Ao ser questionado acerca de contar 27 procedimentos disciplinares durante a minha Carreira, apenas 19 anos, fiquei desconcertado na frente da linda(verdadeiramente bela) repórter que me fez tal pergunta. Redargüi como ela chegara a tal número. Enfaticamente afirmou: conforme os dados fornecidos pela Secretaria da Segurança Pública, ou seja, na verdade de uma “desinteressada” fonte do departamento pessoal aqui de Santos. Acabaram com a minha reputação perante os meus colegas mais jovens e com menos tempo de serviço. É QUE EU GABAVA POSSUIR MAIS DE SESSENTA SINDICÂNCIAS, especialmente quando um ou outro se via increpado, pela primeira vez, em procedimento disciplinar. Ressalto que, como sempre fui muito estimado, antes da reestruturação da Corregedoria Geral da Polícia Civil, alguns Seccionais, rotineiramente, me honravam com “casadinhos”, isto é, Sindicância e Inquérito para total “transparência”( termo muito empregado por alguns superiores e diletos assistentes). Depois do esvaziamento das atribuições disciplinares dos Senhores Seccionais,há quase cinco anos, nenhuma sindicância foi instaurada em meu desfavor pela Corregedoria. Recentemente, como é do conhecimento dos Colegas e do público em geral,pelas denúncias que fiz, fui louvado com o primeiro Processo Administrativo. Para os leigos é a modalidade de apuração de faltas disciplinares que podem acarretar a perda do cargo, por decisão privativa do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado.Em razão de tal competência exclusiva, certa autoridade, entre outras inverdades, subscreveu manifestação no sentido de “eu falar mal do Governador através deste FLIT PARALISANTE. Também, já se comentando sobre a quebra do meu sigilo fiscal e bancário. Mas, retornando ao Processo, espero que não seja o último da minha Carreira, pois pretendo me jactar, aposentado aos 60 anos(esperava poder me aposentar aos 55 anos, mas a legislação de outrora, para o bem coletivo , foi extinta), de ter respondido a outros Processos Administrativos, desde que não figure como acusado de faltas desabonadoras, tais como: corrupção, peculato, concussão e tudo mais que envolva “dinheiro”. Pois ser desleal, para com a Instituição e para com os companheiros de Carreira e trabalho, é justamente macular a moralidade administrativa
cometendo crimes de tal natureza. Delatá-los não macula a imagem da Instituição. Ao contrário ressalta que no órgão há quem não compactue com tais práticas; eu, verdadeiramente, não sou o único( apenas transmiti o sentimento de, pelo menos, trinta milhares de policiais civis, sem olvidar do contingente de policiais militares); como não sou o mais ilibado. Contudo, minha moral não é elástica. Sou “aristotelicamente honesto”, como vivo repetindo. Por conclusão, de todas as formas serei desmoralizado, investigado e a minha vida privada devassada. Poderiam fazer o seguinte: que tal depositarem algo como Cr$ 1.000.000,00(um milhão de reais), em dinheiro(cheques frios não cola) na minha única e combalida conta da Nossa Caixa. Assim, farão prova de eu ser ladrão. E lhes prometo, para não deixar quaisquer dúvidas, saco o numerário e não devolvo. Quem se habilita? Agora, desde já firmo, quaisquer constrangimentos direcionados aos meus entes encerrarão os embates verbais e legais. A família se defende com outros instrumentos; não com flits paralisantes.