
A magistrada suspirou profundamente ao entrar em seu gabinete luxuoso no Tribunal de Justiça.
Seus saltos altos ecoavam no piso de mármore enquanto ela caminhava até sua mesa de mogno maciço.
Com um gesto suave, ela colocou sua bolsa Louis Vuitton de R$ 50.000 sobre a poltrona de couro.
“Mais um dia, mais um desafio”, murmurou para si mesma, ajeitando sua toga impecável.
Seu assistente, João Mané, entrou apressadamente com uma pilha de documentos.
“Doutora, temos uma audiência em 15 minutos sobre o caso do desvio de mercadorias no DEIC”, ele informou, hesitante.
A juíza arqueou uma sobrancelha perfeitamente delineada.
“Ah sim, o caso do delegado corrupto.
Irônico, não?”
Ela deu uma risada seca, pegando sua caneta de ouro para assinar alguns documentos.
O anel de diamantes em seu dedo cintilou sob a luz do escritório.
“João, lembre-me de passar na concessionária depois do expediente.
Preciso ver se meu novo carro importado já chegou”, ela comentou casualmente.
O jovem assistente assentiu, engolindo em seco.
“Claro, Doutora. Mais alguma coisa?”
“Sim”, a rainha respondeu, levantando-se:
“Agenda uma reunião com o setor de pessoal”
Precisamos discutir o aumento dos nossos… como eles chamam mesmo?
Ah sim, ‘direitos eventuais-naturais .”
Com um sorriso enigmático, a juíza pegou sua bolsa de grife e saiu da sala, pronta para mais um dia de “justiça” nos tribunais brasileiros.


