Dia 1º de Maio , às 10h00, no Cemitério São Paulo, homenagem pelo 39º aniversário da morte do Dr. Fleury, o Delegado que não deixou que o Brasil fosse transformado numa república comunista 164

O DOUTOR CARLOS ALBERTO AUGUSTO, POPULAR “CARTEIRA PRETA” E O INVESTIGADOR “PADRE”, ANTIGOS INVESTIGADORES DA EQUIPE, CONVIDAM OS COLEGAS OPERACIONAIS DA POLÍCIA CIVIL, A MAIS UMA JUSTA HOMENAGEM “IN MEMORIAM” AO INSIGNE HERÓI NACIONAL DELEGADO DR. SÉRGIO FERNANDO PARANHOS FLEURY, A REALIZAR-SE EM SUA SEPULTURA JUNTO AO CEMITÉRIO SÃO PAULO, SITO À RUA CARDEAL ARCOVERDE, Nº 1.217. VILA MADALENA-SP., CEP 05407-001, NO PRÓXIMO DIA 01/05/2018, TERÇA-FEIRA, FERIADO, ÀS 10:00 HORAS, COM A PRESENÇA DE FAMILIARES.

“O VERDADEIRO AMOR CONSISTE EM PRATICAR O BEM AO POVO MESMO QUE ELE A ISSO SE OPONHA. A VERDADEIRA DEMOCRACIA CONSISTE EM GOVERNAR COM MÃO DE FERRO AS MASSAS INFANTIS E NECESSARIAMENTE DEPENDENTES” !!!

DELEGADO FLEURY. DIRETOR GERAL DO D.E.I.C.-SP. DE AGOSTO DE 1977 A 01/05/1979.”

 

A imagem pode conter: 4 pessoas

Neste domingo, mais um PM executado ( a facadas ) em São Vicente 11

PM aposentado é morto a facadas em São Vicente

Vítima se dirigia à igreja quando foi surpreendida por dois indivíduos

De A Tribuna On-line @atribunasantos
29/04/2018 – 11:01 – Atualizado em 29/04/2018 – 15:38
Vitima encontraria com a esposa na igreja quando foi
morto, neste domingo (Foto: Arquivo Pessoal)

O policial militar aposentado José Walter dos Santos foi morto a facadas, por volta das 7 horas deste domingo (29), enquanto se dirigia à igreja, onde  encontraria a esposa. O crime aconteceu na Rua Marcolino Xavier de Carvalho, no Tancredo Neves, em São Vicente.

No final da manhã, um suspeitos de ter participado do homicídio foi detido para prestar depoimentos.

Segundo a polícia, a vítima foi surpreendida por dois indivíduos. Enquanto um criminoso o imobilizou com um mata-leão (golpe de estrangulamento pelas costas), o outro deu diversas estocadas no peito do PM, que não resistiu aos ferimentos.

O caso segue sob a investigação do DP Sede de São Vicente. Ainda não se sabe a motivação do crime.

Livro ROTA 66 de Caco Barcellos – um mentiroso segundo o Conte Lopes – será transformado em filme…( No livro mentirosas de fato são apenas as versões policiais )   62

Violência não é contra bandidos, mas contra pobres, diz Caco Barcellos

“Rota 66”, livro do jornalista sobre brutalidade da polícia, será transformado em filme

João Carneiro
São Paulo
Caco Barcellos na Boutique Filmes, produtora responsável pelo longa de seu livro "Rota 66"
Caco Barcellos na Boutique Filmes, produtora responsável pelo longa de seu livro “Rota 66” – Gabriel Cabral/Folhapress

Caco Barcellos acena com a cabeça para responder que sim, ele já pensou em desistir de ser repórter.

“Eu fico indignado com a nossa pouca importância. A gente não representa nada. Representamos muito pouco em relação ao conjunto”, explica ele. “Você não vai acreditar, mas é a absoluta verdade: eu achava que por meio da minha pesquisa eles iriam parar de matar. Eu tinha essa ingenuidade.”

O jornalista se refere ao premiado livro “Rota 66 – A História da Polícia que Mata”, lançado por ele em 1991, que revelou um grande número de assassinatos cometidos por membros das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar de São Paulo.

A obra servirá de referência para um longa-metragem que começará a ser filmado neste ano. A trama, com um protagonista livremente inspirado em Caco, mostrará os passos de sua investigação sobre a atuação dos policiais. A produção é da Boutique Filmes.

Ele conta que se tornou jornalista por “muita sorte”. Estudava para ser engenheiro, em Porto Alegre, quando se interessou na produção de um jornal do centro acadêmico do curso. “E os únicos que toparam fazer o jornal foram um grupo de hippies da universidade. No primeiro mês, já estava morando com eles e fazendo, na verdade, um jornal para a comunidade hippie”, conta, rindo.

Mais tarde, um jornalista que viu a publicação o convidou para um estágio na redação de um diário da cidade, e Caco mudou de curso para seguir a carreira. Em 1982, entraria na Globo, onde hoje comanda o Profissão Repórter, programa de jornalismo investigativo com profissionais recém-formados. Ele agora vive em São Paulo.

Caco diz que concorda parcialmente com a afirmação, feita pelo jornalista Narciso Kalili na apresentação de “Rota 66”, de que ele seria um repórter “que tem lado” –o “dos mais fracos, o das vítimas”. “Acho que é dever do repórter estar sempre retratando o universo da maioria, e não o das minorias. Não é o que se vê, mas acho que é o nosso papel”, afirma.

“Se eu estivesse morando na Suíça, eu tinha que estar mostrando o universo dos Jardins todo dia. Mas a gente mora numa grande Etiópia de mais de 100 milhões de pessoas pobres e miseráveis. E acho que eles têm que ter uma voz mais ativa, um retrato mais forte que as minorias que não passam de 1% da sociedade brasileira.”

A relação de Caco com a polícia começou cedo. Em um capítulo do livro, ele narra sua própria fuga de uma viatura no bairro periférico em que morava, em Porto Alegre. “Nada fiz de errado, mas sei que devo fugir”, diz um trecho. “Antes de ser profissional, a informação batia na minha cara, no meu corpo, no dos meus amigos”, comenta.

“Desde que eu comecei a ler, fui um admirador dos escritores que tinham uma vida intensa fora da atividade intelectual. Que levavam para as páginas de seu romance de não ficção o que viveram na pele. Por exemplo, Jack London, [Ernest] Hemingway. Talvez por influência deles, depois que virei repórter, fiquei tratando de estar muito perto dos acontecimentos.”

A intenção inicial de Caco em “Rota 66” era demonstrar “o absurdo que é um país contrário à pena de morte praticá-la cotidianamente contra bandidos”. Ele diz que ficou “extremamente assustado” ao constatar, após sete anos de investigação, que a violência se dava “não contra os bandidos, mas contra os pobres”.

O jornalista conta que 63% das pessoas mortas que contabilizou nunca haviam cometido crime. “Estavam mortos, desqualificados moralmente pela imprensa. As famílias ofendidas pelo Estado, e a imprensa reproduz aquilo que o Estado diz”, afirma. “Infelizmente, na área de segurança pública, o Estado brasileiro é inimigo dos mais pobres.”

Ele critica os repórteres que reproduzem, sem apuração, as versões da polícia sobre supostos crimes. “Quem é o jornalista pra dizer que alguém é bandido? Que pretensão é essa? Que arrogância é essa? Não foi no local e chama: ‘Bandido!’. É relato do coronel. Você não é coronel! Se quer fazer esse relato, que tire o microfone e pegue numa arma.”

O Brasil, diz Caco, não tem pena de morte apenas “entre aspas”. “É um Estado que não dá o menor respeito ao suspeito de algum ilícito. Antes da investigação, mata. E sempre diz: legítima defesa. Legítima defesa. E o Judiciário mata junto, o Ministério Público mata junto quando nem sequer investiga a maioria desses crimes. Arquiva. Arquiva. Arquiva. Milhares de vezes por ano.”

“Claro que [a impunidade] contribui com a mentalidade corporativa, orientada pelos coronéis que dizem ‘Mata, que tem tudo a nosso favor’. Quando eu falo do Estado, não tô querendo só apontar a polícia como sendo a filósofa da execução. Acho que as elites da sociedade organizada matam junto, nesse sentido figurado.”

Caco faz questão de pontuar, em duas ocasiões da entrevista, que os autores de assassinatos na polícia são uma minoria e afirma que é “radicalmente defensor dos policiais corretos”. “É uma sacanagem ficar acusando a polícia. É um sistema que envolve todo mundo”, afirma.

“Tem muita gente bacana atuando. [Também] no Ministério Público, juízes. Mas tem juízes como aquela do Rio de Janeiro que fez aquela desqualificação moral da Marielle Franco [referindo-se à desembargadora Marilia Castro Neves, que disse que a vereadora estava “engajada com bandidos”]. Olha o nível de uma mulher como essa! Vai ver o trabalho dela, como é que ela faz a caneta dela. Explica muita coisa.”

Ele evita responder perguntas sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro e o assassinato da parlamentar, dizendo que está trabalhando nos temas para a Globo. Afirma, porém, que a morte de Marielle faz parte “desse cenário de cultura da violência”, e que o fenômeno da desmoralização de sua imagem após o ocorrido é “típico do matador”.

Diz também que não consegue opinar sobre a prisão e posterior soltura, na quarta (25), de 137 supostos membros da milícia carioca, porque não investigou os fatos. “Eu não quero me misturar com opinião”, dizia ele em outro momento. “Se eu tenho alguma importância, é no que eu faço [jornalismo noticioso].”

“Uma vez, uma TV me convidou pra ser apresentador de um programa. Falei: ‘Cara, como é que você me convida pra ser apresentador? Não posso dizer que eu seja um grande repórter, mas não estou entre os piores. Agora, como apresentador, com certeza eu tô entre os piores!’”, diz. “Eu adoro a rua, e tem gente sabida dando opinião demais, e menos na reportagem.”

Aos 68 anos, Caco continua fazendo matérias em condições adversas. Recentemente, viajava para o México para acompanhar, sob o sol, o périplo de imigrantes que tentam cruzar a fronteira americana –ele conta que as experiências são “uma alta diversão”. “Eu não quero perder aquela chance de estar lá”, diz.

Mônica Bergamo

Está na Folha desde abril de 1999. Na coluna, aborda diversas áreas, entre elas, política e coluna social.

OAB já reconheceu nome social a 62 advogados e advogadas trans 3

DIVERSIDADE DE GÊNERO

OAB já reconheceu nome social a 62 advogados e advogadas trans

Por Claudia Moraes

Desde que a Ordem dos Advogados do Brasil reconheceu que travestis, transexuais e transgêneros podem usar nome social no lugar do nome civil para exercer a profissão, a entidade emitiu 62 certidões com as alterações.

A autorização foi dada em 2016, por meio da Resolução 5/2016 do Conselho Federal. Desde o ano seguinte, quando o texto entrou em vigor, 11 estados e o Distrito Federal emitiram carteiras da OAB para trans.

A Bahia foi o estado com mais registros até o momento, com nove documentos. O Distrito Federal ficou em segundo lugar, com oito. A única região do país sem emissões, por enquanto, é a Centro-Oeste.

Segundo a resolução, o registro deve seguir “a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica”, mediante solicitação prévia.

Associação Paulista de MedicinaMárcia Rocha foi a primeira advogada a ter o nome social incluso na certidão da OAB. 

A advogada transexual Márcia Rocha foi quem recebeu a primeira certidão do país, da seccional São Paulo, em janeiro de 2017. Depois da carteira de identidade profissional de Márcia, São Paulo emitiu outras cinco.

Como Márcia Rocha ainda não alterou o registro civil, na carteira da OAB-SP aparecem os dois nomes, o civil e o social. Mas ela não vê problema nisso e diz que sempre foi respeitada no exercício da profissão.

Destaca que em um acórdão do TJ-SP, quando fez sustentação oral durante um julgamento, foi publicado apenas  o seu nome social. “Muito respeitoso da parte do tribunal”, diz. “Em São Paulo não há burocracia para pedir a alteração à OAB, é uma solicitação simples, sem necessidade de apresentar novos documentos”, completa a defensora.

Em fevereiro, foi a vez da seccional de Pernambuco emitir o documento pela primeira vez para a advogada Robeyoncé Lima. Ela preferiu alterar o registro civil antes de pedir a nova carteira, para não ficar com os dois nomes no registro da OAB. De acordo com Robeyoncé, o processo judicial demorou cerca de oito meses.

OAB-PE Robeyoncé Lima recebeu a carteira com novo nome em fevereiro.

Após conseguir a mudança no registro civil, demorou cerca de dois meses para a OAB-PE emitir a nova carteira. “Perdi a vergonha de mostrar o documento. Antes ficava constrangida, porque não me representava, não correspondia a pessoa que eu sou”, afirma Robeyoncé.
Veja o quadro de emissões pelo país:

Amazonas 6
Bahia 9
Ceará 4
Distrito Federal 8
Maranhão 6
Minas Gerais 2
Paraíba 4
Pernambuco 1
Rio de Janeiro 6
Rio Grande do Norte 4
Rio Grande do Sul 6
São Paulo 6
Total 62

 é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 29 de abril de 2018, 8h46