Ah, caros leitores, que delícia de fanfarronada nos serve o ilustradíssimo general Mourão!
Quem diria que o homem que , para desgraça do Brasil , já foi vice-presidente da República e agora se Senador , se tornaria o grande mestre de cerimônias do circo do absurdo e do “teatro de tesouras” do bolsonarismo ?
Velhacos !
Imaginem só a cena: um grupo de militares da reserva, provavelmente entediados com as suas mulheres de Atenas , em vez de partidas de dominó, resolve brincar de “derruba-presidente”.
Um novo jogo de guerra para fortalecer o raciocínio de bêbados !
Mas não é que o general acha mesmo isso tudo uma grande piada?
Ora, vejam só, segundo ele, não houve crime algum.
Afinal, quem nunca escreveu umas “bobagens” sobre envenenar o presidente e o vice, não é mesmo?
Mas atenção, gente boa !
O general nos presenteia com uma pérola de sabedoria militar: “Ninguém dá golpe no país sem ter a Força Armada”.
Ufa!
Que alívio!
E eu aqui pensando que bastava um punhado de fanfarrões com umas arminhas e um vidro de chumbinho para derrubar a democracia.
Que tonto eu fui!
E não para por aí!
O nobre senador nos brinda com sua interpretação única da lei: “Eu vejo crime quando você parte para a ação”.
Ora, ora!
Quem precisa de Código Penal quando temos a cartilha do Mourão?
Conspiração?
Que nada!
É só uma reunião de amigos com imaginação fértil!
Mas o grand finale, meus caros, é digno de aplausos de pé.
O general, em sua infinita sabedoria, compara as conversas golpistas com… pasmem… conversas conjugais!
Sim, você não leu errado.
Segundo nosso herói, até uma conversa com a própria esposa pode virar crime dependendo de quem lê.
Quem nunca planejou um golpe de Estado durante o jantar, não é mesmo?
Ah, Jô Soares , onde estás vês tamanha comédia?
O General Gutierrez ficaria orgulhoso de ver que, mesmo décadas depois, ainda temos figuras tão… digamos… “extra-ordinárias” para nos entreter.
E assim, queridos leitores, termino esta postagem com uma certeza: enquanto tivermos generais como Mourão, jamais nos faltará material para rir… 