A magistrada , o delegado e a Louis Vuitton pirata 6

 

A magistrada suspirou profundamente ao entrar em seu gabinete luxuoso no Tribunal de Justiça.

Seus saltos altos ecoavam no piso de mármore enquanto ela caminhava até sua mesa de mogno maciço.

Com um gesto suave, ela colocou sua bolsa Louis Vuitton de R$ 50.000 sobre a poltrona de couro.

“Mais um dia, mais um desafio”, murmurou para si mesma, ajeitando sua toga impecável.

Seu assistente, João Mané, entrou apressadamente com uma pilha de documentos.

“Doutora, temos uma audiência em 15 minutos sobre o caso do desvio de mercadorias no DEIC”, ele informou, hesitante.

A juíza  arqueou uma sobrancelha perfeitamente delineada.

“Ah sim, o caso do delegado  corrupto.

Irônico, não?”

Ela deu uma risada seca, pegando sua caneta de ouro para assinar alguns documentos.

O anel de diamantes em seu dedo cintilou sob a luz do escritório.

“João, lembre-me de passar na concessionária depois do expediente.

Preciso ver se meu novo carro importado já chegou”, ela comentou casualmente.

O jovem assistente assentiu, engolindo em seco.

“Claro, Doutora. Mais alguma coisa?”

“Sim”,  a rainha respondeu, levantando-se:  

“Agenda uma reunião com o setor de pessoal”

Precisamos discutir o aumento dos nossos… como eles chamam mesmo?

Ah sim, ‘direitos eventuais-naturais .”

Com um sorriso enigmático, a juíza pegou sua bolsa de grife e saiu da sala, pronta para mais um dia de “justiça” nos tribunais brasileiros.

O Sangramento Silencioso dos Cofres Públicos – Ou o “Corporativismo Mafioso” de carreiras que existem apenas “per se” 2

 

 

O Sangramento Silencioso dos Cofres Públicos

Os recentes pagamentos exorbitantes a ministros aposentados do Superior Tribunal de Justiça (STJ) expõem uma ferida profunda no sistema público brasileiro: o corporativismo desenfreado que drena os recursos da nação.

Em outubro de 2024, seis ministros aposentados do STJ receberam mais de R$ 300 mil cada, com o valor mais alto chegando a R$ 349 mil.

Esses montantes astronômicos, muito além do teto constitucional de R$ 44 mil, são justificados por uma série de “penduricalhos” e verbas extras.

O Malabarismo Jurídico

O STJ alega seguir “parâmetros definidos pelo CNJ”, mas a realidade é um elaborado esquema para contornar o teto salarial:

1. Pagamentos retroativos fora do teto constitucional

2. Revisão do índice de correção do auxílio-moradia

3. Implementação do “quinquênio”, um adicional por tempo de serviço

Essas manobras não são exclusivas do STJ. No Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministros chegaram a receber R$ 419 mil líquidos em um único mês.

O Custo para a Nação

Enquanto milhões de brasileiros lutam para sobreviver com um salário-mínimo, uma elite do funcionalismo público se apropria de recursos que poderiam ser direcionados para áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública.

Este corporativismo descaradamente mafioso não apenas sangra os cofres públicos, mas também corrói a confiança da população nas instituições democráticas.

É um tapa na cara do cidadão comum que paga seus impostos e espera um serviço público eficiente e justo.

O Caminho para a Mudança

É imperativo que haja uma reforma profunda no sistema de remuneração do funcionalismo público. Precisamos de:

1. Transparência total nos pagamentos

2. Eliminação de “penduricalhos” e verbas extras

3. Respeito rigoroso ao teto constitucional

4. Revisão das aposentadorias especiais

O Brasil não pode mais tolerar uma casta de servidores públicos que se consideram acima da lei e da realidade econômica do país.

É hora de pôr fim a esse corporativismo predatório e restaurar a equidade e a responsabilidade fiscal no serviço público brasileiro.

Tomar no cu-porra-caralho – Faça São Paulo Grande Novamente, Tarcísio! 19

 

Ah, o nosso ilustre governador Tarcísio de Freitas!

Que figura, caros flitadores.

( Algo ridícula, não? )

Enquanto São Paulo ferve, ele se derrete todo pelo laranja trumpista.

Vejam só: mal Trump volta à Casa Branca e lá está nosso governador, todo pimpão, exibindo um boné com o slogan “Make America Great Again”.

E eu me pergunto: e São Paulo, Tarcísio?

Quem vai fazer São Paulo grande de novo?

Mas não, o homem prefere brincar de soldadinho.

Corta verba das câmeras policiais, infla o ego da PM e deixa a Polícia Civil de escanteio ( “judiada” ).

Até para discutir a Lei Orgânica da instituição ele põe um militar no comando!

É mole? É de cair o queixo, mas não o quepe.

E o povo?

Ah, o povo…

Segundo as pesquisas, mais da metade aprova essa “linha-dura” do nosso governador-capitão.

Será que não percebem que estão aplaudindo o próprio cerco?

Enquanto isso, a Polícia Civil, aquela que deveria investigar os crimes de verdade, fica a ver navios.

Ou melhor, a ver viaturas da PM passando, levando e trazendo o orgulho inflado do governador.

Tarcísio, meu caro, deixe de fazer tipo de subalterno do Trump e cuide do que importa.

Que tal fazer a Polícia Civil grande novamente?

Ou isso não cabe no seu boné de fã-clube trumpista?

Ah, tu és Carioca de passagem, né?

É triste, meus amigos.

Enquanto o governador sonha com Brasília lambendo Washington, São Paulo vive um pesadelo.

Mas quem sou eu para julgar?

Sou apenas um expulso delegado,  tentando entender como chegamos ao ponto em que bajular um presidente estrangeiro é mais importante do que cuidar da própria casa.

Que os ventos mudem, que o bom senso prevaleça.

Ou, pelo menos, que o governador troque o boné por um que diga “Faça São Paulo Grande Novamente”.

Seria um (bom) começo, não?

Policiais civis e a Lei Orgânica: um debate necessário 1

Policiais civis e a Lei Orgânica: um debate necessário

A decisão do governo paulista de excluir representantes da Polícia Civil do grupo de trabalho que discutirá a nova Lei Orgânica da corporação suscita preocupações legítimas e merece uma reflexão cuidadosa.

A nomeação de um militar da reserva para coordenar os debates sobre uma legislação tão crucial para o funcionamento da polícia judiciária do estado é, no mínimo, questionável.

Mas não surpresa , considerando a inclinação antidemocrática do governador bajulador  de neofacistas .

A Lei Orgânica da Polícia Civil não é apenas um conjunto de normas burocráticas, mas um instrumento fundamental que define direitos, deveres e a própria estrutura de uma instituição essencial para a segurança pública.

Ao afastar os principais interessados e conhecedores da realidade policial civil das discussões, corre-se o risco de produzir uma legislação descolada das necessidades reais da corporação e da sociedade.

É compreensível a apreensão manifestada pelas entidades representativas da Polícia Civil.

A ausência de participação efetiva no processo de elaboração da lei pode resultar em um texto que não contemple adequadamente as especificidades e desafios enfrentados pelos profissionais no dia a dia de suas atividades.

Além disso, a falta de transparência e diálogo nesse processo pode minar a confiança entre o governo e uma categoria fundamental para a segurança pública.

O governador Tarcísio de Freitas tem a oportunidade de corrigir esse equívoco e promover um debate mais amplo e inclusivo.

A participação de representantes da Polícia Civil no grupo de trabalho não apenas enriqueceria as discussões, mas também conferiria maior legitimidade ao processo e ao resultado ( final) .

É importante lembrar que uma polícia civil bem estruturada e valorizada é essencial para o combate eficaz à criminalidade e para a promoção da justiça.

Nesse sentido, a elaboração da Lei Orgânica deveria ser vista como uma oportunidade de modernização e aprimoramento institucional, e não como um processo impositivo e excludente.

O governo estadual ainda tem tempo de reconsiderar sua posição e abrir espaço para um diálogo construtivo com as entidades representativas da Polícia Civil.

Essa atitude não apenas atenderia às reivindicações legítimas da categoria, mas também fortaleceria os princípios democráticos e a busca por uma segurança pública mais eficiente e alinhada com as necessidades da população paulista.

A construção de uma Lei Orgânica sólida e representativa é um passo fundamental para o fortalecimento da Polícia Civil e, consequentemente, para a melhoria da segurança pública em São Paulo.

É hora de o governo estadual demonstrar maturidade política (sonhar não paga imposto) e disposição para o diálogo e resolução das questões mais importantes para este Estado, reconhecendo a importância da participação dos policiais civis nesse processo crucial para o futuro da instituição.