
Ah, a comédia policial continua!
Os “cardeais” do Deic e do DHPP resolveram transformar a ACADEPOL em um ringue de luta livre verbal.
Deram um espetáculo gratuito aos pares e demais presentes.
Imaginem só a cena: dois diretores de departamentos cruciais da polícia trocando farpas e xingamentos como se estivessem numa roda de boteco depois da décima rodada.
E o motivo?
Um pedido de apoio à Rota.
Ora, ora, parece que nossos brilhantes delegados e delegadas têm mais testosterona do que bom senso.
Enquanto eles batem boca como se estivessem num puteiro , o caso Gritzbach, que envolve o assassinato de um delator do PCC, segue sem solução.
Mas quem se importa com justiça quando para se segurar na cadeira é melhor protagonizar uma briga de egos digna de novela mexicana, não é mesmo?
Alguns dos presentes comentam que faltou o advogado Celso Machado Vendramini para acalmar os ânimos do casal de Diretores.
E como se não bastasse o show de horrores protagonizado pelos dois “cardeais”, temos a cereja do bolo: a atuação desastrosa da Rota “ratificada” pelo DHPP.
Prender pessoas erradas, supostamente plantar provas, fazer paradas misteriosas no caminho para a delegacia…
Tudo isso foi coonestado !
Felizmente , a juíza Juliana Petelli da Guia, em um lampejo de lucidez e coragem em meio a tanta insanidade, considerou a prisão ilegal.
Quem diria que seguir a lei seria algo tão revolucionário em pleno século XXI?
No final das contas, o que temos é um circo armado, onde os palhaços principais são justamente aqueles que deveriam zelar pela nossa segurança.
Enquanto os diretores trocam insultos e a Rota brinca de gato e rato com suspeitos, o crime organizado deve estar rindo à toa.
Ainda bem que não houve troca de tiros entre o casal .
Imaginem só se esses “profissionais” resolvessem sacar suas armas? Provavelmente teriam acertado seus próprios pés, dada a competência demonstrada até agora.
Parabéns, senhores “cardeais”!
Vocês conseguiram transformar a segurança pública de São Paulo em uma piada de mau gosto.
Quem precisa de criminosos quando temos guardiões da lei tão empenhados em sabotar o próprio trabalho?
Resta-nos, cidadãos comuns, assistir a esse espetáculo deprimente e torcer para que, em algum momento, a profissionalidade e o bom senso voltem a fazer parte do vocabulário policial.
Até lá, sigamos pagando nossos impostos para financiar esse show de horrores. Afinal, rir é o melhor remédio, não é mesmo?
Especialmente quando a piada é a nossa própria segurança.
