
O governador Tarcísio de Freitas, em um giro retórico digno de aplausos, tem se mostrado um verdadeiro camaleão verbal.
Não estou nem aí, nem aqui e nem vi nada!
Admitiu, com ares de confissão, que estava “completamente errado” em sua resistência às câmeras corporais.
Entretanto , sem ações concretas , tal revelação soa mais como uma tentativa de salvar a própria pele do que um compromisso com a transparência.
De fato, reconheceu que seu discurso de campanha , ao invés de ser um bálsamo, se tornou um veneno que alimentou a escalada da violência policial.
Diga-se, um reconhecimento tardio, mas bem-vindo, embora não suficiente para apagar os estragos já causados.
As vítimas não serão ressuscitadas!
E muito dificilmente policiais militares são punidos por ações violentas contra cidadãos pobres. Aliás, nem cidadãos ricos!
Lembrem do caso ROTA 66.
Está certo que declarou que é preciso fazer a “contenção” da Polícia Militar e mudar o discurso do governo sobre a tropa.
Mas será que isso é mais do que palavras ao vento?
Por enquanto , essas declarações soam como um eco distante de uma verdadeira mudança.
O governador parece mais preocupado em mitigar os danos à sua imagem política do que em implementar reformas estruturais que realmente façam a diferença.
Durante menos de dois anos sob sua gestão, os números falam por si:
As mortes causadas por policiais militares dispararam 80%. Um aumento alarmante que não pode ser ignorado.
O salto de 355 para 702 mortes cometidas por agentes entre 2022 e 2024 é simplesmente estarrecedor.
E os casos recentes de abuso policial — como o assassinato brutal de um estudante de medicina desarmado e o ato covarde de jogar uma pessoa de uma ponte — ganharam notoriedade negativa nas redes sociais e na imprensa.
Mas há centenas de crimes da PM que ainda permanecem encobertos!
Paradoxalmente , apesar da manifestação de intenções , mesmo diante desse cenário caótico, Tarcísio mantém em seus cargos figuras controversas:
– Guilherme Derrite continua como Secretário de Segurança Pública, um lacrador desde seus tempos no Barro Branco, flagrantemente mais interessado em sua própria imagem do que no bem-estar da sociedade.
– Nico, um delegado cuja competência é frequentemente questionada internamente, é mais visto como um “carcereiro midiático” do que um verdadeiro agente da lei.
Dizem até que ele é um grande empresário do ramo da pizza com cerveja — talvez seja esse o verdadeiro foco dele.
O governador afirma que “vai confiar no seu time” e não planeja mudanças na Secretaria da Segurança Pública ou na Polícia Militar.
Diga-se, um time de terceira divisão, onde quem realmente possui mérito foi escanteado e cangalhado pelos dois secretários e respectivos grupos políticos.
Um time bolsonarista!
Enfim, por ora, Tarcísio parece estar mais preocupado em se livrar da reprovação pelos recentes acontecimentos do que em enfrentar a complexa realidade da segurança pública em São Paulo.
Sua mudança de postura é uma reação às crescentes críticas e não um plano concreto para resolver os problemas estruturais nas forças policiais do estado.
Salário que é bom, nada fala!
Concordo. Tarcísio não está preocupado com a Segurança e sim com seu próprio futuro político. Troux@s são os PMs ou PCs que acreditaram que ele e o Derrite segurariam qualquer bronca. O gov é capaz de pedir até a cabeça do SSP, se precisar. Já até recuou com a história das câmeras. “Ouremos” !
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O Senhor falou de forma sucinta e brilhante a verdade.
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