Bolsonaro é o nosso pastor, nada nos faltará!…O momento da vingança está chegando, nós policiais oprimidos desde 1988 – a partir do dia 29 – vamos descer a porrada e meter o aço em tudo que é afro, GLBT, maconheiros da USP, da PUC , do Mack, da ESPM e principalmente em idosos com mais de 65 anos( economizar a Previdência )…E vamos exterminar todos os esquerdistas, especialmente os do PT…A gente só não vai prender ladrão e traficante do PCC, com eles vamos pro arreglo pela saúde da família! 25

Policial não vê a hora de descer a mão em maconheiro da USP e viado’

por Carol Castro — publicado 25/10/2018 01h01, última modificação 24/10/2018 12h02
Investigador da Polícia Civil há 23 anos, Campos fala sobre o apoio de policiais a Bolsonaro. ‘Dentro da instituição, essa veia fascista é a dominante’
Guilherme Castellar

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No Rio de Janeiro, grupo Policiais Antifascistas compareceu a atos da campanha #EleNão

Sufocados. É esse o sentimento entre os policiais desde 1988, quando a Constituição Federal surgiu e limitou a liberdade de ação da polícia. “Como perderam o poder de fazer o que bem quisessem, sem punição, como acontecia na ditadura, o policial entende que, há 30 anos, vive sufocado por uma ideologia comunista”, conta Alexandre Felix Campos, investigador da Polícia Civil de São Paulo. Mas há esperança para aqueles que defendem a violência: a eleição de Jair Bolsonaro pode trazer os velhos tempos de volta. “Eles acham que com a vitória do Bolsonaro tudo vai voltar a ser como antes – e eles vão se vingar do tempo que passou sufocado”.

Há 23 anos na Polícia Civil, Campos enxerga a cultura da violência e preconceito colada na farda de cada policial. “Culturalmente, a nossa polícia é formada com o viés do jagunço, aquele cara que é formado para ser um cão de guarda de uma elite”, diz. Nem todos pensam assim. Mil policiais fazem parte do grupo “Policiais Antifascismo”, que é apoiado por outros 10 mil membros da Polícia Civil e alguns poucos da PM.

Com pautas progressistas, o grupo defende a desmilitarização da polícia, legalização das drogas e unificação estruturada das polícias civil e militar. O grupo publicou uma nota de repúdio ao candidato do PSL. “Os muitos crimes de ódio realizados por apoiadores do candidato do PSL não podem ser tratados como casos isolados, mas como frutos do discurso irresponsável e violento do próprio presidenciável. Os danos à segurança e à ordem pública já são muitos e ainda serão sentidos por muito tempo, mesmo após as eleições”, declararam.

Pelo clima dentro das delegacias e batalhões, Campos prevê uma guinada ainda maior da violência nos próximos dias – logo após o fim do segundo turno -, em manifestações e nas ruas, dentro e fora das instituições.

Veja abaixo a entrevista completa.

CartaCapital: Como está o clima dentro da polícia com a possibilidade de vitória de Bolsonaro?

Alexandre Felix Campos: Dentro das polícias existe uma cultura enraizada muito forte de preconceitos gerais. O policial acredita que o bandido é aquele menino preto que mora na periferia, com aquele corte de cabelo tal, que para ele é o estereótipo do bandido.

Nos últimos 30 anos, desde a Constituição de 1988, a polícia foi obrigada a parar de agir como agia na ditadura. A polícia podia pegar qualquer pessoa a qualquer momento e levar para a delegacia ou para o Batalhão. E ali torturavam, humilhavam, sem qualquer consequência. Com a Constituição, a polícia precisou se tornar mais humanista – ainda que não tenha chegado nem perto do ideal.

Como perdeu o poder de fazer o que bem quisesse, o policial entende que, há 30 anos, vive sufocado por uma ideologia comunista. Acredita que desde 1988 vivemos sob o domínio comunista de esquerda. E ele materializa isso nos movimentos que se lançam às ruas e que, de certa forma, chocam. Ele entende assim: é chamado para uma manifestação onde está o cara da USP, gritando, xingando, fumando maconha. E ele não pode nem dar um tapa no cara. Ele entende que com a vitória do Bolsonaro tudo vai voltar a ser como antes – vai poder se vingar do tempo que passou sufocado. Hoje, o que mais escuto no meu dia a dia: Bolsonaro vai ganhar e vai acabar isso.

CC: Em quais situações?

AFC: Vou dar um exemplo. Ontem eu estava no plantão policial na Zona Leste de São Paulo e chegou um casal de gays, com maquiagem no rosto. Foram lá porque sofreram golpe de um banco, pegaram o cartão de um deles e praticaram fraudes. Foram só fazer boletim de ocorrência. Eles chegaram, se apresentaram e a primeira coisa que o colega policial disse foi: “quando o ‘mito’ ganhar essa putaria vai acabar”.

Não há nenhum tipo de justificativa plausível para esse ódio. Até porque os garotos foram extremamente educados, em momento algum fizeram qualquer tipo de agressões a nós. Quando buscam a polícia, as pessoas buscam o Estado. E com atitudes como essa a gente só reforça a ausência do Estado.

Não escuto os policiais dizerem “poxa, agora vamos poder buscar o traficante x”, “vamos combater o narcotráfico”, “vamos combater os grandes ladrões de bancos”, ”os grandes estelionatários”. Não, o policial só fala que não vê a hora de poder descer a mão no maconheiro da USP e no viado. É isso que, infelizmente, acontece.

Vivemos um momento que, para mim, tem sido extremamente complicado, porque todo dia escuto alguma coisa do tipo “quando Bolsonaro ganhar a gente vai descer a borracha nesses viados” ou “agora quero ver maconheiro da USP folgar com a gente”.

Tudo isso está enraizado. Veja, por exemplo, a morte da Priscila no Largo do Arouche. Algumas pessoas que estavam lá viram os caras que bateram nela. Como estou na militância, me ligaram para avisar que haviam visto os agressores, que estavam sempre por ali. Fui até a delegacia e tentei conversar com o delegado para ouvir essas pessoas. O delegado simplesmente se recusou a ouvir essas pessoas. E ainda me ameaçou, de forma velada, que se eu continuasse ali eu seria preso por advocacia administrativa (quando um funcionário público usa seu cargo para patrocinar, direta ou indiretamente, interesses privados perante a administração pública).

CC: Se Bolsonaro vencer as eleições, você acredita que comportamentos assim se tornarão o padrão?

AFC: Não tenho a menor dúvida. E vou além: mesmo se o Haddad for eleito, a reação do fascismo que já está na nossa sociedade será bastante violenta. E, infelizmente, as polícias, que existem só para garantir direitos, não cumprem esse papel.

As pessoas já estão espancando gays, lésbicas, trans nas ruas e gritando que o fazem em nome de um candidato à Presidente da República. E os policiais batem palmas, do tipo “ah legal, agora vocês vão se foder mesmo”. Então, infelizmente, esse é o clima que vejo. E deve haver um endurecimento nos próximos dias. Não é algo nem para o próximo ano.

CC: Como assim? Você acha que a polícia pode começar a ser mais violenta em manifestações logo depois do fim das eleições?

AFC: Eu acredito que sim. Inclusive tenho conversado com todos os movimentos, grupos com os quais tenho contato, para se preparem para isso. Estive com dois grupos de advogados que quiseram acompanhar casos como esses da Priscila. A gente precisa estar preparado e, infelizmente, o prognóstico não é nada bom.

CC: E quais as orientações? Como se preparar?

AFC: Acredito que primeiro precisamos conversar com as pessoas, diminuir ruídos de comunicação. Grupos de WhatsApp têm vários problemas: as informações chegam desencontradas, por exemplo. Até pode ser pelo WhatsApp, mas algumas informações devem ser feitas só de ponto a ponto, não em grupos.

Ainda que seja numa lista de transmissão. Se for em grupos, a comunicação se perde. E ainda corre o risco de ter pessoas infiltradas. Nem falo de pessoas da inteligência, nem nada, é só um bobão que entra lá para atrapalhar a comunicação mesmo.

Precisamos criar espaços de proteção a quem corre risco. Aqui em São Paulo, a gente conseguiu o Al Janiah (bar e restaurante no bairro da Bela Vista), que já cedeu o espaço para acolher vítimas de agressão. Precisamos de mais lugares assim para comunicar o que está acontecendo.

Leia também:
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CC: Esses espaços não podem virar alvos também?

AFC: Acho que não. Uma característica típica da ação fascista, da ação violenta, é a covardia. Então, eles atacam apenas quando estão 100% seguros de que têm uma supremacia de força. Esses locais, como o Al Janiah, acabam se tornando locais de resistência, não se fragilizam porque o fascista não vai entrar lá sem saber quantas pessoas têm. Também falei no sábado passado [quando aconteceram manifestações pró-Haddad] para as pessoas andarem em grupos e evitarem bandeiras e camisetas fora do ato, no percurso até o local.

CC: Esses cuidados todos já indicam que estamos com um pé na ditadura?

AFC: Sim… Quando você perde a liberdade, quando tem medo de sair à rua vestindo tal roupa, quando tem medo de expressar a sua preferência política, quando fica com medo de falar sobre a sua orientação sexual… ou até de andar perto do outro por “darem pinta de gays”. Quando vive numa tensão dessas, você já perdeu a sua liberdade, já estamos numa ditadura.

CC: Ficou surpreso com essa onda fascista?
AFC:
 Para ser sincero, não. Sou policial há 23 anos, é com esse lado das pessoas que eu lido todos os dias. Dentro da instituição, essa veia fascista é a dominante.


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Para um artigo descabido um título ainda mais ridículo!

As polícias aparentemente foram bastante renovadas; se há gente com tal pensamento deve ser por desvio de personalidade.

Ou será que não?

Um Comentário

  1. Alguns policiais, sejam eles civis ou militarizados, não querem meter a mão na cara de maconheiro e sim a mão no bolso dos que vendem maconha e outras drogas, sendo que muitos “idolatram” um certo “Mico”!! Ultimamente vejo tantos policias pregando honestidade e eficiencia, que começo a acreditar que deveriamos ter eleições todo ano!! Hipócritas!!

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  2. 300 policiais mortos por ano, e o “cara” ainda que resolver com políticas de diálogo e liberação de drogas. Tá de sacanagem!!!

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  3. Conversa fiada desse pretenso policial da Carta Capital. Esse poder que a polícia perdeu depois da CF/88 não é o que mais incomoda a classe. O que nos aterroriza mesmo é o fato do crime organizado ter carta branca do estado para nos perseguir e para ameaçar nossos familiares. O que nos aterroriza é esse salário de fome, é a falta de treinamento adequado, a ausência de equipamentos e o medo de perder o bico. O que nos aterroriza é esse sistema judiciário composto por filhinhos-de-papai doutrinados em universidades públicas, prontos para facilitar a vida dos criminosos e prejudicar qualquer policial que tenha a ousadia de cruzar-lhes o caminho, a ponto de um deles afirmar, durante uma audiência de custódia, que o indivíduo que atirou no rosto de um pm após tomar-lhe a arma, teve uma atitude TRESLOUCADA, não merecendo responder preso pelo crime. O que nos assusta mesmo é essa corja de políticos comprometidos com o bem estar da bandidagem. O que nos assusta mesmo é a tal da “via rápida”, criada pelo PSDB para expulsar das corporações aquele que está sendo acusado de um crime…a CF/88 é clara a esse respeito: Ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Mas eu tenho certeza absoluta que esses medos e receios não interfiram nas vidas desses policiais humanistas. Por algum motivo, nenhum deles tem medo de ser perseguido pelo PCC…

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    • Eu fui expulso desse grupo de “Policiais Antifascistas” do Facebook. Tinha Professores da Acadepol lá…

      Falei umas verdades e fui democraticamente expulso… sabe como é né, de democracia esse povo entende

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  4. Fui até a delegacia e tentei conversar com o delegado para ouvir essas pessoas. O delegado simplesmente se recusou a ouvir essas pessoas. E ainda me ameaçou, de forma velada, que se eu continuasse ali eu seria preso por advocacia administrativa (quando um funcionário público usa seu cargo para patrocinar, direta ou indiretamente, interesses privados perante a administração pública).

    PORRA, NÃO ACREDITO NO QUE ESSE FILHO DA PUTA DISSE!

    Se isso não é Advocacia Administrativa, é o que então????

    Esse cara, se for mesmo tira, é uma vergonha pra gente! se a instituição é tão ruim assim, poo qual motivo ele não pede exoneração para ficar lá na USP lambendo a caceta de traveco maconheiro???

    toma no cú! é cada uma…

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    • Com esse linguajar típico de bolsominion que tem renda inferior a dez salários mínimos, e se acha o rei da cocada, querias o quê?

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      • A policial antifascista que viaja para a Europa? A policial antifascista que usou o FIES? Tá explicado! Interesses puramente escusos o do senhora. Hahahaha
        Seus “causos” falam por si mesmos.

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  5. Revista Carta Capital tem enorme viés político. De esquerda. Patrocínios estatais irão diminuir. Daí sua revolta…….lembrando a todos que o que vale é respeitar CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL

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  6. È por essa e outras que as polícias civis do Brasil estão na penúria. Gente atrasada, preconceituosa, ignorante em seus meios. Depois querem apoio da população em suas reivindicações, o que ganham é mais do que merecido, infelizmente.

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    • O imbecil!!! Tem passagem barata para a Venezuela sua anta.
      Votar em bandido pode então?
      Se eu tiver que apostar o senhor pertence aos Estados Nórdicos não? Tipo Bahia?

      Chamam o idiota do Bozo de fascista, mas quem tinha como plano de governo alterar a CF é regular a mídia foi o PT! Maioria dos países africanos que apoiam o PT são ditaduras!

      Cara vc tem interesses escusos ou tem déficit mental. Não pq votará no PT, mas por essa groselha incomensurável que tu escreveu.

      Por isso q PC é mal vista né? Será que o Nordeste será bem visto depois destas eleições? O Brasil é formado somente pelo Nordeste? Todos outros Estados são fascistas e somente o Nordeste que está salvando a democracia? Logo os estados que mais mamam em benefícios e se aproveitam do pacto federativo para deixar os servidores públicos do Sul mal remunerados.

      Bolssonaro é um idiota. Haddad é um ladrãozinho disfarçado que recebe ordens de dentro do presídio de uma pessoa presa sem provas!

      Então boa sorte. Assim q o PT for massacrado neste domingo aguardarei o senhor postar uma foto da sua passagem para a maravilhosa Venezuela ou Cuba.

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      • Amigo!
        Não adianta repetir o que você escreveu…
        Esses apoiadores da esquerda esquecem que eles odeiam a Polícia (PM / PC / GCM / PF ).

        Vou é dar risada quando maconheiro tiver mais “moral” que a polícia. A vice do haddad se quiser se meter na Segurança Pública vai ser bonito…

        Acho que o pt não ganha mais tudo pode acontecer, e se acontecer do pt ganhar, segura policiais, chorar vai ser pouco.

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  7. Crendiospai: A ditadura já começou em Curitiba, dizem bolsonaristas

    26 de outubro de 2018 por Esmael Morais

    Adoradores de Jair Bolsonaro e do general Mourão exibiram nesta tarde, em Curitiba, bonecos gigantes dos ditos cujos. Para eles, a ditadura já começou na capital paranaense.

    LEIA TAMBÉM
    Eleitores de Haddad em Portugal pedem maior segurança para votar no 2º turno

    Os bolsonaristas instalaram os bonecos dos milicos na tradicional Boca Maldita, ponto de encontro e de manifestações democráticas. Contraditoriamente, foi ali, por exemplo, que ocorreu o primeiro comício pelas Diretas Já, pelo fim da ditadura militar, em 1984.
    Os manifestantes pró Bolsonaro quiseram sinalizar aos curitibanos que a ditadura iniciará a partir desta segunda-feira, dia 29.

    Crendiospai!

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  8. Eu não voto em bandido !!
    Foda-se o resto! Dia 28 é Bolsonaro 17;
    O choro é livre!!!

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    • Eu não acredito em gente que precisa ler para se expressar e enganar os trouxas, não voto em candidatos com idéias fascistas. Quem ganhará essa eleição, só saberemos após a apuração dos votos.

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  9. Interessante policiais reclamando da Segurança Publica como se os responsáveis em manter a ordem fosse o pessoal de Marte..

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  10. O que acho interessante desse que se intitula investigador, é que ponderou a ¨perda¨do poder de policia, e que tais profissionais não esperam a hora de voltar a sentar a borracha! Mas perai: E o poder ilimitado dos Promotores e Juízes, não vai falar nada? prendem quem quer, não respeitam prazos; votam seus aumentos; denunciam e sentenciam de acordo com sua vontade e não baseado nas provas; soltam bandidos presos com cocaína e fuzil na audiência de custódia e deixam na cadeia trabalhador que mandou juiz se foder, dentre outros absurdos de abuso! Mas vem comentar do tapão na orelha? da abordagem na favela? Do abuso em mandar desligar o som alto do boteco as três da matina?
    Ao policial antifascista responsável pelas arguições, só tenho um recado a dar:
    VAI TOMAR NO CÚ SEU FILHO DA PUTA!

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  11. Esquerda caviar, como militância paga com dinheiro fruto de corrupção estão aprontando as malas para viver os seus ideias na Venezuela?
    Será que a Manuela, vice do poste, vai trocar em vez de fotos em Nova Iorque vai fazer fotos e poses em Caracas?
    Alguma PTista sabe informar!

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