Prioridades Invertidas – Quando a Polícia Civil Ignora o que Realmente Aflige a População
Enquanto a apreensão de toneladas de cocaína destinadas ao tráfico internacional ocupa manchetes e gera discursos de combate ao crime, milhões de cidadãos seguem reféns de problemas cotidianos muito mais urgentes: a violência que assola todos os bairros, muito especialmente os periféricos, a falta de iluminação pública por furtos de cabos de cobre, o desmonte de infraestruturas essenciais e a sensação generalizada de impunidade.
O furto qualificado de fiação das casas, luz , internet, telefone , grades, portões, torneiras, relógios contadores de água e luz etc.
Não é todo mundo que pode pagar para a empresa de segurança do Delegado Geral , né ?
Enquanto o “DOUTOR” cuida dos abastados está dando uma de Nelson Piquet para o resto da população paulista.
A ineficiência do Estado em priorizar o que realmente afeta a população não é apenas uma falha operacional, mas uma escolha política que perpetua desigualdades e mina a confiança nas instituições.
Um defeito moral, diga-se!
O Teatro das Grandes Apreensões vs. a Realidade dos Pequenos Crimes
A recente apreensão de 2 mil quilos de cocaína pela Polícia Civil do DEINTER-6 , foi , sem dúvida, um feito relevante.
No entanto, celebrá-lo como “vitória” é ignorar o paradoxo gritante: enquanto órgão da Polícia Civil investe recursos em operações espetaculosas, falha em combater crimes que corroem o dia a dia das pessoas.
Faz o mai$ , não faz o meno$!
Como explicar que uma polícia local , não obstante o pomposo e poupudo nome – DEIC – consiga interceptar drogas destinadas ao exterior, mas seja incapaz de impedir que fios de cobre sejam arrancados de postes, deixando bairros inteiros no escuro?
Ou que metais roubados paralisem serviços imprescindíveis e ainda deixando supostos “nóias” aterrorizarem toda a população da Baixada Santista, atualmente obrigada a acorrentar até seus portões.
Essa disparidade revela uma lógica perversa: ações midiáticas garantem visibilidade política, enquanto problemas estruturais – como a receptação organizada – são negligenciados por exigirem trabalho contínuo, investimento em inteligência e enfrentamento de redes criminosas entranhadas na economia informal.
E perda de propinas, não é?
O Preço da Ineficiência e da Corrupção: Quem Paga a Conta?
A população paga, todos os dias, o preço dessa inversão de prioridades.
Sem políticas eficazes contra o comércio ilegal de metais, por exemplo:
Hospitais e Postos de Saúde – enfrentam falhas elétricas que colocam vidas em risco.
Escolas – têm aulas canceladas por falta de energia.
Empresas – perdem milhões com o aumento de seguros e reparos.
Moradores , especialmente os de periferias, não clientes do Delegado Geral , vivem sob a ameaça de violência de nóias e donos de bocas de fumo que operam impunemente.
Enquanto isso, o escambo de bens roubados em ferrolhos (comércios clandestinos) e bocas de fumo prospera, alimentado pela conivência de partes do setor privado, que compram materiais sem origem fiscalizada, e pela lentidão do poder público em regulamentar e fiscalizar.
A Raiz do Problema: Por que Nada Muda?
A resposta está na falta de vontade política para enfrentar interesses milionários arraigados.
A receptação de metais movimenta um mercado bilionário, beneficiando desde pequenos receptadores até grandes indústrias que “lavam” produtos roubados em suas cadeias de produção.
Combater isso exigiria:
Leis mais severas contra empresas que compram materiais sem documentação.
Investimento em tecnologia para rastrear a origem de metais.
Integração de dados entre polícias, concessionárias de serviços públicos e o setor industrial.
Combate à corrupção institucionalizada na Polícia Civil , com muito mais vigilância em setores como DEIC, DIG, DISE e outros especialistas em tungagem.
No entanto, projetos que propõem reestruturação e modernização da Polícia Civil , emperram no Governo e na ALESP.
O Círculo Vicioso da Desigualdade – SEM DISCURSO DE ESQUERDA
Há ainda um componente social cruel: em muitos casos, os próprios autores dos furtos são vítimas de exclusão.
Jovens sem oportunidades, desempregados e moradores de áreas sem infraestrutura básica são cooptados por redes criminosas, que os usam como “bucha” para atividades de risco.
Enquanto o Estado não oferecer alternativas reais – emprego, educação e acesso à justiça –, o crime continuará sendo um “empregador” perverso.
E seja de esquerda , centro ou direita: TODO POLÍTICO É TORTO!
É Hora de Repensar as Prioridades
Não se trata de desmerecer o combate ao narcotráfico, mas de exigir que o Estado deixe de tratar a segurança pública como um espetáculo de resultados imediatistas/midiatistas.
A verdadeira eficiência se mede pela capacidade de proteger o cidadão comum dos problemas que destroem sua qualidade de vida todos os dias.
Enquanto postes continuarem sendo desmontados por criminosos à luz do dia, enquanto famílias perderem acesso à água por furtos de tubulações e enquanto o medo imperar nas periferias, discursos sobre “guerra às drogas” soarão como hipocrisia.
A população clama por um Estado presente não apenas nas operações de impacto, mas naquilo que, de fato, determina se uma sociedade é funcional ou falida: a garantia do básico.
Chega de teatro. O que precisamos é de ação.
Última linha: que o GAECO e seus peritos verifiquem muito bem as duas toneladas de pó apreendidas pelo DEIC de SANTOS.
Alquimia: em vez de virar pó ( incinerados ) , podem virar dinheiro!
kkkkkk não perícia muito não kkkkkk
vamos surfar e comer DORITOR na beira da praia?
Gaeco é uma comédia
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