Devo ser “algum maligno” querendo jogar PC contra PM , mas até agora não achei o fuzil na mão do Rafael – As imagens do Metrópoles foram manipuladas

Análise Comparativa: Imagens Extraídas x Demais Vídeos — Possíveis Manipulações

Introdução

O confronto entre imagens estáticas extraídas do vídeo do Metrópoles e os demais vídeos jornalísticos  do caso do Sargento Marcus da ROTA x Policial Civil Rafael Moura revela aspectos fundamentais para avaliar a existência — ou não — de manipulações ou distorções interpretativas.

Critérios Técnicos para Avaliação

  • Sequência cronológica dos eventos
  • Posicionamento dos envolvidos
  • Definição de imagem e qualidade dos frames
  • Contexto visual ampliado vs. recorte do frame
  • Presença (ou ausência) de gestos ameaçadores
  • Sincronização de áudio e vídeo

Pontos de Atenção ao Confrontar as Imagens

1.Escolha e Recorte dos Frames

  • Imagens extraídas de vídeos em baixa resolução, especialmente quando apresentam setas ou marcações interpretativas, podem destacar ou sugerir gestos ambíguos que, no fluxo natural do vídeo, perdem qualquer conotação de ameaça.
  • O congelamento de momentos pode criar falsos positivos — braços ao lado do corpo, mãos em movimento natural ou objetos parcialmente ocultos, lidos, fora de contexto, como intenção ameaçadora.

2.Ausência de Sequência Contextual

  • Os frames extraídos isolam segundos da ação real, afastando a avaliação dinâmica (gestos, respostas, falas) que só o vídeo integral permite.
  • Em todos os vídeos completos analisados, os movimentos do policial civil Rafael Moura se mostram passivos e não agressivos — corroborando que nenhum trecho do fluxo audiovisual endossa ocorrência hostil.

3.Possibilidade de Efeito de Sombra/Motion Blur

  • Imagens estáticas podem captar “sombra”, borrão ou artefatos de pixel que nada mais são do que distorções naturais de vídeo em ambiente de baixa luz e movimento abrupto. Essas características podem ser erroneamente lidas como indicativo de manipulação ou como “prova” de atitude ofensiva.

4.Ângulo, Perspectiva e Profundidade

  • Ângulos de câmera corporal (bodycam) são notoriamente limitados — um quadro pode esconder detalhes, sobrepor pessoas ou deformar a percepção de distância, posicionamento de braços/objetos.
  • Os demais vídeos documentam, de múltiplos ângulos e em melhor definição, que Rafael permanece parado, sem avanço agressivo, reforçando que qualquer quadro diferente decorre de efeito ótico — não de manipulação editorial.

5.Adição de Elementos Gráficos

  • Inserções de setas, legendas interpretativas ou zoom digital podem sugerir ênfase em algo realizado “suspeito” ou gerar leitura indesejada do material bruto.
  • O padrão de vídeos jornalísticos, sobretudo de reportagens investigativas, é apresentar o fluxo integral ou as passagens relevantes sem cortes contextuais, permitindo melhor avaliação pelo público.

Exemplo prático das imagens extraídas

  • Nas imagens do Metrópoles, o policial marcado por seta branca justifica o foco da narrativa defensiva, mas, ao se analisar os demais vídeos, percebe-se que não há qualquer ação hostil — o click do frame apenas congela um gesto genérico.
  • A ausência de áudio nos frames reforça o viés: não se capta a sequência real, nem os gritos de “É polícia!”, que caracterizam a surpresa da vítima.

Conclusão

  • Não há manipulação digital forense (edição de imagem para inserir ou remover elementos), mas existe manipulação interpretativa ; possível pela forma de apresentação dos quadros isolados.
  • O material integral, quando conferido em fluxo contínuo, desmente sugestões de ameaças: não se identifica saque de arma ou gesto imediato; não há sobreposição de pessoas que dificultam a análise da linha de visão.
  • Qualquer alegação de ameaça vinda da vítima é refutada pela totalidade das evidências audiovisuais em movimento. O uso de frames específicos fora do contexto, com inserção de elementos gráficos, pode induzir a erro interpretativo, mas não altera o conteúdo verdadeiro da ação.
  • A soma dos vídeos confirma que toda possibilidade de “manipulação” reside no discurso e na narrativa construída a partir do recorte — não na filmagem original. A estratégia de apresentar recortes e zooms específicos, principalmente antes da perícia oficial, é comum por defesas ou partes em litígio, buscando fortalecer determinada narrativa  .
  • Não há, até estes dados, publicação de laudo pericial confirmando a integralidade do vídeo em questão.
  • Nossa percepção, como a de muitos operadores do Direito, consiste em desinteressadamente tentar demonstrar que edições sem a cadeia de custódia  pericial e com destaque selecionado devem ser recebidas com extrema cautela até perícia oficial, pois, com certas técnicas, é possível moldar percepções com manipulação digital relativamente simples. O vídeo e a narrativa que se encontra na matéria “Cenas fortes: veja momento em que PM da Rota atira em policial civil” , foram distorcidos . Apresentando uma descrição contrária à realidade dos fatos.
  • Rafael , o primeiro , é o que se vê de moleton e boné; estava com distintivo no peito. Não verificamos fuzil ( palavras do coronel Amistá em podcast ) ou gesto de Rafael insinuando ou apontando arma para o Sargento.

: https://www.metropoles.com/sao-paulo/sou-policia-caralho-agente-baleado-rota
: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/07/21/sargento-da-rota-que-matou-policial-civil-foi-indiciado-por-homicidio-qualificado.ghtml
: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2024/07/22/video-bodycam-policial-civil-rota.ghtml

Nico Gonçalvez – “Não há nenhuma rivalidade. Foi um acidente, uma fatalidade incrível” 13

Segue a transcrição da fala do secretário executivo de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, conforme exibida no vídeo da Jovem Pan News :

“Foi uma fatalidade, né? Uma tremenda fatalidade. Eu tenho certeza que o sargento que atirou também não queria esse resultado, né? Foi uma fatalidade e não tem esse negócio de briga, foi isso, foi aquilo. Foi uma fatalidade que eu espero que nunca mais aconteça. Eu estive lá, dei a bandeira até pro pai, pai do garoto e olha, vou te falar, é uma coisa que me tá na cabeça até agora, você entendeu? Ninguém queria esse resultado, principalmente nós que tramamos para que não aconteça. Não há nenhuma rivalidade. Foi um acidente, uma fatalidade incrível que eu fico muito triste em ver.”

Essa fala foi dada ao repórter durante cobertura do caso do policial civil morto por disparo de policial da ROTA, em julho de 2025, e expressa a posição oficial da Secretaria de Segurança Pública no sentido de tratar o episódio como acidente inevitável e não resultado de rivalidade ou dolo entre as forças policiais.

Imagens Contundentes Desmentem Discurso Corporativo e Defesa em Caso da ROTA: Morte de Policial Civil Expõe Falhas e Estranhezas – “O Mistério da Chave”  2

Vídeos inéditos, versão da defesa e postura institucional: onde está a verdade sobre a morte de Rafael Moura?

São Paulo — O caso da morte do policial civil Rafael Moura da Silva por um sargento da ROTA, em ação na zona sul da capital, ganha contornos cada vez mais inquietantes diante da análise de imagens inéditas. Em contraste direto com o discurso corporativo e as alegações de defesa, os registros das câmeras corporais e gravações jornalísticas demonstram o oposto do que se narrava: não há, em nenhum fotograma público, qualquer gesto ameaçador por parte da vítima — nem sequer em baixa resolução ou ângulos duvidosos, como atestam técnicos e analistas independentes.

A estranha chave  e a intencionalidade da incursão

Um detalhe peculiar e pouco explicado acrescenta uma camada de mistério ao episódio: o sargento estava de posse da chave de um robusto portão de aço — acesso exclusivo aos corredores internos da comunidade. A cena captada revela o sargento destrancando o portão, antecedida da ordem direta ao companheiro: “vem comigo” . Tal fato sugere não apenas conhecimento prévio do terreno, mas planejamento de incursão, acesso privilegiado e ação intencional, e levanta dúvidas fundadas sobre a natureza e a comunicação daquela operação. Como e por que um policial militar possui tal chave de acesso restrito, em área sabidamente sensível, permanece uma indagação que merece investigação  séria, podendo até ensejar suspeitas de irregularidades nas relações locais.

Metodologia e Protocolo em Xeque: Revogação Tácita do Método Giraldi?

Outro ponto que salta aos olhos de quem confronta imagem e discurso oficial é a total ausência de observância do Método Giraldi (Tiro Defensivo na Preservação da Vida) — doutrina há anos celebrada como modelo para o uso escalonado e racional da força policial em São Paulo.
Enquanto o manual preconiza análise do contexto, identificação, verbalização clara e priorização absoluta da vida antes do disparo , o porta-voz da PM, coronel Massera, parece relativizar ou omitir tais protocolos em entrevistas públicas. Ao classificar o episódio como “tragédia, não crime” e sugerindo que, “diante do risco, não teria tempo para verbalizar”, sua fala soa como — no limite — uma revogação informal do Método do Coronel Giraldi ou, no mínimo, a impressão de que o porta-voz do comando pode não ter assistido integralmente às imagens liberadas à sociedade. Afinal, esses – além da suspeita chave do portão  –  mostram clara ausência dos procedimentos mínimos de abordagem esperados pela doutrina oficial, reforçando um abismo entre teoria e prática policial.

A Realidade das Imagens Confronta a Retórica da Defesa e o Corporativismo

A estratégia de defesa, ancorada em supostos vultos ameaçadores e na defesa legítima putativa, não encontra respaldo visual: a cada quadro, a cada segundo das gravações, se evidencia apenas a surpresa absoluta de Rafael Moura, seguida pelos disparos precipitados e sem qualquer verbalização por parte do sargento .
A posição institucional, por sua vez, tenta suavizar e despersonalizar a responsabilidade — ignorando, propositalmente ou não, um conjunto de evidências que desmontam a narrativa do erro honesto sob pressão.

Conclusão — A cena é cristalina, a dúvida é institucional

Mais que um caso de letalidade policial, os fatos revelam as fissuras e blindagens do corporativismo policial brasileiro: uma versão defensiva que não resiste ao vídeo, uma doutrina que parece ter sido “revogada” discretamente diante do constrangimento dos fatos, e uma estranheza operacional não explicada (as chaves do portão), que precisa ser investigada a fundo.

A sociedade aguarda: prevalecerá a verdade nua das imagens — e as lições do próprio manual policial — ou o (ul ) traje de camuflar tragédias como meros “acidentes”?

Rcguerra [Jornal Flit Paralisante] – Para republicação, citar a fonte.

Com cara de paisagem o Coronel Massafera , 2:30, justifica os disparos por suposta postura ameaçadora do policial civil, que, segundo ele, teria sacado uma arma ao ser surpreendido… 1

Cotejo Crítico: Entrevista do Coronel vs. Imagens da Câmera Corporal

Pontos Principais da Entrevista do Coronel

  • O coronel Massera (PM-SP) classificou o caso como “tragédia, não crime”, alegando que as imagens corroboram a versão do sargento, descrevendo a ausência de tempo para verbalização e justificando os disparos por suposta postura ameaçadora do policial civil, que, segundo ele, teria sacado uma arma ao ser surpreendido.
  • Destacou-se a falta de integração entre as operações das Polícias Civis e Militares como fator central do desfecho trágico.
  • Reforçou que o policial militar agiu “num ambiente de risco”, monitorando que só cessou fogo ao ouvir os gritos de “polícia”.

Pontos Objetivos Observados nas Imagens

  • As imagens mostram o sargento munido de chave para acesso planejado a viela, avançando em velocidade (“desabalada carreira”).
  • Não há verbalização, comando de parada, nem identificação policial prévia por parte do sargento.
  • O policial civil Rafael Moura estava parado, com visualização clara dos distintivos; não esboça causas prejudiciais ou saque de arma ameaçador.
  • O sargento efetuou quatro disparos – dois à vista, dois de trás de um abrigo –, com a vítima imóvel e sem chance de defesa ou fato hostil.
  • Os gritos de identificação (“É polícia!”) surgem após os disparos, não antes. O sargento só interrompeu o fogo depois de ouvir esses gritos.
  • Não existe elemento que confirme a de outra presença suspeita nem percepção real de dupla ameaça.

Conclusão do Cotejo

  • Dissonância relevante entre discurso institucional e evidência técnica: Ao comparar a entrevista do coronel com as imagens, constata-se que a linha institucional suaviza a conduta do sargento, naturalizando a ausência de verbalização e a quantidade de disparos, enquanto o vídeo demonstra cenas e falhas essenciais de procedimento que resultaram em letalidade claramente evitável.
  • Fato essencial ignorado pelo comando: A alegação de que o policial civil fez “menção de sacar arma” ou que teria risco incontrolável não encontra respaldo nas imagens, que mostram a vítima sendo descoberta sem gestos hostis — reforçando que o disparo não foi resposta a ameaça concreta, mas reflexo de atuação temerária.
  • Ausência de integração não justifica falha de protocolo: Embora a falta de cooperação institucional tenha contribuído para o contexto, os protocolos operacionais de preservação da vida e identificação foram ignorados individualmente pelo sargento, conforme evidência do vídeo.
  • Negativa do “crime” não se sustenta diante dos fatos objetivos: A classificação do episódio como “tragédia” e não “crime” revela o esforço institucional de minimizar a responsabilidade individual e estrutural, em contraste com a objetividade probatória das imagens, que demonstram violação clara dos preceitos do Método Giraldi e dos princípios constitucionais do uso proporcional da força letal por agente do Estado.

Portanto, o cotejo dos registros institucionais e das evidências visuais aponta para negligência grave, conduta incompatível com os padrões legais e doutrinários e deficiência a versão defensiva sustentada institucionalmente pela PM.

: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sp-policia-militar-classifica-morte-de-policial-civil-em-acao-da-rota-como-tragedia/
: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2025/07/21/novas-imagens-bodycam-rota-policia-civil.htm

E entre a arrogância e a incompetência, há alguns Comandantes mais cuidadosos com suas lentes nos dentes e seus tratamentos estéticos na face sempre viçosa. Em vez de investimentos em procedimentos estéticos e clareamentos dentários para sempre aparecer bem na foto , deveriam usar apenas óleo de peroba quando com desfaçatez ( cara-de-pau ) subestimam a nossa inteligência com as suas costumeiras – falsas ou incompletas – versões oficiais. Se preferirem manter a aparência , do que preservar vidas , então que continuem cuidando muito mais das suas delicadas cútis facial… Mas que sejam envernizadas antes de – publicamente – normalizarem as ocorrências com assassinatos de inocentes!

Pau que bate em Chico bate em Francisco e apanha sem reclamar 2

Pau que bate em Chico bate em Francisco e apanha sem reclamar

Em agosto de 2024, durante uma Festa do Peão de Promissão, no interior de São Paulo, a adolescente Katrina Bormio Silva Martins foi atingida fatalmente por um projetil de arma de fogo disparado pelo delegado Vinícius Martinez, que estava fora de serviço, armado e supostamente sob efeito de álcool.

O caso gerou intensa comoção, resultando na denúncia por homicídio duplamente qualificado, com o delegado, recentemente, encaminhado a julgamento pelo Tribunal do Júri.

A mãe da vítima, Sabrina Maria Conceição da Silva, inconformada com a perda da única filha – com a morosidade e supostas manobras protetivas do sistema ao acusado – passou a se manifestar criticamente nas redes sociais.

Martinez ingressou com uma ação de indenização por danos morais contra Sabrina, além da Meta (dona do Facebook e Instagram), alegando que publicações da mãe estimulavam o “linchamento virtual”, expunham dados pessoais e informações então sob sigilo, afetando sua imagem e segurança pessoal.

Sabrina, por sua vez, argumentou que apenas compartilhou informações já públicas, todas divulgadas pela imprensa; destacando o sofrimento que enfrenta após a tragédia.

O episódio reacendeu o debate sobre liberdade de expressão, os limites da dor e o rigor (ou falta dele) na responsabilização dos diferentes elos da cadeia policial e judicial.

Verdadeiramente, vivemos tempos difíceis para as leis e para as consciências.

A cada vídeo que viraliza, a cada manchete sangrenta, renovam-se as críticas, ser policial tornou-se quase equivalente a estar sempre à beira de um ato tresloucado, pronto para ser crucificado pelo tribunal das redes.

Mas, convenhamos, o velho adágio que povoa as conversas de botequim — “pau que bate em Chico bate em Francisco” — é mais do que justo: é um princípio civilizatório.

E não se deve poupá-lo quando a desgraceira parte daqueles que, pela educação, formação e posição hierárquica, deveriam dar exemplo.

Pois bem, não satisfeito em desprezar o cansaço, talvez a ética — e, claro, a lei – um delegado resolve sair do serviço, armado, para uma festa onde sabe que há bebida e, invariavelmente, confusão.

Quem conhece o mundo policial sabe: de casa para o trabalho e deste direto para casa e não se misturam arma e álcool, razão e desatino.

Mas a nossa prepotência, onipotência e falta de consciência despreza as mínimas regras de autopreservação .

O desequilíbrio anda de mãos dadas com a desgraça!

Convenhamos, quem sai para beber  – seja civil, soldado , oficial ou doutor  de qualquer coisa –  vai desarmado e de táxi.

Não falta aviso.

Resultado : uma família ( ou várias )   despedaçada, uma mãe , com toda a razão moral do mundo , vociferando suas dores nas redes – agora processada – e uma sociedade perplexa, sempre desconfiando do corporativismo à brasileira: afastamentos médicos, recursos, e o velho jogo de empurra jurídico  que só faz postergar o óbvio.

No caso não há corporativismo , deve haver solidariedade …

Nove entre dez já se envolveram em situações semelhantes; o escrevinhador, inclusive!

Apenas teve melhor sorte…

O  nosso destino  não pode ser traçado naquilo que deveria ser o mais óbvio: evitar o previsível.

Mas há quem insista em ir  mais fundo ao precipício: processar a mãe da vítima, gerando ainda mais publicidade para aquilo que se queria esconder…

Grande estupidez , só ganhou mais manchetes e uma quase certa  – se a lei acabar imperando –  condenação criminal e futura demissão ( ainda que tardia ).  

Errou , doutor!

Que batam o pau em Chico e em Francisco — porque , a lei é uma só, e a dor, quando chega, não escolhe família !

(por Flit Paralisante)

O Sargento da ROTA achou a chave do portão ou é o dono do “Beco” ( boca ) ? 6

Que a PM – se restar decência – o coloque no Romão ao lado do pai.

Com base na descrição publicada pelo UOL do vídeo “ Novas imagens mostram PM da Rota usando chave em viela e atirando em policial civil ”:

Análise Técnica e Jurídica das Novas Imagens do Caso ROTA x PC

Sequência dos Fatos Registrados no Vídeo

  1. Abordagem e Ação Inicial
    O vídeo mostra o policial militar da ROTA correndo pela rua, aparentemente em estado de alerta ou pressa. Ao chegar à viela de uma comunidade da zona sul (Favela do Fogaréu), o PM utiliza uma chave para destrancar uma entrada, evidenciando que a incursão foi intencional e planejada para entrar justamente naquele espaço restrito.o fato do sargento da ROTA portar uma 
    chave do portão da viela/favela e dizer ao colega de farda “vem comigo” revela uma série de possíveis hipóteses e implicações criminais e funcionais. Associação com ladrões de motocicleta e traficantes, inclusive!
  2. Entrada e Ausência de Verbalização
    Após adentrar a viela, não se visualiza — pelas imagens públicas — qualquer tentativa de abordagem verbal, ordem policial ou protocolo de identificação, contrariando o que preconiza o Método Giraldi e os manuais da PM para uso progressivo da força e preservação da vida. O policial avança rapidamente, sem parar ou anunciar a presença policial.
  3. Encontro e Abertura de Fogo
    O vídeo mostra o instante exato do encontro com a vítima, o policial civil Rafael Moura. A distância é curta e, segundo análise da imagem, a ação é imediata: o PM dispara contra Rafael, que não esboça consequências prejudiciais. Não se observa ocorrência de defesa ou qualquer intenção hostil por parte da vítima. O disparo ocorre de forma reflexa e sem verbalização.
  4. Perspectiva Operacional
    A entrada com chave confirma que a operação não esteve em perseguição acidental ou de improviso, mas sim em ação tática planejada (apesar dos riscos e ausência de coordenação com outras forças no local).

Enquadramento à Luz do Protocolo Policial

  • Violação dos Protocolos de Abordagem:
    Não houve verbalização, ordem de parada, tentativa de diálogo ou abordagem cautelosa antes do uso letal da força. Pelo contrário: o vídeo reforça a atualização e o automatismo na atuação, sem sinais de hostilidade da vítima ou percepção clara de ameaça.
  • Posicionamento e Identificação:
    A curta distância permitiria, conforme os protocolos do Método Giraldi, identificação visual clara e eliminada preliminarmente da hipótese de ameaça letal, caso houvesse respeito ao procedimento padrão.
  • Falha Crítica de Comunicação:
    As imagens endossam que o sargento não esperou por reforço, nem procedeu com a cautela mínima exigível, especialmente entrando em ambiente confinado (vielas) sem buscar identificar outros agentes policiais que poderiam estar operando na área.

Considerações Jurídicas e Técnicas

  • Presunção de Legítima Defesa Putativa Fragilizada:
    O novo vídeo reforça a ausência de justificativas objetivas para a ocorrência letal, pois não há gesto suspeito notório, agressão iminente ou impossibilidade de visualização da identidade da vítima. O erro, caso alegado, era evitável.
  • Evidência de Excesso:
    A frequência e imediatidade dos disparos, em área controlada à qual o PM tinha acesso (e tempo para avaliar), evidenciam conduta incompatível com o princípio da proporcionalidade e com o uso diferenciado da força.
  • Refutação do Relato do “Vulto”:
    O vídeo não indica contexto de fim de perseguição ou perseguição a “vulto”; ao contrário, mostra invasão de viela privada mediante uso de chave, indicativo de missão planejada e tempo hábil de avaliação da cena.

Conclusão

As novas imagens documentam e reforçam as principais críticas técnicas e jurídicas já feitas:

  • Grave violação dos protocolos de tiro defensivo e preservação da vida do coronel da Polícia Militar de São Paulo, Nilson Giraldi.
  • Ausência de verbalização e total seleção no tiro letal.
  • Ausência de ameaça por parte da vítima e pleno potencial de identificação naquele contexto.
  • Força letal empregada de modo injustificável e incompatível com a doutrina da PM e preceitos legais.

O vídeo reforça a acusação de homicídio qualificada, com dolo eventual ou, no mínimo, imprudência gravíssima, e mantém íntegra a linha de responsabilização funcional e institucional.

  1. https://www.youtube.com/watch?v=P9dwuUbWJXg