Divisão de Crimes Funcionais – A Guardiã Silenciosa da Ética Policial 5

 

 

A Guardiã Silenciosa da Ética Policial

Em tempos de constante escrutínio público sobre as forças de segurança, uma unidade se destaca por sua atuação discreta, porém fundamental: a Divisão de Crimes Funcionais da Corregedoria da Polícia Civil.

Este órgão, muitas vezes desconhecido do grande público, é o bastião da integridade dentro da instituição policial, operando longe dos holofotes, mas com um impacto profundo na manutenção da confiança pública.

Os membros desta divisão são verdadeiros artífices da justiça interna.

Com uma dedicação incansável e um compromisso inabalável com a ética, eles navegam pelas águas turbulentas das investigações internas, enfrentando o desafio de investigar seus próprios pares.

Seu trabalho é um equilíbrio delicado entre o rigor técnico e a sensibilidade necessária para lidar com as complexidades das relações institucionais.

A excelência doutrinária que permeia o trabalho da Divisão é notável.

Seus integrantes não são meros investigadores; são estudiosos da lei, especialistas em procedimentos internos e guardiões zelosos da reputação policial.

Eles operam sob um manto de sigilo, não por obscurantismo, mas por necessidade estratégica, protegendo a integridade das investigações e a reputação dos inocentes até que os fatos sejam devidamente apurados.

No entanto, uma nuvem de preocupação paira sobre o horizonte.

A recente mudança na direção da Corregedoria traz consigo a sombra da incerteza.

Enquanto a renovação pode ser bem-vinda, o risco de um desmonte das estruturas cuidadosamente construídas ao longo de anos é uma ameaça que não pode ser ignorada.

A história nos ensina que o enfraquecimento de órgãos de controle interno frequentemente precede o declínio da integridade institucional.

Qualquer tentativa de diluir as competências da Divisão, seja por meio de reorganizações estruturais ou por interferências políticas, deve ser vista com extrema cautela e resistida com vigor.

É imperativo que o novo diretor compreenda a grande importância desta Divisão e se comprometa não apenas a mantê-la, mas a fortalecê-la.

O trabalho ético, técnico e doutrinário realizado por seus membros é o alicerce sobre o qual se constrói a confiança pública na polícia.

Enfraquecer este pilar seria um desserviço não apenas à instituição, mas à sociedade como um todo.

A Divisão de Crimes Funcionais não busca aplausos ou reconhecimento público.

Sua recompensa é a manutenção de uma polícia íntegra e respeitada.

É nosso dever, como sociedade, exigir que este trabalho continue, longe dos holofotes, mas com todo o apoio e recursos necessários.

Que o novo capítulo na história da Corregedoria seja marcado pelo fortalecimento destes guardiões silenciosos, e não por seu desmonte.

A integridade de nossas instituições de segurança depende disso.

A nomeação do novo corregedor-geral traz consigo uma perspectiva promissora que não pode ser ignorada.

Com uma bagagem de mais de 17 anos na Controladoria Geral do Estado, o novo diretor traz  consigo um arsenal de experiências e conhecimentos em fiscalização e controle que podem ser valiosos para a Corregedoria da Polícia Civil.

Sua trajetória na Controladoria sugere uma compreensão profunda dos mecanismos de responsabilização e transparência governamental, elementos cruciais para o fortalecimento da integridade institucional.

Esta experiência pode ser uma inovação para inovações positivas, melhorando potencialmente os procedimentos já sólidos da Divisão de Crimes Funcionais.

A expectativa é que essa expertise seja canalizada para fortalecer, e não para desmantelar, as estruturas existentes, promovendo uma sinergia entre as práticas consagradas da Divisão e novas abordagens de controle e gestão.

Assim, a chegada do novo corregedor pode representar uma oportunidade única de evolução, desde que haja um compromisso inabalável com a preservação da autonomia e a eficácia da Divisão de Crimes Funcionais.

E nós, cidadãos, merecemos nada menos que uma polícia que se policie com o mesmo zelo com que nos protege.

Um Comentário

  1. Texto muito bem escrito!

    Desejando muito boa sorte para o nomeado!

    Mas FDP que sou, descrente da humanidade, fui ver no portal da transparência o salário do delegado, emprestado em outro órgão público!

    Putz de um belo salário que com certeza tem um comissionamento, que eu sempre procurei, mas como não tenho corrida e nem padrinho nunca consegui!

    O engraçado que tem um investigador terceira classe, também, emprestado a aquela órgão, cujo o salário, fez este FDP aqui, morrer de inveja! Detalhe o investigador tem o mesmo sobrenome do recém nomeado Censora Mor, só uma daquelas “coincidência” da vida!

    No melhor estilo; “Primeiro eu e o meus!”

    Penso que já está apresentando! E se eu não estiver errado na nossa lei orgânica, a velha, não pode haver subordinação entre parentes, tipo; Filho trabalhar com o pai, etc, etc, etc …, mas poderão diz que os irmãos estavam cedidos para outro órgão, por mera coincidência, mas que trabalham em setores diferentes…. entendi!

    Acredito! Só que não!

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  2. Pelo texto já percebi que tem alguns com medo de perder a cadeira.

    Manda quem pode, infelizmente.

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  3. Até onde eu sei, e posso afirmar sob as penas das leis, o atual corregedor da Polícia Civil de SP é o Dr. João Batista Palma Beolchi, que foi nomeado recentemente por decreto do vice-governador de SP, FELÍCIO RAMUTH (PSD), O QUAL – Agora vem!!! – RECEBE COM FACILIDADE, LIBERDADE E UMA DECLARADA AMIZADE e CONSTÂNCIA O SR. MILTON VIEIRA, SOLDADO DA PM REFORMADO, EX-VEREADOR EM SJCAMPOS OU TAUBATÉ, E ATUAL (desde 12/03/2022) PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS CABOS E SOLDADOS DA PMESP, INVESTIGADO PELO D.P.P.C. DA POLÍCIA CIVIL POR DESVIOS DE ALTAS SOMAS DE DINHEIRO DA ENTIDADE, FALSIDADE IDEOLÓGICA, LAVAGEM DE DINHEIRO E CRIMES TRIBUTÁRIOS, ALÉM DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, EM GRAVE INQUÉRITO POLICIAL (Esaj do TJSP 1510288-40.2024.8.26.0050), JUNTAMENTRE COM OUTROS ATUAIS DIRETORES, ADVOGADOS E ADVOGADA DAQUELA ASSOCIAÇÃO. Dessa forma, o “teste de fogo” para o atual corregedor e, principalmente para o vice-governador, é não interferirem no trabalho do delegado presidente do atual Inquérito Policial, porque, se isso acontecer, será facilmente notado e vai “pegar muito mal”, além de, no mínimo, crime de “prevaricação”. Vamos todos ficar atentos na tramitação desse Inquérito?…

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