Publicada em 8/10/2007
Cidades
Baixa remuneração em SP leva à migração para outras carreiras ou estados; déficit na região é de pelo menos 50 policiais
Carla Silva
Publicada em 8/10/2007
Cidades
Carla Silva
A Polícia Rodoviária Federal publicou o edital do concurso que prevê 340 vagas – 194 serão para o estado do Pará e 146 para Mato Grosso. O salário é de R$ 5.084,00 para trabalhar 40 horas semanais.
A IRREGULARIDADE EM QUESTÃO – TÍPICA DO NEPOTISMO – IMPLICARIA, PELA HIERARQUIA MILITAR, EM 1º tenente supervisionando os trabalhos de diversas companhias e batalhões. Será que ninguém representa em virtude de o Delegado em questão ser filho de vereador e irmão de deputado estadual?
Engana-se o AMIGO LEITOR, se imagina que eu seja contra os artistas da GLOBO… NADA DISSO !!!! O que eu não gosto, é de “babaquinhas” que acham tudo “moderno”, tudo ‘bonitinho”, tudo “politicamente correto” mas na hora em que a “PICA ENTRA”, fica chorando pelos quatro cantos, colocando a culpa em tudo e em todos…. PRINCIPALMENTE A POLÍCIA, A PRIVADA DA SOCIEDADE !!MEUS AMIGOS, A hora de se discutir Segurança Pública, já passou há muito tempo, Sr. HUCK… SÓ O Sr. QUE NÃO VIU !!!A hora agora, é da MÍDIA, da qual o Sr. HUCK tb faz parte, parar de “endeusar” bandidos, traficantes, e afastar da Mídia, aqueles que tem comprovada ligação com drogas, com o tráfico… senão Sr. HUCK, não haverá “Capitães Nascimentos” suficientes para dar jeito na situação …..Este texto eu li na comunidade “TROPA Do Wagner Montes” e achei relevante citá-lo aqui na comunidade, temos que divulgar aos “quatro cantos” o que está acontecendo com o nosso Brasil!
O “aumento!” será a partir de setembro (retroativo) e ficará na enorme soma de R$ 100,00 a R$ 140,00 (para os policias de segunda classe), investigadores e praças incluídos e de R$ 700,00 a R$ 900,00 (para os policias de primeira classe), delegados e oficiais.
Os aposentados e pensionistas!? Coitados, estes são policias de terceira classe, para eles só o bagaço da laranja.
Dois detalhes não se pode deixar de comentar ainda:
1º – As entidades de classe parecem somente se preocupar com a mensalidade de seus associados, pois nas discussões que se seguiram na Assembléia Legislativa só foi vista por esse que vos fala o pessoal da Baixada Santista, fora eles nem sinal de associações e sindicatos, se com pressão os trabalhos já não são assim tão efetivos, imagine-se sem ela;
2º – Há de se destacar e elogiar a figura do Deputado Major Olímpio, uma voz solitária na defesa ferrenha das condições econômicas da classe policial.
Abraços.
CCJ aprova aumento salarial para ministros do STF
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, aumento de 3,14% no teto salarial de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), referente à reposição da inflação em 2006.
A decisão, que ainda terá que ser aprovada no Plenário da Câmara, se estende a todo o Judiciário, com forte impacto no orçamento do governo.
O projeto de lei enviado pelo STF em julho de 2006 previa 5% de reposição da inflação sobre o teto salarial dos ministros.
Atualmente, o salário dos ministros é de R$ 24,5 mil. Com a reposição de 3,14% concedida pelos deputados, o salário mensal dos ministros do STF sobe para R$ 25.269.
E PARA POLÍCIA 0%.
A farsa da avaliação de desempenho
CARLOS GIANNAZI
O governo precisa é valorizar o magistério, garantindo de fato evolução funcional e salário condizente com a importância do cargo
O ARTIGO publicado neste espaço no último dia 21 pelo secretário de Estado de Gestão Pública de São Paulo, Sidney Beraldo, anuncia a intenção do governador José Serra de implantar no funcionalismo público a alardeada avaliação e remuneração por desempenho, concebida por alguns governos como a grande panacéia que solucionará a crise que há muito vem prejudicando a população usuária dos serviços públicos e de seus servidores no Brasil. Crise representada pela falta de investimento na valorização salarial e na formação continuada, nas precárias condições de trabalho, de infra-estrutura material e humana e, ainda, na constante tentativa de governantes e setores da elite econômica de eleger sempre os servidores públicos como o “bode expiatório” da falência do Estado e da crise fiscal. O secretário, adepto e influenciado por uma visão empresarial, de mercado e neocolonial, tenta justificar a “nova” metodologia pelo receituário neoliberal, até querendo, equivocadamente, comparar a realidade brasileira com a de países anglo-saxões. A cobaia da experimentação será a área da educação, em que os professores recebem salário-base médio de R$ 680 e trabalham em condições extremamente precárias, com superlotação de salas de aula, falta de material pedagógico e humano, excessivas e longas jornadas de trabalho, adoecimento, desgaste emocional e, somando a tudo isso, uma vertiginosa violência a massacrar todos no ambiente escolar que, por princípio, deveria ser o lugar da construção da civilidade. As políticas salariais de bônus e gratificações adotadas nos últimos anos pelo próprio governo tucano não só fracassaram como também destruíram a carreira do magistério paulista, tendo como conseqüência o que revelou a última avaliação do MEC, classificando a rede estadual de São Paulo como uma das seis piores do Brasil. Como exigir melhor desempenho dos professores em condições aviltantes de trabalho? Sabemos muito bem o que está por trás da proposta de remuneração por desempenho: não dar reajuste para os servidores, legitimar o desrespeito à data-base, que já venceu em 1º de março, fortalecer o controle e a punição e ainda culpar os professores pelo fracasso escolar. O governo precisa é valorizar a carreira do magistério, garantindo de fato evolução funcional e salários condizentes com a importância do cargo, a fim de estimular os atuais professores e atrair outros que gostam e querem sobreviver da docência. Para tanto, perdoem-me o necessário trocadilho, é preciso ter decência. Por isso, faz-se necessária, sim, uma avaliação, mas do desempenho deprimente e inócuo das políticas salariais adotadas para os servidores públicos, em especial os da rede estadual de ensino, já que serão eles as primeiras vítimas do experimento tecnocrático que trata os educadores como trabalhadores de uma empresa, de um banco e/ou aqueles que labutam por produção. O trabalho com educação é absolutamente distinto e obedece a outra lógica, muito diferente da empresarial, fabril, de linha de montagem. Educação é um processo contínuo, permanente e interativo, no qual, além de conteúdos, são trabalhados valores éticos, habilidades, visão de mundo, competências, formação da cidadania crítica, respeito ao bem social comum, solidariedade humana etc. Isso não se mede ou se afere com estatísticas lineares, índices mercadológicos ou métodos da “qualidade total”.A sanha avaliativa -representada por avaliações externas, como Saresp, Prova Brasil, Saeb, Enem (o ex-Provão) e as novas Provinha Brasil, criada pelo PED, e a Prova São Paulo, da Prefeitura de São Paulo- fornecerá os critérios para premiar professores e escolas que atingirem as metas requentadas anunciadas recentemente pela Secretaria Estadual de Educação. Uma delas é a implantação do ensino fundamental de nove anos, que não é meta do governo estadual, e sim obrigação constitucional já incorporada pela Lei de Diretrizes e Bases. Só para citar mais uma, a implantação da recuperação, que já existe, é inerente ao processo ensino-aprendizagem e também figura na LDB. Chega de avaliações. A educação já está com overdose delas. O que ela precisa, com os professores, é de mais investimento. Para isso, o governador José Serra poderia oferecer um bom exemplo de desempenho e um interesse em solucionar a grave crise que assola a educação estadual orientando a sua base governista na Assembléia Legislativa para derrubar os vetos do seu próprio partido às emendas que aumentam os recursos para as escolas públicas do Estado de São Paulo.
CARLOS GIANNAZI, 45, mestre em educação pela USP e diretor (licenciado) de escola pública, é deputado estadual (PSOL), membro da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Um pequenino grão de areia
Que era um pobre sonhador
Olhando o céu viu uma estrela
Imaginou coisas de amor.
Passaram anos, muitos anos
Ela no céu, ele no mar
Dizem que nunca o pobrezinho
Pôde com ela se encontrar
Se houve ou se não houve alguma coisa entre eles dois
Ninguém soube até hoje explicar
O que há de verdade é que depois, muito depois,
Apareceu uma estrela no mar
“Se a PEC da polícia passar, no dia seguinte vai ser alvo de ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal”, avisou ontem o procurador de Justiça José Carlos Cosenzo, presidente da Associação dos Ministérios Públicos (Conamp). Segundo ele, “a PEC vai criar um trem da alegria inimaginável, porque outras carreiras policiais, civis e militares terão reajustes automáticos de vencimentos e isso vai criar um grande problema para todos os governadores”.”Isonomia de salários é a meta”, bradou Amaury Portugal, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal em São Paulo. “A PEC restabelece um regime jurídico que, na década de 1990, igualava salários de delegados federais e procuradores da República”, afirmou.Segundo Portugal, “embora os delegados exerçam funções típicas das carreiras jurídicas (juízes e promotores), não são reconhecidos por essa qualidade, o que reflete no seu regime salarial”. Ele assinala que um procurador da República “ganha no ápice da carreira cerca de R$ 25 mil, mais adicionais e gratificações”.Delegado da PF em final de carreira, explica Portugal, ganha R$ 15 mil. “Todas as gratificações, adicionais de periculosidade e ganhos por sentença judicial, além de outras verbas dos delegados, foram suprimidas pela implantação do subsídio como forma de salário cheio”, argumenta o presidente do sindicato federal. “A diária de um policial federal é vergonhosa, R$ 120, e nunca é paga adiantadamente como manda a lei. O governo é o que mais burla a lei e não cumpre seus compromissos.”O líder dos delegados federais acusa promotores e procuradores de quererem “formar uma casta intocável, com os privilégios de carreira jurídica e altos salários”. “Não aceitamos essa postura do Ministério Público, como também somos manifestamente contra a sua ingerência na investigação criminal, que é prerrogativa do delegado”, ataca.Cosenzo rebate: “A PEC 549 é um contra-senso porque os delegados reconhecem o poder de investigação do Ministério Público.” De acordo com o procurador, “eles sustentam que não podem ganhar menos que os promotores porque atuam nas mesmas circunstâncias ou sob os mesmos parâmetros”. “A inconstitucionalidade é clara até pelo fato de que, se conquistarem a equiparação, quem vai conseguir aumento de vencimentos para eles será o procurador-geral. Terão de se submeter ao regime remuneratório do MP, que prevê que eventuais reajustes só podem ser pleiteados por meio de projeto de lei de iniciativa exclusiva do procurador-geral.””Os governadores vão ter que resolver um problema de graves conseqüências e proporções”, alerta Cosenzo. “Em São Paulo, por exemplo, se o governo tiver que dar aumento para os 2 mil promotores de Justiça, vai ter que estender a 150 mil policiais. Os delegados vão ter que carregar junto os oficiais da Polícia Militar bacharéis em Direito”, diz. O procurador diz ver razão na luta dos delegados por bons salários, pois “eles são merecedores de condição melhor” e “a polícia é muito mal remunerada”. “Mas a vinculação é inconstitucional. O Supremo tem inúmeras decisões nesse sentido”, ressalva.