
No último final de semana, a cidade de São Vicente, no litoral paulista, foi abalada pela trágica morte do guarda municipal Alexsandro Lima do Nascimento, que perdeu a vida durante uma ocorrência policial nada transparente.
Uma suposta averiguação de infração ambiental no conhecido Morro do Itararé , há muitas décadas reduto de traficantes de drogas.
Este evento sombrio não apenas choca a comunidade local, mas também levanta questões profundas sobre a capacitação e a competência legal das guardas municipais para lidar com situações de alto risco, como a repressão ao tráfico de entorpecentes.
A morte de Alexsandro é um lembrete doloroso das condições precárias em que a maioria dos agentes de segurança trabalham no Brasil.
A falta de capacitação adequada para enfrentar situações perigosas é um problema comum que coloca em risco a vida desses profissionais e dos cidadãos em geral .
As guardas municipais têm um papel importante na segurança urbana, atuando na vigilância e proteção dos cidadãos.
No entanto, a sua atuação em operações de repressão ao tráfico de entorpecentes é questionável, pois não possui a capacidade ou competência legal para realizar tais operações.
Essas ações geralmente são atribuídas a unidades especializadas das polícias estaduais que fornecem treinamento e equipamentos adequados para lidar com essas situações.
Além disso, será que uma pensão de pouco mais de R$ 2.000,00 que deve ser oferecida é um valor que pode ser considerado digno para garantir o bem-estar dos dependentes.
A decretação de luto oficial em São Vicente é um gesto de respeito e solidariedade à família do guarda falecido.
No entanto, é fundamental que esse sentimento de solidariedade se traduza em ações concretas para melhorar as condições de trabalho e segurança dos agentes de segurança municipais.
Bons vencimentos , especialmente.
Comprar viaturas de R$ 300.000,00 , rifles de R$ 25.000,00 , pistolas de R$ 6.000,00 , pagando em média R$ 3.000,00 para o agente é escárnio.
Estupidez administrativa !
Diante desse cenário, é urgente que as autoridades revisem as políticas de segurança e os protocolos de atuação das guardas municipais.
Isso inclui investir em tecnologia contínua, equipamentos adequados e infraestrutura para que esses agentes possam realizar seu trabalho com segurança e eficácia.
Ademais , toda a doutrina e treinamento deve ser focado no policiamento comunitário.
As Guardas não devem ser o “pequeno exército” do prefeito de plantão.
Além disso, reitera-se , é necessário reavaliar os benefícios oferecidos aos que arriscam suas vidas em serviço, garantindo que suas famílias sejam protegidas em caso de acidentes fatais.
A morte de Alexsandro Lima do Nascimento é um chamado à reflexão sobre a segurança pública no Brasil.
É hora de repensar as políticas de segurança, definir atribuições , garantir a capacitação adequada dos agentes e oferecer proteção digna às famílias que perdem seus entes queridos em serviço.
Só assim poderemos construir um sistema único de segurança mais justo e eficaz para todos.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/03/ladroes-levam-armas-e-drogas-de-delegacia-de-sorocaba-sp.shtml
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