JORNAL DA TARDE – DIA 15 DE FEVEREIRO DE 2008
DROGAS – DIFERENÇA ENTRE O VOLUME REGISTRADO E O DIVULGADO É DE 483 QUILOS.
Denarc admite “turbinar” apreensões.
O diretor do Departamento de investigações sobre Narcóticos (DENARC), Everardo Tanganelli Júnior, admitiu ontem em entrevista à TV Globo que os policiais “turbinam” o volume de drogas apreendidas.
Em quatro operações realizadas nos últimos anos, foi identificada uma diferença de 483 quilos entre a quantidade divulgada e a efetivamente entregue à Justiça.
“Os olhos do policial ou de quem vê não podem atestar: olha, tem tantos quilos.
Você pode até, numa dessas, turbinar a operação”, afirmou Tanganelli Júnior.
Na “Operação Cochabamba”, em 2005, o Denarc divulgou ter apreendido 300 quilos de cocaína.
Metade em uma fazenda em Potirendaba, no interior do estado, e a outra no Centro da Capital.
Mas só 201 quilos chegaram à Justiça.
Na maior apreensão de cocaína daquele ano, o Denarc encontrou 350 quilos de droga, em Pedreira, bairro da periferia da zona Sul de São Paulo, mas 46 quilos não foram entregues.
Em 15 de agosto de 2004, foram apreendidos 500 quilos de maconha no Km 38 da Castelo Branco, em Santana do Parnaíba.
Só 406 quilos foram registrados.
Em 01º de agosto daquele ano, policiais do Denarc apreenderam mais 300 quilos de cocaína e de crack, em uma casa da Rua Capitão Júlio Alfredo Montes, no Ipiranga.
Mas apenas 38 quilos de crack e 194 quilos de cocaína chegaram à Justiça.
Outros 102 quilos teriam “sumido” da apreensão de 200 quilos feita em Itu, em 2003.
A Secretaria da Segurança afirmou que “trabalha com transparência” e que agora o volume de drogas só será divulgado após perícia.
ERA MELHOR TER DITO: A GENTE MENTE PRA VALORIZAR O SERVIÇO.
POIS NÃO TEM COMO ERRAR OU TURBINAR O VOLUME DA DROGA.
SALVO SE O POLICIAL ESTIVER “TURBINADO”.
E O REFERIDO DIRETOR SÓ É TRANSPARENTE NAQUILO QUE LHE APROVEITA.
E TURBINA TUDO: DE LANCHAS A MOTOCICLETAS.