Doria tenta reunião, mas Bolsonaro não aparece e PSL nega apoio a tucano
Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio
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Hanrrikson de Andrade/UOL
12.out.2018 – O candidato do PSDB João Doria chega à casa em que a equipe de Bolsonaro tem gravado os programas do horário eleitoral, no Rio
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, tentou, sem sucesso, encontrar-se com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nesta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro.
O tucano havia informado que se reuniria com o pesselista na casa do empresário Paulo Marinho, um dos articuladores da campanha do presidenciável. Bolsonaro, no entanto, alegou que estava indisposto e não compareceu, de acordo com o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno.
Bebianno também reafirmou a posição de neutralidade em relação ao segundo turno nos estados, inclusive em São Paulo. Desta forma, o candidato a presidente agradeceu o apoio de Doria na corrida presidencial, mas não pretende se juntar a ele na disputa pelo governo de SP.
- O presidente em exercício do PSL afirmou, contudo, que os correligionários estão livres para manifestarem apoio a outros candidatos. Mencionou que Major Olímpio, eleito senador pelo PSL em São Paulo, apoia Márcio França (PSB). Já Joice Hasselman, eleita deputada federal pelo PSL, está com Doria.
Joice e Doria chegaram juntos à residência de Paulo Marinho, na zona sul do Rio, no fim da tarde de hoje. Constrangido, o tucano não quis falar com a imprensa e tentou inclusive esconder o rosto quando cinegrafistas e fotógrafos se aproximaram.
Pouco depois, o guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, chegou à casa, onde foi montado um estúdio para gravação do horário eleitoral de Bolsonaro. Questionado sobre a aproximação entre PSL e PSDB, Guedes ironizou: “PSDB? Eu conheço o Doria”. Os jornalistas insistiram e explicaram que a pergunta se tratava da aproximação entre os dois partidos. “Que estranho, eu gosto do Doria, gosto muito do Doria.”
Segundo uma fonte da campanha de Bolsonaro, o candidato a presidente não gostou da tentativa de encontro por parte do postulante tucano ao governo de SP. Bebianno negou qualquer indisposição e alegou que não havia agenda marcada entre os dois. Disse ainda que Doria não participaria do horário eleitoral de Bolsonaro.
Doria chegou por volta de 17h40 e permanecia na casa de Paulo Marinho por quase três horas. Além dele, Joice, Bebianno e Guedes, participou do encontro Frederico D’Ávila, responsável pelo programa de governo de Bolsonaro para o setor rural. O presidente em exercício do PSL disse que a reunião tinha caráter “institucional”.
“Não tem nenhum encontro marcado entre os dois. Existe uma conversa institucional no sentido de o PSL agradecer o apoio que gentilmente está sendo oferecido pelo candidato João Doria”, declarou Bebianno.
Doria diz que não se sente rejeitado por Bolsonaro
Ao deixar a casa de Paulo Marinho, Doria afirmou que o objetivo da visita foi, apesar da ausência de Bolsonaro, “reafirmar o apoio e voto” no candidato do PSL.
“O candidato deveria ter estado aqui para gravar o seu programa de televisão, mas ontem teve um dia extenuante. Ele mesmo reproduziu esse cansaço face ao tratamento em curso e ontem, como vocês puderam acompanhar, foi um dia muito intenso”, disse o tucano, referindo-se à quinta-feira, em que Bolsonaro se encontrou com deputados eleitos pelo PSL e entrevista coletiva a jornalistas.
Questionado se ele se sentia rejeitado em função do não-comparecimento de Bolsonaro, Doria negou qualquer constrangimento e declarou que o apoio dele não necessita de uma “contrapartida”.
“A intenção da vinda aqui não era nem pedir apoio, nem gravar vídeo e nem receber nenhuma contrapartida a este apoio. Apenas manifestar o nosso apoio, reproduzir e reafirmar o nosso apoio.”
Doria disse ainda que a negociação entre os partidos não se trata de um “jogo”, mas deu a entender que espera, no futuro, um apoio mais explícito.
“Tudo a seu tempo”, comentou. “Mas não há necessidade de nenhuma contrapartida. Aqui não é um jogo, não é uma negociação. O que nós temos como princípio aqui é o Brasil. Eu sou um candidato a favor do Brasil e contra o PT.”
Enquanto Doria atendia aos jornalistas, Bolsonaro fazia uma transmissão ao vivo em sua redes sociais, algo que tem sido rotina na campanha desde que ele voltou para casa, onde se recupera do atentado sofrido em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG).
Mais cedo, o presidenciável recebeu visita da atriz Regina Duarte em seu apartamento, na Barra da Tijuca, na zona oeste carioca.
O tucano disse que não falou por telefone com o candidato, mas que entende a neutralidade do partido em relação às disputas nos estados. “Não vim aqui buscar apoio. Compreendo perfeitamente a neutralidade do candidato Jair Bolsonaro. Em São Paulo, da nossa parte, ele será o candidato que receberá o nosso apoio e o nosso voto.”
Apesar de o presidente do PSL ter dito que não havia nada marcado entre os dois, o postulante ao governo de São Paulo afirmou acreditar que só teria ocorrido postura “hostil” ou “não simpática” se Bolsonaro tivesse ido à casa de Paulo Marinho sem a sua presença.
“Se ele tivesse vindo aqui para gravar e tivesse feito a agenda sem a nossa presença, aí sim poderia haver dúvidas em relação a algo que pudesse ser hostil ou não simpático”, comentou. “Essa dúvida não deve pairar. O candidato só não esteve aqui por conta da limitação que ele tem neste momento e por ter tido uma agenda extenuante e difícil”, insistiu.
Doria também rebateu as críticas de que estaria em uma empreitada para “surfar na onda” da popularidade de Bolsonaro. “Eu não surfei em onda nenhuma. Isso é improcedente também. Eu fui eleito no primeiro turno como o candidato mais votado. Tive uma votação mais expressiva do que o segundo colocado. Eu usei o meu capital político e não precisei do capital político de ninguém”.
O preposto do ladrão, apesar de professor universitário, esqueceu que o Brasil é um país laico.
Aqui é livre toda e qualquer forma de se religar ao criador, todas convivem harmoniosamente, pois,ao final, todas conduzem a Ele.
Não dê uma roupagem religiosa à disputa eleitoral, a todo momento procure ser uma pessoa melhor, caso não consiga fazer isso, seja apenas um idiota, não procure piorar isso.
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Sifú……lixão
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Torço para que o França ganhe!!!! Chega de aguentar partido que só massacrou a PC, desdenhando dela na cara dura. Tomara que o novo faça uma reestruturação geral na PC, resolvendo o que está pendente e valorizando o policial. E que venha um secretário preferencialmente policial…..
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Agora é França, o doriana é continuação do psdbosta.
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A Folha e a a serpente
POR FERNANDO BRITO · 14/10/2018
A coluna da ombudsman da Folha de hoje, depois de meses de campanha eleitoral, discute se a candidatura de Jair Bolsonaro merece ser chamada de “extrema-direita” ou não.
Seria cômico, se não fosse trágico, como no velho adágio popular.
Dizem os dirigentes do jornal que só a chamariam de “extremista” se fosse uma das ““facções que praticam ou pregam a violência como método político”.
A pergunta óbvia aos atilados editores do jornal é se consideram o candidato – pessoalmente, de viva voz – defender a tortura, pregar uma guerra civil e a morte de 30 mil brasileiros, a esterilização em massa, sugerir que as minorias “se acomodem ou desapareçam”, discriminar abertamente homossexuais – que não o seriam se “levassem um couro” – e negros – “que nem para reprodutor servem” e sugerir que se “metralhem os petistas” já disse o suficiente para para que se afirme que prega ” a violência como método político”.
Imagine o leitor que fosse o caso de dizer se uma serpente é ou não peçonhenta: está lá a cabeça triangular, as fossetas lacrimais que só elas têm, as pupilas verticais e a cauda que se afila rapidamente, mas ainda assim o tolo, como uma criança, acha o bichinho inofensivo.
Não importa que tenha sacudido seu chocalho por anos a fio e até que já se exibam os efeitos do veneno que inoculou na sociedade, com o apodrecimento do tecido social pelo ódio e pela brutalidade. Ainda cuidam de ser prudentes e “não correr o risco” de serem injusto com a víbora, ainda que isso seja calar, diante de todos, sobre o perigo que correm.
Chama-se omissão e covardia, não de jornalismo o que fazem.
A crítica interna do jornal pondera que acha a Folha e os demais jornais que estão errados, uma vez que “Os principais jornais do mundo, de inegável qualidade, usam variações do conceito de extrema direita (far right, ultraderecha, extrême droite) para definir a candidatura de Bolsonaro. [estranheza minha: que variação, senão a de idioma?]
Os jornais? “The Economist, Financial Times, The Guardian, El País, The New York Times, The Washington Post, Le Monde, Clarín e La Nacion, entre outros“.
Como não disputam nacos de verbas publicitárias ou espaços de poder no Brasil, chamam o bicho pelo nome que o bicho tem.
Ou, pior ainda, porque não estão dominados por um medo que os pudesse tornar covardes.
Para que saibam, já que não são versados em saber se é ou não peçonhenta a cobra, dou mais uma informação: a de que as peçonhentas não botam ovos, como as demais: seu filhotes são chocados em seu ventre e já nascem prontos, com suas presas prontas a paralisar e matar.
A imprensa, o grande antídoto para o fascismo, ajudou a criar as serpentes que irão matar a liberdade.
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Donald Trump durante debate presidencial em 2016. Veículos de imprensa coordenaram editoriais contra o presidente, que chamou jornalistas de ‘inimigos do povo’ Foto: RHONA WISE / AFP
Donald Trump durante debate presidencial em 2016. Veículos de imprensa coordenaram editoriais contra o presidente, que chamou jornalistas de ‘inimigos do povo’ Foto: RHONA WISE / AFP
NOVA YORK — O “New York Times” anunciou na tarde desta quarta-feira que se juntará ao “Boston Globe” e a outros mais de 300 diários num esforço coordenado de jornais americanos para publicar editoriais contra os repetidos ataques do presidente Donald Trump aos veículos de imprensa do país.
“Nosso editor marcou a posição do jornal quanto a essa questão e, num momento em que jornais por todo o país estão sob pressão comercial e política, acreditamos que seja importante mostrar solidariedade”, afirmou o responsável pelo editorial do “Times”, James Bennet, citando a posição do editor do jornal, A.G. Sulzberger, que no mês passado se reuniu com Trump na Casa Branca.
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Na ocasião, Trump afirmou no Twitter que discutira “a vasta quantidade de notícias falsas apresentadas pela mídia” com Sulzberger, que por sua vez, emitiu uma nota afirmando que considerava a retórica do presidente “não apenas divisiva, mas também cada vez mais perigosa”.
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“Em 2018, alguns dos mais graves ataques vêm de membros do governo. Criticar a imprensa — por amenizar ou exagerar o teor de suas matérias, ou por publicar algo errado — é inteiramente válido. Repórteres e editores são humanos e cometem erros. Corrigi-los está no cerne de nossa função”, afirma o editorial que o “Times” publicará nesta quinta-feira. “Mas insistir em afirmar que as notícias que não o agradam são falsas é perigoso para a vitalidade da democracia. E chamar jornalistas de ‘inimigos do povo’ é simplesmente errado e ponto final”.
A iniciativa de coordenar editoriais contra a posição de Trump veio da vice-editora do “Globe”, Marjorie Pritchard, no início do mês, depois que o presidente intensificou seus ataques à mídia, classificando os veículos de imprensa, em diversas ocasiões, como “inimigos do povo”. A eles se juntaram “Chicago Sun Times”, “Miami Herald” e Houston Chronicle”, entre outros.
“Os responsáveis pelas notícias falsas detestam que eu diga que eles são inimigos do povo, porque sabem que isso é VERDADE”, afirmou Trump no Twitter dias antes do anúncio de Pritchard. “Estou prestando um grande serviço ao explicar isso ao povo americano. Eles deliberadamente geram uma enorme divisão e desconfiança, e podem até mesmo causar uma guerra! Eles são muito perigosos e doentios!”
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Para Jack Shafer, analista de mídia do site “Politico”, o esforço dos jornais “sairá pela culatra” e dará mais munição ao presidente.
“Isso dará a Trump uma prova concreta da existência de uma imprensa nacional convocada unicamente para se opor a ele”, escreveu Shafer. “Trump colherá material fresco o suficiente para ser usado na mídia por pelo menos um mês.”
Shafer chegou até mesmo a antecipar uma resposta do presidente que, na sua opinião, dirá algo semelhante a: “Ao conspirar contra mim, a falsa mídia provou, de uma vez por todas, que está alinhada com os democratas e se revelou minha verdadeira oposição política.”
No “Breitbart”, site de extrema-direita que apoiou abertamente a campanha de Trump, a ação coordenada dos jornais foi descrita pelo colunista John Nolte como “uma ação liderada pelo ‘Boston Globe’, de extrema-esquerda, que visa enganar os leitores e fazê-los acreditar que críticas à imprensa são ‘inaceitáveis’, e ‘um ataque à Primeira Emenda’ (que garante a liberdade de expressão e de imprensa no país). Steve Bannon, ex-presidente-executivo do “Breitbart” foi chefe da campanha de Trump e estrategista-chefe da Casa Branca durante os primeiros meses de mandato do republicano
https://oglobo.globo.com/mundo/mais-de-300-jornais-coordenam-editoriais-contra-trump-22982231
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Resultado, Trump eleito, a economia americana vai muito bem obrigado, os postos de trabalho aumentaram, os impostos baixaram e a esquerda norte-americana desesperada, ataca como coiote faminto….
C.A.
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