
O deputado delegado Olim, outrora conhecido por suas supostas táticas de delação informal e autopromoção, agora se vê do outro lado do balcão, saboreando o gosto amargo de suas pretéritas estratégias
Quem diria que o mestre da “fonte anônima” , agora como deputado , acabaria enredado pela imprensa ?
Olim, o eterno colaborador da Globo, clama inocência diante de acusações de participação em negociações de propina do PCC.
Ora, ora, como os ventos mudam!
O delegado que tanto se deleitava instrumentalizando a imprensa agora se vê experimentando de suas próprias táticas.
Irônico, não?
Atenção, cidadãos de bem!
Hoje temos uma promoção especial: deputado delegado por metade do preço!
Ligeiramente usado, com histórico de condutas duvidosas e pronúncia impecável da palavra ‘misógino’.
Ideal para quem busca um político com experiência em fazer outros tropeçarem nas próprias palavras.
Cuidado: produto pode causar efeitos colaterais como amnésia seletiva e surtos de vitimização.
Na arena política, onde a memória é curta e a cara-de-pau é longa, Olim tenta se equilibrar na corda bamba da credibilidade.
Mas como acreditar em alguém que já fez da delação anônima seu modus operandi?
É como confiar em um vendedor de carros usados que jura que o Fusca 67 só foi dirigido aos domingos por uma vovozinha.
Ou mesmo acreditar num delegado que diz “aqui não tem maracutaia” .
Será que o nobre deputado esqueceu que, cedo ou tarde, quem com ferro fere com ferro será ferido?
Ou será que ele achou que sua ‘sorte’ seria eterna, assim como a ‘sorte’ que ele atribuiu à deputada Isa Penna?
Talvez seja hora de Olim considerar uma nova carreira – quem sabe como comediante – ou ocupar o lugar do Datena?
Afinal, suas trapalhadas linguísticas e policiais sempre foram dignas de um Cidade Alerta ou show de “stand-up.”
Neste paraíso da impunidade, o caso Olim é apenas mais um capítulo na novela da interminável sujidade na política brasileira.
Um enredo onde policiais viram políticos, políticos viram réus, e réus viram heróis da resistência.
Neste paraíso da impunidade, a única certeza é que a próxima temporada promete ser ainda mais surreal.
Senhoras e senhores, não percam o próximo episódio de ‘Polícia, política e corrupção: Um Reality Show’!
Veremos Olim conseguir se livrar dessa como fez tantas vezes antes!
Provavelmente ganhe mais eleitores!
Ou será que finalmente o feitiço virou contra o feiticeiro?
Lembrem-se: neste jogo, não há mocinhos, apenas vilões em diferentes estágios de exposição.
Fiquem ligados!”
Lembre-se que o nosso intrépido delegado, em 2008 , sempre atento às últimas tendências da moda policial, descobriu que o seu Diretor estava fazendo compras um tanto… extravagantes.
E passando recibo para justificar o gasto de “dinheiro próprio” !
Sim, pagou mais de 60 ternos em dinheiro vivo do próprio bolso.
Estranhamente, nem o MP e nem a nossa Corregedoria solicitou o comprovante da origem do saque de R$ 8.000,00 ; um bom dinheiro em 2007.
Mas a história não para por aí!
Nosso herói dos recibos “desaparecidos” desconfiou que Diretor ofertaria segurança no Carnaval.
Sim, os policiais do DIRD seriam empregados como seguranças VIPs…
Porque, convenhamos, nada mais apropriado para a folia do que uma divisão de policiais de terno e gravata protegendo dignitários , não é mesmo?
De pronto, com boa fonte, Olim certamente com um carro da polícia descaracterizado foi tomar um café com o Tralli e o também jornalista Robinson Cerântula, produtor especial do Jornal Nacional…

E a caguetagem virou manchete nacional em horário nobre!
Claro, como em toda boa história policial nosso protagonista ganhou um grande prêmio por sua ousadia.
Transferido “a pedido” e destituído de seu cargo no DIRD, a carreira de Olim só prosperou!
Basta conferir o Diário Oficial de fevereiro de 2008.
O delatado foi colocado em férias para esfriar o escândalo divulgado pelo Jornal Nacional.
O delator descomissionado e removido da Delegacia do Turista.
Depois ficou caladinho!
Provou que, no mundo da política e da polícia, é melhor ser um covarde bem-vestido do que falar a verdade e perder o terno.
E , queridos leitores , também aprendemos outra lição ainda mais importante: na polícia e na política é melhor ter um bom parente ou bom padrinho do que um bom caráter.
Sem esquecer de um Armani novo para sua próxima posse!
Mas como em toda estorinha tem um otário para pagar o pato , ao final , foi o subscritor que ficou como o responsável “por distorcer notícia” e tomou um grande pé no traseiro da polícia!
Bem-feito , quem mandou confiar na integridade e coragem desse tipo de gente: muita coragem para ser fonte de jornalista , mas absolutamente covarde quando se trata de prestar depoimento sobre os fatos.
E mais bem feito: quem manda escrever sobre sogro de Desembargador !
Afinal, o pobre velhinho apenas tentou ser peculatário , mas se arrependeu e desistiu voluntariamente depois da notícia na TV; assim o PIC de gaveta do então Promotor Dr. Christino ( atualmente especialista sobre o PCC…risos ) foi arquivado e serviu como atestado de inocência.
Ah, tudo conforme documentos oficiais!
E não duvidem , o Diretor delatado deve ser eleitor do subordinado delator , ou melhor: O FONTE!
Compra de ternos para polícia levanta suspeitas
Informação é de superfaturamento no valor real do preço de compra.
Delegado alvo da denúncia nega ‘maracutaia’ e diz que vai apurar o caso.
O caso envolvendo Pedro Herbella, delegado e diretor do Departamento de Identificação e Registros Diversos (DIRD) da Polícia Civil de São Paulo, ganhou notoriedade em fevereiro de 2008 devido a suspeitas de irregularidades na compra de ternos para policiais.
A situação se tornou um escândalo quando se descobriu que a convocação para a medição dos ternos partiu do próprio Herbella, levantando questões sobre desvio de verbas públicas.
Os policiais civis, especialmente aqueles que atendem ao público nos aeroportos, foram instruídos a usar ternos, com a compra sendo centralizada na fábrica indicada pelo delegado.
O custo real dos kits de terno, camiseta e gravata era significativamente menor do que o valor cobrado aos policiais: enquanto o preço de mercado para um kit era em torno de R$ 143, os investigadores foram obrigados a assinar recibos no valor de R$ 300.
Isso gerou indignação entre os policiais, que viam essa prática como uma forma de desvio de recursos públicos[1].
Herbella defendeu-se afirmando que o valor mais alto dos recibos incluía outras despesas relacionadas ao trabalho policial e negou qualquer intenção de fraude. Ele se comprometeu a investigar quem teria ordenado a emissão dos recibos com valores inflacionados[1].
Não investigou nada !
Este episódio não apenas manchou a reputação de Herbella, mas também levantou preocupações sobre a gestão financeira dentro da Polícia Civil, evidenciando a necessidade de maior transparência e controle nas aquisições feitas por órgãos públicos.
Citations:
[1] https://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL279348-5605,00-COMPRA+DE+TERNOS+PARA+POLICIA+LEVANTA+SUSPEITAS.html
[2] https://blogdodelegado.wordpress.com/2009/05/07/dr-pedro-herbella-fernandes-anuncia-sua-aposentadoria/
[3] https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/720100/per720100_1915_01173.pdf