa as habilidades extras dos caninos como foco, determinação, socialização, alto nível de energia e vontade de fazer as mesmas coisas que um cão perito faz. Cães muito agressivos ou muito grandes são evitados. As buscas geralmente são feitas nos canis dos municípios.

Polícia Científica de São José dos Campos

O policial é formado em medicina veterinária e atualmente desenvolve um projeto de mestrado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de São José dos Campos para elaborar o protocolo de treinamento e utilização de cães pela Polícia Científica.

“A visão do humano, mais a olfação do cão, com a ajuda da ciência, cria um superdepartamento de perícia. Essa mistura de habilidades tem o objetivo de aumentar cada vez mais o índice de resolução criminal do estado de São Paulo”, finalizou o tutor.https://www.guiacampos.com/vira-lata-que-detecta-sangue-humano-se-torna-o-2-cao-perito-da-policia-cientifica-de-sp/

Promotor Destaca Trabalho Integrado de Peritos e Investigadores – Polícia Civil : una e indivisível em seu compromisso com o interesse público 7

Votuporanga: Promotor Destaca Trabalho Integrado de Peritos e Investigadores e Encaminha Elogio ao Secretário de Segurança

O promotor de Justiça José Vieira da Costa Neto, de Votuporanga, encaminhou um elogio formal ao secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, destacando a atuação integrada entre peritos criminais e policiais civis na elucidação de um caso de homicídio em Valentim Gentil.

O membro do Ministério Público foi preciso ao destacar tanto o trabalho dos peritos Maria Amélia Spolon Fernandes, João Carlos Macedo e Marcelo Hajime Ikeda, quanto a investigação dos policiais civis Marlon Vieira Magalhães e Thiago Henrique Ramos Leal  . Este conjunto de reconhecimento demonstra que a eficácia da investigação depende da sinergia entre diferentes profissionais, cada um cumprindo seu papel específico dentro da cadeia investigativa.

Segundo o promotor, o trabalho conjunto –  desde a recolha de provas pela equipe pericial até a investigação realizada pelos polícias civis do local do crime aos depoimentos dos investigadores prestados em tribunal-  foi decisivo para o sucesso do processo e a notificação do réu.

O reconhecimento ressalta a importância da colaboração entre as diferentes especialidades da polícia judiciária para garantir resultados eficazes e justiça à sociedade.

Quando peritos e investigadores, todos policiais civis ,  atuam em sincronia, desde a preservação do local do crime até a apresentação das provas em juízo, os resultados são invariavelmente superiores.

A cena do crime não é território exclusivo de nenhuma categoria profissional, mas espaço de colaboração onde cada especialista contribui com suas competências específicas: o policial com seu conhecimento investigativo e contextual, o perito com sua expertise técnica e metodológica.

Essa simbiose profissional, longe de enfraquecer as instituições, fortalece a capacidade estatal de produzir investigações robustas e judicialmente válidas.

Lamentavelmente, certos discursos corporativistas insistem em promover um separatismo improdutivo, como se a excelência técnica só pudesse ser alcançada através do isolamento profissional.

Essa visão míope ignora que tanto peritos quanto investigadores são servidores públicos com um mesmo objetivo final: a elucidação dos crimes e a entrega da justiça à sociedade.

A verdadeira elite técnica não é aquela que ergue muros em torno de suas atribuições, mas sim a que constrói pontes de cooperação com outros especialistas.

O modelo paulista, com sua clara distribuição de funções dentro de uma mesma estrutura organizacional, demonstra que autonomia administrativa e técnica não precisa significar separatismo operacional.

O exemplo bem-sucedido de Votuporanga deveria servir como paradigma para todo o sistema de segurança pública.

Nele, vê-se que quando o Ministério Público elogia o trabalho pericial, está implicitamente reconhecendo também a qualidade da investigação policial que orientou a coleta de provas.

Quando a Justiça valida uma prova técnica, está validando igualmente o trabalho dos policiais que preservaram adequadamente o local do crime.

Essa cadeia de valor investigativo só funciona quando todos os elos estão alinhados ; é precisamente esse alinhamento que algumas vozes, por interesses sectários, insistem em romper.

A sociedade paulista não precisa de disputas por espaços de poder entre categorias profissionais que deveriam cooperar.

Precisa, sim, de instituições fortalecidas pela complementaridade de saberes, onde cada profissional – seja perito, oficial investigador ou delegado – compreenda que sua excelência individual só se realiza plenamente quando integrada ao esforço coletivo de produzir justiça.

Esse é o verdadeiro espírito da Polícia Civil : una em sua finalidade, diversa em suas especializações, e indivisível em seu compromisso com o interesse público.

Delegado recebeu dinheiro para não fazer o flagrante da ROTA 9

O duplo discurso de policiais militares

Quando a decisão do delegado os contraria dizem: levou uma nota pra não fazer o flagrante ; ou na melhor das críticas: delegado vagabundo nem se mexeu  pra mandar o Escrivão fazer o flagrante. 

Quando a decisão é oportuna e conveniente,  como no caso do sargento Marcus , a coisa muda: “vocês acreditam que o delegado teria liberado se fosse crime” ? …Foi uma tragédia…uma triste tragédia que o “maligno” tá usando pra jogar uma polícia contra a outra”!  …Tá certo! 

PM quando faz merda não bate prancheta nem porta de viatura , vai logo chamando o majura de  Excelência…Boa noite , Doutor…Dá licença um estantinho… ( risos ) 

Confrontação ponto a ponto entre as declarações do sargento Marcus e a dinâmica real extraída do vídeo bruto com timeline : 5

Segue análise minuciosa, focada na confrontação ponto a ponto entre as declarações do sargento MARCUS AUGUSTO COSTA MENDES e a dinâmica real extraída do vídeo com timeline :

1. Obtenção e Uso da Chave

Declaração:
O sargento alega ter “achado uma chave jogada no chão” ao passar pelo escadão, deduzindo que ela abriria o portão, o que de fato teria ocorrido. Diz que a ação foi condicionada ao acaso, não a conhecimento prévio.

Vídeo/Timeline:
A gravação mostra deslocamento direcionado e utilização objetiva da chave, sem hesitação ou teste em várias possibilidades, de maneira rápida e segura dos artefatos. Não é visualizada a parada ou surpresa esperada de um “achado” ocasional.
Incongruência: O vídeo sugere que o sargento já sabia exatamente qual era o portão e qual a chave adequada—sinal de ação pré-planejada ou informação prévia, e não de achado fortuito.

2. Visualização do “Vulto” e Justificativa do Avanço Rápido

Declaração:
Afirma ter visto um “vulto” no fundo da vista assim que abriu o portão, motivo pelo qual teria iniciado a corrida pelo beco, arma em punho, em perseguição a um suspeito desconhecido.

Vídeo/Timeline:
Frame a frame, não há qualquer indivíduo claramente protegido, muito menos fuga ou suspeitas na viela no momento da abertura do portão. O avanço ocorre em linha reta, acelerada e sem pausa.
Incongruência: O vídeo não confirma a presença de suspeito em fuga nem evidencia uma perseguição visualizada de “vulto”; a ação é de incursão direta, padrão de abordagem correta, sem ocorrência aparente de ação criminosa.

3. Progressão Pelas Vielas (“diversos becos”)

Declaração:
Narra que percorreu “diversos becos” correndo atrás do suposto suspeito, em progressão tática.

Vídeo/Timeline:
A trajetória após o portão, conforme análise quadro a quadro, mostra uma visão principal, com pequenas ramificações, mas a progressão é praticamente linear — do portão ao local dos disparos. O tempo de deslocamento sugere percurso curto (35-43 metros após o portão), sem ramificações ou desvios relevantes, e não “diversos becos”.
Incongruência: O vídeo factual contradiz a narrativa de progressão longa com muitos aspectos e reforça as hipóteses de ação planejada e executoriedade rápida.

4. Encontro com Rafael Moura e Momento dos Disparos

Declaração:
Alega que “virou à direita em uma esquina” e então viu, a poucos metros, “indivíduo de vestes escuras e com uma arma de fogo preta em uma das mãos”, alegando situação de ameaça iminente e disparando enquanto buscava abrigo.

Vídeo/Timeline:
As imagens mostram que o encontro se dá quase em linha reta, sem curva pronunciada, e que Rafael está parado, imóvel, sem demonstrar comportamento agressivo; não há ação de levantar arma contra o PM—o disparo é imediatamente realizado ao surgir a vítima no campo de visão, sem verbalização prévia e a curta distância.
Incongruência: Não há ameaça direta nem postura hostil da vítima, e o próprio sargento MARCUS AUGUSTO COSTA MENDES reconhece não ter dado voz de parada.

5. Verbalização e Procedimentos

Declaração:
MARCUS AUGUSTO COSTA MENDES confessa não ter verbalizado ordem ou realizado abordagem, alegando que “tudo aconteceu muito rápido” e que apenas acordos gritos de “polícia” já após os disparos, identificando posteriormente os distintivos ao prestar socorro.

Vídeo/Timeline:
O silêncio no áudio é absoluto até o disparo; a identificação mútua (“eu sou polícia!”) surge já após a vítima estar no chão.
Convergência: Aqui, apesar do erro, há coerência entre a declaração e o registro da câmera: não houve abordagem nem comando de voz.

6. Procedimento e Ordem de Serviço

Declaração:
Afirma que não possuía ordem de serviço, estava em patrulhamento padrão, e que seu deslocamento tático tático deveriau-se à suposta presença de suspeito.

Vídeo/Timeline:
O deslocamento não guarda relação clara com perseguição a indivíduo visível à frente ou consequência de conduta suspeita identificável em vídeo. O uso da chave, o grupo progredindo em linha, sem hesitação, sugere ação consciente e não improvisada.
Incongruência: O vídeo fragiliza a justificativa de atitude reativa ao “vulto” e coloca em dúvida a ausência de planejamento.

Síntese Técnica para Fixação ao Laudo

  1. Diversos pontos da declaração do sargento Marcus destoam dos eventos objetivos registrados na body cam, especialmente quanto ao achado da chave, ao avistamento do “vulto” e ao trajeto alegadamente prolongado.
  2. O vídeo demonstra ação direcionada, sem improviso e sem a presença/persuasão de suspeitos à frente , revelando mais planejamento do que aconteceu a flagrante.
  3. A ausência de verbalização é admitida pelo sargento e ratificada na gravação.
  4. O encontro com Rafael Moura ocorre de modo frontal, a curta distância, sem postura hostil visível pela vítima, e sem que se verifique observação ou combate, como alegado.
  5. A explicação de “excesso de rapidez pela urgência” não se justifica pela realidade dos quadros do vídeo, que apontam para atropelo de protocolos de abordagem e uso precipitado da força letal.

Conclusão técnica:
O confronto entre as declarações do sargento Marcus e a linha do tempo objetiva do vídeo reforça inconsistências de ordem fática e operacional, com relatos subjetivos muitas vezes não amparados no material probatório audiovisual. O laudo pericial deve registrar essas divergências, destacando que a cadeia do evento, a porta aos disparos, denota ação planejada, omissão de identificação e ausência de ameaça concreta imediata por parte da vítima.

AVISO LEGAL

O conteúdo acima não possui valor acusatório/probatório. Trata-se de trabalho diletante, de caráter exclusivamente informativo e opinativo, desprovido dos conhecimentos técnicos e dos instrumentos de investigação próprios da polícia judiciária. Apesar do esforço constante na busca da exatidão e do compromisso com a verdade dos fatos, este material está sujeito a equívocos inerentes à limitação de meios, dados públicos e interpretação de provas visuais disponíveis.

Não há, em nenhuma hipótese, intenção de alimentar ódio específico ou institucional. Busca-se apenas contribuir para o debate público e a necessidade de defesa da honra da vítima, de seus familiares, da sociedade civil e da Polícia Civil, historicamente confrontada com versões injustificadas para execuções sumárias. Incentiva-se a análise crítica, o respeito a todas as instituições do Estado de Direito e o acolhimento de eventual retificação fundada em dados oficiais e laudos periciais.

Recomenda-se, especialmente, a consulta a fontes e oficiais para informação definitiva sobre os fatos.