DEMACRO ou DEMocratas – 38 CIRETRANS 9

O Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo – DEMACRO – foi criado em 23 de Setembro de 1991, pelo Decreto 33.829, quando todas as Delegacias dos 38 municípios que integram a região metropolitana da Grande São Paulo passaram a ser subordinadas a esse Departamento. Em 17 de setembro de 1999 pelo Decreto 44.260, o DEMACRO teve reclassificadas suas unidades policiais, sendo criadas as Delegacias Seccionais de Carapicuíba, Diadema e Franco da Rocha, que se somaram às Seccionais de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra. A sede Administrativa do DEMACRO está situada na rua Padre Carvalho, 396 – Pinheiros – em São Paulo – Capital, e tem área de atuação em uma extensão de 6.542 km2 com uma população de 7.984.540 habitantes. Possui 4.836 funcionários, 378 Delegados de Polícia, 1364 Escrivães, 1612 Investigadores, 275 Agentes de Telecomunicações, 534 Agentes Policiais, 456 Carcereiros, 55 Papiloscopistas e 162 Auxiliares de Papiloscopistas distribuidos nas nove Delegacias Seccionais, mais 31 Delegacias de Município, 61 Distritos Policiais, 13 Delegacias de Defesa da Mulher, 7 Delegacias de Investigações sobre Entorpecentes, 4 Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente, 3 Delegacias Proteção ao Idoso e 1 Delegacia da Infancia e Juventude
ELSON ALEXANDRE SAYÃO- atual Delegado de Polícia Diretor
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No caso do DEMACRO o respectivo diretor é quem faz a indicação de cada um dos delegados diretores das 38 Ciretrans, uma em cada cidade, do departamento.
Não se infira, contudo, que o atual diretor tenha participação nos crimes e irregularidades, pois muitos fatos antecedem à sua gestão.

Grampos indicam suborno à Corregedoria do Detran-SP

DA REPORTAGEM LOCAL

As interceptações telefônicas da “Operação Carta Branca” indicam que, no último dia 29 de abril, membros da Corregedoria do Detran-SP realizaram uma blitz na Ciretran de Ferraz e que, às pressas, alguns dos 19 presos ontem fizeram uma coleta de dinheiro para corromper os agentes do órgão.
As conversas envolveram Elaine Gavazzi e Mauro Pereira Lobo, donos de auto-escolas, e Paulo Luís Batista, funcionário da Ciretran de Ferraz, e um homem identificado como Ronaldo. Nas gravações, eles falam em arrumar dinheiro vivo (R$ 10 mil por auto-escola do esquema) “porque a corregedoria veio para fritar, mas que uma boa conversa resolveria”.
Na operação de ontem, uma agenda apreendida na casa do policial civil Aparecido da Silva Santos, o Cido, um dos 19 presos, tinha anotações que indicavam pagamentos: “Seccional – R$ 3.000”; “Corregedoria – R$ 30 mil”; “Juarez – R$ 3.000”; “Dr. Fernando – R$ 4.000”.
A ação da Corregedoria do Detran na Ciretran de Ferraz foi motivada após a apreensão, em uma rodovia do Rio Grande do Sul, em 22 de abril, de um lote de 200 carteiras emitidas pelo órgão. Mas, segundo a Promotoria, a corregedoria nada fez em relação ao esquema.
Dois delegados do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), órgão da Polícia Civil que cuida de corporação em Ferraz, ambos ligados ao delegado-geral Maurício José Lemos Freire, alertaram, ainda em abril, o então delegado seccional da região, Carlos José Ramos da Silva, o Casé, sobre a apreensão.
O próprio chefe do Demacro, Elson Sayão, fez um dos alertas para Casé.

A Promotoria investiga o que Casé fez com essa informação. Ele foi afastado do cargo de seccional em 21 de maio, após o atentado a tiros cometido no dia 15 daquele mês contra o jornalista Edson Ferraz, 25, da TV Diário de Mogi das Cruzes (Grande SP), afiliada da Rede Globo.