Senhor Doutor Delegado, respeitosamente, levo ao conhecimento de Vossa Senhoria que li a sua respeitável manifestação subscrita no dia 22 de junho próximo passado, endereçada às esferas superiores. Colega, embora hierarquicamente superior, é notável a sua fragilidade concernente à elaboração de enredos. Como notável o seu total descompromisso para com a verdade. Sua argumentação é vil e mal elaborada. Os seus argumentos típicos de quem se encontra desesperado. A única verdade é acerca do meu inconformismo por perder uma Titularidade. Não por perder vantagens de ordem patrimonial, apenas por perder o meu orgulho e ter a minha honra maculada por pessoas como Vossa Senhoria. Sob o meu sofá não foi encontrado quaisquer entorpecentes, ou melhor, “maconha” como o Senhor falsamente escreveu. A Corregedoria, após denúncia anônima dirigida ao seu companheiro dos “tempos de tira”, encontrou “um pacote” com três espécies de entorpecentes “amarrados” no interior de um dos sofás da sala dos investigadores da Unidade em que fui Titular. Se o Senhor não sabe, ou fez questão de não saber, dois dias antes “eu encontrei pacote semelhante” no interior do banheiro, privativamente, por mim utilizado. Fato, na mesma hora, comunicado ao meu superior imediato, ao superior imediato do suspeito e, também, para inúmeras pessoas. Eu, por muito pouco, não seria vítima de um flagrante forjado. Todavia, mesmo diante das evidências, seu dileto amigo de forma humilhante, para mim e para os meus, determinou fosse eu removido da Unidade, a qual oficialmente, ou seja, por documento datado e assinado, doze dias antes, coloquei a disposição. Como não fosse bastante, fui ilegalmente afastado de quaisquer funções, ao arrepio da lei orgânica da Polícia Civil; e, também, ao arrepio da lei fui vítima de “carnavalesca” comunicação para a imprensa promovida para autopromoção como arauto da moralidade, personificada pelo seu amigo e parceiro das lidas policiais, naqueles tempos “em que se imperava a linha do varal” (tortura). Colega; o Senhor descumpriu a lei ao faltar com a verdade e, intencionalmente, consignou “que eu falei mal do Exmº Governador do Estado”. Quer mesmo me ver demitido. Chego a acreditar que o Senhor nunca leu tudo aquilo que eu escrevi, seja no FLIT PARALISANTE, ou no site da ADPESP. Doutor, enquanto o Senhor deveria estar trabalhando no DOPS, ainda adolescente eu era carinhosamente chamado de “COMUNA”. E enquanto o Senhor provavelmente votava nos PAULOS e FERNANDINHOS, os meus votos eram entregues para homens de maior estatura moral. Igualmente, recém-saído da Academia de Polícia, logo após a promulgação da nossa Constituição Cidadã, em solenidade ocorrida na minha cidade natal – São Vicente – eu subscrevia minha filiação àquele que vinha à luz sob o nome PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA. Infelizmente (tal como aconteceu ao PARTIDO DOS TRABALHADORES), por razões inerentes a atividade partidária, adotado por alguns oportunistas que noutros tempos muito admiravam os ditadores, interventores e seus colaboradores policiais, tal como aquele a quem o Senhor atribui a qualidade de “maior Delegado de Polícia deste Estado”, não transcreverei o nome para não ofender muitas das suas vítimas que poderão ler o meu Blog. Aquele, também, responsável pela corrupção do antigo DEIC. Doutor fico muito grato pela sua sabedoria; e , agora, mais do que nunca, sem quaisquer dores de consciência. Eu espero que o Excelentíssimo Governador leia a sua manifestação; espero, também, que leia todas as minhas manifestações em relação a ele; esta, inclusive. Eu sempre emprestei crédito ao atual Governador, afirmando que ele moralizaria a Polícia, tenho muitas testemunhas. Quem nos chama de PC DO SERRÓQUIO, são nossos colegas da Polícia Federal; especialmente os mais vermelhos. Não sou eu. E ele não merece, TALVEZ NÓS SEJAMOS DELEGÓQUIOS. Entretanto, duvido que ele se incomode , deve dar boas gargalhadas. Faz parte da vida de um Político de tal projeção. Eu votei nele;moral e legalmente posso criticá-lo(seus atos de gestão). Por fim, além de outras razões, não gosto de quem fura fila atropelando colega mais antigo.