Nota de Protesto contra o Fim do Presídio Especial para Policiais Civis 19

 

 

É com profunda preocupação que nos manifestamos contra o fim do Presídio Especial da Polícia Civil e a transferência dos detentos para unidades prisionais comuns, como Tremembé.

Esta decisão, aparentemente tomada sem a devida consideração das consequências, põe em risco a vida e a integridade física dos policiais encarcerados.

Pontos críticos:

  1. Risco de vida: Policiais em presídios comuns tornam-se alvos fáceis para criminosos que eles próprios ajudaram a prender, transformando sua pena em uma potencial sentença de morte.
  2. Violação do princípio de segurança: O Estado tem o dever de garantir a segurança de todos os detentos, incluindo aqueles que serviram nas forças de segurança.
  3. Impacto na corporação: Esta medida pode desmoralizar a força policial, afetando o moral e a disposição dos agentes em cumprir seu dever.
  4. Alternativas ignoradas: Existem outras soluções possíveis, como a criação de alas especiais em presídios existentes ou a reforma do atual Presídio Especial.
  5. Precedente perigoso: Esta decisão pode abrir caminho para outras medidas que comprometam a segurança de agentes públicos encarcerados.

Exigimos a imediata reconsideração desta decisão e a abertura de um diálogo com representantes da polícia, advogados e especialistas em segurança pública para encontrar uma solução que garanta a segurança dos policiais presos sem comprometer o sistema penitenciário.

A segurança dos policiais encarcerados não é um privilégio, mas um direito fundamental que deve ser respeitado e garantido pelo Estado.

Ademais, seria confissão da absoluta incapacidade de se encontrar Delegados e policiais civis ilibados e qualificados para dirigir uma pequena cadeia.

A Necessária Redenção da Carreira de Delegado de Polícia… Uma exortação à honestidade …Por que a carreira dos Delegados de Polícia não se impõe como exemplo positivo 11

 

Uma exortação à honestidade …Por que a carreira dos Delegados de Polícia não se impõe como exemplo positivo?

A carreira de Delegado de Polícia, apesar de sua importância fundamental para a segurança pública e a justiça, enfrenta desafios significativos que impedem que se imponha consistentemente como um exemplo positivo. Essa situação decorre de uma complexa interação de fatores

 

É com pesar e indignação que nos debruçamos sobre a atual conjuntura da carreira de Delegado de Polícia em nosso país.

Especialmente no estado de São Paulo!

Uma função que deveria ser o baluarte da justiça e da ordem pública encontra-se, lamentavelmente, sob o escrutínio da desconfiança popular e institucional.

Não nos furtemos à realidade: a corrupção, o abuso de poder e a ineficiência têm maculado a reputação desta nobre profissão.

Casos escandalosos de desvio de conduta, amplamente divulgados, lançam uma sombra sobre todos os profissionais, inclusive aqueles que se mantêm íntegros em sua missão.

A interferência política, praga que, desde sempre ,  assola nossa “República”, encontra terreno fértil nas delegacias, comprometendo a independência tão necessária para a aplicação imparcial da lei.

É inadmissível que aqueles encarregados de combater o crime se vejam reféns de interesses escusos e jogos de poder.

A escassez de recursos, embora real, não pode servir de escudo para a incompetência ou justificativa para a corrupção.

É imperativo que os delegados demonstrem coragem, criatividade e resiliência diante das adversidades, sem jamais abdicar de seus princípios éticos.

Urge uma mudança radical de paradigma.

A excelência deve ser a norma, não a exceção.

A transparência, um compromisso inegociável.

A prestação de contas, uma prática cotidiana.

Somente assim poderemos resgatar a confiança da sociedade e restaurar o prestígio desta carreira fundamental para o Estado de Direito.

Aos delegados honestos e dedicados, nossa solidariedade e reconhecimento.

Que sua conduta exemplar sirva de farol em meio à tempestade que assola a instituição.

Aos demais, nossa advertência: a sociedade não mais tolerará desvios de conduta ou mediocridade no cumprimento do dever.

Nem justiça lhes dou!

É hora de uma profunda reflexão e ação.

A carreira de Delegado de Polícia precisa se reinventar, abraçando os mais altos padrões de ética, eficiência e compromisso com o bem público.

Só assim poderá se impor como o exemplo positivo que nosso Estado e nossa Nação tanto necessita.

O caminho é árduo, mas inadiável.

O futuro de nossa segurança pública e a própria credibilidade do sistema de justiça dependem dessa transformação.

Que os delegados estejam à altura deste desafio histórico, honrando o juramento que fizeram de servir e proteger a sociedade, sem medo ou favor.