O limite entre a liberdade de expressão e o crime – com Daniel Bialski Resposta

7 de dez. de 2025 Papo Íntimo

No episódio 63 do Papo Íntimo, Sandra Chayo recebe Daniel Bialski, um dos mais respeitados advogados criminalistas do Brasil e uma liderança ativa dentro e fora da comunidade judaica.

Nascido em São Paulo, Daniel é mestre em Processo Penal pela PUC-SP e atua há mais de 30 anos nos principais tribunais do país, incluindo o STF e o STJ.

É sócio do Bialski Advogados Associados, escritório fundado por seu pai, Dr. Hélio Bialski, com quem dividiu valores profundos como ética, humanidade e amor pela justiça. Sua trajetória vai muito além do Direito. Daniel é uma figura de referência na comunidade judaica brasileira: foi presidente da Sinagoga Beth-El, da Hebraica-SP, vice-presidente da CONIB e conselheiro de instituições como Unibes, CIAM, Hospital Albert Einstein e Museu Judaico de São Paulo.

Após os ataques de 7 de outubro de 2023, Daniel liderou missões a Israel com representantes dos Três Poderes e da imprensa brasileira, fortalecendo ações contra o antissemitismo, o terrorismo e o racismo.

Seu compromisso social e comunitário se estende ainda à construção de pontes entre diferentes correntes judaicas e à defesa do diálogo como ferramenta de transformação.

Pai de três filhos, Daniel tem na família sua maior fonte de amor, propósito e presença. A perda do pai reforçou sua missão de honrar o legado de Dr. Hélio com dignidade, sensibilidade e força.

Ouça o episódio completo e se inspire com a trajetória e a humanidade de Daniel Bialski.

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Apresentação: Sandra Chayo Convidado: Daniel Bialski

Roteiro: Kamila Garcia Supervisão: Fernanda Nagliati

O Papo Íntimo é produzido pela Trinta Dezessete.


Do Flit – Como testemunho : muito inteligente , gente boa, humilde e muito correto ; sou eternamente grato!

A polícia que elegeu Tarcísio hoje está decepcionada…Para contextualizar : depilados e doloridos ! 7

16 de dez. de 2025Tenho percorrido delegacias, batalhões e o sistema prisional e o que vejo é um sentimento claro: o governador Tarcísio está perdendo a base que o elegeu. Policiais militares, civis e penais que fizeram campanha em 2022 estão decepcionados com promessas que não saíram do papel. São Paulo, o estado mais rico do país, paga alguns dos piores salários da segurança pública, vetou projetos importantes, empurrou soluções para a gaveta e abandonou compromissos como moradia, valorização profissional e condições dignas de trabalho. O resultado é desânimo, revolta e a sensação de descaso. Esses profissionais estão na linha de frente, são o rosto do Estado todos os dias, e hoje falam de um governo que prometeu muito e entregou quase nada.

Subsídio: ideia boa, uso ruim por um governo meganha e pederasta 8

O problema central não é o subsídio em si, mas o jeito como o governo Tarcísio arquitetou e executou o modelo: como armadilha fiscal e política, não como instrumento de valorização.

O regime de subsídio (parcela única) nasce no direito brasileiro com a Emenda Constitucional 19/1998, que ampliou o art. 39 da Constituição para prever que certas carreiras de Estado – como magistrados, membros do Ministério Público, ministros, parlamentares e, depois, policiais – passariam a ser remunerados por uma única parcela fixa, vedado o acréscimo de gratificações e adicionais permanentes; a ideia original era moralizar e dar transparência às remunerações, evitando “penduricalhos” e distorções entre carreiras similares. Mas na prática o modelo foi politicamente distorcido : em carreiras fortes, serviu para consolidar padrões remuneratórios elevados; em carreiras fracas ou consideradas destinadas aos fracassados tem sido usado para extinguir direitos individualmente adquiridos e facilitar o arrocho salarial ao longo do tempo.

Um raio-X da anatomia do poder estadual

Teoricamente, o subsídio poderia ser algo positivo:

  • Simplifica a estrutura de vencimentos.
  • Pode reduzir penduricalhos e manobras.
  • Permite, se bem desenhado, reduzir a diferença entre quem está começando e quem está no topo.

O que torna o modelo perverso não é a existência do subsídio, mas:

  • Tabela pensada para “nivelar por baixo”;
  • Criação de vantagens pessoais (tipo VPS) para congelar quem já acumulou direitos;
  • Ausência de paridade/integralidade para os mais novos, transformando o subsídio em armadilha previdenciária, não em proteção ao servidor.

Por que começou pela Polícia Penal

Escolher a Polícia Penal como “projeto piloto” não foi ao acaso, e sim desenho diabólico :

Polícia desarmada não é polícia !

  • Carreira com pouco reconhecimento social, recém-criada constitucionalmente , são guardas de presos , com má reputação de corruptos e violentos , pouca visibilidade do difícil trabalho diuturno e praticamente sem nenhum lobby de alto nível. Um caso que comprova que alterar o nome não muda a essência da coisa. Nada tem de identitário!
  • Servidores dispersos pelo Estado , sem comunicação , com dificuldade de mobilização e pressão política. Sem líderes da própria carreira , sujeitos , ainda, a coronéis da PM bajuladores do governo de plantão. E a Juízes e Promotores corregedores que, literalmente, cagam e andam para o efetivo cumprimento da Lei de Execução Penal .
  • Atualmente , que só conhecem prisões por videoconferência.
  • Facilidade de vender para a opinião pública a narrativa de “modernização do sistema prisional”.

Assim, o governo testou todo o pacote completo: subsídio, extinção de adicionais, criação de VPS e congelamento dos ganhos dos mais antigos e dos aposentados – sem enfrentar consequências proporcionais.

Um alerta: quem fala em modernização trata aposentados e pessoas idosas como sucatas .

Uma vez consolidado o modelo, Tarcísio de Freitas , caso seja reeleito , tentará replicar a lógica em outras carreiras muito frágeis : como a Polícia Civil e a sua Superintendência de polícia técnico-científica. São todos policiais civis !

O objetivo real: arrocho diabolicamente maquinado por militares e membros da PGE

Se o objetivo fosse valorização, o governo teria:

  • Fixado o subsídio tomando como base o maior vencimento real da classe, protegendo quem tem mais tempo de casa.
  • Reduzido os degraus entre início e topo, como se fez na magistratura.
  • Vinculado reajustes anuais aos índices objetivos, garantindo recomposição automática.

O que se vê é o contrário:

  • Subsídio calculado para gerar saldo positivo no orçamento impondo o fim de ganhos reais individualizados ; não é para corrigir distorções históricas.
  • Vantagens pessoais artificialmente criadas ( VPS ) para congelar direitos adquiridos e ir comendo esses valores com os ilusórios reajustes futuros.
  • Foco em carreiras com pouca força política (Polícia Penal, e agora a base operacional da Polícia Civil), preservando segmentos mais organizados e próximos do poder.
  • Digo base operacional da Polícia Civil pelo contingente expressivo de ativos e aposentados.
  • A carreira de delegado de polícia não tem nenhum prestígio social , político e jurídico.
  • Um agente penitenciário diretor de penitenciária se tornou mais importante para o atual governo do que um delegado DIRETOR DE DEPARTAMENTO. Não me perguntem o motivo , pois os processos judiciais são quase certos …Aliás, da parte dos diretores de penitenciárias.

O recado para as carreiras “menores”

A mensagem implícita é clara:

  • Subsídio não para somar, mas para substituir e, com o tempo, reduzir.
  • Carreiras sem peso político servem de laboratório para arrocho, enquanto as de prestígio ( PM , PGE , Defensoria , Fiscais da Fazenda ) mantêm mecanismos próprios de proteção.
  • Quem vive exclusivamente do salário e não tem “atalhos” (bico, esquema, cargo de confiança ) é justamente quem mais apanha.

Em linguagem simples: o subsídio poderia ser um instrumento de justiça e valorização na Polícia Civil, mas, do jeito que o governo Tarcísio – um jeito pederasta de ser – vem desenhando, vira um mecanismo sofisticado de divisão interna ( a estrutural e cultural FELONIA ) procrastinação da reestruturação e de desvalorização contínua dos vencimentos das carreiras com menor poder de influência .

Jeito pederasta de ser , na melhor definição do Flit , começando a “enfiar no cu” da Polícia Penal e mirando, em seguida, o rabo da Polícia Civil …

O resto vem depois , menos para a PM, PGE, Defensoria e a corrupta Fazenda .

Tarcísio – não se deixem enganar – além de querer comer o teu cu quer que você se depile!