Desafio à Magistratura: para cada bom Juiz há pelo menos nove advogados tão bem ou até mais capacitados dispostos a trabalhar por R$ 20.000,00 iniciais e alcançar o teto de R$ 45.000,00 no topo de carreira e aposentadoria 1

Para Cada Bom Juiz há Nove Bons Jovens Advogados tão bem e muitos até mais qualificados para fazer mais e melhor por muito menos.
Taxativamente, reitera-se , para cada bom Juiz há pelo menos nove advogados altamente capacitados e vocacionados , dispostos a trabalhar por R$ 20.000,00 iniciais e alcançar R$ 45.000,00 quando no topo de carreira e aposentadoria
Basta de certas mentiras, reiteradamente propaladas , para justificar ganhos imorais decorrentes de julgamentos em causa própria.
Conclamamos a  Magistratura a se dignar desenvolver uma ferramenta disponível aos jurisdicionados para que se possa  auditar o tempo dedicado pelos Srs. Juízes à leitura e elaboração de despachos, decisões e sentenças, bem como o tempo dedicado às audiências devidamente gravadas
A sociedade , certamente , descobrirá que muitos Brasil afora nem sequer trabalham muito mais do que 20 horas por semana.
Espero estar muito mal-informado!
Também é falaciosa a vetusta alegação de que não há bacharéis suficientemente preparados para duplicar e até triplicar o número de juízes no Brasil.
Dinheiro não falta!
O que se gasta com os chamdos “penduricalhos” indenizatórios é mais do que suficiente para a duplicação de cargos.
Verdadeiramente, há dezenas de milhares de bacharéis advogando bem-preparados e mais vocacionados do que aquela parcela dos juízes que aí estão ganhando por quatro, mas trabalhando por meio.
Idem se diga de promotores, procuradores, defensores e toda a elite de agentes públicos que se acham diferenciados e merecedores de privilégios.
Não se pode continuar com a esfarrapada falácia de que a excelência dos vencimentos do cargo é decorrente da escassez de talentos.
E que se os vencimentos não forem muito atraentes haverá evasão para a iniciativa privada.
Inverdade, a grande maioria caso deixasse a magistratura, na iniciativa privada não conquistariam remuneração equivalente.
Ademais, desde quando um Juiz por ter excesso de processos faz hora extra?
Vossas Excelências , casualmente, trabalham 14 horas por dia , e até  em fins de semana e feriados?
Vossas Excelências têm férias indeferidas por absoluta necessidade do serviço ano após ano?
E quantos dias por ano o Juiz  permanece no Fórum pelo menos 8 horas?
Quantos Juízes chegam antes das 13h00 e saem depois das 18h00?
Ah, de vez em quando tem o Juri !
Sim , mas a maioria dos julgamentos não se estendem madrugada adentro.
Certamente, o excesso de processos ( o acervo ) – aparentemente – só faz crescer o contracheque, pois a rotina de trabalho não é alterada.
Nem as preocupações!
A carga horária não é aumentada proporcionalmente ao “excesso”  de processos; aliás tudo é processo até uma simples precatória que nem sequer o juiz despacha o cumpra-se! 
Por que os setores de TI  não podem  desenvolver uma ferramenta de fácil acesso a qualquer cidadão para que seja auditado a frequência e o efetivo trabalho dos juízes , os quais deveriam ser submetidos a controle de ponto com sistema de biometria e filmagens ?
Sim, Juiz , segundo a nossa opinião, tem que bater ponto!
Independência funcional é para julgar , não para ser patrão de si mesmo…
Juiz é um servidor público dotado das irrenunciáveis vitaliciedade e inamovibilidade; garantias do cargo.
A qualificação como agente político foi invencionismo de um jurista corporativista.
Destacando-se, também, faltar transparência no Poder Judiciário .
Só há muitos processos acumulados por omissão e próprio interesse dos Tribunais
Quanto mais processos maior orçamento e maior verba para o fundo da Magistratura, fundo que , aparentemente , não está sendo utilizado para melhorias e aprimoramento do serviço.
E as custas, emolumentos, alteração de ofício do valor da causa com finalidade arrecadatória, deixa o acesso ao Poder Judiciário cada vez mais proibitivo.

Desafio (ou Desabafo) à Magistratura: Por Transparência, Eficiência e Equidade no Poder Judiciário

O Poder Judiciário, como guardião da Constituição e garantidor dos direitos fundamentais, deve pautar-se por transparência e prestação de contas à sociedade.

Contudo, há décadas, críticas estruturais sobre sua eficiência, gestão de processos e critérios de produtividade e elevada remuneração permanecem sem respostas concretas.

Este ensaio – desprovido de rigor jornalístico ou acadêmico, imoderado e pouco profundo –  entre outras questões, propõe um desafio à Magistratura brasileira: desenvolver uma ferramenta pública de auditoria do tempo efetivamente dedicado pelos juízes às suas funções, com base em tecnologia de informação (TI), e submeter-se a um debate franco sobre a necessidade de ampliação do número de magistrados e revisão de critérios de remuneração.

Será que Vossas Excelências não estão abusando de certos privilégios e se tornando como os verdadeiros “agentes políticos” , aqueles que roubam votos dos pobres e dos fanáticos para governar para os muito ricos se perpetuarem cada vez mais ricos?

Nesse aspecto, ou seja, quando se trata de cuidar dos próprios privilégios,  as carreiras jurídicas, especialmente a magistratura e MP , de fato, estão se assemelhando aos “agentes políticos”.

A Falácia da Escassez de Talentos e a Cultura do Segredo

O mito da “excelência pela escassez

A Magistratura sustenta que a limitação de vagas em concursos públicos decorre da necessidade de selecionar “os melhores”.

Essa narrativa, porém, ignora o paradoxo de que há mais de 1,3 milhão de advogados ativos no Brasil (OAB/2023), muitos dos quais possuem formação técnica e experiência prática superior à de juízes recém-empossados.

A reserva de mercado disfarçada sob o discurso da “excelência” serve para manter privilégios corporativos, não para garantir qualidade.

A realidade dos concursos: mérito ou sorte?

Estudo ou treinamento?

Cultura ou memória de papagaio?

Nas últimas décadas, até por força da industria dos cursos preparatórios e das centenas de manuais para provas , concursos como o da Magistratura priorizam muito mais a memorização de dogmas jurídicos, não habilidades práticas como gestão de processos ou mediação de conflitos e capacidade de resolução de questões do mundo real.

Assim, muitos bacharéis brilhantes, que atuam há anos em casos complexos, são excluídos por não se adequarem a um modelo arcaico de avaliação.

Pior: por sua origem humilde, cor da pele , não possuir nome pomposo de origem “tradicional” ou europeia .

Sem esquecer dos diplomas tipo o invejável “São Francisco” , muitas vezes que só servem para evidenciar a mediocridade do seu portador quando comparado àquele  bacharel diferenciado que superou as deficiências de um curso pouco competitivo.

Vagabundo ou barato, sob a ótica de filhinhos de papai que humilham bolsistas e cotistas!

Diga-se, Desembargador também humilha e menospreza cotista negro!

A alegação de que não há talentos para triplicar o número de juízes é insustentável: basta flexibilizar os critérios de ingresso sem renunciar ao rigor ético.

Remuneração vs. Mercado: Quem teme a competitividade?

Argumenta-se que os vencimentos atuais (média de R$ 80  mil/mês para juízes até em início de carreira ) são necessários para evitar a “debandada” para a iniciativa privada.

A realidade, porém, é que poucos magistrados deixariam a carreira para atuar como contratados ou como liberais, pois raramente alcançariam estabilidade, benefícios financeiros e poder simbólico equivalentes fora do serviço público.

Juízes que realmente se destacassem no mercado privado seriam exceções, não a regra.

Supersalários e a  Opacidade da Produtividade: Quantas Horas São Trabalhadas?

A ausência de métricas transparentes

Enquanto servidores públicos de outras esferas são submetidos a controle de ponto e metas, juízes operam em um vácuo de fiscalização.

Não há dados públicos sobre:

Tempo médio dedicado à análise de cada processo;

Número de horas semanais trabalhadas;

Compatibilidade entre a quantidade de processos julgados e a remuneração recebida;

A jornada de, no mínimo, 40 horas semanais.

Se juízes de primeira e segunda instância alegam sobrecarga, por que não há registros oficiais de horas extras, trabalho em finais de semana ou feriados?

A percepção social é a de que a lentidão processual é estratégica: quanto mais processos acumulados, maior o orçamento dos tribunais e dos fundos de custeio da Magistratura.

E ainda maiores os “penduricalhos” ( verbas indenizatórias ) livres de impostos.

Uma auditoria independente provavelmente revelaria que a carga horária real é incompatível com a remuneração.

E ninguém pode vender aquilo que não lhe pertence.

O  descanso é irrenunciável , pois o comprometimento da saúde do funcionário solapa a eficiência e acarreta gastos elevados ao Erário com licenças-saúde e aposentadorias precoces por invalidez .

O que não é o caso , pois não se sabe de Juiz com síndrome de burnout . 

O exemplo internacional

Inúmeros países há anos adotam sistemas transparentes de gestão processual com painéis públicos de produtividade judicia, inclusive!

Os  cidadãos podem verificar o status de cada processo, o tempo médio de análise e até comparar desempenhos entre juízes.

Por que o Brasil insiste no obscurantismo?

O patrão é o povo que paga muito caro por um serviço ruim!

E chega de explorar o cidadão com custas e emolumentos para engordar os fundos da magistratura, MP, Santa Casa e, perdão, até o diabo a quatro!

Lei tributária desonesta  muito mais do que imoral é extorsão a mão armada com um carimbo.

A Ferramenta de Transparência: Como Implementar?

Controle biométrico e gravação de atividades

Propõe-se a adoção de um sistema integrado com:

Biometria: Registro de entradas/saídas em cartórios e salas de audiência;

Gravação em tempo real: Audiências e sessões de julgamento transmitidas (com restrições dos casos sigilosos);

Painel de produtividade: Plataforma online mostrando, por juiz, o número de processos analisados, tempo médio por decisão e histórico de prazos.

Papel do Setor de Tecnologia dos Tribunais

O desenvolvimento dessa ferramenta de “fiscalização “é tecnicamente simples e econômico.

Tecnologias como blockchain (para segurança de registros), inteligência artificial (para análise de métricas) e cloud computing (para armazenamento de dados) já são usadas no setor privado.

E total proibição do “trabalho caseiro” ou o tal “home office”  com direito, como em certos casos , ao copo de uísque !

O obstáculo não é técnico, mas político.

Resposta aos argumentos contra a fiscalização.  

Ofensa à independência judicial: Transparência não se confunde com interferência. A independência é para decidir com base na lei, não para trabalhar sem supervisão.

Exposição à violência: Dados sensíveis (como horários exatos) podem ser restritos, mas o princípio da publicidade deve prevalecer.

Consequências da Auditoria: Mais Juízes, Menos Privilégios

Aumento do número de magistrados

Basta ao mito de que a  excelência de um cargo é inversamente proporcional à sua abundância!

Gênios iluminados não prestam concursos públicos.

Se a auditoria comprovar subutilização da força de trabalho atual, a solução será reduzir vencimentos e realocar recursos para contratar mais juízes.

Advogados capacitados, dispostos a ganhar R$ 20 mil iniciais (como propõe o texto), poderiam ser aprovados e nomeados via concurso simplificado ( sem a suspeitíssima prova oral ) e mais honesto no sentido de se aferir competência e compromisso.

Fim dessa indústria do congestionamento processual

Especialmente nos casos tendo a Fazenda Pública como autora ( uma ladra com a mão do Juiz ).

Com transparência, o orçamento deverá ser vinculado a resultados: redução de prazos, satisfação das partes e cumprimento de metas.

A justiça como serviço, não como castelo.

Um Judiciário transparente atrairia mais confiança da população.

Juízes que realmente trabalhem 40 horas semanais terão seu esforço reconhecido.

Os que se escondem atrás de privilégios deverão adotar nova postura ou punidos. 

A sociedade não tolera mais a hipocrisia de um Poder Judiciário – de se ver as recentes matérias da Folha de São Paulo – que cobra lealdade e agilidade dos cidadãos, mas se recusa a ser medido pela mesma régua.

A ferramenta de auditoria aqui proposta não é um ataque à Magistratura, mas um convite à sua reinvenção.

Se juízes realmente trabalham além do que imaginamos, a transparência será sua melhor defesa.

Caso contrário, provarão que a Justiça brasileira é, ela mesma, ré em um processo de improbidade contra a democracia.

Aos magistrados: O que vocês temem?

Se a excelência é real, abram as cortinas.

Se a produtividade é mérito, mostrem os números.

O Brasil aguarda.

Remate: deixem de ameaçar a imprensa.

O único ataque , em curso, é ao bolso do cidadão!

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/lygia-maria/2025/02/para-criticar-um-juiz-basta-deixa-lo-falar.shtml

Advertências:
É inegável que muitos juízes enfrentem uma carga excessiva de trabalho, lidando com processos complexos e prazos exíguos, e que se dediquem integralmente à sua função, muitas vezes sacrificando seu tempo pessoal e familiar.
A esses magistrados, que honram a toga e se esforçam para prestar um serviço de qualidade à sociedade, apresento minhas sinceras desculpas caso o texto possa causar qualquer tipo de constrangimento ou injustiça.
Reitero que o objetivo do “Desafio à Magistratura” – desafio no campo das ideias – é apenas fomentar um debate construtivo sobre a necessidade de aprimorar a eficiência, a transparência e a equidade no Poder Judiciário, fortalecer a democracia e garantir o acesso à justiça para todos os cidadãos.
As críticas apresentadas não se dirigem a magistrados que atuam com ética e profissionalismo, mas sim a um sistema que, na minha opinião, demasiadamente corporativista, elitista e por vezes segregador, carece de mecanismos de controle e transparência.

A Comarquinha Mais Cara do Mundo e o Cabaré do Coronel Luiz Flaviano Furtado 9

Justiça Militar: O Espetáculo do Cabaré Jurídico

Na arquitetura do poder, onde a lei deveria ser pedra angular, constatamos a transformação da Justiça Militar em palco de tragicomédias mafiosamente corporativistas.
O caso do coronel Luiz Flaviano Furtado – figura central de um esquema que embaralhou crimes, caça-níqueis e fardas – revela mais do que falhas pontuais: desnuda um sistema que coreografa punições como números de cabaré, onde a gravidade dos crimes dissolve-se como fumaça de tabaco barato.

Dinâmica da Organização e Papel de Furtado

A Operação Cabaré, deflagrada em janeiro de 2018 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela Corregedoria da PM, desarticulou uma organização criminosa que operava há pelo menos cinco anos .

Furtado foi identificado como um dos líderes do esquema, utilizando sua autoridade para cooptar outros oficiais e praças.

Segundo o Ministério Público, ele atuou como intermediário entre donos de cassinos e policiais, negociando pagamentos para evitar fiscalizações e apreensões.

Em uma ligação telefônica interceptada, o coronel foi ouvido instruindo um subordinado a “deixar o negócio correr solto” em troca de vantagens financeiras.

Durante as buscas realizadas em 15 de janeiro de 2018, foram encontradas 1.054 máquinas caça-níqueis, das quais 15 foram apreendidas e as demais destruídas .

Na residência de Furtado, além de uma pistola Taurus .40 sem registro, os agentes localizaram US$ 30 mil (aproximadamente R$ 100 mil na época), numerario suspeito de ser fruto de lavagem de dinheiro das propinas recebidas dos casinos.  

A soma dos prejuízos causados ​​à quadrilha foi estimada em R$ 20 milhões, considerando o valor médio de R$ 25 mil por máquina e os lucros mensais dos estabelecimentos.

As primeiras investigações sobre Furtado ocorreram em 2013, quando denúncias anônimas apontaram sua participação em esquemas de corrupção também envolvendo outros policiais de baixa e alta patente.

Testemunhas protegidas disseram que o coronel atuava como “garantidor” de cassinos, assegurando que as operações não fossem perturbadas por ações policiais legítimas .

Em troca, recebia propinas que variavam conforme o volume de lucros dos estabelecimentos.

Lucros estimados em R$ 200 a R$ 250 milhões, no período de 2013 a 2018.

A Operação Cabaré não foi batizada por acaso.

Seus desdobramentos teatralizaram a essência do que se tornou a Justiça Castrense paulista: uma casa noturna onde regras se flexionam ao sabor dos cafetas , prostitutas e a clientela  (neste caso, a sociedade) que paga caro para viver ilusões de legalidade e segurança.  

O coronel Furtado, como D.J. de Funk proibidão , regia não apenas máquinas de apostas, mas um mecanismo perfeito de conversão de autoridade em moeda corrente.

Naquele janeiro de 2018, quando os folhetins escancarando a operação anunciavam o fechamento do “cassino PM”, o espetáculo parecia prometer moralização.

Parecia!

Apreensões de máquinas (1.054 unidades, sendo 15 preservadas como prova), dólares escondidos entre roupas íntimas (US$ 30 mil na residência do coronel), armas não registradas – todos os elementos para um dramalhão policial de final feliz.

Absurdidades Processuais

Enquanto os cidadãos marginalizados são  apanhados  pela PM e levados a prisão por furto de pães, o coronel-desembargador de si mesmo dançava bolero com a legislação.

Sua primeira audiência de custódia foi exercício de prestidigitação jurídica: preso em flagrante por porte ilegal (art. 14 do Estatuto do Desarmamento), escorregou das mãos da Justiça como água entre dedos.

O Tribunal de Justiça Militar (TJM-SP), em movimento coreografado, aceitou a tese defensiva de que “uma única ligação telefônica” não sustentaria acusação de crime organizado.

Nem mesmo uma pequena prevaricação !

A sentença final – nove dias de permanência disciplinar por lingujar impróprio – equivaleria, em termos de proporcionalidade, a multar em R$ 10,00 quem roubou milhões.

Mantiveram-lhe a aposentadoria dourada (R$ 36.100,00 ) e a patente, como honrarias.

E mesa cativa no clube dos oficiais!

Enquanto isso, um soldado raso por uma infração disciplinar sem a menor relevância pode sofrer pena de 30 dias de prisão.

A mensagem é clara: no cabaré da Justiça Militar, os estrelados donos espetáculo têm todas as regalias artísticas.

O Coro dos Inconformados

Enquanto o coronel recebia tapinhas nas costas por “bom comportamento”, seus subordinados diretos no esquema enfrentavam destinos diversos.

Com a devida vênia: Sifu!

Já os donos de cassinos, civis sem farda-protetora, foram apodrecer em celas comuns.

Até a arma apreendida ganhou tratamento VIP: registrado posteriormente como “bem público ( não seria posse ilegal de armamento registro em concurso com peculato ? ) enquanto adolescentes periféricos são encarcerados por portar estilingues.

A plateia deste teatro absurdo, porcamente representada pelo Ministério Público Militar ( que nunca recorre ) , berrava nos corredores contra a “injustiça tremenda”, mas suas vozes  perdiam-se na acústica projetada para abafar gemidos reveladores da descarada cupidez.

O Encenador que Virou Plateia

Sete anos após o auge do escândalo, Furtado , retornando aos pasquins policiais, tornou-se ator  de sua própria farsa.

Enquanto escrevo estas linhas (23/02/2025), o coronel bem aposentado deve estar feliz e tranquilo contando estórias de integridade , patriotismo e amor pela justiça patronal ( a que lhe deu indulgências )  a netos e bisnetos.

Servir e enriquecer!

Seu caso, longe de ser aberração, revela padrão:  a grande maioria de processos por corrupção na PM-SP não dão em nada; quando muito resultam em penas administrativas leves.

Só é punido por corrupção quem não sabe fazer direito e ainda não divide!

Verdadeiramente, lá na Comarquinha mais cara do mundo até estupro no banco traseiro de viatura vira crime impossível e a vítima é tratada como vagabunda do PCC!

A integridade é tamanha que Juiz auditor se dá ao direito de debochadamente se refestelar em banquetes com advogados de réus.

Absolvição certa !

Assim, a verdadeira operação Cabaré continua em cartaz.

Enquanto isso, nas periferias, o verdadeiro jogo de vida ou morte segue legal ; sem proteção e violência redobrada das fardas.

O espetáculo deve continuar, mas a plateia já sabe: enquanto a Justiça Militar for feita de cabaré, a segurança pública será um tango paraguaio mal ensaiado.