
A investigação do caso Gritzbach pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, muito mais do que a autoria e motivação dos crimes, está revelando graves falhas institucionais e uma resposta inadequada , mesmo de posse de informações cruciais.
O episódio levanta sérios questionamentos sobre a honestidade e eficácia dos mecanismos de controle interno da corporação.
Em março de 2024, a PM recebeu uma denúncia anônima sobre possíveis vazamentos de informações sigilosas que beneficiavam criminosos ligados a uma facção.
Nada se fez!
Apesar da gravidade, a investigação só evoluiu para inquérito em outubro, sete meses depois.
Nesse intervalo, os policiais suspeitos continuaram em atividade, realizando escolta ilegal de Gritzbach, inclusive!
E já não há duvidas: o executaram sob encomenda!
A operação que resultou na prisão dos envolvidos ocorreu apenas em janeiro de 2025, mais de dois meses após o assassinato do delator.
Com efeito, a polícia aparentemente ignorou sinais claros de atividade ilícita:
1. Fotos de outubro de 2024 mostravam PMs escoltando Gritzbach em uma audiência.
2. O Ministério Público encaminhou à Corregedoria trechos da delação de Gritzbach denunciando policiais civis por extorsão.
3. Gritzbach foi ouvido na Corregedoria da PC em 31 de outubro, oito dias antes de ser assassinado. O que levanta sérias suspeitas de vazamento por policiais desse órgão.
4. A ROTA forjou provas e prisão em flagrante tentando tumultuar as investigações; sem que as autoridades da segurança identificassem irregularidades. Alguns de seus membros ostentando sinais de riqueza incompatíveis com os vencimentos e mesmo complementos de renda obtidas com trabalhos dignos.
As consequências dessa inação foram graves: o assassinato de um delator-chave, a continuidade de um esquema de corrupção e danos à credibilidade da instituição policial.
O caso evidencia a necessidade urgente de reformas no sistema de controle interno da PM.
É preciso rever toda a metodologia correcional ( protocolos, inteligência e tecnologia ) e considerar a criação de mecanismos de controle externo mais robustos.
A confiança da sociedade na polícia é fundamental para o Estado de Direito.
Casos como o de Gritzbach minam essa confiança e exigem uma resposta honesta e imediata das autoridades competentes.
E tudo indica que essa polícia está cheia de ratos.
