Polícia
Domingo, 16 de março de 2008, 20h11 Atualizada às 20h16
Rio: servidores estariam atuando como policiais
Ernani Alves Direto do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro abriu sindicância para investigar a suposta atuação de pelo menos 37 servidores municipais e estaduais como inspetores nas cidades de Cabo Frio e Araruama, na região dos Lagos. Os funcionários estariam trabalhando em atividades restritas a policiais, como registrar ocorrência e participar de operações. A denúncia foi entregue à Corregedoria da Polícia Civil, na última terça-feira, pelo agente Mário Rogério Andrade dos Santos.
O pedido de investigação tem como base um documento elaborado por policiais dos dois municípios. O relatório apresenta os nomes e matrículas de praticamente todos os funcionários públicos que estariam trabalhando de forma irregular na delegacia de Cabo Frio e na delegacia e no Instituto Médico Legal (IML) de Araruama. De acordo com o levantamento, os servidores que atuariam como inspetores nessas três unidades seriam lotados nas prefeituras de Cabo Frio, Araruama, Saquarema, Arraial do Cabo, Rio Bonito, São Gonçalo e Niterói. Entre os funcionários do governo fluminense, um seria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O relatório garante que os servidores fazem registro de ocorrência, assinam documentos, manipulam inquéritos sigilosos, portam armas, usam coletes, dirigem viaturas e até participam de operações. O caso que mais chama a atenção é o de um funcionário da prefeitura de Araruama, que trabalharia há 22 anos como papiloscopista no IML da cidade sem ter qualificação para o cargo.O secretário municipal de Segurança de Cabo Frio, Cláudio Moreira, confirmou que há funcionários da prefeitura cedidos à delegacia da cidade, mas eles teriam sido solicitados apenas para atividades burocráticas, por causa da falta de efetivo policial. “Nós fazemos a cessão dos funcionários por um pedido da delegacia para que eles trabalhem na burocracia do expediente diário. Cabe, depois que nós cedemos esse funcionário, ao delegado ou quem ele nomear, fazer o acompanhamento da atividade desse funcionário dentro da delegacia”, afirmou Moreira.Já o secretário municipal de Segurança de Arraial do Cabo, Mauro Miranda Fialho, disse que desconhece a atuação de servidores da prefeitura da cidade em delegacias da Região dos Lagos. “Não tenho conhecimento de nada sobre isso. O que eu posso garantir é que dentro da minha secretaria não tem essa situação de funcionário disponibilizado para delegacia”, afirmou.O prefeito de Saquarema, Antonio Peres, garantiu que vai apurar o caso, pois na lista de suspeitos consta o nome de um ex-motorista dele que estaria dirigindo viaturas e portando armas. “Eu tenho que abrir inquérito para chamá-lo aqui para saber se isto está acontecendo. Eu vou apurar isso. Ele é motorista e não pode estar andando armando, se passando por policial”, disse.O prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, também prometeu fazer um levantamento sobre possíveis problemas. Já os representantes das prefeituras de Araruama, São Gonçalo e Rio Bonito, assim como do governo do Estado, ainda não comentaram a denúncia de que servidores públicos estariam ocupando vagas de policiais.Um relatório da Divisão de Recursos Humanos da Polícia Civil com data do dia 31 de janeiro de 2008 aponta que, atualmente, a instituição tem 10.077 profissionais em atividade e 12.706 vagas disponíveis. Cerca de 230 alunos formados pela Academia de Polícia (Acadepol) aguardam efetivação. Eles foram aprovados em concurso público, há dois anos. Fizeram o curso de agente, inclusive com manuseio de armas, mas ainda não foram contratados.
Redação Terra …
Domingo, 16 de março de 2008, 20h11 Atualizada às 20h16
Rio: servidores estariam atuando como policiais
Ernani Alves Direto do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro abriu sindicância para investigar a suposta atuação de pelo menos 37 servidores municipais e estaduais como inspetores nas cidades de Cabo Frio e Araruama, na região dos Lagos. Os funcionários estariam trabalhando em atividades restritas a policiais, como registrar ocorrência e participar de operações. A denúncia foi entregue à Corregedoria da Polícia Civil, na última terça-feira, pelo agente Mário Rogério Andrade dos Santos.
O pedido de investigação tem como base um documento elaborado por policiais dos dois municípios. O relatório apresenta os nomes e matrículas de praticamente todos os funcionários públicos que estariam trabalhando de forma irregular na delegacia de Cabo Frio e na delegacia e no Instituto Médico Legal (IML) de Araruama. De acordo com o levantamento, os servidores que atuariam como inspetores nessas três unidades seriam lotados nas prefeituras de Cabo Frio, Araruama, Saquarema, Arraial do Cabo, Rio Bonito, São Gonçalo e Niterói. Entre os funcionários do governo fluminense, um seria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O relatório garante que os servidores fazem registro de ocorrência, assinam documentos, manipulam inquéritos sigilosos, portam armas, usam coletes, dirigem viaturas e até participam de operações. O caso que mais chama a atenção é o de um funcionário da prefeitura de Araruama, que trabalharia há 22 anos como papiloscopista no IML da cidade sem ter qualificação para o cargo.O secretário municipal de Segurança de Cabo Frio, Cláudio Moreira, confirmou que há funcionários da prefeitura cedidos à delegacia da cidade, mas eles teriam sido solicitados apenas para atividades burocráticas, por causa da falta de efetivo policial. “Nós fazemos a cessão dos funcionários por um pedido da delegacia para que eles trabalhem na burocracia do expediente diário. Cabe, depois que nós cedemos esse funcionário, ao delegado ou quem ele nomear, fazer o acompanhamento da atividade desse funcionário dentro da delegacia”, afirmou Moreira.Já o secretário municipal de Segurança de Arraial do Cabo, Mauro Miranda Fialho, disse que desconhece a atuação de servidores da prefeitura da cidade em delegacias da Região dos Lagos. “Não tenho conhecimento de nada sobre isso. O que eu posso garantir é que dentro da minha secretaria não tem essa situação de funcionário disponibilizado para delegacia”, afirmou.O prefeito de Saquarema, Antonio Peres, garantiu que vai apurar o caso, pois na lista de suspeitos consta o nome de um ex-motorista dele que estaria dirigindo viaturas e portando armas. “Eu tenho que abrir inquérito para chamá-lo aqui para saber se isto está acontecendo. Eu vou apurar isso. Ele é motorista e não pode estar andando armando, se passando por policial”, disse.O prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, também prometeu fazer um levantamento sobre possíveis problemas. Já os representantes das prefeituras de Araruama, São Gonçalo e Rio Bonito, assim como do governo do Estado, ainda não comentaram a denúncia de que servidores públicos estariam ocupando vagas de policiais.Um relatório da Divisão de Recursos Humanos da Polícia Civil com data do dia 31 de janeiro de 2008 aponta que, atualmente, a instituição tem 10.077 profissionais em atividade e 12.706 vagas disponíveis. Cerca de 230 alunos formados pela Academia de Polícia (Acadepol) aguardam efetivação. Eles foram aprovados em concurso público, há dois anos. Fizeram o curso de agente, inclusive com manuseio de armas, mas ainda não foram contratados.
Redação Terra …
OS CRIMES ACIMA SÃO PRATICAMENTE IRRELEVANTES QUANDO COMPARADOS AOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS. Por exemplo: Hortolândia, Montemor, etc.
A DIFERENÇA É QUE NESTE ESTADO A CORREGEDORIA – através dos seus delegados corregedores- auxiliares “ad hoc” – COONESTA A USURPAÇÃO DE FUNÇÕES.